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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Surfistas aproveitam o belo fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A Nicarágua, de certa forma, fez parte da minha infância e formação. Ainda com nove anos de idade, começava a assistir com um pouco mais de atenção o Jornal Nacional. NotÃcias de economia ainda não me interessavam, mas o noticiário internacional, principalmente o de guerra, esse sim já era um Ãmã para minha imaginação.
Painel em casa na cidade de San Juan del Sur, na Nicarágua
Pois bem, o ano era 1979 e a sangrenta e odiosa ditadura da dinastia Somoza vivia seus extertores. Desde a década de 30 que pai e filhos governavam o pequeno paÃs da América Central com mãos de ferro, saqueando as finanças da nação e deixando seus habitantes na penúria. A guerrilha sandinista, agora com o apoio das correntes de centro cansadas de tentar apear o ditador por vias pacÃficas, ameaçava tomar conta do paÃs. O que ainda segurava o tirano era o apoio financeiro americano. AÃ, veio o golpe de morte: um jornalista americano da rede de TV ABC foi assassinado à sangue frio, na frente das câmeras, com um tiro na cabeça, desferido por um soldado do regime. A imagem dele se ajoelhando e depois deitando em um posto de controle da Guarda Nacional para, covardemente, levar o tiro fatal, tudo filmado secretamente pelo seu cinegrafista, correu o mundo. No Brasil, a voz grave do Cid Moreira narrou o fato enquanto a imagem era passada e repassada em câmara lenta, para nunca mais sair da memória da jovem criança que assistia o Jornal Nacional. Nos EUA, seu efeito foi muito mais devastador (para o governo Somoza!). A opinião pública passou a odiá-lo e não havia mais quem o defendesse. Poucos meses depois, caÃa o seu governo, com 40 anos de atraso. Exilou-se no Paraguai de Strossner para, poucos anos depois, ser morto com um tiro de bazuca num atentado feito por agentes sandinistas e organizado pela KGB. Poucas lágrimas foram derrubadas...
Rua de San Juan del Sur, na Nicarágua
Os sandinistas assumiram o poder do paÃs num governo de coalizão, mas a paz não durou muito. Com a saÃda das correntes de centro da aliança e a chegada ao poder nos EUA dos republicanos de Reagan, obcecados em vencer a Guerra Fria (o que, eventualmente, conseguiram!), uma nova guerrilha passou a operar no paÃs. Durante toda a década de 80, os "Contras", operando desde Honduras e Costa Rica e financiados pelos EUA, combateram o governo sandinista, apoiado por Cuba e URSS. A paz só chegou na década de 90, com o fim da URSS e da Guerra Fria e de eleições que tiraram os sandinistas do poder. Pouco mais de 10 anos mais tarde eles voltaram, agora chavistas e dessa vez por vias democráticas, e daà não sairam mais, depois de reformar a constituição para possibilitar reeleições repetidas.
Igreja decorada para o natal em San Juan del Sur, na Nicarágua
Essa imagem de um paÃs em guerra de certa forma marcou e ainda marca a Nicarágua. Com isso, o turismo se afastou e é nÃtida essa diferença quando se cruza o paÃs vindo da popular Costa Rica. Mas, para quem gosta de algo mais autêntico e também cheio de belezas, o paÃs é o destino perfeito. Belas praias, vulcões imponentes, povo hospitaleiro, sensação de segurança, preços módicos e menos turistas. Era a América Central que estávamos procurando!
Praia do centro de San Juan del Sur, na Nicarágua
A passagem pela fronteira em Peñas Blancas, na rodovia panamericana, foi bem tranquila. Por enquanto ainda não experimentamos aquele "caos" que dizem ser as fronteiras aqui do centro da América. Mas ainda não podemos cantar vitória, claro! Pela frente, Honduras e El Salvador ainda nos esperam...
Praia Marseille em San Juan del Sur, na Nicarágua
SaÃmos de lá já no escuro, afinal tÃnhamos começado o dia fazendo trekking para o Rio Sereno, ainda na Costa Rica (post anterior) e só saÃmos do Parque Nacional Tenorio depois da uma da tarde. A luz do dia tem acabado antes das 17:30 e isso promete piorar, já que estamos indo mais para o norte e o inverno vem chegando. Enfim, mais uma vez, entramos num paÃs já no escuro, assim como tinha sido na Costa Rica. Esperemos que isso não se torne um padrão! Felizmente, a primeira parada era logo ali, pouco mais de meia hora de estrada.
Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Estou falando da cidade costeira (Oceano PacÃfico) de San Juan del Sur. É a mais concorrida região de praias da Nicarágua, principamente por mochileiros e surfistas do mundo todo. Achamos um hotel bem gostoso, fomos passear na praça com sua igreja já decorada para o natal e comemos uma pizza num restaurante italiano.
Nadando na praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Hoje pela manhã deu para ver melhor a cidade. Bem pacata, ruas tranquilas e simpáticas, dezenas de opções de hospedagem, algumas absolutamente lotadas de mochileiros. A praia do centro é uma baÃa de águas calmas repleta de pequenos barcos. Mas as praias mais procuradas ficam mais ao norte, 10 km de estradas de terra até lá. Os mochileiros e surfistas lotam camionetes e taxis para chegar até lá, mas nós temos a nossa amiga Fiona para nos levar.
Passeando na bela praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua
As praias de Marsella e Madeira são muito bonitas, grandes formações rochosas ao fundo e faixas de areia boas para caminhar na maré baixa. Já na maré alta, aà sim as ondas aparecem e, com elas, legiões de surfistas, boa parte deles ainda em fase de aprendizagem. Em frente à praia, o arquétipo mais bem acabado de um hostal para surfistas, dezenas de pranchas penduradas em sua varanda e saindo por suas janelas. O hostal é muito concorrido e os que não conseguem vaga ali tem de se resignar em ficar no centro mesmo e repartir um taxi diariamente para lá.
Observando os surfistas no fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A gente já ficou bem feliz foi em tomar uma cerveja por lá e admirar o fim de tarde na praia, nós e uma galera de surfistas e houlies. Clima descontraÃdo total, sensação de paz e boa vida pairando pelo ar. ImpossÃvel imaginar que esse paÃs já passou por tantas guerras...
Fim de tarde em Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Bom, tÃnhamos experimentado duas das grandes atrações da cidade: suas praias e esse clima de surf town. Faltava a terceira, as suas tartarugas. Uma praia um pouco ao sul de San juan del Sur atrai milhares e milhares de tartarugas na época de desova. Justo agora! É um programa noturno e para lá iremos hoje bem de noite. A desova de tartarugas nos escapou no Brasil, na Guiana Francesa e em alguma ilha caribenha. Mas não nos escapará aqui, na Nicarágua!
A Fiona também vai `praia em em San Juan del Sur, na Nicarágua
Olá Rodrigo, Vi seu Blog e me identifiquei bastante com sua aventura. Ja rodei com minha esposa boa parte da America do Sul (Colômbia, Peru, Venezuela, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolivia e Chile e na America Central o Panamá).
Estamos em duvida sobre onde irmos no final do ano nessa região. Poderia nos dar alguma sugestão? Teremos dez dias para essa viagem
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