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No post sobre o mergulho com tubarões, logo aí embaixo, já devem apar...
Algo sempre me atraiu nas coisas do espaço, desde criança. Talvez porqu...
Recentemente inaugurada, a tirolesa dos 1.200 metros é uma das grandes a...
Alberto freitas (04/04)
conteúdos inteligentes. parabéns!! ótimo !! Um Post que complementa:...
Flora (02/04)
Linda e inspiradora esta sua despedida do Pacífico.E ai viajei novamente...
Su (31/03)
Que lugar incrível! Eu nunca tinha ouvido falar deste lugar. Ja pesquis...
mabel (31/03)
Letícia Pimenta (25/03)
Ah legal Rodrigo. Imagino quebtenha sido. Sou apaixonada por tubarões !...
Abatido, depois de uma noite com febre de mais de 40 graus (esperando o avião de Saba para St. Maarten)
Pois é, foi como o dito popular:"De onde menos se espera, é que não sai nada mesmo!". Nada de milagre para que eu pudesse mergulhar. Ao contrário, minha temperatura de manhã era de 39,3. A única vantagem é que acabaram-se todas as dúvidas: nada de mergulho para mim.
A Ana seguiu para o mergulho enquanto eu segui na cama. Mais um paracetamol para ver se a febre baixava. Ao menos, além da alta temperatura e consequente sensação de cansaço, não sentia mais nada. A temperatura baixou um pouco e eu pude ir tomar um café gostoso e desfrutar da vista maravilhosa. Engraçado que, mesmo esta vista, quando estamos tão debilitados, deixa de ser inspiradora. Pelo menos, não é tanto quanto a nossa cama, onde podemos nos deitar.
Quando a Ana voltou, já era duas da tarde. Fora a hora e pouco que tinha passado na varanda do El Momo, todo o resto tinha estado deitado. A Ana conseguiu negociar e fazer um terceiro mergulho, já que eu não tinha ido e tínhamos pago o pacote. Pelo menos isso. Ela também disse que os mergulhos não tinham sido tão bons como os anteriores. Será que foi para me animar?
Nova medição de temperatura e novo recorde. Agora, 40,4. Pois é, não me lembro de ter passado dos quarenta anteriormente. Tomei mais um anti-térmico, agora fornecido pelo motorista de táxi amigo nosso que nos leva para o porto todos os dias, compadecido pela minha ausência, e resolvemos que era hora de procurar um médico. Domingão, tudo fechado. A Ana até tinha ficado de comprar frutas e remédios na volta, mas não viu nada aberto. Ela foi falar com o Andres, dono do El Momo, que já acompanhava nossa história. Juntos, localizaram uma enfermeira de plantão no hospital que ficou de chamar o médico. O Andres emprestou o carro e seu assistente foi nos levar até The Bottom, capital da ilha, onde está o hospital.
Despedida do Andres e do El Momo, em Windwardside - Saba
Lá chegando, o médico rapidamente nos atendeu. Nova medida de temperatura, dessa vez no ouvido, após o anti-térmico, e deu 39,5. Rapidamente, ele descobriu a causa: inflamação nos dois ouvidos e na garganta. Pela cor das mucosas, "red as red can be!", ele ficou impressionado de eu não estar sentindo nada. Antibiótico imediatamente, três vezes ao dia.
No caminho de volta, ainda conseguimos achar um lugar para comer um pouco, apesar de eu já não sentir fome, só vontade de deitar. Chegar no hotel e na cama foi um grande alívio. Psicologicamente, estava melhor, pois agora parecia que tomava a medicação correta. Mas o fato é que eu me sentia completamente esgotado. Já tinha perdido o mergulho e agora, a bola da vez era a caminhada até o topo do Mt. Scenery, programada para o dia seguinte, pela manhã, já que de tarde voaríamos para St. Maarten e de lá para Sint Eustatius.
Pois bem, nova medição às sete da noite e estava novamente acima dos 40. Quanto tempo demora para antibiótico fazer efeito? Dormi e, perto das dez, acordei com muito frio, tremendo descontroladamente. A Ana me vestiu um casaco e, mesmo com dois edredons, continuava tremendo. Era a temperatura que aumentava... Sempre ouço dizer que, acima dos 40, tudo fica perigoso. A única coisa que me acalmava é que, aparentemente, continuava plenamente consciente. Tinha até um lado meu, afeito a recordes, que pensava: "Vamos lá! É só uma vez! Vamos bater o recorde de temperatura!". Dito e feito. Vinte minutos de tremação e tudo se acalmou novamente. Nova medida de temperatura: 41,6. E olha que eu desconfio que este nosso termômetro diminui a temperatura, pois quando estamos "normais", ele marca de 35,8 até 36,2. Enfim, muito preocupante mesmo! Ali, naquela hora, só pude tomar mais um paracetamol e um banho de chuveiro. Aliás, que esforço para chegar lá. O banheiro era fora do quarto. Ahhnn... tomei também a segunda dose do antibiótico.
A noite foi dormida em pedaços. Uns cento e cinquenta pedaços. Mas foi. E, aparentemente, o pico de febre de ontem foi o canto do cisne. Hoje, acordei com 37 e meio. E assim ficou o dia inteiro, um pouco para cima, um pouco para baixo. O que não melhorou foi a sensação de cansaço. A subida do Mt. Sceney, obviamente, foi para o espaço. A minha caminha era infinitamente mais atrativa. De qualquer maneira, ele esteve encoberto o dia inteiro, como que para diminuir nosso remorso.
Sala de espera para embarque no aeroporto de Saba - Caribe
Agora, o que estava em jogo era nosso vôo. Com a febre já bem baixa, achamos que dava. A Ana, junto com o Andres, já fechou uma reserva num hotel em Oranjestad, capital de Sint Eustatius. Arrumou nossas várias mochilas enquanto eu, da cama, dava apoio moral. Voltou ao hospital de carona para pagar a consulta e comprar a medicação, já que ontem estava tudo fechado mesmo. Providenciou o táxi para nos levar ao aeroporto. Aí, ela já não podia mais fazer as coisas por mim. Fiz o esforço para descer até o táxi, enfrentar o caminho para o aeroporto, aguardar na deliciosa sala de espera (ao ar livre, muito legal mesmo!), voar para St. Maarten, aguardar uma hora e meia no aeroporto de lá, e voar para Sint Eustatius.
Nesse meio tempo, sem esquecer dos antibióticos, a febre sumiu e o cansaço melhorou um pouco. Tanto que, do aeroporto, fui corajoso o suficiente para, com os protestos da Ana, dispensar o táxi e caminhar os cerca de 400 metros até nosso hotel. Aqui, o valoroso prêmio alvejado já há quase 4 horas: uma cama limpinha nos esperando!
E assim foram esses meus dois últimos dias. Nem só de flôres vive um viajante. Mas, como já diziam os gauleses: depois da tempestade, virá a bonança. Amém!
Chegada à ilha de Sint Eustatius, mais conhecida como Statia (Caribe).
Vista da Cidade do Panamá, a capital do país, do alto do nosso hotel na cidade
Na noite em chegamos à Península de Osa, na Costa Rica, e dormimos no simpático hostal do colombiano, na cidade de Puerto Jimenez, passamos algumas horas tentando definir as datas de nossas viagens para a ilha de Hispaniola (República Dominicana e Haiti) e também para a Colômbia. Essa última envolvia a sempre complicada passagem da Fiona de um continente à outro.
Atravessando a Ponte das Américas, sobre o Canal do Panamá, na chegada à Cidade do Panamá, a capital do país
Por fim, achamos uma passagem com bom preço da Cidade do Panamá para Santo Domingo, capital da República Dominicana, e compramos. Nossa derradeira ida ao Caribe nesses 1000dias. Ida no dia 19 e volta no dia 9 de Maio. Motivo para comemorar, mas a celebração só durou até a manhã seguinte. Foi quando recebemos a informação de que os navios para levar a Fiona até Cartagena só saem aos domingos e que, para realizar a burocracia necessária, deveríamos estar na cidade na quinta cedo. Nossa volta estava marcada para quinta à tarde. Na corrida que estamos, perder uma semana por aqui seria uma bomba. Mas já tínhamos comprado as passagens...
Rua da Cidade do Panamá, a capital do país
Foi quando a Ana se lembrou que o site de compras prometia que a viagem poderia ser cancelada sem custos até 24 horas depois da compra! Ufa! Corremos ao site, cancelamos a viagem e compramos novas passagens, agora para o dia 18 e volta na quarta-feira, bem cedinho, dia 8. Resolvido! Quer dizer, mais ou menos...
Vista da Cidade do Panamá, a capital do país, do alto do nosso hotel na cidade
Descobrimos também que, por ter entrado no Panamá com nosso carro, só podemos sair daqui depois de enviar o carro para fora do país. Ou seja, pelo menos em teoria, seríamos barrados no aeroporto e perderíamos nossa passagem. Nova correria para resolver essa situação absurda...
Vista da Cidade do Panamá, a capital do país, do alto do nosso hotel na cidade
Nossa única chance: guardar a Fiona em um “Bond”, uma espécie de porto seco, dentro da Cidade do Panamá. Por isso, antecipamos nossa chegada à capital do país para hoje cedo, para ter tempo de fazer isso. Lá se foram algumas horas de espera, correria entre o tal Bond e o prédio da Aduana Central, cinquenta dólares para “comprar” uma vaga e outros 7,5 dólares por dia de estacionamento. O pior, para mim, foi ter de ganhar novo carimbo em meu passaporte, agora para dizer que meu carro estava devidamente guardado. Estou num sufoco danado tentando guardar o exíguo espaço que ainda tenho no meu passaporte para todos os carimbos que ainda faltam nessa viagem (para não ter de fazer um novo, processo chato e caro) e agora essa: carimbos de entrada e saída da Fiona e, quando voltar de Santo Domingo, outra vez, os dois carimbos de novo.
Preparando a bagagem para deixar a Fiona na Cidade do Panamá, a capital do país
Enfim, burocracia vencida, tudo pronto para embarcar amanhã. Antes de ir ao Bond, ainda deixamos a nossa amiga Elise no “casco antíguo”, o bairro colonial da cidade. Dessa vez, devidamente registrado. Vamos ver aonde vamos nos encontrar novamente. Ela adora a América Latina e quer muito voltar para cá. Nós nos instalamos no centro mesmo, mais perto das burocracias que precisávamos fazer. Quando voltarmos para cá, no dia 8, começa a corrida para tirar a Fiona do Bond, passar por um dia de burocracias aqui e outro em Colón, para finalmente colocarmos ela em um contêiner. Espero esquecer um pouco desse assunto chato enquanto viajarmos por Hispaniola, mas ao mesmo tempo estaremos cruzando os dedos para que apareça algum outro carro para repartir o contêiner conosco. O custo, para nós, baixaria de 1.400 dólares para 900 dólares. Uma boa economia! Viajantes das Américas, apareçam!!!
Despedida da Elise, nossa amiga de Luxemburgo, na Cidade do Panamá, a capital do país
Totalmente Caribe! (praia de Grand Case, em Saint Martin)
Hoje foi dia de enfrentarmos o transporte público da ilha. Aparentemente, de todos os pequenos países que pretendemos visitar nessa temporada caribenha, as vizinhas St. Martin/ Sint Maarten são as únicas que tem essa possibilidade. Então, precisamos aproveitar!
Os ônibus daqui são na verdade vans que ficam dando a volta na ilha, seja no sentido horário ou anti-horário, ligando Marigot, capital do lado francês, com Philipsburg, capital do lado holandês. Basta fazer sinal que eles param, e custam de um a três dólares, dependendo da distância. Tudo o que está nesse grande looping ou próximo a ele, nós podemos chegar de ônibus, mais uma pequena caminhada.
Chegando à praia de Grand Case, em Saint Martin, no Caribe
E assim foi o dia de hoje. Primeiro, fomos para a segunda maior cidade do lado francês, onde fica o pequeno aeroporto de St Martin. Chama-se Grand Case e é considerada uma das capitais gourmets do Caribe. Não é para menos: são dezenas de restaurantes bem charmosos, vários deles de frente para a praia. A concorrência faz os preços baixarem e muitos, como promoção, cobram o mesmo valor em dólares do menu que está em euros. Ou seja, fazem o câmbio de um para um, o que é um bom desconto!
Totalmente Caribe! (praia de Grand Case, em Saint Martin)
Nós chegamos lá com o tempo meio fechado. É São Pedro que não larga do nosso pé. Acho que não pegamos tempo bom, firme, por alguns dias seguidos já há uns quatro meses... Enfim, mesmo nublado, a cor da água impressiona. Uma mistura de azul e verde que os olhos custam a acreditar. Mesmo com nuvens acizentadas logo acima, a cor da água é linda. Talvez pelo contraste, a cor fica ainda mais mágica, meio surreal.
Almoço em Grand Case, em Saint Martin, no Caribe
Caminhamos um pouco observando os restaurantes e escolhemos um, pé na areia. Adivinha se a Ana não pediu um "assortment du fromage"? Uma delícia, por sinal, junto com salada. Foi o tempo da gente comer que o céu abril, o sol sorriu e o mar ganhou cores ainda mais fortes. Esse sim é o mar do caribe que tínhamos conhecido há um ano! Parece uma grande piscina! Maravilhoso!
Esquema diretoria, na praia de Grand Case, em Saint Martin, no Caribe
Aproveitamos então as cadeiras de praia confortáveis do restaurante e passamos uma boa hora entre a areia e o mar. Temperatura da água muito agradável, mar tranquilo para se nadar, bem pouco movimento de gente na areia. Situação ideal! Para tornar tudo mais pitoresco, de tempos em tempos pousava um avião ali do lado, no pequeno aeroporto. Quase encima de nossas cabeças.
Avião se prepara para pousar no aeroporto em Grand Case, em Saint Martin
Mas tínhamos de continuar. Pegamos mais um ônibus/van, continuando no sentido horário e seguimos até a praia Orient Beach. Essa é considerada uma das mais belas praias da ilha, areias bem brancas, em forma de lua crescente e com águas de cor típica caribenha. Tão bonita assim, acabou por atrair hotéis, bares, condomínios e muitos turistas. O ônibus nos deixa na estrada e temos de caminhar quase um quilômetro dentro de um condomínio para chegar até lá. A praia é grande e não é difícil sair da muvuca e encontrar um lugar mais tranquilo. Foi o que fizemos, achamos nosso cantinho e ficamos lá curtindo o mar mais agitado dessa praia, propício à jacarés. Outra coisa que chama a atenção é a mulherada fazendo top less, na maior cara dura, hehehe. Muitas, com uma calçola enorme, mas sem nada encima. Vai entender... Outras, mais corajosas, até jacaré foram pegar, sem o perigo de perder a parte de cima do biquini, já que não a usavam...
Chegando em Orient Beach, em Saint Martin, no Caribe
Bom, São Pedro achou que já nos tinha dado sol o suficiente e nos mandou chuva novamente. Já estávamos nos encaminhando para a estrada para pegar o ônibus de volta. Sorte que ele não demorou para passar e a água da chuva só foi o suficiente para nos tirar o salgado do mar.
Orient Beach movimentada, em Saint Martin, no Caribe
De volta para Marigot e nossa guest house. Amanhã, se o tempo estiver bom, vamos para Anguilla, numa day trip. Se não, vamos trabalhar um pouco e ver o que fazemos o resto do dia. Praias por aqui não faltam...
Autofoto em Orient Beach, em Saint Martin, no Caribe
Chegando perto do mar pela primeira vez no Hawaii, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island
Aproveitamos que nossos corpos ainda estavam no fuso horário da Califórnia e acordamos bem cedo aqui no Hawaii, para nosso primeiro dia de explorações. Ele prometia ser longo, com direito a matas e cachoeiras, mercados e vulcões, do nível do mar até os 4 mil metros de altitude. Ainda bem que aqui, mais ao sul, o dia dura mais e nos dá tempo de fazer mais coisas. Ficar escuro às cinco da tarde, nenhum viajante merece! É o que estava acontecendo na Califórnia. Aqui no Hawaii, ganhamos ao menos uma hora no final da tarde!
Nosso jipão em Big Island, no Hawaii (a Fiona que não veja essa foto!)
Experimentando frutas no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Já saímos de mala e cuia do nosso simpático hostal em Hilo, uma tradicional cidade havaiana que ainda se mantém razoavelmente livre dos turistas. Aqui na Big Island, eles preferem Kona, na costa leste. Como a noite de hoje não será mais por aqui, já desocupamos o quarto. Mesmo que fosse para dirigir apenas uns poucos quarteirões, até o mercado da cidade, uma espécie de feira livre que acontece todos os dias, pela manhã.
Frutas tropicais no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Venda de longon (a amarelinha) e rambutan (a vermelha) no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Foi a melhor maneira de já entramos no clima de um país tropical. Apesar de ainda estamos nos Estados Unidos, a cara da feira era a mesma de qualquer país de terceiro mundo, cheio de bancas com frutas tropicais. Algo totalmente exótico para os americanos do continente que aqui chegam. Para nós, brasileiros, nem tanto. Bananas, abacaxis, papayas e outras frutas do nosso “repertório”. Mas tem também as diferentes, com mais cara de Ásia do que América, como as deliciosas longons e rambutans. Experimentamos todas e já fizemos nossa compra para o dia, incluindo até um delicioso suco de maracujá fresco, feito na hora!
Depois de tanto tempo, de volta à vegetação tropical, na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii
Dali, a bordo do nosso jipão vermelho, fomos explorar a região ao oeste de Hilo. As estradas são cercadas de muito verde, mas ao contrário dos pinheiros e outras coníferas americanas, o que vemos aqui são palmeiras, samambaias, bambus e outras árvores tropicais. Depois de tanto tempo longe da linha do equador, os olhos custam a acreditar no que estão vendo. Mais estranho ainda é conciliar aquela paisagem com o padrão da estrada e os sinais em inglês. Parece que algo não está combinando, hehehe
Muito verde na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii
Depois de alguns mirantes para se observar o mar, que é a coisa que todo mundo quer ver quando chega ao Havaí pela primeira vez (não, não há ondas gigantes em todas as praias daqui!), seguimos um pouco para o interior, para ver uma das maiores cachoeiras do arquipélago. Não dessas que escorrem pela pedra, mas das que caem diretamente para o fundo. São as Akaka Falls, com mais de 100 metros de altura em um “single drop”.
A bela Akaka Falls, perto de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Mais impressionados do que com a cachoeira, ficamos com os peixes que a escalam, para poder depositar seus ovos lá encima, no mesmo lugar em que nasceram alguns anos antes. Impressionante! Só vendo para acreditar mesmo (nós não vimos!). Eles têm uma ventosa e com ela, literalmente, escalam o paredão atrás da cachoeira, enquanto se molham e se hidratam com a água e vapor que estão sempre por ali. Fico imaginando quanto tempo dura a tal escalada... Será que eles não podiam colocar seus ovos na parte de baixo mesmo? Depois dessa, passei a achar o esforço dos salmões em subir as corredeiras dos rios do Alaska se desviando das mandíbulas dos ursos e bicos das águias coisa de amador. Esse peixinho daqui faria isso com uma mão nas costas!
Uma das belíssimas flores no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Flores de todas as cores e formas no magnífico Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Das cachoeiras, já no caminho de volta para Hilo, fomos para o Jardim Botânico da região. Obra de um casal que se mudou para cá na década de 80. Depois de acharem um lugar para morar e curtir a aposentadoria, encontraram esse terreno numa encosta em frente ao mar, completamente tomada pelo mato. Amantes das plantas, eles o compraram e passaram as décadas seguintes remodelando aquela bagunça, levando ordem e beleza ao lugar. E trouxeram a “beleza” dos quatro cantos do mundo, inclusive muita coisa do Brasil.
Flores de todas as cores e formas no magnífico Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Flores de todas as cores e formas no magnífico Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Sorte nossa e de todos os que visitam essa verdadeira obra de arte. Para quem entende de plantas e flores, certamente poderia passar ali o dia inteiro. A quantidade, qualidade, diversidade e beleza das flores impressionam. De todas as cores, formas e tamanhos, muitas que eu nem imaginava poder existir. Dezenas de espécies de bromélias e orquídeas e outras flores tropicais, todas lado a lado, um verdadeiro colírio para os olhos.
Prestando reverência ao deus Ku, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Na parte de baixo do parque, chegamos outra vez perto do mar. Um lugar que já foi uma vila havaiana, virou uma fazenda, descambou para um terreno baldio e hoje é um jardim dos deuses. Com vista para o mar do Havaí. Espetacular! Falando em deuses, impossível não comentar que encontramos um deles. Na verdade, a estátua de um deles. Representa uma importante divindade havaiana, que atende pelo sugestivo nome de Ku. Assim como faríamos com Odin, Zeus ou Toutatis, prestamos as devidas reverências. Não poderia ter escolhido um lugar melhor para seu altar!
Piscinas naturais se formaram em antigo lençol de lava que avançou sobre o mar, ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Do Jardim Botânico voltamos para Hilo, atravessamos a cidade e seguimos rumo ao litoral, um pouco mais ao sul. É um litoral relativamente novo, resultado de erupções vulcânicas bem recentes. A lava escorreu até o mar, aumentando o tamanho da ilha e criando terraços de pedra (lava endurecida) que hoje formam piscinas naturais durante a maré alta. Quem aproveita são pequenos peixes e crustáceos, que aí ficam protegidos dos predadores maiores. No lugar deles, hoje tem de lidar com os turistas, que vão até aí com suas máscaras e snorkel para poder observá-los.
Caranguejo descansa sobre lava endurecida no litoral ao sul de Hilo, na Big Island, no Hawaii
Não era o nosso caso. Nós estávamos mais interessados nas próprias formações rochosas que nos seus habitantes marinhos. Estar ali tão perto dessa recente batalha entre o fogo e a água, numa guerra que já dura alguns milhões de anos, atiça nossa imaginação. Certamente, ainda vou falar muito disso nos próximos posts, principalmente aqui na Big Island, o campo atual de batalha entre esses dois elementos naturais.
O primeiro banho de mar no Hawaii a gente nunca esquece! (no Isaac Hale Beach Park, ao sul de Hilo, na Big Island)
As piscinas são bem rasas e resolvemos seguir um pouco adiante, até um parque estadual onde há uma praia um pouco mais funda. Aí a Ana deu seu primeiro mergulho no mar havaiano com cara de Caribe (é a nossa referência!). Havia uns poucos surfistas na área, mas o dia era de mar calmo. Eu ainda deixei a minha estreia mais para frente, mas a Ana se esbaldou na água de temperatura agradável.
Estrada secundária atravessa túnel de árvores ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Mas ela teve de ser rápida. Afinal, já estávamos no meio da tarde e ainda tínhamos uma montanha para subir. E não era uma morro qualquer, mas a maior montanha do mundo! Estou falando do Mauna Kea, uma elevação colossal, assunto do próximo post...
No topo do Mauna Kea, mais alto que as nuvens, na Big island, no Hawaii
Mapa das Ilhas Virgens Americanas (USVI) e Britânicas (BVI)
Com aquela sensação já conhecida de estar deixando um lugar antes do tempo, deixamos USVI em direção à BVI (British Virgin Islands). Fazem parte do mesmo conjunto de ilhas, das tais 11 mil virgens de um delirante Colombo. São vizinhas tão próximas que fiquei com a sensação de que, se precisasse, poderia nadar entre elas. Interessante, nadar de um país ao outro... A viagem foi de Cruz Bay, em St. John para West End, em Tortola. De lá, um táxi para Road Town
A mudança de países não foi feita sem o tradicional stress de horários que sempre passamos... O ferry saía às 08:30. Vinte minutos antes, deixei a Ana e a bagagem no porto e voltei para a loja de carros, para devolver o nosso. A loja não estava aberta (deveria abrir às 08:00). Quando resolvi largar o carro lá mesmo e deixar a chave no nosso hotel, o cara apareceu. Cumpridas as formalidades, corri para o porto para não achar a Ana lá. Quem encontrei foi uma mulher que me disse que aquele era o porto errado, para viagens internacionais era outro. Que beleza! A Ana tinha arrumado alguém para ajudá-la com nossa gigantesca bagagem e já estava lá, no porto certo, me esperando. Como sempre, no fim, tudo termina bem.
Na verdade, nem tanto. A nossa máquina fotográfica, que tirou fotos lindas no dia anterior, mas que já vinha com um barulho estranho, deixou de funcionar.Aqui em BVI não conseguimos consertar. Vamos ver no Brasil... Portanto, fotos agora, só do celular.
Nosso primeiro dia por aqui foi muito jóia. Conto no post seguinte...
No fim da tarde, apesar das nuvens, fomos premiados com um belíssimo pôr-do-sol nas águas do lago Guaíba, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Alguns dias atrás, vindos do Uruguai, passamos pela pontinha sul da Lagoa dos Patos, o maior lago do Brasil. Foi lá na cidade de Rio Grande, localizada no canal que liga o lago (e o transforma em uma “laguna, como eu já expliquei aqui) ao Oceano Atlântico. Agora, mais de 220 km ao norte, estamos na outra ponta da Lagoa dos Patos, aqui na cidade de Porto Alegre. A capital gaúcha cresceu e se desenvolveu às margens de um “pequeno adendo” do maior lago brasileiro, o conhecido Lago Guaíba.
A Lagoa dos Patos, o maior lago do Brasil, com mais de 220 km de norte a sul, está no sul do Brasil. Na sua parte norte, um pequeno apêndice é chamado de Lago Guaiba. Aí está Porto Alegre, capital do estado
Imagem de satélite do Lago Guaiba, um apêndice na parte norte da Lagoa dos Patos. Aí está Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Em vermelho, a área onde fizemos nosso passeio de barco
Circuito aproximado do nosso passeio de barco pelo Lago Guaiba, pelo rio Jacuí e nos canais que os interligam. A saída e chegada são próximas da Usina do Gasômetro (foto da internet)
Embora possa ser pequeno quando comparado com a Lagoa dos Patos e seus 10 mil km2, o Guaíba também tem tamanho considerável: 500 km2. Grande o bastante para ter várias ilhas, muitas delas habitadas e ocupadas por belas casas de porto-alegrenses mais afortunados. Embora o lago não tenha fama de ser muito limpo, absorvendo ainda muito dos detritos gerados nos municípios que o rodeiam, passear de barco por suas águas, canais e meandros é um delicioso programa para quem visita a capital gaúcha. A Ana, que por tanto tempo trabalhou em uma agência gaúcha e muitas vezes esteve aqui, já tinha feito essa navegação, mas eu ainda não. Então, foi isso o que fizemos hoje, a bordo do popular e tradicional barco Cisne Branco, que há décadas leva turistas pelo Guaíba adentro.
Entrando no barco Cisne Negro para uma volta no lago Guaíba, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Apesar do tempo nublado, entrando no barco Cisne Negro para uma volta no lago Guaíba, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
No tradicional barco Cisne Negro, passeio no lago Guaíba, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Ao contrário de ontem, infelizmente, o céu estava encoberto. Na verdade, até chovia um pouco. Chegamos a ficar preocupados que o barco não saísse para o passeio, pois seria nossa única chance de fazê-lo. Quando o vento está forte e o lago se enche de ondas, a embarcação não sai do porto, ali bem perto do Gasômetro. Mas, para nosso alívio e felicidade, após alguns minutos de tensão, o capitão resolveu zarpar. Poucos turistas haviam se animado a enfrentar a chuva e fazer o programa, eu e a Ana entre os poucos valentes (ou teimosos...). A fama do lindo entardecer visto das águas do Guaíba é grande e, apesar de pouco provável, tínhamos nossas esperanças...
Deixando as docas de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, para um passeio de barco no lago Guaíba
A cidade de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul. vista do barco em que navegávamos pelo lago Guaíba
A skyline de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, vista do lago Guaíba
Assim como a gigantesca Lagoa dos Patos, o Guaíba também é bem raso. Profundidade próxima dos cinco metros, raramente indo além disso. Mas ali, no meio daquele verdadeiro “marzão” de água doce, é difícil acreditar nisso. Tão longe do mar que estamos que a água é realmente doce, ficando ligeiramente salobra nas grandes marés e períodos de seca.
A silhueta inconfundível do Gasômerto, com sua chaminé de mais de 100 metros de altura, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
A cidade de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul. vista do barco em que navegávamos pelo lago Guaíba
O enorme lago Guaíba, na verdade apenas uma parte da Lagoa dos Patos, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
O passeio e o percurso que o barco faz é mais ou menos padrão, contornando algumas ilhas e chegando até uma das pontes que compõe a Travessia Régis Bittencourt. Trata-se de um conjunto de 4 pontes, a mais longa delas sobre o rio Jacuí (o principal do Lago Guaíba), com 1.760 metros de comprimento. São elas que fazem a ligação rodoviária entre a capital com o interior do estado. Para chegar até lá, depois de atravessar uma área mais aberta do lago, entramos na rede de canais entre as diversas ilhas. É uma das partes mais interessantes do passeio, quando vemos de perto os jardins e quintais de algumas das belas casas que ocupam essas ilhas.
Navegando nos canais entre o rio Jacuí e a lago Guaíba, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Encontro com outro barco de turismo no rio Jacuí, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Encontro com outro barco de turismo no rio Jacuí, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
O comandante do barco vai nos dando informações geográficas e históricas ao longo do percurso, ao mesmo tempo em que matamos nossa sede com alguma cerveja gelada. Ao final, voltamos à parte aberta do lago de onde se tem uma vista privilegiada da cidade e de algumas de suas principais construções, como o Gasômetro e o estádio Beira-Rio. Aliás, esse nome vem do fato que, até hoje, muita gente ainda considera o lago Guaíba como o “rio Guaíba”.
Navegando nos canais entre o rio Jacuí e a lago Guaíba, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Muitas belas casas na ilhas do lago Guaíba, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Ponte sobre o rio Jacuí, região de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Nossos dedos cruzados ao longo de todo o passeio finalmente fizeram efeito e São Pedro resolveu nos dar uma colher de chá no finalzinho do segundo tempo. Uma brecha abriu nas nuvens e a luz do sol pode chegar até nós, justamente na hora do pôr-do-sol. Foi joia! Uma última e belíssima imagem para se guardar de Porto Alegre!
Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Final do nosso passeio de barco, de volta ao Gasômetro, já com as luzes acesas, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Mesmo com muitas nuvens, a luz de fim de tarde ilumina os prédios de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Foi nosso último programa diurno na capital gaúcha. Digo diurno porque ainda temos um churrasco agora de noite. Convite especial de um antigo chefe da Ana. Mais um mimo entre tantos outros que estamos recebendo por aqui e que nos fazem sentir cada vez mais em casa. Falo um pouco mais sobre essa doce acolhida no próximo post...
No fim da tarde, apesar das nuvens, fomos premiados com um belíssimo pôr-do-sol nas águas do lago Guaíba, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
No fim da tarde, apesar das nuvens, fomos premiados com um belíssimo pôr-do-sol nas águas do lago Guaíba, em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul
Tocando a América e a Europa durante mergulho na Silfur Hellir, a fenda que divide esses continentes, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Desde que saímos de Curitiba, há mais de dois anos, sabíamos que um dia deveríamos chegar à Groelândia. Afinal, Groelândia é América e nosso projeto é conhecer todos os países e territórios americanos. Basicamente, se é América, vamos! Olhando no mapa, o caminho mais lógico para chegarmos lá era pelo Canadá, algum barco ou avião. Pertinho assim, não deveria ser caro. Ledo engano! Quase não há trânsito entre os dois países e o pouco que há, é caríssimo. Então, como chegaríamos a esta ilha?
Preparando-se para partir rumo ao mergulho na fenda entre as placas tectônicas da América e Europa (ainda na nossa agência de mergulho em Reykjavik, na Islândia)
Preparando-se para partir rumo ao mergulho na fenda entre as placas tectônicas da América e Europa (ainda na nossa agência de mergulho em Reykjavik, na Islândia)
Pesquisa daqui e dali e descobrimos que há duas rotas principais: uma pela Dinamarca e outra pela Islândia. Xiiiii... mas os dois lugares são na Europa! Quer dizer que, para conhecer toda a América, teríamos de ir para a Europa? Não era bem o que queríamos, mas se tivesse que ser, paciência! Mas então, eis que aparece uma salvação! Olhando um mapa das placas tectônicas que compõe nosso planeta, para tentar definir os limites da nossa América, eis que descubro que a placa americana não só contém a Groelândia (o que eu já sabia faz tempo!), mas ela também avança até a Islândia! Islândia, americana? É... mais ou menos. Na verdade, as placas americana e da eurásia se encontram ali, bem debaixo daquela ilha. Isso quer dizer que um pedaço da Islândia é sim, americano, e o outro é europeu. Melhor, a capital do país, onde está o aeroporto por onde passaríamos, fica no lado americano!
Placa informativa mostra a falha tectônica sob a Islândia e que divide a América da Europa
Mapa da caverna formada entre as placas tectônicas da América e Europa (na nossa agência de mergulho em Reykjavik, na Islândia)
Bom, definido que passaríamos pela Islândia para voarmos para a Groelândia, é claro que não íamos ficar nesse “determinismo”! Tratamos de agendar uns 10 dias por esse país maravilhoso e fomos conhecê-lo por inteiro, parte americana e parte europeia. Mas aquela história do encontro de placas nunca mais saiu da nossa cabeça. Ainda mais quando descobrimos que há um lugar onde se pode ver isso. Melhor ainda: há uma fenda entre os dois continentes, que está se abrindo alguns poucos centímetros a cada ano. E esta fenda está preenchida por uma água puríssima, vinda diretamente de uma geleira e filtrada durante 10 mil anos por algumas centenas de metros de solo permeável. O resultado é que ela chega à fenda tão limpa, mas tão limpa, que é possível enxergar quase 100 metros de distância embaixo d’água. Praticamente um recorde mundial! Será que ainda dá para melhorar? Sim, dá! É possível mergulhar aí, ver a fenda bem de perto e tocar nos dois continentes ao mesmo tempo! Poderíamos conhecer o ponto onde começa a América, literalmente!
Chegando ao Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
A fenda que divide dois continentes: América e Europa, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Então, durante nossos últimos dias aqui no país, entramos em contato com uma agência de mergulho para nos levar até lá. Conseguimos marcar o passeio para hoje bem cedo, e já vamos emendar o programa com outras atrações do Golden Circle. Afinal, essa fenda que separa os dois continentes fica bem no Parque Nacional Thingvellir, o ponto de partida para esse famoso circuito turístico.
A fenda que divide dois continentes: América e Europa, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Recebendo explicações sobre o mergulho que faremos na fenda que divide dois continentes: América e Europa, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Antes das sete da manhã já estávamos na agência, conversando com o nosso simpático guia, o Kevin. Ele é irlandês, mas já mora na Islândia há um bom tempo. As duas ilhas tem uma forte conexão histórica, desde que os vikings, há 1000 anos, passaram por lá para roubar suas mulheres e trazer para cá. O Kevin disse que veio recuperá-las. E aproveitou para mergulhar um pouco!
A fenda que divide dois continentes: América e Europa, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Feliz, admirando a fenda que divide dois continentes: América e Europa, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Foi o Kevin que teve de nos ensinar a usar roupa seca de mergulho. Apesar de mergulhadores experientes, nunca precisamos usar esse equipamento, pois sempre mergulhamos em águas mais quentes. Mas aqui na Islândia, com água vinda diretamente da geleira, teríamos de nos batizar! Afinal, são apenas 2 graus Celsius! Para quem não conhece, a roupa seca é completamente vedada e não permite que a água entre dentro da roupa e em contato com a pele. Assim, podemos até colocar um casaco embaixo dela, para ficarmos bem quentinhos. O problema maior dela é no pescoço, onde ela tem de ficar bem apertada para não passar nenhuma água que eventualmente entre na área do rosto. Aliás, aí está o outro problema: não é possível cobrir todo o rosto e nossas bochechas tem sim de se acostumar com a água gelada de 2 graus!
Já vestida, preparada para mergulhar na Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Início de mergulho na Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
É claro que com essa parafernália toda, a nossa flutuabilidade na água fica meio comprometida. Principalmente para quem, como nós, está fazendo isso pela primeira vez. O ar que tem de ficar dentro da roupa para aumentar nosso isolamento térmico nos deixa meio desiquilibrados dentro d’água. Balança para cá, balança para lá, subimos um pouco, descemos e vamos ficando melhores. Outra dificuldade está no uso da câmera. Primeiro, porque ela também não gosta de água tão fria (quem gosta? Só os pinguins e as focas!) e segundo por causa da luva que usamos. Enfim, temos que nos virar com isso também!
A Ana empurra a América durante mergulho na Silfur Hellir, a fenda que divide esse continente da Europa, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Mergulhando entre a América e a Europa na Silfur Hellir, a fenda que divide esses continentes, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Seguimos o carro da agência do Kevin até o parque e, lá dentro, até o estacionamento ao lado da fenda. O lugar é lindo. Mais do que isso, é mágico! Quando, ainda do lado de fora, olhamos aquela água cristalina e sabemos que ali dentro Europa e América estão se separando, é emocionante! Algum dia, demasiado tempo para nós, seres humanos, mas um piscar de olhos na escala geológica, essa fenda vai se abrir e esticar o suficiente para chegar até o oceano. A água marinha vai invadir tudo, ao mesmo tempo em que a Islândia vai se tornar duas: Islândia do Oeste e Islândia do Leste, uma americana e outra europeia. Mas por enquanto, as paredes estão bem próximas, em alguns pontos se encostando, em outros com uns 10 metros de distância. E há também aquele ponto em que estão na distância “correta”. Correta para que possamos encostar a mão esquerda num continente e a mão direita em outro. O momento que sonhávamos já há mais de um ano! Tudo ali, bem pertinho da gente. Entre nós e esse “momento”, o único obstáculo era essa água gelada, brrrrrrr!
Mergulhando entre a América e a Europa na Silfur Hellir, a fenda que divide esses continentes, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
As águas claríssimas, com quase 100 metros de visibilidade, da Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Gelada, mas cristalina! Sem mais delongas, entramos na água. Congelante! Mas a pureza e transparência do que nos cercava nos fazia esquecer do frio. Apanhamos um pouco da flutuabilidade, mas nada que um esforço e concentração extra não ajudasse. Enfim, lá estavam aquelas duas paredes, o lugar ideal para fotos, o sonho de muitos meses, o começo da nossa América!
Mergulho nas águas claras e geladas da Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
As águas claríssimas, com quase 100 metros de visibilidade, da Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Foi absolutamente emocionante. Seguimos devagar, aproveitando cada segundo, cada ranger dos dentes. A água é de um azul inacreditável. De tão clara, parece que estamos voando! Flutuando no espaço, numa câmara sem gravidade. Simplesmente espetacular!
As águas claríssimas, com quase 100 metros de visibilidade, da Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Mergulho nas águas claras e geladas da Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Vamos percorrendo a fenda, chegamos a uns 15 metros de profundidade. A fenda fica mais estreita, há uma barreira de pedras a frente. Temos de subir quase até a superfície para superá-la e depois, descer de novo. Agora, parece um canyon, já está mais aberta. Lá atrás, a profundidade superava os 50 metros, mas aqui, podemos ir até o fundo, arenoso. Depois, mas uma barreira de pedras e chegamos num lugar mais amplo, quase um pequeno lago. A luz do sol entra com mais facilidade. Tudo iluminado, fica ainda mais lindo, mais claro, mais azul.
Final do emocionante e gelado mergulho (2 graus!!!) na Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Final do emocionante e gelado mergulho (2 graus!!!) na Silfur Hellir, a fenda que divide a Europa da América, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Finalmente, fim do mergulho. O calor do lado de fora é bem-vindo. Mas quando saímos da água, sentimos saudade da falta de peso dentro dela. Com o pescoço ainda bem apertado, quase sem conseguir respirar, temos de carregar o equipamento de volta até o carro. O que tínhamos nadado por baixo d’água, agora temos de caminhar do lado de fora. É uma cena meio surreal, naquela paisagem. Foi infinitamente mais duro, essa última parte. O alívio é enorme ao chegarmos ao carro, aliviarmos o peso e abrirmos a roupa. Ufff... Mas valeu cada segundo de esforço, cada dificuldade em respirar. A experiência foi inesquecível, uma das mais especiais desses 1000dias. A cada dia que passa e especialmente hoje, nos sentimos mais e mais americanos!
A parte mais difícil do mergulho noParque Nacional Thingvellir, na Islândia: voltar 300 metros caminhando com a roupa seca e apertada e carregando o equipamento!
Celebrando o sucesso do mergulho que fizemos na fenda que divide dois continentes: América e Europa, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia
Lagoa do Cassange, na Península do Maraú - BA
Mais um capítulo na nossa rotina de despedidas, mais um dia na estrada, uma nova região para explorar. Estamos ficando pró nessas "atividades"... Itacaré já virou passado, chegamos à Barra Grande, bem na pontinha da Península do Maraú, que separa o mar aberto da terceira maior baía do Brasil, logo após a Baía da Guanabara e a Baía de Todos os Santos.
Despedida da Bianca e Rebeca, em Itacaré - BA
Depois da festa da fantasia de ontem, obviamente não conseguimos sair cedo da Sage Point. Foi só à uma da tarde que partimos, tudo empacotado na Fiona, despedidas da Rebeca e da Bianca e umas poucas fotos da bela e charmosa pousada, frequentada por uma tal de Monica Belucci. Nossa... imagina cruzar ela no café da manhã!
Pousada Sage Point em Itacaré - BA
Só pudemos nos dar esse luxo de sair mais tarde porque a Península do Maraú é pertinho de Itacaré. Até há algum tempo, e foi assim que fiz há 11 anos, podia-se pegar uma balsa de Itacaré direto para lá. Com a construção da ponte sobre o Rio de Contas, a balsa foi desativada e temos de dar uma volta um pouco maior.
Fiona explorando trilhas entre coqueirais na Península do Maraú - BA
A estrada que cruza a península de sul ao norte é uma BR. Estrada de terra ainda, que fica em estado lastimável depois das chuvas. Foi terrível da outra vez que passei aqui, mas hoje estava bem razoável. A Ana ficou impressionada dessa ser uma estrada federal. A razão de sua construção foi que, há muito tempo atrás, queriam fazer um grande porto no norte da península para escoar a produção de grãos do Brasil central. O porto até foi iniciado. Felizmente não foi terminado, mas a BR já estava feita e a península e a baía foram salvas do "desenvolvimento". Com isso, suas águas ainda se parecem com o que eram quando os portugueses aqui chegaram, o que não se pode dizer das suas duas "irmãs maiores", no Rio e em Salvador.
A praia Taipus de Fora, Península do Maraú - BA
No caminho através da península, passamos por lagoas e por uma natureza exuberante. Mas para realmente vê-la, é preciso sair da estrada principal, que é quase uma enorme reta de 40 km e seguir por trilhas secundárias, muitas de areia fofa. Aí, chegamos perto das lagoas, atravessamos coqueirais e terrenos pantanosos e chegamos nas praias maravilhosas que fazem a fama do lugar. A mais famosa delas é Taipus de Fora. Coisa de cinema, como não poderia deixar de ser. São tantas praias maravilhosas aqui na Bahia que vamos ficando até meio "enfasteados" delas. A grande atração de Taipus de Fora, além dos coqueiros, areias brancas e águas esverdeadas, coisa comum por aqui, são as piscinas naturais que se formam na maré baixa, ótimas para o mergulho. Mas nós passamos lá fora do horário, e a praia era "só" uma praia "normal". Antes de partirmos daqui, passaremos lá no horário correto, com certeza!
Pôr-do-sol na Ponta do Mutá em Barra Grande, Península do Maraú - BA
Chegamos em Barra Grande a tempo de nos instalarmos e irmos assistir ao programa obrigatório daqui: o pôr-do-sol na Ponta do Mutá, o extremo norte da península. Foi lindo assisti-lo, de um dos bares que estão ali com cadeiras e almofadas na areia, especialmente colocados para esse espetáculo diário. Como já era o finzinho do feriado, estava tudo bem calmo, como poucos e felizardos turistas.
Curtindo o pôr-do-sol na Ponta do Mutá em Barra Grande, Península do Maraú - BA
Ouço e percebo, pela quantidade de pousadas, que não é assim na temporada, quando centenas de pessoas, as vezes milhares, tomam conta da península. É o desenvolvimento que não veio com o porto, chegando com o turismo. Pelo menos, este mantém as águas cristalinas... Amanhã vamos checar isso fazendo um passeio de barco pela Baía de Camamu. Pois é, este é o nome dessa maravilhosa baía que eu ainda não havia citado.
Curtindo o pôr-do-sol na Ponta do Mutá em Barra Grande, Península do Maraú - BA
Criança brincando na Ponta do Mutá durante o pôr-do-sol, em Barra Grande, Península do Maraú - BA
Muito estressado com a vida em Mompós, na Colômbia
Chegando em Mompós, fomos logo nos instalar na simpática "Casa Amarilla", o único hostal da cidade, numa casona bem em frente ao rio. A Colômbia tem uma rede de hostais nas suas cidades mais visitadas, sempre de boa qualidade. Depois de descobrirmos isso em Cali, viramos seus "clientes".
Rua do centro histórico de Mompós, na Colômbia
A programação do dia não poderia ser outra: caminhamos sem rumo pelas ruas do centro histórico e também pela orla do Rio Magdalena, observando as muitas igrejas, casarões e outras construções centenárias da época de ouro dessa cidade, quando ela era o principal porto fluvial na rota entre o interior do país e Cartagena, no litoral.
Orla do Rio Magdalena em Mompós, na Colômbia
Clima completamente diferente das outras cidades do país que conhecemos até agora. Muito calor e umidade, lembrando muito cidades brasileiras à beira dos grandes rios do país, como o São Francisco. Mas aqui, pela dificuldade de acesso, há muito menos gente e tudo é mais tranquilo.
Uma das muitas construções históricas no centro de Mompós, na Colômbia
Homenagem à Simón Bolívar em Mompós, na Colômbia
Depois de muito caminhar, achamos um restaurante gostoso na beira do rio para almoçar e tomar uma merecida cerveja estupidamente gelada. Aí, ficamos vendo o rio e a vida passar, por horas. Conhecemos um simpático casal (suiça e alemão) e a conversa se estendeu indefinidamente enquanto fotografávamos pássaros, o rio e o entardecer e conversávamos sobre viagens e a vida. Não dava vontade de ir embora...
Conversando com a suiça Lili e o alemão Gandolf na orla do rio Magdalena, em Mompós, na Colômbia
Mas, enfim, a América Central nos espera (assim esperamos!). Amanhã, sem muita pressa, partimos para a famosa Cartagena de Las Indias, nosso último destino na Colômbia. Chegaremos em plenas festas da cidade que celebra agora sua independência. Ali, vamos ter de encontrar um meio de enviar a Fiona para o Panamá. Dedos cruzados!
Um dos braços do Rio Magdalena, em Mompós, na Colômbia
Almoçando em restaurante de Palermo, bairro de Buenos Aires, na Argentina
Depois dos nossos brindes na Recoleta, voltamos para nosso hotel em Palermo, onde já havíamos desocupado o quarto e eles só guardavam nossa bagagem. Era chegada a hora de irmos conhecer o Marcelo e a Carola, os “Periodistas Viajeros” (o site e as viagens deles são ótimos! Confira aqui!), que haviam se oferecido para guardar a Fiona enquanto viajamos para a Antártida. Por enquanto, só nos conhecíamos pelas redes sociais. A ideia era irmos ao seu apartamento e depois segui-los até a casa da Paula, mãe da Carola, num condomínio fechado em Pilar, pequena cidade da grande Buenos Aires, a 50 quilômetros do centro, direção norte.
Eles moram em Belgrano, outro bairro super gostoso de Buenos Aires, não muito longe de Palermo. Não há grandes atrações turísticas por lá, mas é o tipo do bairro que eu adoraria morar, se um dia viesse para cá. Ruas largas, tranquilas e arborizadas, boa infraestrutura de escolas, comércio, restaurantes e praças e sem movimento de tráfego pesado e turistas abobalhados. Enfim, logo os encontramos, eles nos receberam super bem e já estávamos na estrada para Pilar. Quarenta minutos mais tarde, antes da hora do rush, chegávamos ao chique e tranquilo condomínio, como tantos que também existem ao redor das grandes metrópoles brasileiras. Depois que passamos da portaria, muitas crianças brincando nas ruas, casas sem grades e com vastos jardins, nenhum prédio no horizonte, clima de vida quase rural.
O Marcelo e a Carola, os Periodistas Viajeros, nos trazem de volta de Pilar para Buenos Aires, num dia com muita chuva (Argentina)
O Marcelo e a Carola, os Periodistas Viajeros, nos trazem de volta de Pilar para Buenos Aires, num dia com muita chuva (Argentina)
A noite foi de queijos e vinhos ao ar livre, no fundo da casa. Como não poderia deixar de ser, muita conversa sobre viagens. Eles também viajam muito, mas são viagens mais curtas, já que tem que trabalhar também. Como o próprio nome do site deles indica, são jornalistas, ele muito interessado em questões políticas. Fomos dormir tarde, céu estrelado e acordamos com o tempo virado, chuva forte. Como chegamos por lá quase no escuro e pela manhã chovia muito, nem tiramos fotos. Mas na volta, quando viermos pegar a Fiona, não perderemos mais essa chance!
Loja em Palermo, bairro de Buenos Aires, na Argentina
Testando vestidos em lojinha de Palermo, em Buenos Aires, na Argentina
Então, a Fiona ficou por lá guardadinha e segura da silva, com boa parte da nossa bagagem e nós voltamos com eles para o centro, hoje cedo, embaixo ainda de muita chuva. Eles direto para o trabalho e nós para o nosso mesmo hotel, em Palermo, onde havia ficado nossa bagagem para as próximas 3 semanas, muita roupa de frio para o que nos espera. Tínhamos reservado um quarto para mais uma noite, pois é amanhã que nos mudamos para o hotel já incluído no pacote para a Antártida, no centro da cidade. Como continuava a chover, aproveitamos para continua a organização de nossas coisas para a viagem.
Uma gostosa e preguiçosa tarde em restaurante de Palermo, bairro de Buenos Aires, na Argentina
Finalmente, no meio da tarde, a chuva amainou um pouco e a gente aproveitou para caminhar um pouco por Palermo na região do bairro conhecida como Soho. Muita gente de guarda-chuva nas ruas e ao redor da praça Armênia, onde visitamos algumas lojas e encontramos um restaurante gostoso para comer e tomar vinho, só para ficar vendo a chuva cair e o tempo passar. Uma delícia!
Tarde de chuva em Palermo, bairro de Buenos Aires, na Argentina
Tarde de chuva em Palermo, bairro de Buenos Aires, na Argentina
Por fim, de volta para nosso hotel, na rua Malabaia. Só para descansar mais um pouco, recuperar as energias e sair novamente, de noite. A região ao redor da Plaza Armênia é cheia de bares e restaurantes interessantes e a noite prometia. Acho que Belgrano seria mesmo nossa segunda opção para morar aqui em Buenos Aires. A primeira, sem dúvida, seria Palermo, numa das inúmeras ruas tranquilas, mas sempre próximo de restaurantes e praças.
Uma gostosa e preguiçosa tarde em restaurante de Palermo, bairro de Buenos Aires, na Argentina
Amanhã de noite, já estaremos com nosso grupo de viagem, então hoje era nossa última chance a sós. Além disso, tínhamos outro motivo para celebrar. Acabamos de ser convidados para sermos padrinhos de casamento dos nossos amigos queridos, os mesmos que já viajaram conosco no Havaí, Cuba e Galápagos, durante esses 1000dias. O casamento será no início de Dezembro, ainda durante nossa viagem e acho que eles estavam meio desconfiados que não iríamos. Então, nos deram o cheque mate: “Vocês serão nossos padrinhos!”. É... agora não tem mais jeito de não ir, hehehe! Mas, iríamos de qualquer maneira, claro! Ainda mais porque eles vão se casar exatamente no lugar que casamos, na mesma praia da mesma Ilha do Mel, festa na mesma pousada. Tem jeito de não ir? A Ilha do Mel, mais uma vez, entrará no roteiro dos 1000dias!
Almoçando em restaurante de Palermo, bairro de Buenos Aires, na Argentina
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