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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Salinas e região de flamingos no litoral norte do Yucatán, no México
Após um último e sadio café da manhã nas nossas amigas argentinas, ainda em Holbox, seguimos a todo o vapor para o píer da ilha de onde partem os barcos para o continente. Se perdêssemos o barco das dez, só daí a duas horas. Como tantas outras vezes nessa viagem, chegamos no minuto certo, embarcamos e deixamos o paraíso para trás. Foi só colocar o pé no barco que começamos a sentir saudades dessa linda ilha onde passamos quatro memoráveis dias. Teremos de voltar algum dia, dessa vez na temporada dos tubarões-baleia, para ter a chance de nadar com esses gigantes gentis.
Em Chiquila, taxistas em seus triciclos aguardam os turistas que retornam da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Chegamos ao porto de Chiquila, onde uma fila de táxis triciclos aguardava, ansiosamente, o barco com seus fregueses potenciais. Não era o nosso caso, já que nossa fiel Fiona nos esperava a apenas um quarteirão dali. Já a bordo da nossa querida amiga, começamos o trecho rodoviário da nossa viagem de hoje, atravessando boa parte do norte do Yucatán, em direção ao oeste, à cidade de Mérida. Pois é, voltamos ao ponto inicial da nossa viagem por essa península, para fazer tudo aquilo que deixamos para trás, na pressa de chegar logo ao litoral.
Indo conhecer a "árvore sagrada dos mayas", em Chiquila, costa norte do Yucatán, no México
A primeira parada foi a poucos quilômetros ao sul de Chiquila, em um local com árvores centenárias, que já faziam sombra no tempo em que a civilização maya florescia na região, antes da chegada dos espanhóis. Tínhamos visto o cartaz anunciando a “Arbol Sagrada de Los Mayas” ainda antes de embarcarmos para Holbox, há 5 dias, o que tinha atiçado nossa curiosidade. Aí, por coincidência, na nossa primeira noite na ilha, aquela do carnaval agitado, a Ana fez amizade com uma artista plástica da Croácia, que viajou pelo mundo inteiro e veio construir seu estúdio e casa justamente aqui, embaixo dessa árvore. Ela nos convidou para passar por lá e assim estávamos fazendo.
Venerável árvore que já era grande des a época em que a civilização maya floescia na península do yucatán (em Chiquila, costa norte do Yucatán, no México)
As árvores são ceibas, de troncos bem largos, a mais velha com cerca de 800 anos de idade. Lindas! Estão na propriedade de um simpático senhor que, além dessas árvores, ainda possui várias outras, como a “seringueira” do Yucatán, além de uma bela coleção de orquídeas e bromélias. Enfim, um verdadeiro jardim botânico. Tudo muito simples, mas as flores são lindas e a tal “seringueira”, na verdade o sapote, já procurávamos faz tempo. Mas, ao contrário de sua prima brasileira, cujo “suco” era usado como matéria-prima para a borracha, o suco da árvore mexicana tinha fins mais “doces”. Era usado para fazer chiclete! No final do século XIX e início do XX, foram feitas fortunas por aqui, tudo por causa da popular goma de mascar. A maior produtora era a gigante Adams!
Venerável árvore que já era grande des a época em que a civilização maya floescia na península do yucatán (em Chiquila, costa norte do Yucatán, no México)
Mas, o que mais chama a atenção mesmo são as árvores gigantes. Só de pensar que naquela mesma sobra descansavam guerreiros e sacerdotes mayas, já é emocionante! Essas árvores centenárias e milenares tem o poder de atravessar gerações e mesmo, civilizações. São um elo direto entre nós e nossos bisavós, entre nós e povos que nem mais existem. Algumas, já estavam aqui quando os egípcios construíam suas pirâmides. Outras, as oliveiras naquela colina em Jerusalém, testemunharam a última ceia de Jesus. E essas aqui, bem na nossa frente, davam guarida para os mayas. Lindas!!!
Coleção de flores no terreno da árvore sagrada dos mayas, em Chiquila, costa norte do Yucatán, no México
Coleção de flores no terreno da árvore sagrada dos mayas, em Chiquila, costa norte do Yucatán, no México
É claro que, depois da nossa visita e homenagem às árvores, fomos ver nossa amiga croata. Cheia de histórias de suas viagens pelo mundo. Conversa interessantíssima. Sempre viaja à Europa, mas seu lar é aqui, quase embaixo das sagradas e inspiradoras árvores centenárias. Muito joia. Aproveitamos para ouvir cuidadosamente suas indicações sobre o caminho a seguir até Mérida. Nada de autoestrada! Deveríamos seguir pelo litoral, numa rota muito mais bonita.
Casa e ateliê da artista plástica europeia que veio morar embaixo da árvore sagrada dos mayas, em Chiquila, costa norte do Yucatán, no México
Pois assim fizemos! Cruzando pequenas vilas e regiões raramente visitadas no Yucatán, chegamos ao litoral banhado pelas agitadas e escuras águas do Golfo do México. Um vento que quase não para, um visual completamente diferente do que temos visto ultimamente. Muito interessante.
O agitado mar do Golfo do México, no litoral norte do Yucatán, no México
Mais para frente, região de salinas e flamingos. Lagos avermelhados pelo mineral, pássaros avermelhados pela dieta. Região bonita e selvagem. Mas os flamingos, não vimos, nem do alto da torre de observação, construída exatamente para encontrá-los. Mas não era a hora certa. Eles se reúnem por ali no fim de tarde, estávamos cedo demais para eles... Tivemos de nos contentar com as salinas e lagos, sem os pássaros. Pelo menos, sem os flamingos, pois garças haviam de monte.
Salinas e região de flamingos no litoral norte do Yucatán, no México
Mas havia uma outra coisa por ali que não víamos também, infinitamente maior que os formosos flamingos. Falo de uma cratera, a mais importante delas para a história da humanidade e de todo o planeta, pelo menos nós últimos 100 milhões de anos. O nome dela? Chicxulub.
Salinas e região de flamingos no litoral norte do Yucatán, no México
Há 65,5 milhões de anos, um meteoro com cerda de 10 km de diâmetro chocou-se violentamente com a Terra, justamente aqui, no norte do Yucatán. O resultado “geográfico” da colisão foi uma cratera com cerca de 180 km de diâmetro. Após tantos milhões de anos, a cratera foi totalmente coberta por sedimentos, pela vegetação e pela água do mar, na sua porção norte. E como sabemos que está aqui, então? Elementar, meu caro Watson! Pela anomalia gravitacional que ela ainda gera! O enorme impacto compactou o solo da região, fazendo que toda a área seja mais “pesada”. Até nós pesamos mais por aqui, pois a gravidade é mais forte nessa região. Não temos sensibilidade para sentir essa diferença, pois ela é extremamente sutil para nós. Mas não para os satélites que passam por aqui, com seus instrumentos super calibrados. Sentem na hora e conseguem apontar toda a extensão da cratera. E para confirmar isso, cientistas encontraram por aqui um elemento químico, o iridium, que quase não é encontrado na Terra, mas é bem comum em meteoros. Quando são encontrados em maiores quantidades, é um forte indicativo de “trombada” cósmica.
Nosso caminho pelo norte do Yucatán, onde caiu o meteoro que extinguiu os dinossauros
Bom, só falei do efeito “geográfico”, mas tem outro muito mais importante para nós, seres humanos, pertencentes da classe dos mamíferos. Quando o meteoro caiu, quem dominava o planeta há 150 milhões de anos eram os dinossauros. E não é porque os mamíferos não fizessem concorrência. Pelo contrário! Nós já estávamos aqui há 100 milhões de anos! E nesse tempo todo, nunca tínhamos deixado de ser pequenos roedores. Ratos! Comedores de insetos e carniça deixada para trás pelos dinossauros. Nada parecia indicar que a situação fosse mudar. Até que essa pedra caiu dos céus, causando um cataclisma global e intensas mudanças climáticas que, ao final, parecem ter sido a principal causa da extinção dos dinossauros. Sem eles, ficou mais fácil. Alguns poucos milhões de anos depois e os ratos já tinham se diversificado: mamutes, baleias, tigres, lobos e macacos perambulavam pelo planeta. Mais um pulinho e éramos nós. Graças à Chicxulub!
A cratera de Chicxulub, no norte do Yucatán, no México. Este impacto teria sido a principal causa da extinção dos dinossauros
Então, hoje, viemos prestar nossa singela homenagem a essa cratera que não se vê e mal se sente, mas que está aqui. A prova disso é simplesmente o fato de existirmos, de sermos nós a viajar pelo Yucatán, hoje, e não um simpático casal de triceratóps. Há maus que vem para bem. Pior para os dinossauros...
O agitado mar do Golfo do México, no litoral norte do Yucatán, no México
Olá meus amigos,que bela supresa ver as orquideas na natureza ,linnnnnnnndas amei as imagens deste lugar,estou sempre acompanhando vcs ,estou trabalhando no período da manhã então estou muito atarefada mas sempre dou uma olhada,um grande abraço
Resposta:
Oi Lurdes
hehehe, espero que vc sempe encontre um tempinho para nos acompanhar e ver também as fotos de flores que sempre gostamos de postar!
Um grande abraço para vc!
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