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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Orgulho do passado histórico! (em Rio Branco, no Acre)
Há uma piada que roda por aí que diz que o Acre não existe, que seria apenas uma ficção. Afinal, quem já foi para lá (e voltou!) para comprovar que ele existe mesmo? Bom... podemos até achar graça na tal piada, mas sabemos muito bem que ele existe. Aliás, não só que existe, mas como tem uma bela história, dos valentes seringueiros nordestinos que ocuparam seu território no final do séc XIX até a figura icônica do ambientalista Chico Mendes, assassinado covardemente no final da década de 80.
De balsa, cruzando o rio que separa Rondônia do Acre, a caminho de Rio Branco
De balsa, cruzando o rio que separa Rondônia do Acre, a caminho de Rio Branco
Mas, pelo sim, pelo não, nós viemos aqui confirmar, hehehe. E o Acre existe mesmo! E agora, nós somos testemunhas visuais disso! O estado é vizinho de Rondônia e ontem, deixamos Porto Velho rumo à Rio Branco. Uma estrada muito boa liga os dois estados e as duas capitais, mas na divisa entre eles, ainda é preciso a ajuda de uma balsa para cruzar o rio. A ponte está prometida para breve, embora as obras ainda não tenham começado. Enfim, atravessada essa última barreira natural, lá está a placa anunciando: “Bem Vindo Ao Estado do Acre”. Pois é, chegamos! A sensação é quase a mesma de estar chegando ao Alaska ou à Ushuaia, mas é o Acre, nosso antepenúltimo estado brasileiro nesse périplo pelas Américas. Agora, só faltam os dois Mato Grossos.
Entrando no estado do Acre
Ainda antes de chegarmos à Rio Branco, uma placa anuncia o Parque dos Geoglifos. Deixamos para visitar depois, mas isso me lembra um aspecto ainda muito pouco conhecido da história do estado, do país e, na verdade, do nosso continente. Sempre se imaginou que, antes Colombo chegar à América, os povos que habitavam o Brasil viviam em estado de selvageria. Civilizações, só mesmo nos Andes, América Central e planalto Mexicano. Pois bem, não faz muito tempo e as florestas que cobriam o Acre começaram a ser derrubadas, inclusive para a construção de rodovias. Foi aí que, lá do alto, pessoas que viajavam de avião começaram a perceber estranhas formas no solo, que eram antes cobertas pelas matas. Grandes círculos, formas geométricas e aquilo que pareciam ser canais. De tão amplos, só eram mesmo percebidos lá do alto. Essas formas, claramente feitas pelo homem, são os tais geoglifos. A sua presença ali é prova incontestável que também o Brasil teve as suas “civilizações pré-colombianas”. Elas desapareceram muito antes da chegada do navegante genovês, mas durante muito tempo ocuparam as terras do Acre. Quase nada se sabe sobre elas, mas deixaram sinais só agora redescobertos que são pistas que deverão ser seguidas pelos estudiosos. Nossos filhos e netos aprenderão na escola uma história bem diferente da que nós aprendemos...
Nosso caminho pelo Acre: Saímos de Porto Velho-RO (A) para Rio Branco (B). Daí para a pequena Xapuri (C) e para Assis Brasil (D), na fronteira com o Perú
Desde que esses povos misteriosos se foram, o Acre passou a ter uma vida bem tranquila. Os vários tratados entre Espanha e Portugal, ainda durante a época colonial, sempre apontavam a área como pertencente aos domínios espanhóis. Com a independência das antigas colônias da América do Sul, foi a Bolívia que herdou essa área isolada no meio do continente. Mas as dificuldades de acesso e o pouco apelo econômico nunca estimularam sua ocupação real.
Vista de Rio Branco, no Acre, do alto do nosso hotel na cidade
Isso começou a mudar nas últimas décadas do séc XIX, quando a borracha, um produto derivado do látex extraído de uma árvore tipicamente amazônica, a seringueira, começou a ganhar importância no mercado mundial. O tal “apelo econômico” começou a existir, mas quem afluiu para a área não foram os bolivianos, mas nordestinos expulsos de sua terra natal, principalmente após uma violenta seca no triênio 1877-80. Vinham atrás de uma nova vida e das promessas que essa terra cheia de seringueiras oferecia. O que tinha começado com poucas famílias, aumentou para centenas de pessoas, chegando às dezenas de milhares.
Monumento representando a bandeira do estado, em Rio Branco, no Acre
O Palácio do Governo em Rio Branco, no Acre
Obviamente, o governo boliviano começou a se preocupar com isso. A tentativa de fazer valer a sua soberania na região, com o envio de soldados e cobradores de impostos causou uma revolta generalizada. Comandados por um aventureiro espanhol que havia sido enviado pelo governador do Pará, interessado nos ganhos da exploração de borracha, os seringueiros se revoltaram e botaram os oficiais bolivianos para correr. Estava criada a primeira República do Acre, que logo pediu para ser incorporada ao Brasil. Mas o Brasil fez valer os tratados que tinha com a Bolívia, abafou a rebelião e devolveu o território à Bolívia.
Biblioteca em parque de Rio Branco, no Acre
Mas os seringueiros não desistiram do seu intento. Dois anos mais tarde, em 1902, quando ficou claro que a Bolívia pretendia arrendar o território para um consórcio anglo-americano por 30 anos, houve nova revolta. Esse consórcio era o mesmo que já administrava seringais na Malásia e Tailândia e teria força de polícia na região. Antes que chegassem, agora liderados pelo gaúcho Plácido de Castro, veteranos de guerras em sua terra natal, os seringueiros mais uma vez botaram os bolivianos para correr a declararam a independência do Acre. Dessa vez, o governo brasileiro encampou a luta. Pagou uma multa rescisória aos banqueiros ingleses e americanos, comprou o território da Bolívia e ainda se comprometeu a construir a ferrovia Madeira-Mamoré, que daria acesso aos bolivianos à bacia Amazônica e ao Oceano Atlântico. As negociações foram conduzidas pelo famoso diplomata Barão do Rio Branco que, após se acertar com os bolivianos, também se acertou com o governo do Perú, que era outro a reclamar a área para si. Pouca gente sabe, mas chegaram a haver pequenos confrontos entre tropas peruanas e brasileiras, mas no fim, venceu a diplomacia de Rio Branco e o Acre passou a ser, definitivamente, brasileiro.
Museu da Borracha, um dos mais famosos de Rio Branco, no Acre
Mas, para enorme descontentamento dos acreanos, a região não ganhou o status de “estado”, mas apenas de “território”, administrado diretamente pelo governo federal. Para um desavisado, isso até pode soar natural, aquela região lá no fim do mundo. Mas, é bom lembrar, no auge do ciclo da borracha, ainda no início do séc XX, o PIB do Acre representava quase 1/3 de todo o PIB nacional! Era a potência econômica da época!
Antigo mercado em Rio Branco, no Acre
Venda de vários tipos de cipós em Rio Branco, no Acre
Mas, de nada adiantou essa pujança. Ainda mais quando a borracha perdeu força e o Acre deixou de ter importância econômica para o país. Os chamados “autonomistas”, que lutavam para que o Acre se tornasse um estado e pudesse mandar em sua própria administração, tiveram de esperar seis décadas para que isso acontecesse, já no governo de João Goulart, em 1962.
O simpático passeio em frente ao rio, em Rio Branco, no Acre
Hoje, andando pelas pacatas ruas da capital, aprendemos um pouco da história do estado e do valente povo que lutou pela sua incorporação ao país. Pode-se perceber o sentimento patriótico em vários monumentos e placas comemorativas. Esse fervor só é comparável á outra bandeira acreana, a de fazer do Acre um estado ecológico, completamente ligado à natureza. O nome mais importante nessa outra luta é, talvez, a do acreano mais conhecido pela nossa geração: Chico Mendes. Mas essa é uma história para o próximo post, quando formos visitar a terra desse grande brasileiro, a pequena Xapuri.
A ecologia tem muita força no estado (em Rio Branco, no Acre)
Hoje, aproveitamos mesmo foi para caminhar pelas ruas da cidade. Rio Branco é muito mais pacata que outras capitais amazônicas, como Porto Velho e Boa Vista (nem vou comparar com Belém e Manaus, claro!). Algumas praças, pequenos museus e bibliotecas, parques e um trecho da orla onde foi preservado o velho mercado e um casario antigo (a “Gameleira”) são as principais atrações. Tudo pode ser percorrido a pé, com direito à cerveja no fim de tarde na beira do rio, em algum dos charmosos bares da Gameleira.
Visita ao Parque Chico Mendes, em Rio Branco, no Acre
Uma linda onça no pequeno zoológico no Parque Chico Mendes, em Rio Branco, no Acre
Já outra das atrações, o Parque Chico Mendes, para ele precisamos da ajuda da Fiona. O parque fica meio afastado do centro, mas vale o esforço para se chegar até lá e caminhar por seus bosques, aprender um pouco da história do famoso ambientalista e conhecer seu pequeno zoológico. Pois é, depois de rodar por tantos parques pelo continente, foi aqui que fomos ver a nossa tão procurada onça pintada. Pena que atrás das grades. Que animal magnífico! E que força! Agora que a vi tão de perto, deu para ter certeza de que, num encontro casual na floresta, se ela estiver com fome, a minha chance de sobrevivência seria absolutamente zero. O bicho é mais forte do que eu, corre mais, nada mais rápido e sobe melhor em árvores. Para onde fugir? A torcida é que ela não goste do meu cheiro, hehehe. Mas, enfim, nossa vontade de ver alguma no Pantanal só aumentou. Desde que estejamos em segurança, dentro da nossa valente Fiona, claro!
Uma linda onça no pequeno zoológico no Parque Chico Mendes, em Rio Branco, no Acre
Decepção com o estado deteriorado de área arqueológica no Acre, próxima à capital Rio Branco
Já no dia 15, pé na estrada novamente, agora rumo à Xapuri. Mas antes disso, uma paradinha no tal parque dos geoglifos. Aí, a decepção. Está tudo tomado pelo mato e as placas informativas, completamente apagadas. Pelo visto, o governo local quer que esse povo misterioso continue misterioso. Para ver alguma coisa, só mesmo lá do céu. Mas a Fiona ainda não tem asas, infelizmente. Meio tristes, deixamos a história antiga para trás e seguimos para a história recente. Dos geoglifos (que nunca vimos!) para os seringais. O caminho entre eles? A mesma rodovia transoceânica que vai nos levar até Cusco, no Peru, terra de uma civilização pré-colombiana muito mais conhecida e estudada. Vamos que vamos...
Entrando na Estrada do pacífico, que vai nos levar até Cusco, no Peru (próximo à Rio Branco, no Acre)
Que Acre belo!
Pena que é governado pela esquerdalha.
PT: na “Copas das Copas” do PT, no lugar de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis.
PSOL: brega. PT: barango. Não se acaba com 13 anos de Lavagem-Cerebral de mau-gosto, breguice petista.
O PT é brega.
Estado da arte do embuste Brasil: PT & Petismo. É lógico! ¡Amam pichações! O PT nivela a educação para baixo
🇧🇷Brasil: prazer de OUVIR música 🎶 barangaça: Cultura "sindicalista". Baixa cultura. Lixo descartável.
PT odeia elitismo: Shakespeare; Bach; Villa-Lobos; Drummond; Aluísio de Azevedo; Pink Floyd etc.
Não desconsidere a questão prototípica. Eis:
Sertanejo Universitário [Lixo da era petista. Nunca Villa-Lobos!]: subcultura lula = nada por Educação.
Nada (dilma, pior!). Cafonice nas Universidades (Sertanejo Universitário). PCdoB = satélite do PT bregaço, vigarista, truculento e picareta.
Aprendi muito!!!!!!!!!!A história dos geoglifos nunca tinha ouvido falar. Mas, pensando bem, talvez seja o mesmo povo que habitava o Peru que está muito perto.
Muito absurdo o que escrevi?
Abraços
Resposta:
Oi Mabel
Não falou bobagem não! Com certeza havia alguma relação com povos peruanos. No mínimo, alguma influência cultural!
Quase ninguém no Brasil já ouviu falar desses hieróglifos gigantes. Um absurdo que não haja uma maior divulgação! Eu estou tentando fazer a minha parte, Hehehe
Abs
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