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Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão
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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Turistas caminham pelo salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Eu e a Ana adoramos cavernas. Algumas das mais belas paisagens que estivemos nesses 1000dias foi exatamente explorando esse mundo subterrâneo, notadamente nas cavernas do Vale do Ribeira, em São Paulo, Vale do Peruaçu, em Minas Gerais e Terra Ronca, em Goiás. Ou seja, todos no Brasil.
Nosso roteiro para chegar em Carlsbad, no sul do Novo México, saindo de Las vegas e passando por Roswell
Isso não quer dizer que não tenhamos estado em cavernas em outros países. Estivemos sim, algumas delas muito bonitas. Em Cuba, na Guatemala e até em Galápagos, foram alguns dos lugares onde visitamos cavernas. Aqui nos Estados Unidos estivemos também, inclusive no mais longo sistema de cavernas conhecidas do mundo, a Mammouth Caves, um parque nacional na costa leste do país. É um lugar impressionante por sua grandeza, mas sem muitas formações. Está longe de ser tão bela como as cavernas brasileiras de Minas, São Paulo e Goiás.
Chegando ao Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
O civilizado salão de entrada da caverna no Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
É claro que num país tão grande como esse, famoso por suas paisagens espetaculares, há muitos outros sistemas de cavernas, não tão grandes como o Mammouth, mas com outros tipos de atrativos. Em Dakota, existiria um sistema até mais longo, mas que ainda não foi explorado até o fim. Na Flórida, as cavernas estão embaixo d’água e nós até mergulhamos nelas. E no Novo México, pertinho da fronteira com o Texas, estão as cavernas de Carlsbad, famosas exatamente pela sua ornamentação e beleza cênica. Desde que ouvimos falar delas, há quase um ano, que elas passaram a fazer parte do nosso roteiro. E hoje, finalmente, chegou o dia de conhecê-las, naquele que será nosso último parque nacional americano nesses 1000dias.
Início da visita ao salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Ontem, depois de nossa parada em Roswell, seguimos viagem até a cidade de Carlsbad, bem no sul do estado, onde dormimos. O Carlsbad Caverns National Park está a menos de 30 minutos de distância da cidade e foi para cá que viemos logo cedo, na esperança de ver uma caverna de grande beleza cênica novamente.
O belíssimo e enorme salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Na verdade, uns dias antes de chegarmos, já reservamos por internet um tour a um dos locais mais isolados da caverna principal do parque, que é a única aberta para visitas. Nessa caverna, existe um grande salão principal, que pode ser visitado sem guias. Para as outras áreas abertas à visitação, apenas em grupos acompanhados por guia. A reserva deve ser feita com antecedência, pois são poucas vagas. Escolhemos o mais longo e teoricamente difícil tour, que vista a parte baixa da caverna. Queríamos ter vindo ontem, mas o tour já estava lotado. Assim, programamos para hoje, o tour começando na hora do almoço. Desse modo, ainda teríamos a manhã (e o fim da tarde) para dar uma volta no salão principal, além de conhecer a parte do parque que fica “acima” das cavernas, na superfície. As outras poucas mais de cem cavernas do parque são fechadas para turistas.
O belíssimo e enorme salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
A outra grande atração do parque, ao lado da própria caverna de Carlsbad, são as centenas de milhares de morcegos que frequentam a região. O espetáculo da sua saída da caverna, no final da tarde, quando saem para comer insetos, dizem que é inesquecível. Infelizmente, nessa época do ano eles estão mais ao sul, no México. Assim, quanto a esse evento único da natureza, vou ter de ficar com minhas memórias de um dos episódios do programa “Mundo Animal”, que fez história nos anos 70, e que foi filmado por aqui. Na época, pensava-se que eram milhões de morcegos. Mas técnicas modernas de contagem, com câmeras de grande precisão e um computador fazendo o trabalho duro de identificação, mostraram que os números são menores, cerca de 400 mil deles.
O belíssimo e enorme salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Ainda bem que as cavernas não migram, como os morcegos. Ficam aqui o ano inteiro, faça frio ou faça sol. Até porque, lá dentro, a temperatura é quase constante. Existe dois acessos à caverna: o original, uma longa trilha que desce por meia hora, já dentro da terra, até o salão principal e o mais moderno e confortável, um elevador que desce cerca de duzentos metros através das rochas e já deixa os turistas no salão de entrada, a poucos metros do salão principal. Foi inaugurado já na década de 30. A gente, com o tempo meio apertado para fazer essa visita e voltarmos em tempo de pegarmos nosso tour, resolvemos seguir pelo elevador mesmo.
O belíssimo e enorme salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Lá embaixo, já em plena caverna, a surpresa de se chegar em um local com restaurante, banheiros e infraestrutura, como se estivéssemos entrando em um teatro. Nem parece que estamos a mais de cem metros embaixo da superfície. Uma visão para deixar qualquer espeleólogo ou amante das cavernas indignado! Mas a indignação não dura muito, não. Basta caminharmos um pouco e entrarmos no impressionante “Big Room” da caverna, a maior câmera subterrânea do hemisfério ocidental (a maior do mundo está em Borneo, na Malásia).
Detalhe de uma das mais belas colunas da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Uma gigantesca “sala”, com 1.200 metros de comprimento, quase 200 metros de largura e chegando, em alguns pontos, a 80 metros de altura. A câmara tem formato de cruz e uma trilha nos leva através de todo o seu perímetro. Na parte central, ou miolo, entradas e passagens para a parte inferior da caverna, que iríamos visitar de tarde, no nosso tour agendado. A trilha está toda iluminada, então não precisamos de lanternas. Mas não é uma iluminação qualquer, não. São pontos de luz estrategicamente colocados, para valorizar as formas e formações da caverna, desde gigantescos estalactites até decoradas colunas e travertinos.
Colunas da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
O resultado é espetacular. Nós já passamos por cavernas mais belas, mas é aqui que podemos admirá-la em todo o seu esplendor. Um incrível mundo tão próximo de nós e, ao mesmo tempo, tão alienígena. Milhares e milhares de anos de trabalho meticuloso da natureza expostos aos nossos olhos, uma sorte de quem pode passar por ali. O que faz de Carlsbad um lugar tão especial não é apenas o tamanho da caverna, mas o fato de podermos observar toda essa distância lá embaixo, por ser ela tão inteligentemente iluminada. Normalmente, em cavernas, só podemos ver o que nossas lanternas apontam, ficando todo o resto em total escuridão. Mesmo para o lado que estamos iluminando, as nossas lanternas tem um alcance limitado. Assim, a “forma” do ambiente que caminhamos é apenas imaginado pelo cérebro, mas jamais podemos vê-lo por inteiro. Aqui em Carlsbad, podemos realmente ver a magnitude do salão, desde seus belos detalhes até o gigantismo de seu tamanho. Simplesmente, espetacular!
Formações no salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Seguimos caminhando, fotografando e lendo os diversos e elucidativos painéis explicativos. Nós e os outros poucos turistas ali presentes. Essa não é uma época muito movimentada. Como era a Ana que estava com a máquina fotográfica, e sempre muito cuidadosa em suas fotos, seguíamos em ritmos diferentes. Lá pelas tantas, nos separamos de vez, combinando de nos encontrar para o tour, daí a uma hora. Segui então, em ritmo acelerado, dando a volta no salão em forma de cruz. Formas belíssimas no chão, nas paredes e no teto. Difícil saber para onde olhar. Num determinado ponto, uma escada de cordas rústica entra por um poço escuro, aparentemente sem fim. Foi o caminho que levou exploradores antigos para o fundo da caverna. Está mantido lá por curiosidade. Que corajosos, eram!
Formações no salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Lá pelas tantas, já na parte final do meu percurso, a iluminação da caverna falhou, pelo menos naquele trecho. Apenas luzes de emergência acesas. Turistas parados pelo caminho, sem saber o que fazer. Não estão acostumados com cavernas escuras. Eu seguia em frente, sentindo pela primeira vez a alegria de estar em uma caverna de verdade, escura. Queria chegar ao fim do circuito, pois tinha decidido que voltaria para cima pelo caminho original, sem o elevador. O tempo estava apertado e não poderia ficar parado. Alguns minutos mais tarde, foi a Ana que chegou ao trecho sem iluminação, mas aí já havia um park ranger por ali, impedindo que as pessoas continuassem, esperando que as luzes normais voltassem.
O belíssimo e enorme salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Eu voltei à parte iluminada e lancei-me na trilha caverna acima. O guarda até perguntou se eu sabia para onde estava indo, pois quase ninguém passa por lá naquele sentido, o da subida. Respondi que sim, animado que estava para enfrentar os 200 metros de subida, distribuídos em quase dois quilômetros de trilhas. O caminho original, centenário, muito bem mantido e sinalizado, mas praticamente vazio. Difícil concorrer com o conforto do elevador. Foi uma delícia poder percorrê-lo, literalmente só, por quase meia hora. Foi só na parte final que apareceu um grande grupo em sentido contrário, descendo. Durante todo o resto, pode curtir a companhia do meu eu interior e também do “eu interior” da Terra. Muito joia ou, como diria um tio, “muito esplêndido!”.
Antida escada de acesso á parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Já lá no alto, passei pela boca de caverna por onde saem os 400 mil morcegos. Nessa época do ano, um silêncio profundo e uma sensação de vazio. Ao lado da boca de caverna, arquibancadas em forma de anfiteatro. É onde sentam as centenas de pessoas que acompanham o espetáculo diariamente. Todas sem suas máquinas fotográficas nem celulares, que podem incomodar os bichinhos. São cenas para se guardar na memória, e não em fotos... O resto da história e muito mais fotos, uffff... fica para o post seguinte.
Iluminação do salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Parabéns pelo blog muito bacana, ainda bem que achei e já me a posei de uma foto para uma matéria muito legal o trabalho de vocês.
Resposta:
Oi Charles
legal que tenha gostado e que uma foto nossa tenha te ajudado!
Um grande abraço
gostei muito, vocês são 10. maravilhosos a vida e mais vida quando vivida assim, me sinto como se estivesse com vocês. e d +
nao sei porque mas parece que somos um, quando estamos juntos nestas aventuras muita das vezes muito doida.
abraços a todos que estiveram com vcs e que participaram.
eu fico curtindo vcs.
se eu ganhar na megasena quem sabe um dia.
vamos fazer uma viagem doida ate um vulcão.
Resposta:
Olá Branco
Legal que vc tenha gostado e mais joia ainda que vc se sinta como se estivesse conosco. esse é o nosso intuito, ao repartir as fotos e relatos com todos vcs.
Continue acompanhando e veja também nossas passagens pelos muitos vulcões do continente. A gente também adora eles!
Vamos ficar aqui torcendo para que vc ganhe na megasena!!!
Um abraço
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