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Réplica do foguete Ariane V, no Centro Espacial em Kourou - Guiana Francesa
Apenas em meados do século XX que a Guiana foi designada um departamento francês, quando se tornou o Centro Espacial Europeu. Assim vários engenheiros, técnicos e cientistas de todas as partes começaram a popular Korou, que hoje abriga em torno de 20 mil pessoas e é a cidade que mais cresce na Guiana. Korou em si não possui muitos atrativos, sua arquitetura colonial francesa e ausência de edifícios maiores que 3 andares faz com que pareça uma maquete, embora bem organizada é também uma das mais pobres do país. Localizada há 60 km da capital Cayenne, fica às margens do Rio Kourou, de onde partem os barcos para a Îles du Salut.
A Ana e o Ariane V, no Centro Espacial em Kourou - Guiana Francesa
Nós fomos direto para o Centro Espacial para uma visita às 15h. Esta deve ser agendada com antecedência, é muito concorrida. Antes do tour guiado visitamos o museu espacial, que faz uma boa explanação da origem do universo e do histórico da corrida espacial mundial.
Visitando o museu do Centro Espacial em Kourou - Guiana Francesa
O centro de lançamento é considerado um dos mais bem localizados no mundo, dentre os 16 existentes. Responsável por colocar em órbita mais de 50% dos satélites comerciais nos últimos 20 anos, o Projeto Ariane está comemorando o 200° lançamento, no pátio do museu há uma exposição de fotos profissionais e amadoras com este tema.
Lançamento do Ariane V, no Centro Espacial em Kourou - Guiana Francesa
Ariane é um foguete lançador descartável construído pela empreiteira EADS Space Transportation sob a supervisão da Agência Espacial Européia. Hoje está em uso o foguete Ariane 5 que teve seu primeiro lançamento em 1997 e está preparado para transportar até 3 satélites dependendo do tamanho e orbita do objeto. Seu último lançamento foi em 16 de fevereiro e o próximo será em 29 de março, uma pena não estarmos aqui nesta data, deve ser emocionante ver de perto esta cena.
A sala de comando do Centro Espacial em Kourou - Guiana Francesa
O Rodrigo é aficionado pelo tema, acessa quase todos os dias os sites da NASA e o space.com para saber as novidades do universo, descobertas e evolução nos programas espaciais de todo o mundo. A palestra sobre o centro espacial é dada no auditório da sala de controle, idêntica às dos filmes hollywoodianos, só a contagem que é um pouquinho diferente: “dix, neuf, huit, sept, six, cinq, quatre, trois, deux, un! VRRRUUUUUM!” Depois de 50 minutos os foguetes e satélites estão em órbita e todos saem comemorar o sucesso do lançamento, brindando com uma champagne francesa, é claro!
Bandeira francesa tremula no Centro Espacial em Kourou - Guiana Francesa
Vale a pena a visita ao Centro Espacial em Korou, um ótimo programa para mais um dia chuvoso da na nossa viagem.
A sala de comando do Centro Espacial em Kourou - Guiana Francesa
Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
A capital do Alasca pode ficar ofuscada pela grande metrópole, Anchorage, mas não poderia ficar de fora do nosso roteiro. Sua história e suas riquezas naturais são a porta de entrada para um novo mundo que começaremos a explorar nesta semana na região sudeste do Alasca.
Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
O ano era 1880, Richard Harris e Joe Juneau buscavam ouro nestas terras longínquas. Seu guia nesta busca era Kowee, o chefe da tribo Tinglít que habitava a região. Ele o levou às margens do rio dourado, batizado de Golden Creek. Kowee não imaginava como sua vida mudaria a partir deste momento.
Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Um acampamento de 40 garimpeiros se formou e cresceu em torno da extração do ouro, atraindo comerciantes, missionários e grandes companhias mineradoras. Assim nasceu Juneau, com mais de 66 milhões em ouro extraídos na Mina Treadwell e 80 milhões (equivalentes hoje a 4 bilhões de dólares) da Mina Alaska-Juneau. Esta foi a maior operação mineira no mundo nos idos de 1916, movimentando os mercados de pesca, trazendo fábricas de enlatados, serrarias, transportadoras e até o turismo. Apenas mais tarde, no ano de 1959 foi que Juneau se tornou a capital do Alasca.
O musgo é a primeira vegetação a ocupar o terreno deixado para trás pela Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Desde 1900 as histórias de garimpeiros e o extraordinário cenário destas terras atraíram visitantes para a região. Glaciares, fiordes e florestas já seriam motivos suficientes, mas a natureza ainda proporciona espetáculos como a corrida do salmão, ursos grizzlies pescadores e até baleias para os mais sortudos. Um detalhe importante é estar atento às temporadas de cada um destes animais, para escolher a melhor época para a viagem. O verão normalmente reúne a maioria deles: os salmões sobem os rios e atraem os ursos para os cursos d´água, as baleias jubarte chegam às baías em busca de alimento e são atração garantida durante os tours whale watching. Junto com os salmões, ursos e baleias chegam também hordas de turistas nos grandes navios de cruzeiros e os preços sobem bastante.
A Nugget Falls, bem ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Nós chegamos no final da temporada, os preços de hospedagem e ferry estão melhores, mas praticamente todas as portas se fecham quando o último cruzeiro vai embora. Vimos um navio no porto e pensamos “opa! chegamos a tempo!”, mas infelizmente não encontramos mais nenhum tour operando para o Tracy Arm Fjord, Glacier Bay, ou mesmo guias especializados para nos levar às cavernas de gelo nos glaciares. Todos, sem exceção, tinham acabado de fechar para a temporada de inverno. Fiquei bem chateada, mas o que não tem remédio, remediado está e como tudo sempre tem um lado bom, assim até economizamos! Rsrs!
Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Sem os tours, ficamos sem os icebergs e grandes paisagens de gelo próximas do mar, que a propósito, eu achava que estariam por todo o litoral. O Tracy Arm parece ser o único lugar para ver icebergs e na Glacier Bay o grande campo de gelo margeando a costa. Ainda assim Juneau não decepciona e ainda reserva bons motivos para ser visitada. O primeiro e principal deles é o grande Mendenhall Glacier, um belíssimo glaciar com paisagens magníficas e a apenas 15 km do centro da cidade.
Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Uma língua de gelo de 19 km que liga o Lago Mendenhall ao Juneau Icefield. Com mais de 2 quilômetros de largura e 30 metros de altura ele é um dos 38 grandes glaciares que escorrem do Juneau Icefield, formando vales, lagos e paisagens como esta.
Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska
Os icebergs são esculturas flutuantes formadas por gelo azul, o mais puro e cristalino. Nos arredores estão os mais de 5 milhões e meio de acres da Tongass National Forest com árvores imensas da floresta úmida que cobre todo o sudeste do Alasca. Algumas trilhas dão acesso ao lago e a mirantes, a trilha até a Nugget Falls é super agradável e dá uma noção melhor das mudanças que vem ocorrendo nesta paisagem.
Pequenos icebergs e a incrível Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
O centro de visitantes possui uma exposição bem completa sobre a história geológica do Mendenhall, que está em um processo acelerado de retração, ou seja, descongelamento. Só para vocês terem uma ideia, antes de 1958 este lago não existia! Monitorado pelos cientistas desde 1942, sabe-se que de 1951 a 1958 a face terminal do glacial retraiu 580m. Desde 1958 já se foram mais 2.820 km, quando o lago foi criado, e antes de 1765 a ponta do glaciar se estendia por mais 4 km.
Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Esta é uma das medidas mais claras que temos dos efeitos do aquecimento global e ainda existem pessoas que não acreditam, como se fosse questão de crença! Temos que fazer nossa parte: diminuir o consumo, maximizar a reciclagem e, principalmente, acreditar que se cada um de nós agir, podemos juntos fazer a diferença para o nosso planeta.
Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
A chuva voltou a cair e nós continuamos a explorar a curta estrada ao norte de Juneau, em busca das nossas amigas baleias. A dica dos locais foi um lugar chamado Shrine of St. Therese. Uma pequena península que entra na baía e é um hot spot de pesca. Peixes atraem todo o tipo de vida marinha, focas, leões marinhos e até baleias!
O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Não vimos baleia alguma, apenas algumas focas pescando e um lindo stellar, o maior leão marinho do mundo, nadando ao redor. Porém o santuário não é apenas um lugar para encontrarmos os animais, mas um lugar mágico onde encontramos uma forte energia contemplativa. Percorremos o labirinto, criado pela igreja católica como um meio de concentração para as orações, e meditamos em contado com a natureza e a nossa energia interior sem nem sentirmos a chuva cair.
Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Ainda aproveitamos este tempo chuvoso para escrever, descansar e acabamos nem conhecendo o Alaska State Museum, com exposições sobre a história e a arte dos povos indígenas da região, mas fica aí a dica para incluir no roteiro.
O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska
Pois é, a chuva continua nos acompanhando e logo descobrimos que não é nada pessoal. Nós estamos não apenas em uma das épocas mais chuvosas, mas em um dos lugares com maiores índices de precipitação em toda a América do Norte. Aqui quando não chove, neva e os locais até estranham quando aquela “estranha bola amarela” aparece no céu. Cuidado! Se ela aparecer em mais de 60 dias durante todo o ano estamos a perigo! Não é a toa que, além de muito bem equipados com suas roupas impermeáveis e botas de borracha, os alascans andam pelas ruas como se a chuva não existisse e dizem: “é o nosso brilho de sol líquido”.
Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska
O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Assim , mesmo no verão, já venham com espírito e a mala preparados para enfrentar chuva. Enfiem o dois pés na poça d´água e aí sim poderão sentir como vivem os alascans! Depois, uma Alascan Amber ou uma Brown Kodiak são uma boa pedida para esquentar.
Tomando cerveja local em Juneau, no Alaska
As imponentes ruínas mayas de Tazumal, em El Salvador
Colocarmos o pé na estrada novamente. Seguimos viagem agora rumo à Guatemala! Nossa primeira ideia era seguir direto, sabíamos que no caminho ficariam para trás mais dois sítios arqueológicos, Tazumal e Casa Blanca, mas não tínhamos muito tempo e precisávamos chegar a Antigua.
Subindo as escadas de antigo templo maya em Tazumal, em El Salvador
Foi em uma parada no posto logo após a cidade de Santa Ana, um frentista jovem e muito simpático ficou curioso sobre a viagem e logo quis nos falar sobre as belezas e os pontos turísticos da sua região. Mostrou-nos fotos de Tazumal e Casa Blanca, insistindo para passarmos por ali, “ficam a apenas 5 minutos daqui” dizia ele, empolgado. No caminho passamos na beira da estrada encontramos a entrada das Ruínas de Casa Blanca, que estavam fechadas para restauração. Já no clima, perguntamos e decidimos desviar mais 5 minutos para a cidadezinha de Tazumal, construída praticamente sobre as antigas ruínas Maias do mesmo nome.
As ruínas de antigo templo maya em Tazumal, em El Salvador
Tazumal em K´iche´ significa “pirâmide onde as vítimas eram queimadas”, nem gosto de imaginar! Está localizada no meio do povoado de Tazumal, vizinha do cemitério municipal, arqueólogos estimam que os primeiros moradores desta região datam de 5.000 a.C. As primeiras expedições arqueológicas escavaram parte do sítio já na década de 40, anos mais tarde arqueólogos começaram um trabalho de manutenção e reconstrução das ruínas que já estavam descobertas, alterando sua construção original, incluindo cimento na estrutura para aumentar sua durabilidade. Em 1954 foi visitada por Che Guevara nas suas andanças pela América Latina, antes mesmo de se rebelar e começar a guerrilha armada.
Visitando o sítio arqueológico maya de Tazumal, em El Salvador
As últimas reformas feitas em 2006, já em uma nova linha de trabalho, começou a desconstrução da camada de cimento, tentando devolver a originalidade às ruínas. Segundo pesquisas, sua primeira camada teria sido feita em blocos de adobe e só depois, já sob domínio Maia, foi que recebera blocos de pedra e ornamentos do período clássico (250 A 900 d.C). Foram mais de 13 fases de construção, o que faz os arqueólogos estimarem que 70% da estrutura ainda não foi desenterrada e hoje está abaixo da vila de Tazumal. Depois de 900 d.C foram construídas pirâmides Toltecas, assim como um campo de “jogo de bola”, sendo abandonado definitivamente em 1200 d.C.
Momento de carinho nas ruínas mayas de Tazumal, em El Salvador
As ruínas são as maiores que vimos aqui nessa nossa iniciação do mundo Maia, lindas e impressionantes! O museu fornece bastante informação, assim como os guias que podem ser contratados no local. Nós, como estávamos naquela correria básica, fizemos algumas fotos, demos uma olhada rápida no museu e saímos dali com milhares de perguntas sem respostas, apenas imaginando como seria aquela cidade na época em que os maias ou os toltecas viviam por ali... milhares de pessoas assistindo os rituais aos seus deuses e divindades, vivendo sua vida e aprendendo sobre sua história. História essa que hoje tentamos remontar, baseados apenas em pistas que nos foram deixadas através do tempo e destas ruínas.
Divindade pré-colombiana no museu em Tazumal, em El Salvador
Continuamos o nosso dia em direção à Las Chimanas, fronteira de El Salvador com Guatemala. Os trâmites foram rápidos e os oficiais da aduana guatemalteca foram eleitos os mais simpáticos de toda a viagem! Eles até fizeram fotocópias e montaram com durex um mapa da Guatemala que tinham na parede para nos dar de presente.
Chegando à Guatemala, indos de El Salvador
A primeira impressão assim que cruzamos a fronteira já é de um país mais organizado, a estrada e a cidade fronteiriça todas sinalizadas e pintadinhas, apesar das dezenas que túmulos (lombadas) que encontrávamos pelo caminho. Menos de duas horas depois chegamos à capital, Cidade da Guatemala, que nos impressionou positivamente. Chegamos pela parte alta da cidade, avenidas largas e arborizadas, sem passar pela periferia costumeira das cidades grandes na América Latina.
Tumulo? É o nome dos quebra-molas na Guatemala e em El Salvador
Prédios modernos, restaurantes e uma infra-estrutura completa, cruzando as zonas 15, 14, até chegar a Zona 10, onde ficaríamos hospedados. Conhecida como Zona Viva a Zona 10 é a mais turística, ao lado da Zona 1, centro histórico da capital e à Zona 13, onde estão a maioria dos museus. Aproveitamos a nossa única noite na capital para jantar em um restaurante de comida típica guatemalteca, vizinho do nosso hostal, o Kacao. As principais comidas típicas são sopas que levam diversas verduras, batata, milho, coentro e alguma carne, principalmente frango. Tomamos um caldinho e o prato especial foi um churrasco guatemalteco, acompanhando de uma espécie de tutu de feijão e guacamole, delícia!
Restaurante Kacao, de comida típica, na Cidade da Guatemala, capital do país
Fechamos nossa noite no Bar Esperanto, indicado por Pablo, um viajante e blogueiro, nosso amigo virtual guatemalteco que amanhã mesmo iremos conhecer. Um bar boêmio, tocando uma cumbia gostosa, galera animada e bem receptiva. A energia da cidade já nos cativou, ficou decidido: vamos ficar um dia mais para conhecer e curtir a vibrante Cidade da Guatemala!
Balada no bar Esperanto, na Cidade da Guatemala, capital do país
Entrada de caverna alagada, no rio transparente de Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Ginnie Springs se apresenta como o paraíso da água doce! Não é à toa, uma nascente de águas cristalinas se encontra com as águas do Rio Santa Fé em um verdadeiro santuário subaquático!
O belo rio de águas transparentes em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Aqui só um snorkel na área da Devil Spring já vale à pena, com peixes e plantas formando um cenário parecido com o de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Aos não mergulhadores o lugar é um convite para um delicioso final de semana no verão quente da Flórida.
As águas transparentes de Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Área de piquenique, cancha de vôlei, praias de rio e toda a infra-estrutura necessária para fugir da rotina da cidade grande. Localizada próxima à cidade de High Springs, Ginnie está a apenas 2 horas dos aeroportos de Orlando, Jacksonville ou Talahasse, a capital do estado da Flórida.
Aviso ao lado do rio em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Aos mergulhadores esta é um dos sistemas de cavernas submersas mais famosos do mundo. A nascente de água de alto fluxo transforma a paisagem e dá mais adrenalina ao mergulho! A Devil Spring possui duas entradas em um pequeno braço do rio, a Devils Eye e a Devil´s Ear, a primeira mais protegida e arredondada, lembrando o formato de um olho azul cristalino.
Mergulhadores se preparam para mergulhar em caverna alagada em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
A segunda, com formato parecido com de um ouvido, já está mais próxima à correnteza do rio principal. Esta está marcada pela boia alaranjada que vemos na foto e exige mais cuidado para entrada e principalmente para saída, já que a pressão nela é maior e em um descuido pode te levar rio abaixo.
Uma das entradas da caverna alagada de Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Pouco antes de começarmos a nos equipar encontramos um dos papas do mergulho em caverna, o tão famoso e citado Larry Green. Em todas as nossas aulas escutamos histórias dessa lenda viva, que agora estava ali, na nossa frente (momento tiete! Rsrs!). Este simpático senhor começou a mergulhar em cavernas ainda jovem, desenvolveu técnicas, equipamentos e treinou muitos dos profissionais que estão hoje neste mundo do cave diving.
Junto com Larry Green, um dos mais experientes mergulhadores de caverna do mundo, em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Fizemos dois mergulhos, utilizando as duas entradas. No primeiro entramos pelo olho e não levamos a câmera fotográfica, já que precisávamos ter certeza de como estava a pressão de saída da água. Aqui a técnica utilizada é chamada de pull and glide (puxar e deslizar), entramos usando as mãos e não as pernas. Nadar normalmente faria gastarmos muito mais ar, bem precioso dentro de uma caverna submersa. Desta vez a corrente não estava das piores, segundo o nosso guia, mas ainda assim a força da corrente nos obrigou aplicar o “pull and pull” mesmo, como uma escalada submarina! Dá uma olhada nesse vídeo!
Na entrada não temos muito tempo e espaço para apreciar, a adrenalina correndo e a escalada vira a nossa diversão! Temos que pensar rápido, puxar e logo nos agarrar a outra rocha, antes que a correnteza nos leve.
O tradicional aviso no início da área escura da caverna alagada de Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Aos poucos a corrente vai acalmando e o fundo rochoso é substituído por um fundo de pura argila. A argila é tão fina que o chão, que parece firme, é totalmente mole, quase como se não existisse ali. É essa argila que se revolvida torna-se o pesadelo do mergulhador em uma caverna, pois passamos a não enxergar nada. Se o fluxo de água é forte ele leva a suspensão e limpa a água, senão pode levar horas para baixar e a saída da caverna tem que ser feita às cegas, seguindo a golden line.
O feliz reencontro com a luz solar no final do mergulho em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
A mais de 300m caverna adentro, embaixo da terra, que está abaixo de um rio sobre a superfície, nós fizemos meia volta e retornamos surfando na correnteza. Agora sim podemos admirar a paisagem, sendo ultrapassados só por dois mergulhadores que seguiam com suas scooters submarinas.
Mergulhando na caverna alagada de Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
O segundo mergulho foi feito pelo Devil´s Ear, com mais fluxo desde os primeiros metros e desta vez conseguimos ir mais longe. Passamos da Maple Leaf, formação calcária que lembra o formato da folha da bandeira canadense de ponta cabeça, bom ponto de referência para os mergulhadores.
Mergulhando na caverna alagada de Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Saímos deste mergulho em uma piscina de água mineral com gás! A nascente faz bolhas “poparem” do chão como um grande caldeirão, a luz de final de tarde deixa as cores embaixo d´água ainda mais bonitas.
Nascente de água em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Em um momento de euforia me mesclo aos peixes coloridos, plantas verdes e o azul cristalino, não quero ir embora, quero aproveitar cada minuto nesse santuário. Estes últimos minutos em Ginnie Springs refletiram a satisfação e a alegria de estarmos aqui, tendo a oportunidade de conhecer um lugar único no mundo por uma perspectiva completamente diferente. É, toda essa adrenalina valeu à pena!
O belo rio de águas transparentes em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
Muito barro no caminho à Mompós, na Colômbia
Saímos de Bucaramanga cedo, já que a previsão de todos os locais é que levaríamos pelo menos 8 horas até Mompós. Nós, sempre que estudamos os mapas aqui na Colômbia temos previsões mais otimistas, afinal 100 km podem ser feitos em 1 hora, 1 hora e meia, certo? Errado! Esta conta não se aplica para as estradas colombianas e muito menos para as equatorianas. Um terreno muito montanhoso, muitas curvas, subidas e descidas, muitas tracto-mulas (caminhões) e obras nas estradas. O caminho de hoje ainda tem um “porém”, vamos cruzar a região do afamado Rio Magdalena.
Cruzando de balsa um dos braços do Rio Magdalena, no caminho à Mompós, na Colômbia
Um dos rios mais importantes da Colômbia, longo e caudaloso. A Cordilheira dos Antes se divide em três no território colombiano, formando a cordilheira ocidental, central e oriental. Este rio nasce no sul, cruza todo o país entre as cordilheiras central e ocidental, e chega aqui mais possante, formando uma imensa planície alagada. O vimos lá em San Agustín, onde o rio passava por um estreito de apenas 2,20m e agora ele é quase como o Rio Amazonas no Brasil. Para ajudar, estamos no inverno, portanto as chuvas aumentam o nível das águas, que fecham estradas, levam embora as pontes e complicam bastante a comunicação viária da região.
Visita ao "Estrecho", ponto onde o leito dopoderoso rio Magdalena se estreita a apenas dois metros! (em San Agustín, na Colômbia)
Nossa viagem começou tranquila, conseguimos cruzar um trecho que todos diziam que levaria 6 horas em apenas 4. Porém quando chegamos na entrada para El Banco, a novela começou. A via estava fechada, nos avisou o frentista do posto, “vocês devem seguir mais 140km até Cuatro Vientos e de lá seguir em direção à El Banco. Aumentamos o nosso itinerário em mais de 170km, pois a volta por lá era muito maior. Chegamos a pensar em desistir, vendo a costa cada vez mais próxima nas placas. NÃO, temos que conhecer Mompós!
Revoada de garças vista do ferry sobre o Rio Magdalena, em Mompós - Colômbia
Eu vi pelo GPS que havia um caminho por uma cidadezinha chamada Astrea, era uma estrada secundária (terciária na verdade), mas parecia mais seco, mais distante de áreas alagadas. Perguntamos em um posto e um cara meio sem noção nos assegurou que o caminho via El Banco era melhor, quase todo asfaltado. Lá fomos nós... Seguimos por asfalto até El Banco e chegando lá descobrimos que a via estava fechada, é claro! O rio subiu, é só olhar o mapa que fica fácil imaginar. A estrada ainda deixava passar moto, mas carro estava impossível, nos assegurou um banqueño. Voltamos até o Km 22, onde deveria haver um desvio por uma vila chamada El Guamo. Perguntamos ao senhor da vila e ele nos esclareceu: “Não é exatamente uma estrada, é uma trilha de lama com muitas partes alagadas.”
Exibir mapa ampliado
Seguimos para Astrea, a nossa última alternativa. Chegamos na cidade já começava a escurecer. Decidimos parar por ali e descansar em um dos poucos hotéis da cidade. O dia de hoje já tinha nos mostrado que a aventura estava apenas começando. Gonçalves nos recebeu de braços abertos. Hotel simples, sem ar condicionado e com banho de balde. Comemos um pollo com papas na nova lanchonete da cidade e sentamos no boteco em frente ao hotel para tomar uma Aguilita. Aqui as cervejas grandes tem 330ml e a pequena tem uns 200ml, tamanho que aqui faz sentido, pois não dá tempo de esquentar! Poucos minutos depois, Gonçalves chegou para nos fazer companhia e nos contou algumas histórias da sua vida, como da vez que foi ameaçado de morte pelos narco-traficantes por não pagar a “proteção” à sua pizzaria. Teve ainda a história de sua ex-mulher, que depois de sumida por 5 anos, levou as crianças para passear e nunca mais voltou. É, e nós que pensamos que estamos vivendo uma aventura...
Chegando na "Casinha Branca" no alto da serra, em Delfinópolis - MG
Delfinópolis é uma das portas de entrada para a Serra da Canastra. Daqui você está a poucos quilômetros de vários complexos turísticos que oferecem infra-estrutura e níveis de dificuldade variada. São centenas de cachoeiras divididas entre as serras e vales que compõe a grande Serra da Canastra, poderíamos passar um mês inteiro só explorando esta região e não veríamos tudo. Como não temos este tempo todo, tivemos que escolher e definimos a nossa programação pelos pontos mais indicados pelo pessoal que conversamos aqui na região.
Explorando rio e a vista no alto da serra em Delfinópolis - MG
Hoje fomos fazer um circuito pelo Vale do Gurita. Começamos subindo a serra e chegando no alto com uma vista linda da represa, de lá seguimos para as corredeiras do mesmo rio do Complexo Paraíso, uma dica da Mariângela de uma laje encaichoerada com alguns pontos de banho, super ensolarada e com uma vista maravilhosa! Tomamos nosso primeiro banho do dia e já fizemos uma amiguinha, uma cã linda que estava passeando por lá. Andamos mais 1km e chegamos à famosa Casinha Branca, ponto de referência da região. Adivinhem quem apareceu por lá? A nossa amiga cã, que veio correndo pela estrada e chegou quase junto de nós, descobrimos que seu nome é Sorriso, será que era um cão? Conversamos com o proprietário que está inaugurando ali um bar-restaurante com vista de cair o queixo, a estrutura já está pronta, pena que só abrirá na semana que vem.
Refrescando-se em rio no alto da serra em Delfinópolis - MG
Pena que nesta época a região toda está sofrendo com as queimadas. São algumas fazendas que estão formando pasto e deixaram o fogo se alastrar, pegando inclusive área de reserva.
Terra queimada no alto da serra em Delfinópolis - MG
Seguimos adiante na Fiona, mais 6km de terra e areia até que chegamos à Cachoeira do Ouro. Já estava planejado que ali seria o nosso ponto de almoço. Lá conhecemos o Lopes, proprietário da terra e do restaurante, nascido e criado em Delfinópolis, que nos recebeu de braços abertos. O restaurante não estava servindo almoço, pois hoje é segunda-feira, mas ele não mediu esforços em nos atender, servindo diversos petiscos da casa: um queijo mineiro curado delicioso, pão de queijo, pernil, mandioquinha, torresminho... aiai! Fiquei até estufada de tanta comida! Fazer dieta em Minas Gerais é complicado mesmo, sô!
Bar da Cachoeira do Ouro em Delfinópolis - MG
A melhor parte mesmo foi a nossa conversa, falamos de tudo com o Lopes. Política, turismo, eco-turismo e até de religião! No final ainda fomos dar uma espiadela no tesouro que ele tem nas suas terras, cachoeiras lindíssimas e que poderiam ter sumido se aprovassem a extração de uma mina profunda de diamantes vizinha da sua terra. Foi uma empresa canadense que fez a descoberta desta jazida há mais de mil metros de profundidade! Já pensaram? Abalaria todo o lençol freático e causaria uma mudança brutal na estrutura geológica da região. Ainda bem que o Ibama e a Prefeitura de Delfinópolis estavam atentos e não liberaram a exploração. O Lopes ainda gravou um testemunho para o Soy loco por ti América, ficou muito bacana! Obrigada Lopes! Voltaremos conhecer sua futura pousada, viu?
Com o Lopes na Cachoeira do Ouro em Delfinópolis - MG
Final da tarde, o papo estava tão bom que nos perdemos no horário e precisamos sair correndo para conhecer ainda hoje a Cachoeira do Zé Carlinhos. Que lugar mágico... Com sol deve ficar ainda mais bonito! Nós, que não temos medo de água fria, aproveitamos do mesmo jeito!
Cachoeira do Zé Carlinhos em Delfinópolis - MG
Para fecharmos este circuito do Vale do Gurita faltou pararmos nas Águas Quentes, na Fazenda da Maria, mas já estava escurecendo e não conseguimos chegar a tempo. Bem, não temos como fazer tudo... Um lugar tão maravilhoso como este sem dúvida é mais um que entra na nossa lista para repetirmos depois dos 1000dias!
Um dos milharess de igapós em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
A imagem mais clara que tenho na minha cabeça sobre a Floresta Amazônica é das suas áreas alagadas. Boa parte das florestas passam 6 meses submersas e 6 meses secas. Esta dinâmica de águas desenvolveu no seu entorno uma grande biodiversidade de fauna e flora, o solo de várzea é permeável e as árvores adaptadas a vida embaixo d´água.
Árvore submersa sob mais de 5 metros de água, em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Hoje fomos explorar uma parte destas florestas, dentro do Arquipélago de Anavilhanas. O maior arquipélago fluvial do mundo, da Ilha da Sacada até a Ilha do Jacaré, com cerca de 400 ilhas, lagos, igarapés, igapó e paranás.
Passeando num dos lagos do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Algumas das ilhas de Anavilhanas ficam exatamente em frente à cidade de Novo Airão, são mais de 50 comunidades ribeirinhas no entorno da estação ecológica. Toda esta área é formada por um mosaico de áreas de preservação, parques nacionais, etc. É feito um grande esforço para aliar os interesses das atividades de subsistência destas populações, como pesca, caça e a exploração turística, à preservação deste ecossistema.
Chegando ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
A Floresta Amazônica possui 3.500.000 km2, o equivalente a 40% do território brasileiro. São mais de 50 mil espécies de animais vertebrados, 2000 espécies de peixes, dentre elas o pirarucuu, peixe que chega a quase 3m de comprimento e vive nas áreas rasas próximas às margens. São mais de 300 répteis, sendo 175 espécies as serpentes, além dos lagartos e quelônios. Isso tudo sem falar dos mamíferos, mais de 500 e aves, 30% das encontradas em todo o mundo.
Camaleão vem nos fazer companhia no café da manhã na Pousada Bela Vista, em Novo Airão - AM. Ao fundo, o Rio Negro
Vermelho, nosso guia, veio nos buscar com seu barco direto no nosso hotel, dali atravessamos o braço direito do Rio Negro, mais largo e raso, por isso tido como secundário. O braço principal passa à esquerda do arquipélago, em direção à Manaus. Ele é mais fundo e por isso possui um trânsito de grandes embarcações muito mais intenso. Entramos em um Paraná e logo encontramos um bando de botos cinza.
Um dos "paranás" (grandes canais) do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Mais alguns minutos entramos em um igapó, um trecho de floresta alagada, passando próximos às copas de árvores imensas e até algumas árvores completamente inundadas. Impressionante é que elas sobrevivem, suas folhas continuam lá, embaixo da água verdinhas se esticando em busca de luz. Ali, entre seringueiras e cipós da orelha de elefante, encontramos um pequeno jacaré de um metro e meio que descansava atrás de uma sapopema, árvore de raízes imensas (parecida com a figueira).
Grande árvore na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Açaí, fruta muito comum em Novo Airão e em todo o estado do Amazonas
A sapopema é a árvore utilizada para comunicação entre os índios e caboclos que vivem na floresta, batendo com um pau seu tronco e fazendo um barulho imenso. Nela encontramos também ovas de caramujos, parecia uma fruta do conde verdinha presa ao seu caule.
Grande caramujo na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Seguimos e no caule de outra árvore encontramos uma tarântula dentro do seu casulo, Vermelho a cutucou até sair, toda peluda e terrível! Mais alguns paranás e igapós depois chegamos ao Apacú, o maior lago do Arquipélago de Anavilhanas.
Uma grande tarântula que habita a floresta inundada de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Um mar que quase não podemos ver a outra margem, na cheia possui diversos acessos, porém na seca há apenas uma saída. Ali mergulhamos no meio do lago de águas escuras, avermelhadas e cada mergulho chamava a atenção dos nossos amigos botos cor-de-rosa, que logo apareceram por ali. Não demorou e os cinzas também apareceram e pudemos ver a rivalidade entre eles, barulhos, batidas e saltos nos deram uma ideia de como acontece este encontro.
O Vermelho, nosso guia e piloto em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Já no caminho de volta paramos rapidamente para uma foto em terra seca e vimos aquele lagarto “Jesus”, que se assustou, quando tentei tirar uma foto, e saiu correndo sobre a água! Sensacional a rapidez do bichinho! O passeio foi lindo e só nos deixou com vontade de voltar para conhecer ainda o Parque Nacional do Jaú, com matas ainda mais intocadas e uma noite na floresta.
Um pequeno visitante em nosso barco durante passeio ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Durante o período de seca a paisagem muda completamente, barrancos, campinas, lagos fechados e dezenas de praias de areias claras se formam às margens de cada ilha. Cenários maravilhosos e outro tipo de diversão, com muito calor e água morna.
Rio Negro bem calmo num dia de muito sol em Novo Airão - AM
Despedimos-nos de Novo Airão em um delicioso almoço no restaurante Leão da Amazônia O simpático chefe francês Cristophe e seu sócio cearense possuem dois restaurantes na cidade. Ontem conhecemos a filial do centro, foi uma grande sorte! Chegamos tarde, logo após um evento onde almoçaram o Cônsul da Suíça e o Cônsul do Japão, encontramos queijos e pratos deliciosos já prontos.
Deck sobre o Rio Negro no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM
Por isso quisemos aproveitar e hoje conhecer a sede principal, o Leão da Amazônia beira rio. Uma salada e um peixe encontro das águas, pirarucu com molho de açaí de um lado e molho branco com vinho e cebola flambada do outro. Tudo isso às margens do lindo Rio Negro. Bela despedida!
Muito bem alimentados, à beira do Rio Negro, no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM
O retorno foi meio penoso, vim dirigindo na estrada tranquila, mas tivemos que ficar mais de uma hora na fila da balsa para Manaus. Sábado, não queríamos deixar de conhecer um lugar que nos foi indicado por Cristophe, o Wyndin Bar. A maior atração é o seu aquário com peixes locais, dois pirarucus de quase dois metros, tambaquis e tartarugas. É simplesmente fantástico. Dá pena ver estes peixes ali, mas é menos sofrido quando sabemos que eles chegaram ali ainda bebês e se acostumaram com aquele espaço. São duas fêmeas, lindíssimas, com quase 2m de comprimento, caudas largas e rosadas maiores de o corpo e a cabeça. Elas parecem ter uma relação ótima, são carinhosas e se acompanham o tempo todo, muito curioso.
Hipnotizado pelo aquário de um restaurante em Manaus - AM
Um dia mergulhados nas florestas alagadas, animais e peixes amazônicos. Deu para ter pelo menos uma ideia deste imenso e magnífico mundo verde, que estamos apenas começando a explorar.
Pirarucu nada em meio a Tambaquis no aquário de um restaurante em Manaus - AM
Glossário das Águas
Igarapé – é um riacho que tem como origem uma nascente de água.
Igapó - uma ligação entre dois rios, ou lagos e rios dentro das florestas alagadas e que desaparecem na época de seca.
Paraná – uma ligação entre dois rios, ou lagos e rios que não seca, a não ser em secas excepcionais.
Diversão nas montanhas-russas do parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Orlando é o destino preferido e dos sonhos de muitos adolescentes brasileiros. Pelo menos no meu tempo de adolescente a moda era trocar a grande festa de aniversário de 15 anos por uma viagem para a Disney World e arredores.
Chegando ao parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Eu, já nessa época, já era meio diferente. Disney e festa com baile e bolo vivo me pareciam um tanto quanto démodé. O ano era 1995 e o dólar estava 1 pra 1, pela primeira vez uma viagem internacional parecia possível. Neste cenário surgiu uma oportunidade: viajar para o Jamboree da Holanda, um encontro mundial dos escoteiros. Eu tinha apenas 13 anos, mas meus pais viram que era uma chance única! Um grupo de 36 jovens de diferentes grupos escoteiros curitibanos se reuniu para fazer uma viagem de 30 dias pela Europa. Passamos pela Espanha, França, Suíça, Inglaterra, Alemanha e finalmente os últimos 11 dias acampados entre 200 mil escoteiros de 120 nacionalidades diferentes. Eu sabia que seria um evento marcante na minha vida, mas nem eu, nem meus pais tínhamos ideia de quanto isso iria determinar os rumos da minha vida viajante.
Para onde se olhe, pessoas de ponta-cabeça nas montanhas-russas do parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Naquela viagem nós passamos um dia na Euro Disney, próximo à Paris. Entre os colegas da escola a Euro Disney, pequena e sem as grandes atrações, era vista como um parque B. Para mim apenas um lugar cheio de bichinhos e brinquedos, pois a minha grande diversão estava em escalar montanhas nos Alpes Suíços, fazer trekkings nos polders holandeses e me aventurar pelas ruas malucas de Londres e Paris.
A vila nevada do Harry Potter, no parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Bem, já deu pra entender que eu nunca fui muito fã deste tipo de parque. Acho que matei toda a minha vontade quando era criança, rodando sem parar nas nossas montanhas russas, kamikazes e enterprises do Parques Barigui e Beto Carreiro World, quase ridículos comparados aos monstros dos parques temáticos da Flórida. Ainda assim pensamos, já que estamos passando por aqui, temos que dar a chance e ter esta experiência em pelo menos um dos parques! Escolhemos o Universal Studios - Island´s of Adventures, dica do pessoal do Viagens Maneiras, que diz ser este o melhor parque de Orlando.
Parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Uma das paixões de infância do Rodrigo foram os quadrinhos da Marvel. O Surfista Prateado era o preferido, mas Homem Aranha, X-Men, Hulk, Demolidor e todos estes super heróis do Universo Marvel fizeram parte da sua história. Quase 30 anos depois o Tio Ro é um dos melhores contadores de histórias para os sobrinhos curiosos por este mundo fantástico! Hehehe!
Herois da Marvel passeiam pelo parque da Universal em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Para entrar logo no clima e acordar, injetamos um caminhão de adrenalina quando subimos na montanha-russa do Incrível Hulk. Loopings, curvas e descidas radicais são feitas em uma velocidade surreal! Meu coração foi à milhão!!! Tá louco, eu gritei muuuito! No final do dia fui uma segunda vez, mas basta, saí de lá com dor de cabeça! É aí que vemos que estamos ficando velhos! Hahaha!
A famosa montanha-russa do Hulk no parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Uma das grandes novidades do parque é o Mundo Mágico de Harry Potter. Com uma cidade cenográfica perfeita, casinhas com neve no telhado e o castelo ao fundo. Esta área do parque oferece show de mágica, apresentações de danças típicas do filme e a Dragon Challenge que é uma montanha russa também radical e mais divertida que a do Hulk, essa pelo menos não me deu dor de cabeça!
Para onde se olhe, pessoas de ponta-cabeça nas montanhas-russas do parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
As grandes atrações do parque são as aventuras 3D do Homem Aranha e do Harry Potter. São pequenas montanhas russas indoor, com cenários 4D e filmes 3D em alta definição que te fazem entrar de cabeça, corpo e alma na história.
Castelo do Harry Potter no parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
No Harry Potter and the Forbidden Journey, após passearmos pelos corredores da Escola de Bruxaria e Magia, vendo quadros falantes e holografias dos personagens, voamos em vassouras mágicas sobre o Castelo de Hogwarts em uma perseguição alucinada e lutas contra dragões e as forças do mal do mundo mágico de Harry Potter.
Apresentação na vila do Harry Potter, no parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
No The Amazing Adventures of Spider Man, Jameson intima os participantes a perseguir os vilões trabalhando como repórteres e fotógrafos do seu jornal, o Daily Bugle. A perseguição ao Dr. Octopus, Duende Verde e outros vilões é emocionante! A experiência visual e tátil é muito real, incrível!
A vila nevada do Harry Potter, no parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Passamos o dia rodando o parque, outras atrações bacanas e molhadas como o encontro com dinossauros no Jurassik Park River Adventure e outras.
Enfrentando um tiranossauro no Jurassic Park, no parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
As 6 horas dentro desse mundo de fantasia foram mais do que suficientes para termos muita diversão e principalmente para vermos como a tecnologia do entretenimento está evoluindo! Agora, parques de diversões novamente, só daqui uns 10 anos, com a nossa tropinha de aventureiros!
Diversão nas montanhas-russas do parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
Pronto para um mergulho no fim de tarde, em Flores, na Guatemala
Hoje cruzamos a fronteira de Belize com a Guatemala, a única fronteira terrestre entre os dois países fica a meros 13 km de San Ignacio e 80km da Ilha de Flores. O distrito El Petén é o mais distante e menos populado do país, o governo fez um esforço para desenvolver esta região, que hoje possui as melhores estradas, além de uma das mais impressionantes ruínas mayas da Guatemala, a famosa Tikal.
Uma das ladeiras que dá acesso à praça central de Flores, na Guatemala
A mágica Ilha de Flores está localizada dentro do lago El Petén Itzá. Ela foi ocupada pelos espanhóis durante a colonização que, sobre a cidade maya, construíram uma cidade colonial com ruas estreitas, uma igreja no topo e um agradável passeio na beira do lago, onde até hoje locais e turistas se refrescam nos dias mais quentes de verão.
Caminhando na orla do lago Petén, em Flores, na Guatemala
A igreja matriz de Flores, na Guatemala
Mergulhando no lago Petén, em Flores, na Guatemala
O lago El Petén Itzá é uma atração por si só, passeios de barco ao redor da ilha te levam a um pequeno museu em uma ilhota e à vilas próximas. Até mergulho para ver vestígios arqueológicos estão começando a ser operados. Reza a lenda que um grande cavalo esculpido em pedra pelos mayas para Hernán Cortez estaria afundado por aqui! Ao que tudo indica o Cortez não parou nesta região, pelo menos não durante esta vida. Mas quem sabe? Há muitos mistérios no mundo a serem desvendados.
Nadando no delicioso lago Petén, em Flores, na Guatemala
Flores possui toda a infraestrutura turística comum nas cidades da América Central. Agências de turismo especializadas nos sítios arqueológicos da região oferecem diferentes passeios a Tikal (no nascer e no por do sol) e até aos lugares mais distantes como El Mirador. No norte de El Petén, quase na fronteira com o México, El Mirador é uma das maiores cidades mayas do período pré-clássico e está isolada por 60km de trilhas na floresta guatemalteca ou por um caro sobrevoo de helicóptero.
Pequena cidade na orla do lago Petén, em frente à ilha de Flores, na Guatemala
Nós pensamos em ir até lá, mas como sempre apressados acabamos deixando esta aventura para uma próxima vez. Escolhemos relaxar às margens do lago, saímos para correr ao redor da ilha, nadamos e recuperamos energias para seguir viagem. Tiramos um dia para explorar a poderosa Tikal e aproveitamos os restaurantes mais turísticos para colocar as vitaminas, saladas e sucos em dia. Viajando por estes lugares mais distantes às vezes é difícil encontrar opções saudáveis de alimentação.
Correndo na orla do lago Petén, em Flores, na Guatemala
Barco leva passageiros pelo lago Petén, em Flores, na Guatemala
Muitos dos turistas mais alternativos preferem hospedar-se na vila de El Remate, onde há menos infraestrutura, mas os pequenos hostels e restaurantes locais dão ao vilarejo um ar mais autêntico. Além de garantirem ter um lago mais limpo se comparado com o lago ao largo das mais populosas Santa Elena e Flores.
O sol aparece um pouco antes de se pôr, visto da ilha de Flores, na Guatemala
Flores é mais um daqueles lugares especiais no mundo, perfeito para descansar e deixar as preocupações de lado, aproveitando o melhor da cultura e arquitetura maya, lado a lado com a culinária, o conforto e a receptividade do povo guatemalteco.
Uma bela conjunção da lua e Júpiter, em Flores, na Guatemala
Praia em Montañita, no Equador
Bem vindos à Montañitas! A Jericocacara equatoriana com um clima alternativo, pousadas “pé na areia” e uma badalada vida noturna. A apenas 2h30 de carro ao norte de Guayaquil é um dos paraísos turísticos para jovens descolados, artistas mambembes (vulgos hipongas) e muitos surfistas! Nesta época a temporada de boas ondas está começando no Pacífico e, chova ou faça sol, o mar fica lotado de surfistas buscando a melhor onda.
Surfista em Montañita, no Equador
São dezenas de pousadas para os gostos mais variados e todas em geral com um custo baixo (15, 20 dólares por pessoa), justamente pela alta oferta. As pousadas no centro estão mais “empilhadas”, muito próximas do agito e dificilmente conseguirá dar sossego para um bom descanso. Pouco mais de 1km a frente existem outras opções de pousadas à beira mar, mais silenciosas e com um clima mais relax. Elas ficam bem em frente ao melhor pico de surf, pelo menos era o que víamos depois das 16h, quando a maré subia e as ondas ficavam disputadas.
Surfistas em Montañita, no Equador
Nós chegamos em uma semana fria em que os dias ficaram com muita nebulosidade, vento e garoa fina. Clima perfeito para nos abancarmos na varanda da nossa pousada à beira mar e tirar o atraso dos nossos blogs e fotos. Nossa rotina nestes dois dias foi esta, trabalhamos o dia inteiro de frente pro mar, não podemos reclamar! O Rodrigo ainda deu uma corridinha e entrou no mar, mas eu aproveitei o tempo preguiçoso para continuar em franca recuperação das baterias peruanas.
Trabalhando em Montañita, no Equador
A noite fazíamos uma caminhada de uns 15 minutos até o centro de Montañitas para a refeição do dia. A cidade oferece várias opções, saladas, crepes, carnes, pescados, restaurantes bem bacaninhas e convidativos. Na segunda noite até rolou uma festa de música eletrônica que fomos conferir. Estava bem vazia, pois haviam poucos turistas na cidade, mas a galerinha local agitou e aproveitou bastante, enquanto nós matamos a curiosidade de conhecer um pouco mais do que curtem os jovens equatorianos.
Varanda do nosso hostal em Montañita, no Equador
Uma pena não termos nos encontrado com o sol, sem dúvida alguma a praia ficaria ainda mais bonita e convidativa. Ainda assim foi uma ótima base para descansarmos, trabalharmos e nos prepararmos para os próximos dias de viagem pelo Equador. Afinal, muitas cidades históricas, caminhadas em vulcões e mergulhos nos esperam!
Nadando no mar em Montañita, no Equador
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