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A cor impressionante do mar no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
Bonaire não é um paraÃso apenas para mergulhadores. Aqueles que não mergulham, mas que curtem um clima tranquilo, belezas naturais, mar de águas azuis e cálidas, não irá se arrepender!
A costa entrecortada no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
Tiramos um dia para conhecer as belezas naturais que a ilha tem em cima d´água e rumamos o norte da ilha, próximo à cidade de Rincon, onde está localizado o Parque Nacional Washington Slagbaai. Uma antiga fazenda com produção de sal, aloe vera, divi divi, uma árvore nativa e criação de cabras para exportação à Curaçao e Europa. Durante anos e anos a famÃlia Herrera trabalhou nesta fazenda, até que seu último dono, apaixonado pela terra onde cresceu e trabalhou a vida toda, decidiu negociá-la com o governo para que se tornasse um parque nacional. Boy Herrera ficou doente e morreu em 1967, em 1969 o parque nacional abria suas portas para o turismo, sendo o primeiro santuário natural das Antilhas Holandesas.
Formação rochosa no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
O parque possui uma boa infra-estrutura para os padrões da ilha. Os mergulhadores que já pagaram a taxa ambiental devem trazer o seu comprovante de pagamento e documento com foto que são isentos de pagar a entrada. Seu museu tem muitas informações sobre a história da fazenda e da criação do parque, assim como das espécies nativas da ilha. São dezenas de espécies de lagartos coloridos, iguanas e pássaros, sem contar com as espécies domesticadas introduzidas, como a cabra, o burro, etc. A flora é formada principalmente por cactáceos, algumas árvores e plantas rasteiras mais espinhentas, devido ao solo seco e a quantidade de chuva de 532mm anuais.
Lagartos coloridos, muito comuns no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
A única forma de visitar o parque é de carro e existem duas principais rotas para visitação, a trilha curta e a longa. A longa leva em torno de 2 a 3 horas parando para tirar foto nas principais atrações do parque. A rota mais curta leva em torno de uma hora e nem vale muito a pena, pois como é uma rota interna se perde a maioria das atrações.
Observando o mar no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
A primeira parada é na Boka Chikitu, formações coralÃneas que hoje fazem parte da costa, formam lindos splashes de água no encontro com as águas mais agitadas do mar de fora. É fácil reconhecer durante este passeio parte da história geológica da ilha, que possui formação vulcânica e afloração de rochas coralÃneas até nas partes mais altas. O Seru Grandi é prova disso, um paredão de pedras com cavernas e colorações das diferentes fases geológicas da ilha.
As diferentes camadas nas encostas mostra que o mar já esteve bem mais alto no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
Passamos no farol para uma vista do alto, a vista não era tão aberta e o farol está meio abandonado, mas ali a atração foi a iguana que encontramos no estacionamento. Diferente da maioria de sua espécie, ao invés de fugir ela caminhou em nossa direção, provavelmente procurando por comida. Muito simpática, mas não ganhou nem uma folhinha.
As iguanas também são muito comuns no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
Continuamos o nosso caminho entre cactos e cerros em uma paisagem realmente diferente das que estávamos acostumados em terras, ou águas, caribenhas. Viramos a ponta norte para a costa oeste da ilha, já no mar de dentro. A paisagem muda das bokas com splashes imensos de água, para o mar tranquilo e azul perfeito para mergulho. No parque estão localizados 7 pontos de mergulho, nós infelizmente não tivemos tempo para conhecê-los. Vizinho ao Boka Katuna, um dos pontos está a Saliña Bartol, um lago salgado de águas avermelhadas devido aos crustáceos ricos em beta caroteno que vivem ali. É nestas salinas que podemos encontrar o pássaro sÃmbolo da ilha de Boneiru, os flamingos.
Flamingos se alimentam em lago do Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
Eles são tão graciosos, passam o dia ali, com suas longas patas enfiadas no lodo e cabeças submersas na água, buscando o pobre crustáceo. Ele é o responsável pela coloração das suas penas, assim como a de seus primos que vivem lá na Laguna Colorada nos altiplanos bolivianos. Adorei encontrá-los aqui! Meio maluco imaginar como podem se adaptar a 4 mil m de altitude e -20°C e ter parentes tão próximos vivendo nos 30°C em pleno Caribe!
Flamingos se alimentam em lago do Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
Passamos por uma pequena Praia Wayaká, uma curta faixa de areia em frente aos pontos de mergulho e um dos melhores para snorkell. O pessoal aqui da ilha gosta de vir aqui no final de semana para um piquenique.
Pequena praia no Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
Nosso passeio terminou no restaurante perto da Boka Slaagbai, o único dentro do parque. De um lado, uma lagoa salgada com diversos flamingos, garças e pelicanos. De outro um mar azul turquesa inacreditável!
Paisagem do Parque Nacional Washington-Slagbai, no norte de Bonaire
É, sem dúvida alguma Bonaire tem muito a oferecer para os aventureiros e turistas que preferem terra ao mar.
A bonita costa norte de Bonaire, no Parque Nacional Washington-Slagbai
Olá...
Sensacional o relato de Bonaire... estou bastante feliz!! Estou indo agora em agosto com minha esposa, vamos ficar apenas 4 dias após passar por curaçao.
Eu sou mergulhador e ela não, mas quero aproveitar bastante no mar ena superfÃcie.
Já anotei várias dicas para não perder nada por lá!!
ah é.. com relação a comida é tranquilo comprar por lá.. para fazermos lanche? È que o apto que fechei não tem serviços inclusos e eu falo apenas básico de espanhol..rss
Parabéns pelo blog.....
Resposta:
Oi Dhian! Sim, é super tranquilo, mercado com tudo o que precisar, nós cozinhamos quase todos os dias. Sempre leve uma máscara e snorkel para sua esposa, pois quase todos os pontos têm um snorkel legal também. Boa viagem! Bjs!
Fomos para Bonaire, meu noivo e eu, o ano passado e decidimos dar a volta na ilha. Garantimos que existe um lado da ilha, que não é esse parque, cheio de mistérios, cultura local e muita beleza natural. Uma Bonaire conhecida por poucos e que não nos arrependemos de nos "arriscar". Dentre tanta natureza era possÃvel topar com pequenos restaurantes que serviam o "arroz e feijão" do dia a dia dos nativos...e posso dizer que é uma falta de respeito não aceitar o fÃgado de iguana servido na sopa dessa iguaria...isto, por conta da história desse povo...povo este que faz questão de caçar o pequeno "lagartinho" e o prepará-lo no mesmo momento...e da-lhe conversa fora durante o preparo...exatamente 4 horas!
Desbravar Bonaire foi uma experiência que mudou meu olhar para determinados valores da vida. É muita história para se pensar...como exemplo, quando se chega nas casinhas em que os escravos dormiam...lindas, com o pé na areia e um mar maravilhosamente azul para lhe dar bom dia...para nós, tudo lindo...para eles, fome e o pensamento de ter que se virar no dia seguinte para explorar todo aquele sal!
A beleza se entende de forma saudável com a cabeça leve, para poder senti-la.
Bonaire foi uma das melhores passagens da minha vida.
Resposta:
Ju! Amei as suas histórias! Que delÃcia! Eu não tive coragem de provar o lagarto, mas desse jeito que você contou eu provaria com certeza! hahaha! Nós adoramos Bonaire também, também por sermos mergulhadores, mas não deixarÃamos de conhecer as maravilhas sobre o mar. Que bom que você nos encontrou aqui, bem vinda aos 1000dias! Beijos e boa viagem!
Ana, que lugar lindo!
Resposta:
e pertinho do Brasil! anota aà para a próxima viagem! e com direito à mergulhos! beijos!
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