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Velejando na Grande Barreira - Blog da Ana - 1000 dias

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Velejando na Grande Barreira

Belize, Tobacco Caye

Chegando á Tobacco Caye, na grande barreira de corais, em Belize

Chegando á Tobacco Caye, na grande barreira de corais, em Belize


Velejar é sempre um símbolo de liberdade, vento no rosto e um oceano inteiro para explorar. Uma vez que você tem o veleiro, é uma das formas mais baratas para viver e viajar, pois ele é seu transporte, sua casa, seu hobbie e sua vida. O principal combustível é gratuito e na falta dele um motorzinho ajuda. Os portos e marinas você pode escolher, das mais caras e bacanas às praias e ilhas mais isoladas, paradisíacas e gratuitas.

O belíssimo mar na grande barreira de corais, em Belize

O belíssimo mar na grande barreira de corais, em Belize


Gaston vive no seu veleiro The Rob há 9 anos, ele é mergulhador profissional, trabalha 2 ou 3 meses ao ano e vive velejando pelas águas do Caribe os outros 9 meses. Sua namorada está de volta à Europa por uns meses, com saudades da família e da terra firme. Eu nunca consegui me imaginar nesta vida de barco, primeiro por que enjoo pacas, fico mareada com qualquer movimento, até mesmo no carro, mas confesso a vocês que estes três dias nas águas calmas de Belize me deixaram com água na boca.

Vela içada na grande barreira de corais, em Belize

Vela içada na grande barreira de corais, em Belize


Chegando á ilhota na grande barreira de corais, em Belize

Chegando á ilhota na grande barreira de corais, em Belize


Nosso primeiro dia com Gaston começou com compras na vila de Hopkins, abastecemos o barco com comidas, bebidas, gelo e suprimentos suficientes para a nossa curta jornada à Grande Barreira de Corais de Belize. Uma vez embarcados, seriam os próximos 3 dias e 2 noites velejando de ilha em ilha, buscando os melhores lugares para snorkel, um lindo pôr do sol e águas tranquilas para descansarmos.

Vida difícil para o Chimi, a bordo do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Vida difícil para o Chimi, a bordo do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Todos no barco têm alguma função, Gaston é o capitão e nosso mestre cuca, eu sua assistente de cozinha, bartender e matraca de plantão. Chími, o nosso fiel companheiro guapeca é o segurança do The Rob, sempre atento a qualquer movimento estranho, além de ser ótimo localizador de golfinhos.

Vida difícil para o Chimi, a bordo do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Vida difícil para o Chimi, a bordo do nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Já o Rodrigo...

Vida dura no veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Vida dura no veleiro na grande barreira de corais, em Belize


... Bem o Rodrigo, é o guardião da rede e da cerveja gelada. Kkk! Brincadeira, ele também ajudou a lavar os pratos, o capitão não deixa ninguém ter moleza! Não tenho foto, mas tenho um vídeo para comprovar. Rs!

Levantamos âncora em Hopkins perto das 11 horas da manhã e o nosso primeiro porto de destino foi a pequena ilha de Tobbaco Caye. A ilha é formada por um arrecife coralíneo que aflorou no meio da Grande Barreria de Corais. A navegação direta daria em torno de 2 a 3 horas, o vento não estava ajudando muito, então em uma boa parte tivemos que apelar para o motor.

Recolhendo âncora para zarpar, na grande barreira de corais, em Belize

Recolhendo âncora para zarpar, na grande barreira de corais, em Belize


Ao invés de irmos direto à ilha fizemos uma triangulação, rumando ao norte e velejamos ladeando a barreira de corais sobre suas águas azuis até a ilha. As águas protegidas pelo imenso arrecife me pouparam bastante, mas logo ali, para o lado de fora, podíamos ver as grandes ondas que vinham do Oceano Atlântico.

Dias lindos a bordo de nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

Dias lindos a bordo de nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Tobacco Caye é um destino alternativo na barreira de corais, alguns barcos turísticos saem de Dangriga, local mais próximo, para uma noite na ilha. Chegando lá pulamos na água e nadamos em direção à terra firme, cruzamos a ilha a pé em 10 minutos, passando pelas casinhas e outros turistas que acabavam de chegar para acampar.

Fazendo snorkel em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Fazendo snorkel em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Foi nesta ilha que fizemos um dos melhores snorkels dos 1000 dias! Uma vez que saímos da área protegida da barreira encontramos cardumes de tarpões, umas 8 arraias xitas lindas que iam e vinham com a corrente e duas tartarugas! Os coitados dos outros peixinhos mal tiveram chance, tamanha a movimentação de vida marinha por ali.

Uma sempre bela arraia chita durante snorkel em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Uma sempre bela arraia chita durante snorkel em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Nadando com uma tartaruga perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Nadando com uma tartaruga perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Uma linda arraia manchada nada perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Uma linda arraia manchada nada perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


O final de tarde foi em um boteco à beira mar acompanhados de Gaston e Cris, que se uniu a nós neste primeiro dia de viagem. Happy hour regado à Belikin e Rum Punch que terminou em um jantar delicioso preparado por Gaston com temperos tailandeses, histórias brasileiras e holandesas e a boa companhia canadense-quebecoise. Muita música e muita diversão na nossa primeira noite no The Rob!

Com o Gaston e o Chris durante fim de tarde em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Com o Gaston e o Chris durante fim de tarde em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Brincando com o cachorro do Chris em praia de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Brincando com o cachorro do Chris em praia de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Cachorro tenta se secar depois de um mergulho em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Cachorro tenta se secar depois de um mergulho em Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Acordamos no dia seguinte prontos para levantar âncora e velejar para South Caye, próxima ilha ao sul. South Caye é uma cópia de Tobacco, mas mais chique, com dois resorts bacaníssimos, um deles é um centro de intercâmbio estudantil e recebe estudantes das linhas de oceanografia e biologia marinha. A ilha é mais cheia de firulas e regras para garantir o paraíso quase particular dos seus hóspedes, mas uma parada por ali vale a pena!

Redes convidam ao ócio criativo em ilhota na grande barreira de corais de Belize

Redes convidam ao ócio criativo em ilhota na grande barreira de corais de Belize


Aves aproveitam a sombra em ilhota na grande barreira de corais de Belize

Aves aproveitam a sombra em ilhota na grande barreira de corais de Belize


Tenho que fazer uma menção honrosa ao nosso querido Chími, que além de super companheiro é um cão super safo, criado para o mar. Gaston o salvou de uns kunas em San Blás, queriam matá-lo depois de terem levado uma mordida, trauma de outros kunas que o haviam maltratado. Ele nada com suas quatro patinhas firmemente para a terra em um comando do seu dono, é impressionantemente ágil e difícil de acompanhar! Juro, nunca vi um cãozinho tão esperto!

O Chimi aguarda a ordem de pular ao mar, no nosso caminho para ilhota na grande barreira de corais de Belize

O Chimi aguarda a ordem de pular ao mar, no nosso caminho para ilhota na grande barreira de corais de Belize


Feliz e obediente, o Chimi se atira na água em direção à terra firme, na grande barreira de corais de Belize

Feliz e obediente, o Chimi se atira na água em direção à terra firme, na grande barreira de corais de Belize


Repetimos o snorkel dando a volta em todo o arquipélago, explorando as águas mais fundas do lado de fora da barreira. Milhares de peixes, lindos corais que pareciam estar florescendo, coloridos e bem gorduchos e no final, já quase no barco, tivemos o ar da graça de uma linda arraia xita.

Nadando com arraia chita durante snorkel perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Nadando com arraia chita durante snorkel perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Arraia chita nada entre tarpoons perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Arraia chita nada entre tarpoons perto de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Decidimos dormir por ali mesmo, com direito a mais uma noitada de conversas, confissões e música com o Gaston. O jantar foram os peixes caçados pelo capitão, fresquinhos, coitados. Como mergulhadora acabo tendo mais pena dos peixes do que das vacas... Enfim, cada um se identifica com o que preferir.

Cardume de tarpoons nada tranquilamente nas águas claras ao lado de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize

Cardume de tarpoons nada tranquilamente nas águas claras ao lado de Tobacco Caye, na grande barreira de corais de Belize


Fiquei craque na receita de rum punch e a esta altura já nem estava precisando mais tomar remédios para enjoo, descobri que o suquinho de fruit punch tem a mesma função! Rsrs!

Indo de bote para ilhota na grande barreira de corais de Belize

Indo de bote para ilhota na grande barreira de corais de Belize


Nosso terceiro e último dia de viagem fomos conhecer o minúsculo Carrie Bow Caye. A ilha é uma base de estudos marinhos para cientistas Smithsonians, mas só descobrimos isso quando Gaston e Chími foram convidados a se retirar da ilha (leia-se expulsos aos gritos) por um cara mal educado.

Nadando nas belíssimas águas da grande barreira de corais de Belize

Nadando nas belíssimas águas da grande barreira de corais de Belize


Nos despedimos da barreira com mais um snorkel matinal e enquanto nadávamos com arraias e tarpões, Gaston caçava um peixe enorme para o jantar de retorno na Tricia. A volta foi linda e tranquila, passando ainda pelas Twin Islands, mais uma ilhota que deve ser bacana de explorar, com uma lagoa interna onde os peixe-bois de escondem.

O Gaston mostra nosso jantar fresquinho, na grande barreira de corais, em Belize

O Gaston mostra nosso jantar fresquinho, na grande barreira de corais, em Belize


Velejando na água azul-piscina da grande barreira de corais, em Belize

Velejando na água azul-piscina da grande barreira de corais, em Belize


Foram 3 dias mais do que especiais, aprendendo como é viver no mar, uma das formas mais sustentáveis de vida, utilizando quase nada de água doce, pescando apenas o que se come, produzindo a própria energia, solar ou eólica e aproveitando a vida em um paraíso tropical.

A bordo do Rob, nossa casa nesses 3 dias velejando pela grande barreira de corais de Belize

A bordo do Rob, nossa casa nesses 3 dias velejando pela grande barreira de corais de Belize


A insígnia do Rob, nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize

A insígnia do Rob, nosso veleiro na grande barreira de corais, em Belize


Muitas pessoas vivem assim no mundo, e nós achando que a vida na cidade e dentro do escritório é que é “normal”. Estou muito feliz e satisfeita de termos ouvido os nossos instintos e deixarmos os bons ventos nos levarem com Gaston, Chími e o The Rob pelas águas de Belize. Mais uma daquelas experiências que entram na lista das inesquecíveis nos 1000dias.

Chegando à Tobacco Caye, na grande barreira de corais, em Belize

Chegando à Tobacco Caye, na grande barreira de corais, em Belize

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Vilas de Toledo

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Velejando em Belize - O Valente Guardião

Comentários (2)

Participe da nossa viagem, comente!
  • 25/09/2014 | 15:44 por lua

    Que demais! Vou pra Belize em janeiro e até então estava mto animada. Mas um amigo está lá agora e detestou belize e a guatemala. Sobre Belize disse ser mto feio e sujo, perigoso e que nem as ilhas sao bonitas. Eu fiquei com o coracao apertado! Mas leio tantos relatos, vejo tantas imagens e me parece impossivel nao gostar. Mas agora fico querendo evitar os msm lugares que ele, que disse que nao recomenda de forma alguma San Pedro, e que Caye Caulker tb nao eh tao bom assim, pq nao tem praia boa. Queria muito que me respondessem, será que vou me decepcionar com essas duas ilhas? A unica for de ir a tobacco eh pegando um barco em dandriga? La nao nao existe hotel? so tem como ficar acampando? Da pra fazer algum tour que va ate la passar um dia? ouviram falar de glovers reef? sabem como faco pra chegar? me respondam please! Estou aflita! beijos

    Resposta:
    Oi Lua! Não se aflija!!! rsrs! Viajar pelos países latino americanos é sempre uma aventura e principalmente uma questão de olhar... eu olho para a cultura, as pessoas, as lendas, as paisagens, as histórias... tudo isso é tão rico que o pobre e o sujo acabam sendo diminuídos e até inseridos neste novo contexto, agora quem está acostumado a viajar só para EUA e Europa e quer ver só primeiro mundo pode se assustar mesmo. Vamos lá, San Pedro tem mais praias que Caye Caulker, mas é maior, mais turisticona e mais movimentada, já Caye Caulker tem uma vibe mais mochileira, gente bacana de todos os lados, uma prainha mais ou menos, muito snorkel e mergulho. Lembre-se a Grande Barreira é a costa de Belize, então ilhas e praias livres de pedra e coral são uma raridade! Existem tours de um dia para Tobacco Caye, existem tours com camping incluído, acho que valeria a pena, vimos muita vida marinha no snorkel por ali, esses tours devem sair só de Dandriga mesmo, que é o porto mais próximo. Dandriga é meio feiosa, mas tem muita música, cultura garifuna e hostels mais internacionais que te dão esse caminho das pedras para os tours, o caminho deve ser ir para lá mesmo ou já tentar pesquisar os tours antes via hostel pela internet. Existe um hotel sim em Tobacco, viu aquelas casinhas ali na beira da ilha na foto? É ele, mas prepare o bolso, resort super exclusivo. Quanto a Glovers Reef eu ouvi falar sim, também é um resort, achei esse link, talvez ajude - http://www.glovers.com.bz/. Vai com fé, você vai adorar. Beijos e boa viagem!

  • 16/04/2013 | 11:32 por Natalia

    Medrosa que sou (sem nenhum motivo racional), hesitei muito em me lançar no mar, seja no snorkel e mergulho, seja no barco. Pois bem, ano passado fizemos batismo de mergulho e fomos velejar, e a sensação de que o mar é o melhor lugar do mundo nunca mais me deixou. Também sinto aperto no coração quando o peixe vem parar no prato, e me encantei com os corais do Caribe, me senti no jardim do éden. Quanto mais a gente conhece outros modos de vida que fogem do padrão "escritorio+cidade grande", mais mudanças fazemos na nossa rotina pra torna-la menos padronizadora. Me senti um pouco no veleiro com vocês.
    Abraços!

    Resposta:
    Oi Natalia!

    Que bom te ver por aqui! Nem me fale, eu amo o mar desde pequenininha mergulho e sou viciada! Nos barcos é sempre uma luta, por que enjôo que é uma beleza! Mas é como você falou, vencemos os medos e desconfortos e aproveitamos para aprender a viver melhor, para nós e para a natureza =)

    ps: desculpa a demora no retorno, ficamos meio off-line no Haiti e Rep Dominicana.

    Beijos!
    Ana

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