0
Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão
Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela
Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A magnífica paisagem polar da tundra, na Dalton Highway, no norte do Alaska
Nosso plano original era simplesmente chegar até o “Alaska” e daqui começar a nossa volta. Tratávamos essa gigantesca região como se fosse um ponto, o que está bem longe da realidade. Como já disse, o Alaska é o maior estado dos Estados Unidos, com atrações suficientes para podermos viajar por meses por aqui. Então, quando fomos chegando mais perto daqui, precisamos ser mais específicos e acabamos decidindo que chegaríamos em Anchorage, a maior cidade do estado.
Antigo posto de correios da simpática Wiseman, cidade 100 milhas ao norte do Círculo Polar Ártico, no Alaska
Mas logo a coceira de seguir mais para o norte começou a bater. Depois da história da Aurora Boreal e das “reclamações” da Fiona, decidimos que tínhamos de chegar, pelo menos, até o Círculo Polar Ártico. Será que faríamos um bate-volta até lá, saindo de Fairbanks? Hmmm... se queríamos ver a Aurora, tínhamos de dormir por lá e o hotel mais próximo estava em Coldfoot, 90 milhas adiante. Ok, Coldfoot passou a ser nosso destino final.
A árvore mais ao norte na Dalton Highway, a caminho do Oceano Ártco, no Alaska
Mas, ao chegarmos em Coldfoot, uma rápida visita ao Centro Turístico nos fez mudar de ideia rapidamente. Dez milhas mais ao norte estava a cidade de Wiseman, um interessante e centenário assentamento mineiro. Outras dez milhas, e lá estava uma bela montanha com um lago espelhado logo abaixo. E mais um pouquinho, a última árvore, aquela que nasceu mais ao norte no continente. Tínhamos de ver essa heroína!
Chegando na Brooks range, no norte do Alaska
Na noite de ontem, ao comentar nossos plano com um camioneiro que conhece toda a estrada, ele exclamou, incrédulo: “mas vocês não vão conhecer o Atigun Pass??? É o lugar mais bonito da estrada!!!”. Bom, diante disso, tínhamos de ir lá. O tal “pass” é o trecho em que a rodovia ultrapassa a Brooks Range, a cadeia de montanhas que funciona como uma “Continental Divide”. Do lado de cá, a água corre para o Pacífico, do lado de lá, corre para o Ártico. Então, se fôssemos até lá, estaríamos definitivamente no Ártico!!! Não dava para resistir a tentação, né?
Depois de tanto tempo, de volta às montanhas nevadas, dessa vez na Brooks Range, no norte do Alaska
Depois de tanto tempo, de volta às montanhas nevadas, dessa vez na Brooks Range, no norte do Alaska
O que começa do lado de lá também é a tundra, essa vegetação que tanto estudei nas minhas aulas de geografia, lá na 7ª série. Típica da Sibéria e do norte do norte do Canadá. Tínhamos de ver isso também! Então, ficou assim: vamos até o Atigun Pass, descemos do lado de lá e damos uma olhada na tundra.
Aproximando-se do Atigun Pass, na Dalton Highway, Brooks Range, no norte do Alaska
Muita neve no Atigun Pass, ponto mais alto da Dalton Highway, com 1450 metros, na Brooks range, no norte do Alaska
Só faltou o esforço de seguir até o final da estrada, em Prudhoe Bay. O grande atrativo de chegar até lá seria ver o Oceano Ártico (quem sabe, dar um tchibum, hehehe). Mas, infelizmente, não se chega até lá. A estrada é fechada à particulares 15 milhas antes do Oceano. Toda a área pertence a uma grande empresa petrolífera. Temos de deixar o carro num estacionamento e pagar 50 dólares por cabeça para fazer um passeio de ônibus pelas instalações e até o mar. E o passeio tem de ser reservado com antecedência. Chateação! Além disso, segundo disseram, os últimos 200 km de estrada atravessando a tundra são, basicamente, iguais. Então, o Oceano Ártico ficou para uma outra vez e nós economizamos 400 km de estradas encascalhadas, além dos 100 dólares.
Brincando com a neve no Atigun Pass, 1.450 metros de altitude, 8 graus negativos de temperatura e 68 graus de latitude norte, na Dalton Highway, no norte do Alaska
Brincando com a neve no Atigun Pass, 1.450 metros de altitude, 8 graus negativos de temperatura e 68 graus de latitude norte, na Dalton Highway, no norte do Alaska
Partimos pela manhã e logo estávamos na charmosa Wiseman. Casinhas de madeira, muita vegetação, visual bucólico, tudo atraente. Tem até uma pousadinha. Nessa época do ano, parece ser uma delícia. O duro deve ser os três meses no escuro, a menos 30 graus. Que dureza! Bem que a maioria das suas poucas dezenas de habitantes só fique por lá três ou quatro meses por ano.
Muita neve no Atigun Pass, ponto mais alto da Dalton Highway, com 1450 metros, na Brooks range, no norte do Alaska
Área segura contra as constantes avalanches no Atigun Pass, 1.450 metros de altitude, 8 graus negativos de temperatura e 68 graus de latitude norte, na Dalton Highway, no norte do Alaska
Pouco depois, já passávamos pela montanha com o lago e, mais um pouco, pela última árvore. Daqui para frente, são tão poucas horas de luz por ano que nem uma árvore consegue crescer. Frio, pouca água, vento, com isso elas conseguem lidar. Mas ausência de luz, aí já é demais... Apenas gramíneas e arbustos conseguem sobreviver a estas condições extremas.
dirigindo em plena tundra, na Dalton Highway, no norte do Alaska
Chegamos então à cadeia de montanhas conhecida como Brooks range, já coberta de neve. A estrada sobre a quase 1.450 metros para atravessá-la, na tal Atigun Pass. Como disse o camioneiro, com certeza esse foi o ponto alto da rodovia, nos dois sentidos!. Uma beleza e grandiosidade de perder o fôlego.
A Ana preparando o nosso almoço na Dalton Highway, no norte do Alaska
Nós enfrentamos o frio de 8 graus negativos e saímos para brincar com a neve. Apesar de já estramos viajando a mais de 800 dias, não é muito comum para nós cruzarmos montanhas nevadas. Então, quando nos deparamos com uma, é sempre a maior alegria e farra. Acho que visual parecido com esse, com a Fiona, a última vez foi lá nos Andes, fronteira de Argentina e Chile, há mais de um ano.
Latitude 68,5 graus, o ponto mais ao norte atingido pela Fiona nos 1000dias (na Dalton Highway, no norte do Alaska)
Chegamos pertinho da Ásia e da Rússia na Dalton Highway, no norte do Alaska. Que vontade de continuar...
Descemos então na famosa tundra. Finalmente, a imagem que eu sempre tive do Alaska, dos documentários que via na TV. Um enorme espaço vazio, cercado por montanhas ao longe. Visual magnífico! Vegetação meio avermelhada, em forte e belo contraste com o branco das montanhas nevadas. Aqui e ali, um lago para adicionar ainda mais beleza naquela paisagem inóspita e selvagem. Aqui é o Alaska do Alaska!
Deixando a nossa marca na latitude 68,5, na Dalton Highway, no norte do Alaska
A magnífica paisagem polar da tundra, na Dalton Highway, no norte do Alaska
Não sabíamos até onde ir e de onde voltar. Qual seria o “turning ponit” da viagem? Foi dando um nó na garganta, vontade de seguir, seguir, seguir. Por fim, decidimos que o limite seria a marca dos 68,5 graus de latitude norte, quase a mesma em que estivemos na Groelândia. A Fiona queria, a todo custo, seguir adiante, quem sabe até os 70 graus (a Ana diz que a Fiona é meu alter ego, hehehe). Mas, não, estava na hora de voltar. Chega de norte, daqui para frente, nosso rumo é o sul e o objetivo é a Terra do Fogo. Brincando com as palavras, o sul passa a ser o nosso norte.
Muito feliz dentro do ar quente da Fiona, depois de atingirmos o ponto mais ao norte da expedição 1000dias no Alaska
Muito feliz dentro do ar quente da Fiona, depois de atingirmos o ponto mais ao norte da expedição 1000dias no Alaska
Bem na hora da virada, um pequeno zoom out no nosso GPS e a gente tem a clara visão de até onde chegamos. A Rússia está logo ali, muito perto de nós! Se houvesse uma ponte, um jeito de passar, acho que naquele momento, nós teríamos continuado. O nome do projeto teria de mudar, pois voltaríamos para casa pela Ásia, Europa e África. Putz... Confesso a vocês, foi triste fazer a volta e voltar...
O Polo Norte fica para trás. Agora, rumo ao Polo Sul! (na dalton Highway, no norte do Alaska)
Enfim, a vida e a viagem continuam! O caminho de volta até Coldfoot foi tão belo como o de ida. Na restaurante onde nos esbaldamos no jantar de ontem, hoje foi a vez do almoço. Pratos de camioneiro novamente. Uma delícia! Um banquete!
A deliciosa e revigorante "comida de camioneiro", em Coldfoot, na Dalton Highway, no norte do Alaska
Depois, seguimos até Yukon Crossing, passando pela “pedra do mamute” que tinha me emocionado ontem. Estava linda como nunca, soberana como sempre, senhora absoluta daquela vastidão desde a época em que os gigantescos primos peludos dos elefantes ainda frequentavam a área. Hoje de noite, no nosso alojamento aqui do lado do maior rio do Alaska, não vai faltar assunto para meus sonhos. Aurora, mamute, Rússia, tundra, Polo Norte, neve, vai ser uma confusão...
De volta à "pedra dos mamutes", na dalton Highway, norte do Alaska
Olá Rodrigo e Ana, o máximo o Alaska!! E por acaso, tem algum barco que faz o traslado de algum lugar do Alaska para a Rússia, ou Japão??
Resposta:
Oi Sheila
Barco de passageiros, linha normal, não há. Infelizmente! Nós adoraríamos ter embarcado com a Fiona num ferry e ter dado "um pulinho" em Vladivostok, mas isso vai ficar para as próximas gerações...
Um abs
muito legal gostaria muito tambem de ir a lugares como este eu adoro neve nunca foi mas é o meu sonho
parabens
Resposta:
Oi Wagner
Para nós, brasileiros, neve é mesmo uma coisa mágica! Nesses últimos meses, temos viso muita neve mesmo. mas nãop consigo enjoar, hehehe
Um abraço
Rodrigo
Excelentes fotos e paisagens fascinantes como no decorrer da viagem.
Eu ja tinha lido sobre a tundra e a Aurora Boreal mas é a primeira vez vi as imagens.
Resposta:
Oi Sotero
A paisagem de lá é maravilhosa e tiramos dezenas de fotos. Montanhas, planícies, neve, tundra, fauna, o lugar é de tirar o fôlego
Já a Aurora Boreal, esse sempre foi um dos nossos sonhos. Realizá-lo aqui no Alaska foi realmente especial!
Abs
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet