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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Os vulcões Concepción e Maderas, na ilha lacustre de Ometepe, na Nicarágua
Com a roupa toda limpa (San Juan del Sur é famosa como lugar para lavar roupas e telefonar barato para o exterior!), partimos hoje para um dos mais belos destinos do paÃs: a Isla Ometepe, em pleno Lago da Nicarágua.
Costa do lago Nicarágua em San Jorge. Ao fundo, o vulcão Concepción, na ilha Ometepe
Este é o maior lago da América Central e um dos maiores de todo o continente. Embora esteja bem pertinho do Oceano PacÃfico, a menos de 20 km em alguns pontos, suas águas fluem para o outro lado, para o Oceano Atlântico, através do Rio San Juan, o maior do pais. Por este rio que forma boa parte da fronteira com a vizinha Costa Rica, grandes navios chegam ao Lago Nicarágua através do porto de San Carlos.
Mapa da Nicarágua, destacando-se o grande lago da Nicarágua e a Isla Ometepe em seu interior
É exatamente por causa dessa geografia que a Nicarágua, muito mais "gorda" que o Panamá, seria, na verdade, o caminho mais curto para navios cruzando de um oceano a outro. Por muito pouco que hoje não temos o Canal da Nicarágua ao invés do famoso Canal do Panamá. Essa escolha se deu no Congresso dos Estados Unidos, no inÃcio do século passado. Coube aos americanos, os maiores incentivadores e beneficiários de um possÃvel canal, decidir aonde investir (construir!) seu dinheiro. Na época, dois lobbies fortÃssimos dentro do Tio Sam disputavam a decisão do Congresso e a balança pendia para a Nicarágua, caminho já muito usado pelos americanos desde a corrida do ouro na Califórnia, cinquenta anos antes. Na antevéspera da disputada votação, o lobby pró-Panamá (que ainda era parte da Coômbia!) deu um golpe fatal na concorrência: mandou distribuir entre os congressistas um selo oficial emitido pelo próprio governo nicaraguense mostrando a Isla Ometepe, bem no meio do lago da Nicarágua e da rota defendida pelo lobby pró-Nicarágua. O problema é que a imagem do selo mostrava também o vulcão Concepción, um dos dois na Isa Ometepe, em plena erupção! Quem iria querer investir seu dinheiro num canal ao lado de um perigoso vulcão? Não houve tempo para o lobby pró-Nicarágua reparar os estragos e o resto é história. Pouco tempo depois se "inaugurava" um novo paÃs, o Panamá, e dez anos mais tarde lá estava a ligação entre os Oceanos Atlântico e PacÃfico. O Canal da Nicarágua continuou uma ficção, embora os planos para construÃ-lo voltem de tempos em tempos nesses últimos 100 anos...
O imponente vulcão Concepción, o mais alto da Isla Ometepe, no lago Nicarágua
Bom, difÃcil imaginar tudo o que seria diferente no mundo de hoje, para melhor ou pior, caso aquele selo não tivesse sido usado como peça de (anti) propaganda. Mas uma coisa é certa: a Isla de Ometepe e toda a sua exuberante natureza agradecem! Certamente o tráfego constante de navios de grande porte por ali e o "progresso" que isso trarÃa não teriam sido benéficos para a ilha sagrada dos dois vulcões. "Ometepe", na lÃngia indÃgena, quer dizer "ilha das duas montanhas". Para quem viaja para lá, nem é preciso explicar o porquê! De longe, a silhueta dos vulcões Concepción e Maderos, quase sempre com seus cones cobertos por nuvens, logo chama a atenção. Suas encostas férteis e o pequeno istmo que os une há milênios vem atraindo as pessoas.
Brindando suco de laranja com a Ilha Ometepe ao fundo, com seus dois vulcões (Nicarágua)
Hoje, é um dos principais destinos turÃsticos do paÃs, gente atrás de aventura, vida tranquila e sadia e de estar perto da natureza. O acesso é feito de barco, principalmente da pequena São Jorge, mas também da mais conhecida cidade de Granada, ao norte. Mas para quem vai de carro, é só por San Jorge mesmo. São ferries pequenos, com espaço para dois ou três carros e dois caminhões, os principais usuários do serviço. Tão pequena é a oferta que é preciso reservar um lugar com antecedência.
Com o italiano Dario, que viajou da Patagônia ao Alaska em 2003 (no seu restaurante em San Jorge, a caminho da Ilha Ometepe, no Lago Nicarágua)
Nós não sabÃamos disso e fomos na raça mesmo. O próximo ferry não tinha espaço, mas o que sairia daà a 3 horas sim. Ufa! Melhor que ter de esperar até amanhã! Assim, tivemos tempo para almoçar na beira desse gigantesco lago cheio de ondas com vista para a ilha e seus vulcões. Comemos no restaurante de um italiano, o Dario. Assim que ele viu a Fiona, veio conversar conosco. Em 2003 ele fez a sua própria viagem pelas américas, também da Patagônia ao Alaska. Na verdade, começou nas Malvinas! A diferença é que fez tudo em seis meses, e de ônibus! Veio nos mostrar fotos, mapas da sua rota e até o livro que publicou na Itália.Muito jóia!!!
Livro e rota do italiano Dario pelas américas (ele tem um restaurante em San jorge, no Lago Nicaragua)
Fiona abordando o ferry Che Guevara, à caminho da Isla Ometepe, no lago Nicarágua
E assim o tempo passou rapidinho. Muito bem alimentados, embarcamos a Fiona no apertado ferry Che Guevara (tinha de ser!) e seguimos para a ilha. Para nós, que casamos em uma, é ainda mais emocionante chegar à uma ilha, principalmente tão bem conservada como essa, assim como nossa Ilha do Mel. Ainda no barco conhecemos o dono de um hotel em Santo Domingo, um dos dois pontos onde se concentram as acomodações de Ometepe. O outro é Moyogalpa, onde chega o ferry e maior cidade da ilha. AÃ, quando chegamos, já acertei um guia para mim para a subida do vulcão Madeiros, depois de amanhã. Amanhã, vamos rodar a ilha de Fiona, com tranquilidade, indo a alguns de seus pontos mais famosos. Já a noite de hoje, na tranquila Santo Domingo, praia lacustre a meia hora de Moyogalpa, vamos dormir com o barulho das ondas. Ondas de lago. Ondas de água doce. Estranho, né?
Chegando à ilha Ometepe, no Lago Nicarágua
Olá Rodrigo, saudades. E as festas, onde passarão? Aguardo o guia avançado especializado nas cervejas das Américas. Quero beber para esquecer o rebaixamento do Atlético. Um grande abraço, boa viagem.MSergio
Resposta:
Saudades também, Mario!
O Natal vai ser em El Salvador e o Ano Novo deve ser na Guatemala
Guia,não sei, mas uma coleção de fotos das cervejas, com certeza!
Quanto ao Atlético, pelo menos já tenho para quem torcer na segundona, hehehe!
Abs
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