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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A estreita e longa estrada de areia corta o cerrado no sul do Maranhão, região de Alto ParnaÃba - MA
Chegou o dia da travessia pela pouco conhecida rota norte do Jalapão, atravessando o Parque Nacional das Nascentes do ParnaÃba. Nós acordamos cedo e fomos encontrar uma pessoa no posto da cidade que nos daria dicas do caminho, comprar alguma comida e mexer um pouco na internet numa Lan House. Aproveitamos também para ir até o rio ParnaÃba, que já conhecÃamos do delta e também de Teresina. Como não poderia deixar de ser, aqui ele é bem menor, e lá do outro lado da margem está o nosso querido estado do PiuaÃ.
O rio ParnaÃba, em Alto ParnaÃba - MA. Do lado de lá é o PiauÃ!
No posto, o Zé Batista, que uma vez por mês vai no seu caminhão até umas comunidades bem isoladas fazer um comécio nos deu dicas valiosas. TerÃamos de pegar a estrada para Lizarda, já no Tocantins. Aliás, ele aconselhou que fôssemos até lá e depois, para São Félix. É uma estrada toda de terra e areia, mas bastante usada. Mas essa estrada dá uma grande volta e não passa no parque, que era o que querÃamos. Então ele nos ensinou que deverÃamos ir nesta estrada até a pequena comunidade de Morrinhos e, de lá, pegar uma trilha para Riozinho, outra comunidade uns 40 km à frente. Lá, deverÃamos nos informar sobre os outros 100 km até São Félix
Delegacia e igreja, lado a lado, em Alto ParnaÃba - MA
Okay, com água, bolachas, amendoim, bananas e maçãs, partimos. Os primeiros 35 km foram de estradão, passando por grandes fazendas de soja e algodão. Praticamente nenhum tráfego. Passadas as fazendas, a estrada foi piorando e a areia ficando mais pesada. Nenhum problema para a Fiona, mas para carros baixos é outra história...
Plantação de soja à perder de vista, na estrada para Lizarda, região de Alto ParnaÃba - MA
Pois é, topamos com um Fiat Strada preso na areia há mais de uma hora e o pessoal, de pá, tentando tirá-lo de lá. Encostamos a Fiona, amarramos uma corda e começamos a puxá-lo, de ré. O carro saiu, mas quem ficou foi toda a frente do carro, que desmontou como se fosse de papel, agarrada na areia. Isso não tirou o ânimo das simpáticas pessoas no carro, pai e filho pela primeira vez naquela estrada, e de um amigo que os acompanhava num pequeno caminhão. Eles colocaram a frente do carro desmontada na caçamba e resolveram seguir viagem. A gente se despediu com aquela sensação de que nos verÃamos novamente.
Momento em que o Fiat Strada perde toda a frente, presa na areia (na região de Alto ParnaÃba - MA)
No quilômetro 57 o GPS mandou que mudássemos de estrada, entrando numa pequena trilha. Estávamos quase em Morrinhos (o Zé Batista disse que eram 60 km) e resolvemos "obedecê-lo". Muita areia na trilha mas a Fiona passava bem. Até que chegamos numa erosão mais cabeluda onde tivemos de pelejar por uns 20 minutos para passar. Passamos e essa trilha nos levou para bem próximo da estrada principal novamente, de onde começava a se afastar logo depois. Mas, quando chegamos neste ponto, percebemos as casas de Morrinhos e, numa delas, os carros dos nossos amigos. Fomos lá bater um papo e fizeram a maior festa. Melhor ainda, pudemos conversar com o dono da casa, que nos disse que essa estrada apontada pelo GPS não era mais usada e que deverÃamos pegar outra, um pouco mais adiante, para chegar até Riozinho.
Fiat Strada sem a frente o carro, na região de Alto ParnaÃba - MA
Assim fizemos, para pegar uma trilha com bastante areia novamente, mas sem muitas erosões. Uma hora mais tarde chegávamos à Riozinho, uma comunidade com sete ou oito casas. Logo na primeira, um menino nos orientou sobre o caminho à frente, uma ladeira meio complicada e uma tal bifurcação à direita. Andamos mais um pouco e vimos uma casinha simples, mas muito arrumadinha. Resolvemos fotografá-la, para postar no site como são as casas daqui.
Casa na comunidade de Riozinho. AInda não sabÃamos que era exatamente ali que irÃamos dormir! (região de Alto ParnaÃba - MA)
Poucos quilômetros à frente a tal ladeira apareceu. Nos trechos mais erodidos haviam desvios e, com carro alto e traçado, passamos sem problemas. Lá em cima, já observando todo o chapadão e aquela linda vastidão, ficamos com a impressão que o pior já tinha passado. Doce ilusão...
A Chapada das Mangabeiras, no P.N. das Nascentes do ParnaÃba, extremo sul do Maranhão
Quando apareceu a bifurcação, o GPS foi enfático: à esquerda! A estrada para lá aparentava mesmo ser melhor e eu desconfiei que a tal bifurcação que o menino falou era mais à frente. E assim, seguimos à esquerda. Andamos por uns quarenta minutos, sempre com muita areia e alguma erosão até um lugar onde a estrada entrou numa mata. Mais adiante, ela simplesmente acabou! Voltamos um pouco e achamos uma variante, que contornava a mata. AÃ, felizmente, apareceu uma casa com uma senhora. A única alma viva em quilômetros! Ela nos informou que aquela estrada que estávamos, que aparecia no GPS, era para Porto Alegre, outra minúscula comunidade. De lá, até seria possÃvel seguir para São Félix, mas ela nos aconselhou retornar e, logo depois da mata, pegar um atalho que nos levaria de volta à estrada correta. Ou então, voltar até a bifurcação, lá atrás.
A estrada vai ficando mais rústica, próximo à comunidade de Morrinhos, região de Alto ParnaÃba - MA
Resolvemos pegar o atalho. Nunca o quebra-mato da Fiona foi tão usado. Acho que já não passava carro lá há meses. Mas, com bastante paciência, cruzando o meio do cerrado e vendo araras e siriemas, conseguimos chegar à outra estrada, bem na altura de uma cancela. Pela lógica, viramos à esquerda, atravessamos a cancela e, numa primeira bifurcação, seguimos à esquerda novamente. Isso porque essa estrada parecia seguir na direção da outra que o GPS nos mostrava, lá longe, que Ãa de Porto Alegra para São Félix. Essa estrada cruzou um charco e muitas erosões até que chegou numa grande ponte de madeira com uma outra cancela. Crizamos a ponte, andamos mais um quilômetro e chegamos numa erosão mais cabeluda. Com aquela dúvida atroz sobre se estávamos ou não na estrada certa, resolvemos voltar...
Fiona enfrenta estrada de areia no P.N das Nascentes do ParnaÃba, no extremo sul do Maranhão
De volta à primeira cancela, seguimos no sentido oposto, na esperança de logo encontrar a estrada de verdade, aquela da primeira bifurcação à direita. Que nada! Apenas meia hora depois chegamos à própria bifurcação. Ou seja, aquela era mesmo a estrada correta. Só não sabÃamos se deverÃamos virar a esquerda ou direita naquela bifurcação logo depois da cancela.
Feliz em ter uma casa no final do dia, na comunidade de Riozinho, região de Alto ParnaÃba - MA
Agora já eram mais de quatro da tarde. O juÃzo bateu na cabeça e resolvemos voltar mais um pouco, descer a ladeira e ir até Riozinho. O melhor seria dormir por lá e obter melhores informações sobre a estrada adiante. Lá, numa casa bem em frente à quela que fotografamos, encontramos o Nilvan. Ele nos deu dicas valiosas da estrada adiante e confirmou que o caminho certo seria passar pela ponte com a cancela e por aquela erosão que não tÃnhamos passado. Disse também que estávamos bem na metade do caminho: 100 km para Alto ParnaÃba, 100 km para São Félix do Tocantins. Quando perguntamos se havia ali algum lugar onde pudéssemos dormir, ele não titubeou: poderÃamos dormir na casa em frente, aquela arrumadinha que fotografamos! Era do seu irmão que não estava ali esses dias!
Com o Jaime, qie nos recebeu na comunidade de Riozinho, região de Alto ParnaÃba - MA
E assim, ganhamos uma casa só para nós. Com um rio no quintal, para tomarmos um belo banho! Inacreditável! Depois do banho, quando já tinha escurecido, a gente com luz de velas (o Luz Para Todos não chegou em Riozinho!!!), apareceu o Jaime, outro irmão do Nilvan. A única coisa que poderÃamos oferecer para eles era uma pinga deliciosa que a gente vem carregando desde a Bahia, na Chapada Diamantina. Está há meses no carro, "curtindo" dentro de uma garrafa pet. Foi conosco até as Guianas, cruzou a Amazônia, tem história para contar.
Dedo de prosa com o Jaime e o Nilvan, que nos receberam tão bem na comunidade de Riozinho, região de Alto ParnaÃba - MA
Pois bem, não poderia haver melhor hora e local para ser consumida. Nós quatro, dentro da casa do Nilvan, com luz de velas, comendo um arroz com abóboras, matamos a pinga. Com um dedo de prosa maravilhoso. Experiência para levar para o resto da vida! Dois mundos completamente diferentes se encontrando ali, ao redor de uma vela regada à pinga baiana da melhor qualidade, empatia total. Muito, muito legal!
Hora de se recolher na "nossa" casa, na comunidade de Riozinho, região de Alto ParnaÃba - MA
Depois, nos recolhemos à nossa casa. Uma simpatia, dois quartos, sala e uma grande cozinha. No quintal, porcos, galinhas e gado. Além do Rambo, o cachorro protetor. E um gato, devorador de ratos e cobras. Dormimos felizes e cansados. O dia de amanhã promete...
Dedo de prosa com o Jaime e o Nilvan, que nos receberam tão bem na comunidade de Riozinho, região de Alto ParnaÃba - MA
oi Rodrigo - sempre retorno a estes posts de maio de 2011 - pois nao perco a vontade de fazer esta travessia (do Piaui/ Maranhão p São Felix do Tocantins). Voce nao teria o arquivo kml ou gpx (enfim qqer arquivo p GPS) do trecho? grato
oje ainda esta asim esta estrada pense como era em 80 e nos trasportava arros por ai ai q era sofrimento
Resposta:
Olá Landre
E olha que essa primeira metade do caminho foi a mais fácil...
Mas, valeu a aventura!!!
Abs
Mande um abraço pra Socorro lá em São Félix (pousada Capim Dourado). É a melhor.
Não esqueçam de ir até a Pedra da Catedral e no encontro do Rio Novo x Rio Sono. Veja naquele link que é moleza! Dá pra ir sem guia. E indo pra Mateiros, não deixem de ir até a comunidade do Prata. Tem uma fabrica de rapadura muito legal e a cachoeira do Prata. Lá na comunidade tem sempre alguém que levará vcs e também aproveitar o banho. Na cachoeira, suba pela margem a vereda por uns 30 minutos e faça um drift de snorkel pelo rio. Sensacional !!!!
Resposta:
Oi LuÃs
Antecipando esse seu pedido, eu já tinha mandado o abraço por conta! O seu realto da viagem ao Jalapão tem sido nosso guia por aqui. Muito jóia!
Nós passamos no Alecrim a na Prainha, lá em São Félix. E também na comunidade do Prata e na cachoeira. Seguindo seu relato, também fizemos o snorkel no rio. Muito jóia mesmo!
Logo postarei as fotos e o relato.
Infelizmente, não pudemos ir na Catedral e no encontro das águas. Fica para o outro lado e hoje cedo a gente se deu um descanso merecido. Depois, viemos em direção à Mateiros. A Cachoeira da Formiga também foi sensacional!
E por aqui, adivinha, estamos na Pousada dos Buritis. Amanhã, EspÃrito Santo, dunas e vamos dormir na Velha
Um grande abraço e obrigado mais uma vez pelas dicas
Lembrei de uma coisa!
Vcs irão passar por terra ronca?
Resposta:
Vamos sim! E logo logo! Do Jalapão para Palmas, de lá para Taguatinga, no sul do estado e de lá para Terra Ronca. Vc tem dicas de lá? Eu estou virando o maior seguidor das suas dicas, hehehe
Abs
Rapaz, eu te falei que a coisa era braba!!!
Mas, é impagável. Relembrei tudo que fizemos ano passado. Maravilha!!!
Poder pernoitar numa casa de barro e prozear, e olhar aquele céu coalhado de estrelas, definitivamente, não tem preço.
Vamos lá....
Resposta:
Oi LuÃs
E olha que esse dia, perto do dia seguinte, foi moleza....
Mas, como vc disse, essa noite lá no Riozinho valeu cada segundo do perrengue. Foi mesmo maravilhoso! E o céu só não estava tão estrelado porque a lua estava cheia. A noite parecia dia. InesquecÃvel!
Abs
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