1 Blog do Rodrigo - 1000 dias

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SHUFFLE Há 1 ano: Chile Há 2 anos: Chile

San Cristobal de Las Casas

México, San Cristobal De Las Casas

Casario em San Cristobal de Las Casas, no sul do México

Casario em San Cristobal de Las Casas, no sul do México


Como diversas cidades mexicanas, San Cristobal tem nome e sobrenome. O nome homenageia o santo enquanto o sobrenome, “Las Casas”, homenageia o bispo Bartolomeu de Las Casas, o maior protetor dos direitos indígenas em tempos coloniais. A igreja católica teve um papel polêmico no processo de colonização da América espanhola, sendo alvo de muitas críticas. Mas certamente também teve vários aspectos positivos. Um deles, indubitavelmente, foi que era a única voz importante em defesa dos direitos indígenas, a única instituição para a qual os nativos poderiam recorrer. Muitas vezes essa posição a colocou em conflito com o Estado o que levou, por exemplo, à expulsão de toda a ordem jesuíta das colônias espanholas na América, em meados do séc XVIII.

Rua peatonal da charmosa  San Cristobal de Las Casas, no sul do México

Rua peatonal da charmosa San Cristobal de Las Casas, no sul do México


O fusca, carro ainda muito comum nas ruas do México (em San Cristobal de Las Casas, no sul do país)

O fusca, carro ainda muito comum nas ruas do México (em San Cristobal de Las Casas, no sul do país)


Os indígenas de Chiapas, estado de que San Cristobal foi a maior cidade durante séculos, sempre foram parcela importante da população. Em que pese a “proteção” por parte de homens como Las Casas, a sua situação sempre foi de mal a pior. Não por acaso foi aqui que surgiu o EZLN para lutar exatamente pelos direitos desses nativos. Em 1994, surgindo do “nada”, o Ex[ercito Zapatista chegou a tomar a cidade por alguns dias, fazendo manchetes nos jornais de todo o mundo. Pelo bem ou pelo mal, o fato é que, desde então, a situação tem melhorado, embora ainda reste muito o que fazer.

Subindo o morro para chegar à igreja San Cristobal, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México

Subindo o morro para chegar à igreja San Cristobal, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México


O turismo também vem fazendo a sua parte, trazendo dinheiro e investimentos e movimentando a economia da região. Além disso, ajuda a manter essa belíssima região aos olhos do mundo, o que certamente mantém o governo sob pressão para continuar investindo por aqui.

Devoção na Igreja San Cristobal, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México

Devoção na Igreja San Cristobal, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México


San Cristobal, por exemplo, é uma cidade agradabilíssima de se visitar. O seu centro histórico tem ruas de pedra e arquitetura colonial. A quantidade de hotéis charmosos impressiona e o número de restaurantes de qualidade é, de certa forma, desesperador. Como experimentar todos? Como escolher entre eles? Vários tem como especialidade comida natural, tudo cultivado de maneira orgânica.

A bela fachada do templo de Santo Domingo, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México

A bela fachada do templo de Santo Domingo, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México


As praças estão sempre cheias e vivas. Pode ser de dia ou de noite, sempre há movimento no coreto, uma banda no andar de cima, um café no andar de baixo, pessoas passando, olhando e dançando ao seu redor. Também as ruas peatonais são assim, vários restaurantes com as portas abertas, mesas na calçada, gente sentada e vendo a vida passar.

O sempre agitado coreto em San Cristobal de Las Casas, no sul do México

O sempre agitado coreto em San Cristobal de Las Casas, no sul do México


Nós chegamos na cidade no fim da tarde de ontem e vamos embora amanhã de manhã. Deu tempo de conhecer dois bons restaurantes, um acolhedor bar de vinhos, caminhar pelas ruas e praças, visitar algumas igrejas e também o sempre agitadíssimo mercado da cidade.

Hora do passeio em San Cristobal de Las Casas, no sul do México

Hora do passeio em San Cristobal de Las Casas, no sul do México


Uma das igrejas, justamente aquela que tem o nome da cidade, está encima de um morro que proporciona uma bela visão de San Cristobal, além de um bom exercício também, para vencer as centenas de degraus para se chegar lá. A visita ao mercado é sempre genial, aquela confusão total de sabores, cheiros e cores, gente local atendendo à gente local e uns poucos e afortunados turistas vendo aquilo tudo. Para nós, brasileiros, uma das coisas que impressionam é a quantidade e variedade de feijão e de milho, duas das mais consumidas comidas no país, desde o tempo dos Olmecas, muito antes de mayas e astecas. Feijão de todas as cores, até verde e azul! E não é pintado, não!

Diferentes variedades de milho no mercado de San Cristobal de Las Casas, no sul do México

Diferentes variedades de milho no mercado de San Cristobal de Las Casas, no sul do México


Para mim, um grande esforço foi passar por aqui, especialmente por aquele delicioso bar do vinho, sem tomar uma gota de álcool. Estou em semana de antibióticos e portanto, em estrita abstinência alcoólica. Um motivo a mais para voltar a essa bela cidade algum dia, só para tomar uma cervejinha ao lado do agitado coreto, ou uma taça de vinho acompanhada de bom queijo no Vino de Baco.

Até feijão verde e azul (!!!) tem no mercado de  San Cristobal de Las Casas, no sul do México

Até feijão verde e azul (!!!) tem no mercado de San Cristobal de Las Casas, no sul do México

México, San Cristobal De Las Casas, Chiapas

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Gracias é uma Graça!

Honduras, Gracias

Gracias, um pedaço de Minas Gerais no coração de Honduras

Gracias, um pedaço de Minas Gerais no coração de Honduras


O ano era 1543 e a América Central já era território do Rei de Espanha. Milhares de colonizadores se dirigiam ao novo continente, em busca de novas oportunidades de enriquecimento rápido. Era preciso colocar uma ordem nesse processo de colonização que se iniciava de maneira caótica. O primeiro passo: escolher uma capital para esse novo território de além-mar.

A região rural e montanhosa de Gracias, em Honduras

A região rural e montanhosa de Gracias, em Honduras


A escolha recaiu sobre a pequena cidade de Gracias. Localizada em meio às montanhas da região central de Honduras, o simpático nome vem da expressão usada pelos primeiros colonizadores que lá chegaram. Depois de intermináveis dias caminhando sobre montanhas, sobe e desce sem parar, ao finalmente chegarem ao vale onde se encontra Gracias, exclamaram: “Gracias a Dios!”. O agradecimento virou nome e pegou!

O prédio da prefeitura de Gracias, em Honduras

O prédio da prefeitura de Gracias, em Honduras


Mas a primazia de Gracias como capital centro-americana não durou muito. Regiões que naquela época já eram muito mais populosas reclamaram por ter de prestar contas a uma pequena vila perdida no meio das montanhas hondurenhas. Em 1549, o governo espanhol cedeu às pressões e a capital foi transferida para Antigua, na Guatemala, principal polo colonizador na América Central do século XVI. Muitos argumentam hoje que esse foi um dos fatores que contribuiu para que a América Central nunca fosse unida como um só país. Com sua capital localizada no extremo norte do território, as outras regiões nunca se sentiram realmente ligadas a ela. A pequena Gracias, realmente, era muito mais central.

Igreja matriz de Gracias, em Honduras

Igreja matriz de Gracias, em Honduras


Bom, isso fez com que Gracias permanecesse pacata ao longo de todos esses séculos, depois do inicio promissor. Perdeu o posto de capital continental, nunca se firmou como capital nacional, mas ao menos se manteve como capital regional, da província chamada Lempira. Esse também é o nome da moeda de Honduras, homenagem ao líder indígena que resistiu bravamente aos espanhóis, quase expulsando-os do país e só sendo morto através da mais vil das traições.

Praça central da pacata Gracias, em Honduras

Praça central da pacata Gracias, em Honduras


Honduras era ocupada, na época da chegada dos europeus, por centenas de tribos indígenas. Os mayas só haviam estado no norte do país, mas nessa época já quase não tinham importância. Entre as tribos mais conhecidas estava a do povo Lenca. Seu líder era Lempira e, ao conseguir unir várias outras tribos contra o inimigo comum, chegou a juntar 30 mil guerreiros. Após várias derrotas militares, os espanhóis levantaram a bandeira branca e pediram negociações. Quando Lempira se apresentou, foi prontamente esfaqueado pelas costas por um soldado espanhol. Sem seu carismático líder, rapidamente a rebelião foi desbaratada e a região se abriu para os colonizadores, pouco antes da fundação de Gracias.


Nosso caminho entre Copán e Gracias, já no interior de Honduras

Ontem de tarde, depois da visita ao Museu das Esculturas em Copán, cruzamos as mesmas montanhas que tanto cansavam os primeiros colonizadores e chegamos à Gracias. Para minha surpresa, descobri um pedacinho de Minas Gerias encravado em pleno coração de Honduras. Uma pequena cidade com ruas de pedra e casas com aspecto colonial, pessoas nas portas de suas casas olhando a vida passar, uma simpática praça central onde está a igreja matriz. A sensação é de um ritmo diferente, bem distante do frenesi das cidades grandes. Até os relógios parecem andar mais devagar, principalmente nos dias mais quentes, como nessa época do ano.

Uma típica rua de Gracias, em Honduras, a antiga capital da América Central

Uma típica rua de Gracias, em Honduras, a antiga capital da América Central


Nós ficamos hospedados em um hotel no alto de uma colina e , da nossa varanda, podíamos observar toda a cidade, seus telhados vermelhos, a torre da igreja ao longe, as montanhas verdejantes ao redor. Nostálgico mineiro que sou, a sensação era de estar de volta à terra amada. Foi joia! Nossa tarde foi passada ali, sossego total, só curtindo aquela vista. Pela manhã, enfrentando o calor, até fui caminhar pelas ruas tranquilas em busca de um barbeiro. Fazer a barba por aqui foi uma espécie de homenagem á minha terra natal e sua representante aqui na América Central. De cara limpa e coração batendo mais forte, estava pronto para seguir viagem. Próxima parada, o lago de Yojoa...

Gracias, um pedaço de Minas Gerais no coração de Honduras

Gracias, um pedaço de Minas Gerais no coração de Honduras

Honduras, Gracias, história

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Caminhando entre Gigantes

Estados Unidos, Califórnia, Three Rivers

Junto a um imponente grupo de enormes sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Junto a um imponente grupo de enormes sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Bem agasalhados, lá fomos nós de volta ao Sequoia National Park. Queríamos ver a General Grant mais uma vez, agora durante o dia. Além disso, ainda tínhamos esperanças de fazer algumas das trilhas lá encima, nem que fosse sobre a neve. Principalmente aquela que leva ao alto da Moro Rock, um enorme rochedo de onde se tem uma vista magnífica de toda a região.

Uma das atrações da parte baixa do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Uma das atrações da parte baixa do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


No caminho para o parque já deu para perceber que hoje o visual seria ainda mais bonito. Afinal, o sol brilhava num céu azul quase sem nuvens. Hoje, segunda-feira, certamente o número de visitantes seria menor, mesmo nas atrações mais famosas.

As primeiras sequoias quando se chega na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

As primeiras sequoias quando se chega na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Outra vez, paramos no centro de visitantes para inquirir sobre as trilhas. Outra vez, a resposta foi de que haveria muita neve e que não era recomendável. Mas, também outra vez disseram: “A trilha é livre. Se você quiser tentar, não tem problema!”.

A Fiona fica pequenina perto das gigantescas sequoias do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

A Fiona fica pequenina perto das gigantescas sequoias do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


E lá fomos nós. O primeiro bom sinal foi quando, ainda na parte baixa do parque, passamos por uma das mais fotografadas atrações do parque, um túnel que passa sob uma enorme rocha. Ontem, quando passamos aí, havia umas vinte pessoas por lá tirando fotos. Hoje, ela estava só, esperando por nós. Hehehe!

Muita neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Muita neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


O segundo sinal já foi o resultado de um cálculo meio arriscado que eu fiz. A estrada que atravessa o parque está em obras de ampliação justo no trecho de subida. Só abre por 10 minutos a cada hora, para deixar passar os turistas. Então, se forma uma grande fila nesse bloqueio e, quando ele abre, todos partem em fila para a parte alta do parque. Lá no alto, as primeiras sequoias que aparecem são maravilhosas. Mas não há onde parar o carro e as fotos tiradas em movimento não ficam legais.

Ursos, só vimos nas placas do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Ursos, só vimos nas placas do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Pois bem, meu cálculo foi o de ser o último da fila a conseguir passar no bloqueio. Assim, teria todo o tempo do mundo, lá encima, para tirar as fotos, pois não chegaria nenhum outro carro nos próximos 50 minutos. O risco era a gente perder o período de passagem e ter de esperar até a próxima hora. Pois é, apesar da aflição da Ana, o cálculo foi perfeito e passamos em último na fila, um minuto antes do bloqueio fechar novamente!!!

Gigantesca sequoia caída no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Gigantesca sequoia caída no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


E assim, o plano deu certo! Tiramos ótimas fotos dessas árvores maravilhosas que formam um imponente portão logo no início da “floresta das árvores gigantes”.

Caminhando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Caminhando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Aproveitando a maré de sorte, resolvemos enfrentar a trilha para a Moro Rock, com neve mesmo. A estrada de acesso estava fechada para carros, o que significava 2,5 milhas a mais de caminhada. Não poderia ter sido melhor! Pelo desaconselhamento dos park rangers e pela estrada fechada, quase ninguém estava fazendo o caminho. Assim, eram pouquíssimas as pessoas por lá, todos maravilhados com a energia que parece pairar naquela floresta mágica.

Admirando as árvores gigantes no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Admirando as árvores gigantes no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


A estrada está toda limpa, sem neve, enquanto na mata que nos cerca todo o solo está branco. No caminho, passamos por sequoias solitárias, sequoias em grupo, sequoias caídas e sequoias cercadas de pinheiros. É impossível não parar para admirar cada uma delas. No meio daquela neve toda, o vermelho do seu tronco parece se destacar ainda mais. E nos trechos onde elas não estão, a gente começa a reparar nos pinheiros e pensar: “Nossa, eles são grandes também!”. Mas aí, uma sequoia aparece novamente e a realidade volta com força: perto delas, os pinheiros parecem brincadeira de criança!

Enorme raíz de sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Enorme raíz de sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


No final da estrada está a trilha propriamente dita. Aí sim, como não foi limpa, temos de caminhar sobre a neve. Para brasileiros acostumados apenas com areia das praias, é diversão pura! A neve era fresca, bem fofa, um convite para brincadeiras como deitar sobre ela ou atacar um ao outro com bolas de neve. Tudo sobre a sombra das sequoias gigantes, no silêncio daquela floresta sagrada. Difícil imaginar momentos mais perfeitos...

Brincando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Brincando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Vinte minutos de caminhada e brincadeiras depois e chegamos à base da Moro Rock. Uma estreita escada nos leva rochedo acima. Se o piso estivesse congelado ou com mais neve, seria mesmo perigoso. Mas não estava! Pouco mais de duzentos degraus nos levam ao topo dela, um mirante incrível de onde se pode admirar a cordilheira nevada ao fundo e o vale verde abaixo.

Escadas para o alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Escadas para o alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Como estamos nos EUA, lá estão um monte de painéis explicativos, com informações sobre o parque, sobre as montanhas em volta, sobre a história da ocupação do vale e até mesmo sobre a trilha que acabávamos de subir. Já tem quase um século! Os caras já faziam turismo com esse tipo de organização no início do século passado! É de tirar o chapéu!

Chegando no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Chegando no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Ficamos lá nos inspirando na beleza da paisagem e na pureza do ar por um bom quarto de hora. Lá estava também um casal de alemães, que também teimou em fazer a trilha. Assim, pudemos tirar as fotos uns dos outros e seguirmos com nosso passeio.

Mirante no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Mirante no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Voltamos por um caminho diferente, mas nos divertindo da mesma maneira com a neve. Passamos por uma enorme sequoia caída por onde passam carros em um túnel! Com a estrada fechada, hoje só passavam por aí os turistas que chegaram até aqui a pé!

Magnífica paisagem no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Magnífica paisagem no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


De volta à Fiona, seguimos em direção a General Grant, mas paramos antes em uma outra trilha que nos leva por um circuito cheio de sequoias e painéis explicativos sobre essas árvores gigantes. Uma verdadeira aula prática que terminou em um local onde duas sequoias cresceram juntas, fundindo-se numa grande árvore e formando uma gruta embaixo delas. Fantástico!

Estrada passa em tunel dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Estrada passa em tunel dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


O dia passou rápido e já estávamos no fim de tarde. Achamos melhor ficarmos com as inesquecíveis lembranças do encontro de ontem com a General Grant do que voltar lá e encontrá-la novamente, dessa vez com mais gente. O encontro havia sido especial o bastante, assim como o dia de hoje, explorando outras atrações do parque.

Explorando uma gruta dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Explorando uma gruta dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Voltamos “saciados” para nosso hotel e, para amanhã, temos longa viagem atravessando o sul da California, dando a volta pelo sul da Sierra Nevada em direção ao deserto de Mojave e, de lá, para o Death Valley. Pois é, da neve, das alturas e dessa umidade toda, vamos diretamente para o deserto que detém o recorde da maior temperatura do continente, assim como o ponto mais baixo de todo o hemisfério ocidental. Vai ser um contraste...

Abraçando uma gigantesca sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Abraçando uma gigantesca sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Estados Unidos, Califórnia, Three Rivers, Parque, Sequoia National Park, trilha

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Voando embaixo D'Água

Trinidad e Tobago, Speyside

Fim de mergulho em Speyside - Tobago

Fim de mergulho em Speyside - Tobago


Nossa primeira saída de mergulho desde Fernado de Noronha, em Dezembro. Nosso primeiro mergulho no Caribe desde o início de Maio, lá nas Ilhas Virgens Britânicas. Tinha de ter algo marcante. E teve.

Pausa entre mergulhos, em Speyside - Tobago

Pausa entre mergulhos, em Speyside - Tobago


Primeiro, tivemos que nos readaptar aos equipamentos alugados. Afinal, deixamos parte do nosso equipamento na Fiona, em Paramaribo, para não ter de ficar carregando aquelas caixas enormes nesta perna da viagem em que devemos nos deslocar muito em pouco tempo. Com certeza, além do trabalho, o custo de excesso de bagagem nos pequenos aviões seria muito maior que o custo extra do aluguel de equipamento. Assim, trouxemos as máscaras, as roupas pequenas e os reguladores, ou seja, equipamentos mais "íntimos". Deixamos para trás as nadadeiras, botas e os nomads, equipamento mais pesado.

'Árvore de Natal', em mergulho em Speyside - Tobago

"Árvore de Natal", em mergulho em Speyside - Tobago


Do que ficou, o que mais sentimos são as poderosas nadadeiras. Enfim, basta fazer um pouco mais de força embaixo d'água. Se bem que hoje, mais do que força, precisamos foi de habilidade. Os pontos de mergulho são aqui bem próximos. Cinco a dez minutos de navegação. Tanto que, entre um mergulho e outro, voltamos para o porto para o período de descanso.

Formações de coral em mergulho em Speyside - Tobago

Formações de coral em mergulho em Speyside - Tobago


O primeiro mergulho começou meio xoxo (ou chocho?). Visibilidade de uns 15 metros, alguns corais, plantas e poucos peixes. Bom para a gente se readaptar à água e equipamentos, depois de tanto tempo. Pulei com a máquina sem pilhas, bem mané ainda. Portanto, nada de fotos. O tempo foi passando, eu já acostumado novamente ao mundo embaixo d'água, meio com preguiça daquele marasmo quando tudo mudou. A corrente foi acelerando, acelerando e, de repente, era como se estivéssemos voando, o solo do mar passando sobre nós em alta velocidade, todo colorido com os diversos tipos de coral; os peixes, se esgueirando por entre algas e rochas, tentando enfrentar a forte corrente; e nós, apenas usando as nadadeiras como leme, nos desviando de corais e tentando nos manter próximos um dos outros. Muito legal!

Enorme esponja em mergulho em Speyside - Tobago

Enorme esponja em mergulho em Speyside - Tobago


Mas o ponto alto foi, ao passarmos por uma espécie de barranco, onde a nossa corrente se encontra com outra igualmente forte vindo na perpendicular, sermos jogados para o fundo, alguns metros abaixo e a água ficar fazendo força para que ficássemos por lá. Como se uma mão invisível nos segurasse, fazendo força para um lado e para o outro, mas sempre nos empurrando para baixo. Certamente, foi a corrente duradoura mais forte que já peguei num mergulho. Ficamos ali, nessa espécie de liquidificador, por alguns minutos e depois, todos juntos, fazendo força, "furamos" a mão invisível em direção à superfície, onde o barco nos esperava. Fantástico!

Antiga casa de Ian Fleming, em ilhota na costa de Speyside - Tobago

Antiga casa de Ian Fleming, em ilhota na costa de Speyside - Tobago


De volta à superfície, as pilhas voltaram à máquina e começamos a tirar fotos. Ali do lado, numa pequena ilhota, a casa abandonada que foi de Ian Flemming. Hmmmmm... tenho a impressão que o 007 também já mergulhou nessas fortes correntes, hehehe. Deve ter se divertido com a mão invisível!

Formações de coral em mergulho em Speyside - Tobago

Formações de coral em mergulho em Speyside - Tobago


Depois do descanso no porto, voltamos para o segundo mergulho. À pedido dos outros mergulhadores e tristeza nossa, rumamos para um mergulho mais "tranquilo". Sem corrente e bem propício à fotografias. Dessa vez, além das formações de corais, o highlight foram as tartarugas. Quatro delas deram o ar de sua graça.

Coral amarelo em mergulho em Speyside - Tobago

Coral amarelo em mergulho em Speyside - Tobago


Em seguida, tarde tranquila no hotel. Amanhã tem mais mergulho e, de tarde, se der tudo certo, cachoeira. E no domingo, devemos conseguir um carro para passear na ilha e voltar para Crown Point. Assim esperamos...

Tartaruga descansando em mergulho em Speyside - Tobago

Tartaruga descansando em mergulho em Speyside - Tobago

Trinidad e Tobago, Speyside, Mergulho, Tobago

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Andanças em Quixadá

Brasil, Ceará, Quixadá

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu 'rabo', em Quixadá, no sertão do Ceará

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu "rabo", em Quixadá, no sertão do Ceará


O primeiro programa do dia, logo depois do sadio café da manhã com vista para o verde sertão, foi subir a Pedra dos Ventos. Quem subiu foi a Fiona, tração 4x4 e marcha reduzida. Não é para qualquer carro, nem na subida nem na descida. Mas a nossa querida Fiona não é "qualquer carro" e nos levou lá tranquila e confortavelmente!

Tempo nublado no alto da Pedra dos Ventos, em Quixadá, no sertão do Ceará

Tempo nublado no alto da Pedra dos Ventos, em Quixadá, no sertão do Ceará


Linda vista do sertão. Coberto de brumas e névoas, quem diria! Lá encima tem uma rampa de asa delta para os bravos que se atiram naquele vazio. Ouço falar que a região oferece ótimas térmicas e que, na época certa do ano, os praticantes desse esporte maravilhoso ficam horas voando, e chegam a voar mais de uma centena de quilômetros!

A famosa pedra da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará

A famosa pedra da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará


Descemos de volta ao hotel e, já com as coisas no carro, seguimos para o Açude do Cedro e Pedra da Galinha Choca. Basta vê-la para se entender o nome! Ali encontramos o Ciro, nosso guia para escalar a cabeça da galinha. Mas, por uma série de desencontros, ele estava achando que nós não iríamos, e não levou o equipamento. Nossa escalada virou um trilha, não até a cabeça, mas ao corpo da galinha. Nós é um grupo de pessoas de Fortaleza, familiares e amigos do Carlos Cláudio, uma fã de carteirinha da região de Quixadá.

Com nosso grupo, no alto da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará

Com nosso grupo, no alto da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará


É uma trilha bem tranquila que propicia vistas magníficas da região. Lá de cima, podemos ver todo o açude do Cedro, obra idealizada por nosso ex-imperador. Quanto mais viajamos e conhecemos o país e sua história, mais fãs ficamos deste senhor, D. Pedro II.

A barragem iniciada por D. Pedro para formar o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará

A barragem iniciada por D. Pedro para formar o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará


Durante a caminhada, chuva. Sinal de que não poderíamos ter mesmo escalado hoje, mesmo com equipamento. Menos mal, ficamos um pouco menos decepcionados... Mas foi rápida, apenas para molhar um pouco a rocha. Logo passou e já estávamos andando sobre a barragem, ali do lado do açude.

Santuário de Nossa Senhora, a Rainha do Sertão, em Quixadá, no sertão do Ceará

Santuário de Nossa Senhora, a Rainha do Sertão, em Quixadá, no sertão do Ceará


Difícil foi não nadar ali. mas a gente se segurou. Ainda tínhamos outro programa antes de seguir para Guaramiranga, na Serra do Baturité. Seguimos para a Serra do Santuário, outro lugar com vistas magníficas, principalmente da Pedra da Baleia. Mas a principal atração do local, como indica o nome, é um belo Santuário. É em homenagem à Nossa Senhora Rainha do Sertão. Um longo caminho calçado leva até lá, oito quilômetros serra acima. Imagino que haja procissões que sigam à pé, um duro caminho se for feito durante os dias mais quentes, quando a temperatura pode chegar aos 40 graus! Nós, com um pouco menos de fé, seguimos de ar condicionado. Assim, chegamos ao santuário com bastante tempo para ler a história das padroeiras de todos os países da América Latina, uma verdadeira coleção de Nossas Senhoras, todas muito bem representadas dentro do santuário. Muito jóia ler a história de todas elas. Ainda mais naquele cenário grandioso.

Rampa de asa delta e a Pedra da Baleia, em Quixadá, no sertão do Ceará

Rampa de asa delta e a Pedra da Baleia, em Quixadá, no sertão do Ceará


Metade do dia tinha passado. Ainda tínhamos muitos quilômetros, sertão, chuva e montanhas pela frente...

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu 'rabo', em Quixadá, no sertão do Ceará

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu "rabo", em Quixadá, no sertão do Ceará

Brasil, Ceará, Quixadá,

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De Volta à Praia

Costa Rica, San José, Santa Teresa

Magnífico pôr-do-sol sobre o Pacífico na praia de Santa Tereza, ponta sul da península de Nicoya, na Costa Rica

Magnífico pôr-do-sol sobre o Pacífico na praia de Santa Tereza, ponta sul da península de Nicoya, na Costa Rica


Deixamos San José para trás num tranquilo sábado sem trânsito, a cidade em compasso de espera para o Festival da Luz, desfile de trios elétricos pelo centro da capital no início da tarde. Preferimos aproveitar o sol na praia do que na avenida lotada!

Praia em Puntarenas, a caminho do ferry para a península de Nicoya e a praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica

Praia em Puntarenas, a caminho do ferry para a península de Nicoya e a praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica


Finalmente, uma estrada bem asfaltada no nosso caminho para Puntarenas, de onde partem os ferries para a Península de Nicoya, no norte do litoral Pacífico do país. Lá estão localizadas algumas das mais belas e badaladas praias do país, entre elas a famosa "Tamarindo". Apesar do simpático nome, não era atrás de badalação e glamour que estávamos indo, mas de praias mais isoladas e tranquilas. Nicoya tem de tudo, para todos os gostos!

Bombeiros apagam incêndio pouco antes do ferry para a península de Nicoya, no litoral Pacífico da Costa Rica

Bombeiros apagam incêndio pouco antes do ferry para a península de Nicoya, no litoral Pacífico da Costa Rica


Infeliz coincidência, mas uma vez num espaço de 10 dias, nosso caminho foi interrompido por um congestionamento causado por um incêndio. O outro tinha sido na região de Boquete, no Panamá. Hoje, foi a poucos quilômetros do ferry em Puntarenas. Ao contrário do Panamá, aqui não tinha caminho alternativo e o remédio foi esperar mesmo os bombeiros darem conta do recado. Finalmente, com muita paciência, chegamos ao ferry, o maior da América Central e demos adeus à Puntarenas. Em algum dia em 12 ou 13 meses, esperamos chegar à sua homônima mais famosa, no extremo sul do continente, lá na pontinha do Chile.

Cruzando de ferryboat o golfo de Nicoya, no litoral Pacífico da Costa Rica

Cruzando de ferryboat o golfo de Nicoya, no litoral Pacífico da Costa Rica


Uma hora para atravessar as águas tranquilas do golfo de Nicoya e chegar à península de mesmo nome. Ali, seguimos para a ponta sul da península, já na face virada para pleno Oceano Pacífico. O nosso objetivo eram as praias de Mal País e Santa Teresa, protegidas ainda por um trecho de estrada de terra que inibe uma invasão turística e imobiliária mais acentuada. Evidentemente não inibe a Fiona e chegamos por aqui logo depois das quatro da tarde.

Golfo de Nicoya, no litoral Pacífico da Costa Rica

Golfo de Nicoya, no litoral Pacífico da Costa Rica


Uma vila totalmente surf town, apenas uma rua principal, de terra, paralela ao mar, ladeada de pequenos hotéis, mercados, restaurantes e quitandas. Pessoas andando de bermuda, chinelo, sem camisa e muitos com sua prancha à tiracolo. Exatamente o que procurávamos!

Fim de tarde na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica

Fim de tarde na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica


Percorrendo a tal rua na direção de Santa Teresa, dando preferência aos poucos hotéis que ficavam do lado do mar, um deles logo nos chamou a atenção. Bandeira do Brasil e com o nome de Ranchos Itaúna! Fomos entrando e o clima era incrivelmente parecido com a nossa querida Ilha do Mel, onde casamos. Era aqui que queríamos ficar!

A bela pousada Ranchos Itaúna, na Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica. É a cara da Ilha do Mel!!!

A bela pousada Ranchos Itaúna, na Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica. É a cara da Ilha do Mel!!!


Os donos são um casal, austríaco com brasileira, a carioca Fátima. A primeira notícia é que não havia lugar, mas um pouco mais tarde, apareceu um quarto "coletivo". Na verdade, um belo quartão cheio de janelas com um beliche e uma cama de casal e banheiro privativo. Teríamos de dividi-lo com a simpática alemã Catarina, em temporada por aqui para aprender a surfar. Fechadíssimo!

Belíssimo pôr-do-sol na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica

Belíssimo pôr-do-sol na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica


Antes de nos instalarmos no quarto, a gente se instalou foi no lounge a céu aberto bem em frente ao mar onde um verdadeiro espetáculo estava apenas começando: o pôr-do-sol sobre o Pacífico. Foi absolutamente maravilhoso, com direito a acompanhamento de legítimas caipirinhas e muito boa música. As melhores boas-vindas que poderíamos ter tido. Tanto que já resolvemos passar mais um dia inteiro por aqui para, na segunda-feira, seguirmos para o rio Celeste e a Nicarágua.

De camarote, assistindo o pôr-do-sol na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica

De camarote, assistindo o pôr-do-sol na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica


Noite de lua cheia, é claro que houve um lual hoje. Lá fomos nós, caminhada pela praia totalmente clara pelo luar. Na festa, repleta de surfistas e outros bem-aventurados de vários países do mundo (inclusive da Costa Rica!), encontramos dois gaúhos, um surfista e o outro aprendendo esta arte por aqui. Gente boníssima, o Luís nos convidou para surfar amanhã e assim, já temos um compromisso. A nossa festa se prolongou até às três da manhã, bem do jeito que a Ana gosta. O duro vai ser chegar às 10h na praia para nossa aula de surf...

Celebrando o espetáculo do fim de tarde na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica, península de Nicoya

Celebrando o espetáculo do fim de tarde na praia de Santa Tereza, no litoral Pacífico da Costa Rica, península de Nicoya

Costa Rica, San José, Santa Teresa, Nicoya, Praia, Sol

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Spiegel Grove

Estados Unidos, Flórida, Key Largo

Voltando do mergulho em Key Largo

Voltando do mergulho em Key Largo


Eu adoro mergulhar em naufrágios. Pode ser só snorkel ou com garrafa mesmo. Mas o naufrágio tem de estar inteiro ou pelo menos ter um ponto de penetração. Já fiz vários naufrágios no Brasil e mesmo em outros países. No Brasil, o que mais me impressiona é a Corveta, em Noronha. Além da visibilidade, acho que é pelo tamanho do naufrágio. Ver aquele barcão deitado no fundo do mar, tão silencioso, sempre mexe comigo.

Pois bem, eu achava a Corveta grande. agora, nem tanto. Grande é o Spiegel Grove, com mais de 150 metros de cumprimento e quilômetros de passagens, corredores e porões para serem explorados. Com certeza, vale uma semana de mergulhos diários. Eu e a Ana, mais descansados que no dia anterior e, principalmente, mais experientes com nossos equipamentos, aproveitamos ao máximo o mergulho. Cautelosamente, exploramos pequenas porções internas do navio, além de vermos e pegarmos o gostinho de corredores escuros e imensos porões, que mais se parecem com cavernas submarinas. Precisamos voltar aqui algum dia para fazer um mergulho tek, com duas garrafas, trimix, nitrox para descompressão e um guia para nos levar naufrágio a dentro. Vamos programar isso para quando a Fiona nos trazer à Flórida!

Depois do segundo mergulho, novamente num recife rasinho e de almoçarmos no simpático café da Ocean Divers, ao lado do canal que serve de rua para barcos em Key Largo, voltamos para Miami para nossa última noite nos EUA, antes de irmos conhecer o Caribe.

Voltando do mergulho em Key Largo

Voltando do mergulho em Key Largo


Bahamas, amanhã. Ainda não caiu a ficha. Esses 12 dias de viagem ainda não foram suficientes para mudar nossas cabeças em direção à realidade que agora vivemos. Ainda não parece realidade, e sim um sonho.

Estados Unidos, Flórida, Key Largo, Mergulho

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Cachoeirão por Cima

Brasil, Bahia, Vale do Pati (P.N. Chapada Diamantina), Mucugê (P.N. Chapada Diamantina)

Equilibrando-se num dos mirantes do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Equilibrando-se num dos mirantes do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Nossa caminhada no terceiro dia no Vale do Pati foi um pouco mais longa do que o previsto, já que preferimos o conforto da Igrejinha ao invés da aventura da Toca do Gavião. Assim, depois da despedida do João, que toma conta da Igrejinha, tratamos de fazer a caminhada que "economizamos" no dia anterior, deixando o Vale do Pati em direção ao Cachoeirão.

Com o João, 'proprietário' da Igrejinha, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Com o João, "proprietário" da Igrejinha, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Essa é, na verdade, um fundo de canyon que, quando chove, tem várias cachoeiras, em todas as paredes. Sem chuva, um filete de água aqui e outro ali. Mas os lagos lá embaixo nunca secam já que a água arruma um jeito de chegar até lá por infiltração. Eu conhecia o canyon lá de baixo, quando estive aqui em 2001. Por cima, foi só agora. A vista é magnífica e o canyon tem quase a mesma profundidade do canyon da Fumaça (pouco menos de 400 metros).

Um dos mirantes do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Um dos mirantes do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Lagos no fundo do Vale do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Lagos no fundo do Vale do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


São vários mirantes lá em cima, pedras que formam verdadeiros trampolins para o vazio. O mais estreito deles requer muito sangue frio para lidarmos com nosso inerente medo de altura e fazermos uma boa foto.

Equilibrando-se num dos mirantes do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Equilibrando-se num dos mirantes do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Depois de ficarmos sem fôlego olhando tudo aquilo, nadamos um pouco numa pequena lagoa cercada de um pequeno bosque, cenário encantado típico de duendes e fadas. Infelizmente, eles não quiseram dar o ar de sua graça e permaneceram invisíveis...

Tomando banho no lago 'encantado' acima do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Tomando banho no lago "encantado" acima do Cachoeirão, no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Aí, a bela caminhada de volta à Fiona, com direito a cobra, caranguejeira e uma enorme lagoa formada pelo Rio Preto. Caminhar com o visual da Chapada de um lado, com suas enormes paredes escarpadas, e os Gerais do Rio Preto do outro, com suas infinitas planícies e colinas de vegetação rasteira do outro é algo para se guardar na memória com muito carinho!

Lago no rio Preto, próximo ao Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Lago no rio Preto, próximo ao Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Caranguejeira nos Gerais do Rio Preto, próximo ao Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Caranguejeira nos Gerais do Rio Preto, próximo ao Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


A Fiona nos esperava fielmente lá embaixo. Ela não pode reclamar do cenário em que a deixamos! Dali, voltamos para Guiné, onde nos separamos do Lúcio e seguimos para Mucugê, outra cidade histórica da época do garimpo na Chapada Diamantina. Cidade muito arrumada, preservada e tranquila (exceto no São João), com uma bela pousada e uma ótima pizzaria, na qual fizemos uma merecida refeição depois de tantos dias seguidos pelas trilhas da Chapada.

Reencontro com a Fiona, próximo à Guiné, na Chapada Diamantina - BA

Reencontro com a Fiona, próximo à Guiné, na Chapada Diamantina - BA

Brasil, Bahia, Vale do Pati (P.N. Chapada Diamantina), Mucugê (P.N. Chapada Diamantina), cachoeira, Cachoeirão, Chapada Diamantina, Parque, Trekking, trilha

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Mundo Pequeno

Brasil, Minas Gerais, Caraça, Ouro Preto, Mariana

Com o sobrinho Lulu, em Ouro Preto - MG. Ao final da viagem ele já será mais alto que eu?

Com o sobrinho Lulu, em Ouro Preto - MG. Ao final da viagem ele já será mais alto que eu?


Enquanto estamos viajando aqui por perto, entre Paraná, São Paulo, Minas e Rio, tem sido usual encontrar parentes. Programamos passagens em Curitiba, Ribeirão, Poços, Mauá e São Paulo justamente para encontrá-los. Afinal, virá um grande período sem ver parentes e é melhor aproveitar agora. Depois, só se forem nos visitar na nossa "casa", a Fiona!

Mas esta sexta ocorreu um encontro não planejado. Pelo menos, não com antecedência. Soubemos há poucos dias que nosso querido sobrinho, uma peça que atende pela alcunha de Lulu, estava viajando com a escola por essas bandas. Estava um pouco à frente de nós. Passou um dia antes de nós pelo Caraça e um dia antes de nós pela Mina da Passagem, em Mariana.

Com o sobrinho Luís Paulo em Ouro Preto - MG

Com o sobrinho Luís Paulo em Ouro Preto - MG


Resolvemos então furar o tempo, cortar caminho e ir encontrá-lo em Ouro Preto. Jantamos lá hoje com ele essa turma de escola. Trocamos impressóes sobre as viagens e assuntos gerais. Foi muito jóia, encontrá-lo por aqui. Algo meio insólito. No final do jantar, eu e a Ana ainda tivemos a sorte e o prazer de ouvir ele e seus colegas, regidos por seus professores, ensaiarem um coral que faz parte de uma peça de teatro que estão montando. Em pleno restaurante!

Turma do Lulu em Ouro Preto - MG fazendo um belo coral, em pleno rstaurante

Turma do Lulu em Ouro Preto - MG fazendo um belo coral, em pleno rstaurante


Muito jóia mesmo. Encontros assim tornam a viagem muito mais humana. E ainda tive a chance de ver meu sobrinho, por enquanto mais baixo do que eu. Não sei se será assim da próxima vez...

Brasil, Minas Gerais, Caraça, Ouro Preto, Mariana,

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Lagos, Geleiras e Cachoeiras

Canadá, Lake Louise, Jasper National Park

O belíssimo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

O belíssimo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Ontem, depois da longa e maravilhosa caminhada na região do Lake Louise, ficamos sem tempo de voltar à outra das maravilhas da natureza do parque: o Lake Moraine. Tínhamos estado lá rapidamente, com chuva, no final do dia de anteontem. E juramos que iríamos voltar, de tão bonito que era. Então, hoje cedo, ainda antes de partirmos para Jasper, mais ao norte, retornamos ao Lake Moraine.

O belíssimo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

O belíssimo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


O nome vem da sua origem glacial. “Moraine” é o nome que se dá ao acumulo de pedras e entulho que uma geleira vai construindo ao longo do tempo. Esses verdadeiros rios de gelo carregam em suas costas pedaços das montanhas e vales pelos quais atravessa. Na sua luta para alargar o canal por onde passa, vai gerando desabamentos e as pedras que caem ficam sobre o gelo, que se desloca uns poucos metros por ano. Em algum ponto, na extremidade da geleira, o gelo derrete, É aí que ficam todas as pedras carregadas durante séculos. Acabam formando um monte de entulho que é o que chamamos de “Moraine”. Quando a geleira retrocede, por causa das mudanças climáticas, e deixa em seu lugar um rio, as “Moraines” acabam se transformando em diques naturais, favorecendo a formação de lagos. Como não tivemos glaciares no Brasil, essa não é uma palavra muito comum no nosso vocabulário, mas “moraine” em português é “morena”.

Caminhada pelo incrível Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Caminhada pelo incrível Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Fascinado pelas cores do Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Fascinado pelas cores do Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Bom, ainda bem que voltamos lá, pois o lago é uma das coisas mais lindas que já vimos nessa viagem. Ainda mais bonito que o Lake Louise, para falar a verdade. O seu verde é mais escuro e, sem vento por ali, é um verdadeiro espelho gigante, refletindo a paisagem de florestas verdes e montanhas nevadas ao seu redor. Uma verdadeira pintura! Palavras não podem fazer jus àquilo, mas as fotos mostram, pelo menos em parte, a beleza magnífica do lugar.

Pessoas esperam companheiros para poder completar o grupo e caminhar em área de ursos, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Pessoas esperam companheiros para poder completar o grupo e caminhar em área de ursos, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Aviso de que apenas grupos com 4 pessoas, no mínimo, podem caminhar nessa área na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Aviso de que apenas grupos com 4 pessoas, no mínimo, podem caminhar nessa área na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Nós fizemos uma curta trilha pela sua orla, pela floresta de pinheiros, o lago maravilhoso sempre ao nosso lado. Como ainda estava cedo, quase não havia turistas por ali e a sensação de contato com a natureza era ainda maior. Pelo caminho, outras trilhas saiam em direção às montanhas, mas nós não teríamos tempo de percorrê-las. Nem que quiséssemos, seria muito simples. Isso porque somos apenas dois e, nessa época do ano, o mínimo por grupo são quatro pessoas. Tudo por causa dos ursos, que tendem a respeitar grupos maiores de pessoas. Se um ranger (o guarda do parque) te pega fazendo a trilha fora de um grupo, as multas são pesadíssimas. E, pelo jeito, as pessoas respeitam pois, numa das entradas, lá estava um casal acompanhado de seu cão esperando que mais gente aparecesse, para poder fazer a trilha. Até olharam com esperança para nós, mas teriam de esperar mais um pouco...

Mirante de observação do magnífico Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Mirante de observação do magnífico Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


feliz, durante passeio pelo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

feliz, durante passeio pelo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Fizemos essa trilha na orla do lago e subimos novamente no alto da “morena”, onde está o mais acessível mirante para observar todo o lago. Um colírio para os olhos, muita fotos e até um encontro com um grupo de brasileiras que viajava pelo local. Conversamos bastante com a guia, que mora no verão por aqui, recebendo turistas enviados por agências brasileiras e, no inverno, na California, de onde acompanha turistas brasileiros para o Havaí. Que bela vida! Literalmente!

O magnífico cenário da estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

O magnífico cenário da estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


Um dos muitos belos lagos na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

Um dos muitos belos lagos na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


Ainda “flutuando” com tanta beleza, voltamos para a Fiona e pegamos a estrada em direção à Jasper, no norte. Logo que saímos da cidade de Lake Louise, mudamos de parques: deixamos o Banff National Park e entramos no Jasper National Park. O principal centro de apoio desse parque é a cidade de Jasper, 230 km ao norte de Lake Louise.

A incrível paisagem atravessada pela estrada que liga Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

A incrível paisagem atravessada pela estrada que liga Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


Pode parecer longe, mas a estrada que liga as duas cidades passa por paisagens tão incríveis que a gente nem vê o tempo passar. São montanhas, lagos e geleiras que vão prendendo a nossa atenção, fazendo a gente querer parar em cada curva, fotografar ou simplesmente respirar aquela beleza incrível.

A geleira de Crowfoot, agora com apenas dois dedos, na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

A geleira de Crowfoot, agora com apenas dois dedos, na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


Foto antiga mostra a geleira de Crowfoot ainda com três dedos, na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

Foto antiga mostra a geleira de Crowfoot ainda com três dedos, na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


A primeira parada foi em frente a geleira conhecida como Crowfoot, ou “pé do corvo”. Não demora muito para adivinhar a razão do nome. Mas, infelizmente, está faltando um dedo do corvo, que estava lá quando a geleira foi batizada, há um século. Podemos ver as fotos antigas e perceber como o gelo recuou nesses últimos 100 anos. Prova irrefutável de que algo está mudando no nosso planeta. O segundo dedo também está diminuindo, mas mesmo assim, a magnitude da geleira, pendurada na montanha, impressiona.

Lagos e montanhas na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

Lagos e montanhas na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


Mas à frente, passamos por diversos lagos, cada um mais belo do que o outro. Todos da família do Lake Louise, pela cor. Aliás, essa cor vem dos minerais presentes nas pedras trazidas pelas pequenas geleiras atuais. As pedras acabam se dissolvendo na água e tingindo o lago com essa cor mista de azul e verde. Uma beleza!

Estrada que corta as montanhas e a belíssima paisagem entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

Estrada que corta as montanhas e a belíssima paisagem entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


Seguindo adiante, chegamos à maior geleira da região, originada em um enorme campo de gelo por detrás das montanhas chamado de Columbia Icefields. Olhando bem de longe, já ficamos impressionados com sua envergadura, principalmente quando, com muito trabalho e esforço, conseguimos discernir pessoas caminhando sobre ela, minúsculos pontos escuros naquela vastidão branca e gelada.

Admirado com a grandiosidade da paisagem entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá

Admirado com a grandiosidade da paisagem entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá


minúsculas pessoas caminham na geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

minúsculas pessoas caminham na geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Para lá seguimos com a Fiona, loucos para matar nossa saudade de caminhar me geleiras. A última vez tinha sido na Islândia (trecho da nossa viagem que, vergonhosamente, eu ainda não relatei. Mas chego lá, pois as fotos do país são absolutamente maravilhosas e merecem ser mostradas!), em maio desse ano. Conforme vamos chegando mais perto, mais tomamos ciência do tamanho do rio de gelo. É de tirar o fôlego...

Pessoas caminham pelo Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

Pessoas caminham pelo Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Temos de estacionar a mais de um quilômetro de onde a geleira está e caminhar o resto do tempo. Primeiro, subir uma antiga e enorme “moraine” e depois, descer do lado de lá, até chegar ao ponto em que o gelo encontra a terra. No caminho, diversas placas marcam o ponto onde estava a geleira nos anos anteriores. É bem triste passar pelas marcas de 1982 e 1992 e ver o quanto a geleira retrocedeu nessas ultimas décadas. Triste e preocupante.

A caminho da geleira em Columbia Ice Fields, a placa marca até onde o gelo chegava em 1982 (no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá)

A caminho da geleira em Columbia Ice Fields, a placa marca até onde o gelo chegava em 1982 (no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá)


Explorando a geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

Explorando a geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Preocupação é o que sente os administradores do parque, colocando diversos cartazes dizendo que é proibido caminhar sobre a geleira, devido ao perigo de se cair em alguma das diversas fissuras escondidas por neve ou gelo fino. Mas os avisos são simplesmente ignorados pelas pessoas e nós fomos na onda, claro! Afinal, chegar até ali e não seguir para ver de perto seria um pecado. Com todo o cuidado, claro!

Caminhando pela fantástica geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

Caminhando pela fantástica geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Seguimos uns quinhentos metros geleira acima, pelo menos até o ponto onde não havia mais turistas ou pessoas à minha frente. Só aí, vendo aquela imensidão puramente branca defronte a mim, me dei por satisfeito. Aqui, o gelo é mais branco, pois até onde as pessoas caminham ele está bem sujo de pó e pedras. A beleza e a sensação de solidão são indescritíveis. A força da natureza que sentimos sob os nossos pés também. Ao contrário da Islândia, onde as geleiras eram cheias de fissuras e buracos em fundo, aqui ela era bem mais homogenia, uma enorme massa de água congelada em movimento. Uma força primordial da natureza, a qual só podemos respeitar e admirar.

Riacho atravessa a geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

Riacho atravessa a geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Rio corta canyon através de diversas camadas de rocha, em Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

Rio corta canyon através de diversas camadas de rocha, em Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Os pequenos riachos que correm sobre o gelo são o lembrete de que ela está derretendo. De pouco em pouco, mas está derretendo. Esses pequeno riachos tornam o cenário ainda mais belo, formando até pequenas corredeiras e cachoeiras. Mas também nos alertam do perigo do gelo que pode ceder, então caminhamos cuidadosamente de volta à terra firme.

Atravessando antigo canyon criado (e abandonado) pelo rio, em Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

Atravessando antigo canyon criado (e abandonado) pelo rio, em Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Ainda havia mais atrações pelo caminho, antes de chegarmos à Jasper, então seguimos em frente. Agora, depois de tantas montanhas, lagos e geleiras, a próxima parada foi numa grande cachoeira, no principal rio da região, o Athabasca. Ao longo de milhares de anos de erosão, ele formou um impressionante canyon nessa parte do rio. Através de várias passarelas, podemos caminhar sobre essa maravilha natural e, através dos painéis explicativos, podemos viajar no tempo e entender como se dá a eterna luta entre a água e a rocha que tenta cercar o seu caminho.

O balé das águas na Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

O balé das águas na Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Normalmente, tendemos a ver essas paisagens de forma estática, como se aquilo tivesse nascido assim, como que por uma passe de mágica e que continuará da mesma maneira, pela eternidade. Nada disso! Pode ser assim na ridícula escala de tempo de nossas vidas, mas considere alguns poucos milhares de anos e logo percebemos o quão dinâmico e efêmero é isso tudo. As cachoeiras e canyons que estávamos vendo tem essa idade. E, para a nossa surpresa, não é apenas a água que vence essa luta. Ao lado do canyon onde passa o rio atualmente está um outro canyon, seco. Por ali passou a água por um bom tempo, mas acabou perdendo a batalha para a dureza da pedra e acabou seguindo por outro caminho, onde a rocha era mais mole. Caminhar por ali e imaginar os antigos turbilhões de água moldando e arranhando as paredes é bem legal. Entender como se dá todo o processo o torna ainda mais interessante, ao invés de “destruir a poesia”, como pensam alguns.

Um dos mirantes de Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá

Um dos mirantes de Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá


Enfim, tantas atrações haviam no caminho que chegamos já de tarde em Jasper, sem tempo para ver uma sequência de lagos coloridos que requeriam uma trilha de meia hora para ser percorrida. Fomos diretamente para a cidade. Final de feriado, foi um pouco mais fácil encontrar hotel. Ainda tivemos forças para um jantar com vinho no bar do próprio hotel, com direito à música ao vivo da melhor qualidade. O músico mandava muito bem no francês e inglês, além de tocar diversos instrumentos, inclusive uma espécie de cavaquinho e um pandeiro que se toca com os pés. Incrível! Valeu cada gotinha do nosso vinho! Aliás, o dia de hoje valeu cada minuto do nosso tempo. Viva o Canadá!

Olha só a gente 'perdido' no meio do Canadá!

Olha só a gente "perdido" no meio do Canadá!

Canadá, Lake Louise, Jasper National Park, Aathabasca Falls, Alberta, Columbia Icefields, Lake Moraine, Parque, trilha

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