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Xalaco (03/07)
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Marco ( Marquinho ) (08/06)
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Henrique Faria (30/03)
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Adi Barbosa (23/03)
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Grand Canyon: grandiosidade de tirar o fôlego! (no Arizona, nos Estados Unidos)
Foi em uma noite fria que tivemos o nosso primeiro encontro. A neve nas suas encostas era assoprada pelo forte vento e flocos pousavam em minhas luvas, insuficientes para aquela noite de menos dezoito graus centígrados. Com as mãos enrijecidas eu amarrava o meu pequeno tripé às placas informativas do mirante, tentando alinhá-lo ao horizonte estrelado. Sim, estrelas cobriam o imenso céu, dominado pela luz da lua cheia, a mesma lua iluminava, brilhante, cada uma das agruras ranhuras escavadas pelo denso e colorado rio.
Fotografia noturna do Grand Canyon, em noite estrelada e gelada, no Arizona, nos Estados Unidos
- “ÔÔÔÔÔÔÔÔÔhhhh!!!” - Ninguém responde aos nossos gritos. Será que alguém pode nos ouvir lá embaixo? Quiçá lá do outro lado... Nada, apenas o impiedoso vento gelado que nos informava certeiro de que o inverno do velho-oeste veio para ficar.
- “See you tomorrow!”. gritei. Afinal, depois de todos estes anos, ele já deve ter aprendido a falar inglês.
A Fiona (e nós!) enfrenta temperatura negativa de 17 graus celcius, na beirada do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Já se passaram mais de 6 milhões de anos desde que as águas do Rio Colorado começaram a esculpir suas paredes, expondo sua maior riqueza, camadas e mais camadas de rochas, nas mais diversas cores e tonalidades. Vermelhas, amarelas, terracotas e alaranjadas, elas foram depositadas, elevadas e erodidas em um processo geológico que já dura mais de 2 bilhões de anos.
Muita neve na parte alta do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Ainda que os números o façam parecer velho e antiquado, quando conversamos noto que está em plena flor da idade. Jovem, aventureiro e de uma beleza estonteante, cativa novos fãs no primeiro olhar, é paixão à primeira vista! Pessoas de todos os cantos do mundo viajam até aqui apenas para admirá-lo: Índia, China, Japão, Alemanha, Itália, França e tantos outros, mais de 5 milhões de pessoas se rendem aos seus encantos todos os anos.
Turistas se aglomeram em um dos mirantes do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Na natureza não há preferência de nacionalidade, cor, raça ou credo, aqui as fronteiras são geográficas e com algum esforço até elas podem ser vencidas.
A vista majestosa do Grand Canyon, no estado do Arizona, nos Estados Unidos
Ao longo dos seus 446 km um rasgo de 16 km de largura e uma profundidade que chega a 1.600m, dividem o South Rim (2.100m) e o North Rim (2.400m). O primeiro, mais desenvolvido e pronto para receber os milhares de turistas todos os anos. O segundo, mais alto, é também o mais selvagem e durante o inverno fica fechado à visitação devido à neve.
Muita neve na parte alta do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Ao oeste do parque nacional, existe também o chamado West Canyon, dentro das terras pertencentes a duas nações indígenas distintas, Havasupai e Hualapai. Estes sim foram os seus primeiros habitantes, o conhecem profundamente e vivem em harmonia com os seus cactos e espinhos, seus desertos e desfiladeiros, encontrando dentro dele sua face mais doce e generosa.
“The whole canyon and everything in it is sacred to us, all around, up and down” - Rex Tilousi, Havasupai elder.
“Todo o cânion e tudo que há dentro dele é sagrado para nós, tudo a sua volta, em cima e embaixo.” - Rex Tilousi, ancião Havasupai.
Árvore em meio à neve na borda sul do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
O impacto causado pela paisagem do Grand Canyon vem não apenas da sua grandiosidade e beleza, mas de forma enigmática ele tem o poder de transmitir a sua energia vital. Imaginem o acumulo de força criativa que se reúne em um ambiente tão antigo. As entranhas do Planeta Terra aqui estão expostas e por suas veias corre um dos mais pacientes rios, fluindo sua força e lavando a nossa alma para dar origem a este cenário.
Vista do rio Colorado, no mirante conhecido como Desert View, na borda sul do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Dicas Práticas
A visita ao parque não tem grandes mistérios, um dos monumentos naturais mais fotografados do mundo, possui de cada mirante suas vistas mais clássicas. O Yavapai Point foi por onde começamos, caminhando ao longo da Rim Trail passamos por outros mirantes, cada um com ângulos e vistas maravilhosas.
A incrível paisagem do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Entre um mirante e outro paramos no Visitor Center para conhecer um pouco da história do Grand Canyon e fomos também até o Back Country Office para organizar a nossa expedição para o fundo do Grand Canyon, que requer permissões especiais, pagamento de taxas e reserva de camping. No final da tarde a nossa opção foi aproveitar a luz especial do pôr-do-sol do Desert View. Um dos poucos lugares onde podemos ver o deserto despencando nas paredes escavadas pelo rio e lá embaixo o escultor do tempo, o Rio Colorado, correndo incessante em seu contínuo e árduo trabalho.
No mirante Desert View, é possível observar o rio Colorado no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Este mirante foi indicado como um dos mais bonitos, não apenas por alguns rangers no parque como pelos blogueiros e amigos Mau e Oscar, no seu post completíssimo Guia para o Grand Canyon National Park.
Torre de observação do Grand Canyon, na borda sul do canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
A principal entrada do Grand Canyon National Park é pelo sul, a 10km de Tusayan, a cidade mais próxima fora do parque, que possui hotéis, restaurantes e até um Centro de Visitantes da National Geographic e um cinema Imax com um premiado filme sobre o parque.
O sol ilumina as paredes do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Hospedagens dentro da Grand Canyon Village são mais disputadas, portanto reserve com antecedência. Se quiser encontrar algo com preços mais razoáveis a dica é ficar no Bright Angel Lodge (a partir de 89 dólares). Neste mesmo lodge você pode organizar passeios de mula para a base do cânion e reservar alojamento no Phanton Ranch, se quer ver como o cânion se parece lá de baixo. Nós decidimos caminhar e acampar, além de muito mais saudável e barato, o contato com a natureza é mais íntimo e recompensador.
1000dias no Grand Canyon! (no Arizona, nos Estados Unidos)
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