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Do Naufrágio à Festa - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Do Naufrágio à Festa

Curaçao, Willemstad, Bonaire, Kralendijk

Explorando o naufrágio Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Explorando o naufrágio Hilma Hooker, no sul de Bonaire


Depois do parque e de voltarmos ao nosso hotel (agora sem quarto!), carregamos nosso carro com o equipamento de mergulho e voltamos para o sul da ilha, para mergulharmos num dos mais conhecidos e visitados naufrágios do mundo, o Hilma Hooker.

Mergulhando no Hilma Hooker, que naufragou em 1985  no sul de Bonaire

Mergulhando no Hilma Hooker, que naufragou em 1985 no sul de Bonaire


O barco, um cargueiro com cerca de 80 metros de comprimento, foi construído na Holanda na década de 50. Depois de passar por vários donos e mudar de nome muitas vezes, foi comprado por colombianos. Sua função? Levar marihuana para os Estados Unidos. E assim, em uma das suas viagens, em 1985, teve problemas no leme e teve de aportar em Kralendijk, capital de Bonaire. Os oficiais, suspeitando do barco, do capitão e daquela tripulação meio estranha que tinham a documentação toda falha, resolveram dar uma geral no Hilma Hooker. Encontraram nada menos que 12 toneladas de maconha sob um fundo falso.

Explorando o naufrágio Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Explorando o naufrágio Hilma Hooker, no sul de Bonaire


O barco foi confiscado durante o inquérito que se seguiu. O problema é que, sem a manutenção necessária, ele estava fazendo água. O perigo era afundar ali mesmo e bloquear o principal porto da ilha. Assim, foi rebocado para um lugar mais seguro. Para a alegria das operadoras de mergulho locais, não demorou nem uma semana a mais para ele afundar, entre duas linhas de recifes, a uns 30 metros de profundidade. Assim, Bonaire ganhou um maravilhoso naufrágio para poder oferecer a seus turistas-mergulhadores.

Naufrágio do Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Naufrágio do Hilma Hooker, no sul de Bonaire


E foi para lá que seguimos hoje, no nosso último mergulho em Bonaire. As águas limpas de Bonaire favorecem muito este mergulho, já que podemos ver, de uma certa distância, todo o barco afundado. É uma visão impressionante, aquele bichão deitado na areia, apoiado sobre seu mastro. A visão meio azulada confere um ar meio fantasmagórico àquela máquina que antes costumava rodar o mundo, acima d'água.

Naufrágio do Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Naufrágio do Hilma Hooker, no sul de Bonaire


Sempre acho a visão de um naufrágio algo meio triste. Parace um enorme cadáver, silencioso, esperando por alguma ajuda que nunca chegará. Mas, ao mesmo tempo, é feliz também. Porque ele se torna um centro de vida, os corais e peixes adoram aquela nova adição ao fundo do mar e tratam logo de redecorá-la, um verdadeiro jardim subaquático.

Examinando a âncora do Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Examinando a âncora do Hilma Hooker, no sul de Bonaire


Ficamos aí cerca de meia hora, até mais que o permitido para um mergulho não-descompressivo (o nosso acabou virando um mergulho descompressivo. Viva os computadores de mergulho!). Mesmo assim, não foi tempo suficiente para explorar todo o naufrágio. Quem sabe, na próxima vez em Bonaire... Mas, o que vimos já foi muito legal, incluindo a grande barracuda que nos acompanhou durante algum tempo.

Uma das escadas que levam ao interior do Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Uma das escadas que levam ao interior do Hilma Hooker, no sul de Bonaire


Fim de mergulho, fim de Bonaire para nós. Voltamos para o hotel, tomamos uma ducha no chuveirão do jardim, pegamos nossa bagagem e fomos devolver o carro. A companhia nos levou até o aeroporto e embarcamos para a última etapa desse tour no ABC, exatamente o "C" de Curaçao.

Mergulhando no Hilma Hooker, que naufragou em 1985  no sul de Bonaire

Mergulhando no Hilma Hooker, que naufragou em 1985 no sul de Bonaire


Desembarcando no aeroporto de Willemstand, conhecemos um simpático casal de mergulhadores de Brasília, o André e a Wendy. Cada casal alugou o seu carro (só um pouco mais caro que o preço do táxi para o centro da cidade!) e fomos juntos para o hotel que a Ana já havia reservado pela internet.

Um dos banheiros do Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Um dos banheiros do Hilma Hooker, no sul de Bonaire


Chegamos bem no dia da celebração do Dia das Bruxas, festa bem popular nesta parte do mundo. E eis que a principal balada da cidade era exatamente ao lado do nosso hotel! Para melhorar mais ainda, o funcionário de plantão no hotel àquela hora era o Andrikson, um negão gente boníssima que tinha convites para a tal festa. E assim, seguimos os seis, eu e a Ana, o Andre e a Wendy e o Andrikson e a Angélica (a namorada dele, das Ilhas Madeira, falante de português!) para a festa.

Uma grande barracuda nos acompanha durante mergulho no Hilma Hooker, no sul de Bonaire

Uma grande barracuda nos acompanha durante mergulho no Hilma Hooker, no sul de Bonaire


Excelentes DJs, som alto de boa qualidade, cerveja holandesa gelada, novos amigos e dezenas de diabinhas e bruxas circulando com microssaias e meias arrastão, que excelente maneira de terminar esse dia que começou com um parque, passou por um naufrágio e mudou de ilha e de país. Mesmo para o padrão da nossa viagem, cheio de dias inesquecíveis, hoje foi um dia...hmmmm... especial! Um brinde ao ABC e ao dia das bruxas (com meia arrastão!).

Curaçao, Willemstad, Bonaire, Kralendijk, Mergulho, Naufrágio, Hilma Hooker

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Bonaire: Tesouro Natural

Comentários (1)

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  • 16/01/2012 | 15:27 por Paulinha Ribas

    que delícia deve ser mergulhar em água quentinha!
    mas desde quando pode mergulhar e voar no mesmo dia?

    Resposta:
    Ou Paulinha

    Vôo curtinho e baixinho, não tem problema não!!! É só torcer para o avião não despressurizar!

    Bjs

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