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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Grand Canyon: grandiosidade de tirar o fôlego! (no Arizona, nos Estados Unidos)
O Grand Canyon não é nem o maior nem o mais profundo canyon do mundo, mas certamente é o mais famoso. Com mais de 400 quilômetros de comprimento e até 29 de largura, suas dimensões colossais impressionam qualquer pessoa que se aproxime de suas bordas. Por mais de 15 milhões de anos, o rio Colorado vem escavando através de diversas camadas de solo, desnudando cerca de dois bilhões de anos de história geológica da América do Norte, fazendo a alegria dos geólogos que tem ali o seu melhor laboratório de estudos do planeta. O clima do deserto não só preservou em perfeitas condições essas diversas camadas que agora podemos ver como também dá as cores amareladas e avermelhadas tão características do Grand canyon, algo que faz dele uma das mais belas e impressionantes paisagens da Terra.
A vista majestosa do Grand Canyon, no estado do Arizona, nos Estados Unidos
A vista majestosa do Grand Canyon, no estado do Arizona, nos Estados Unidos
Ao longo de milhões de anos, camada sobre camada de terreno foi se formando. Ao mesmo tempo, placas tectônicas se movimentavam e se chocavam, levantando montanhas e afundando continentes. O mar avançava e retrocedia até que, mais recentemente, um encontro de placas levantou toda essa área a mais de dois quilômetros de altitude, formando o Kaibab Plateau. Desde então, com uma paciência milenar, o rio Colorado e seus tributários vem escavando esse platô em seu caminho para o mar. Dependendo da época, se é mais úmida ou seca, do degelo de antigas geleiras ou de secas que podem durar décadas, o rio aumenta ou diminui de tamanho. Quanto mais água, mais rápida a erosão. Outro fator que determina essa velocidade é a camada de solo em que o rio se encontra. As rochas podem ser mais resistentes ou não, dependendo do processo de formação daquela camada específica. O rio Colorado já atravessou várias delas, deixando seu rastro de erosão nas paredes coloridas do canyon, cada cor ou tom representando uma camada e alguns milhões de anos de história.
Visitando a borda sul do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Visitando a borda sul do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Apenas no último piscar de olhos da história geológica chegou o ser humano por aqui. Isso representa alguns milhares de anos, que é o tempo em que nativos americanos aprenderam a viver nas condições nada fáceis do interior e arredores do canyon. Mais recente ainda é a “descoberta” do canyon para o mundo ocidental, o que aconteceu em meados do séc XVI por uma expedição espanhola. Mas, como não havia ouro por aqui, o canyon foi deixado para trás e, apenas duzentos anos mais tarde, passou a ser explorado novamente.
Muita neve na parte alta do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Foi apenas em 1869 que um grupo liderado pelo major John Powell conseguiu atravessar todo o canyon pelo leito do rio Colorado, numa épica expedição que durou quase dez meses. Novos aventureiros se seguiram e, atrás deles, começaram a chegar os turistas. Um deles, o presidente americano Theodore Roosevelt, passou a lutar por sua preservação. Uma reserva foi criada em 1906, tornando-se parque nacional em 1919. Infelizmente, a proteção não veio a tempo de impedir que animais como lobos, águias e leões da montanha fossem exterminados dali. Ruim para eles, bom para veados, cervos e cabras montesas e coelhos, que perderam seus implacáveis inimigos.
Muita neve na parte alta do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Ao menos, atividades como criação de animais e mineração foram proibidas e a beleza cênica do canyon continua indiscutível. Como estamos nos Estados Unidos, a infraestrutura para se conhecer e admirar essas belezas é invejável, assim como as possibilidades de fazê-lo. Pode ser no conforto do seu carro, num espetacular voo de helicóptero, caminhando sobre uma ponte de vidro que avança sobre o canyon ou fazendo um trekking até o interior do mesmo. Tudo depende do seu bolso e curiosidade.
Grand Canyon: grandiosidade de tirar o fôlego! (no Arizona, nos Estados Unidos)
O parque engloba os dois lados do canyon, mas é na parte sul, o South Rim, que está a melhor infraestrutura. Para lá vão a grande maioria dos milhões de turistas que visitam uma das sete maravilhas do mundo natural anualmente. São vários lodges quase na beirada do precipício, assim como restaurantes com uma vista de perder o fôlego. Uma trilha asfaltada também acompanha a borda do canyon por quilômetros, dando acesso a diversos mirantes com visões privilegiadas. Para quem quiser gastar um pouco menos, uma cidade perto da entrada do parque se desenvolveu, com várias opções de hospedagem e alimentação. Foi aí que nos hospedamos, ontem de noite, num concorrido hotel de rede. Dez minutos de Fiona e já estávamos na boca do canyon.
Grand Canyon: grandiosidade de tirar o fôlego! (no Arizona, nos Estados Unidos)
Hoje, tiramos o dia para percorrer as trilhas e a estrada que dão acesso aos mirantes do South Rim. Cada um mais belo e impressionante do que o outro. O inverno chegou com força aqui nesses últimos dias e nós tivemos uma bela amostra disso ontem de noite, com aqueles 17 graus negativos. Uma das consequências disso foi a neve que caiu na parte alta do canyon, pintando tudo de branco. Foi o bastante para fecharem o North Rim até a próxima primavera, mas aqui, do lado sul, tudo é mantido aberto o ano todo.
Turistas se aglomeram em um dos mirantes do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
A neve branca misturada com o terreno e as paredes vermelhas e amarelas conseguiu fazer uma paisagem já maravilhosa ficar ainda mais bonita. De mirante em mirante seguimos, nunca nos cansando de admirar e tirar fotos. A vontade que dá é sair voando por aquele infinito espaço vazio, como faziam as águias de antigamente. A opção para isso é fazer um dos voos de helicóptero, por pouco mais de 200 dólares.
Visita ao Parque Nacional do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Vista do rio Colorado, no mirante conhecido como Desert View, na borda sul do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Mas a nossa vontade era mais conhecer por baixo, pelo interior do que pelo ar. Para isso, a opção é botar o pé na trilha para enfrentar os cerca de mil metros de desnível entre a borda sul e o rio Colorado. Nosso medo era o frio, pois acampar a menos 17, ninguém merece. Mesmo querendo tanto usar nossa barraca nova, desse jeito estávamos quase desistindo dela e encarando o lodge que existe lá embaixo, opção bem mais cara. Outro medo era enfrentar o gelo e a neve da parte alta da trilha. Felizmente, uma conversa com o park ranger resolveu os dois problemas. Primeiro, a temperatura estava esquentando desde ontem e, embora ainda fosse negativa, não chegaria mais ao exagero de ontem. Segundo, lá embaixo é bem menos frio do que aqui e a previsão para a noite seguinte, perto do rio, era de apenas poucos graus negativos. Finalmente, o gelo do início da trilha poderia ser enfrentado com umas correntes com pregos que colocamos nos calçados. Poderíamos comprar isso no supermercado e, caso não as usássemos, poderíamos até devolvê-las e receber o dinheiro de volta. Coisa de país de 1º mundo...
Vista do rio Colorado, no mirante conhecido como Desert View, na borda sul do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
O sol ilumina as paredes do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Então, estava resolvido! Amanhã, caminharíamos até o rio para acampar lá embaixo! Passamos num supermercado para comprar a comida e estávamos prontos para a aventura. Mas antes disso, ainda hoje, ainda fechamos o dia no mais belo mirante do lado sul do canyon, o Desert View. De lá, podemos até ver o rio lá embaixo, pois dos outros mirantes o Rio Colorado está escondido dentro do canyon interior. A luz do fim de tarde tornava as cores ainda mais belas, o vermelho e amarelo das enormes paredes mais vermelhos e mais amarelos. Uma visão absolutamente mágica, anda mais com a neve na parte alta e o grande deserto ao fundo, que é o que dá nome a este mirante.
A incrível paisagem do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
No mirante Desert View, é possível observar o rio Colorado no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Amanhã cedo, então, pé na trilha. Logo cedo vamos passar no escritório que emite as permissões para se acampar, deixar a Fiona por lá e seguir de ônibus para o ponto inicial da trilha. Depois, para baixo todo santo ajuda, serão horas de caminhada tranquila e muitas fotografias. O tempo vai estar aberto e mal podemos esperar! Dezoito anos mais tarde e vou poder voltar ao fundo do Grand Canyon, dessa vez com tempo para desfrutar e na melhor companhia do mundo! Ahn... amanhã é 21 de Dezembro, dia do fim do mundo. Tem lugar mais especial para se estar num evento dessa envergadura? Aliás, também é o aniversário de 1000 dias da nossa viagem, Assunto para amanhã...
1000dias no Grand Canyon! (no Arizona, nos Estados Unidos)
Ai que lindo!!!!
Quero muito conhecer esse lugar :)
Abs
Resposta:
Oi Carol
Se tiver a chance, tem de conhecer sim! Um lugar realmente especial!
Abs
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