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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Passeio de barco no rio Paraguai, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Nosso principal intuito ao viajar até Corumbá foi conhecer um pouco da região sul do Pantanal. Embora tivéssemos acabado de passar pelo Pantanal Norte, onde tivemos uma experiência inesquecível, o Chico ainda não conhecia essa incrível região, e nós queríamos fazer passeios com ele.
Tuiuiu voa sobre o rio Paraguai, região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Jacaré nada em lagoa ao lado da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
A melhor maneira de se conhecer o Pantanal Sul é ficar hospedado em um dos muitos hotéis-fazenda localizados no interior da planície alagada. Além do conforto no meio da natureza, o hotel serve de base para vários passeios de barco e a cavalo, sempre com o objetivo de chegar mais perto da fauna e da natureza exuberante da região. Assim como na região Norte, o grande problema desse passeio é o preço salgado. Geralmente, são programas de 3 a 7 dias, todas as refeições incluídas e a chance de se conhecer uma das mais belas regiões do mundo. Para quem tem bala na agulha e quer fazer um investimento, é uma boa opção.
Tranquila pescaria no rio Paraguai, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
rAraras nos observam no hotel Tuiuiu, perto da Ponte do Pedágio, egião de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Não era o nosso caso. Não só pelos preços, mas também pelo tempo que nos tomaria. Assim, buscamos algo mais rápido, pelo menos para termos um gostinho daqui. A forma mais prática (e turística!) é pegar um dos grandes barcos em Corumbá mesmo, que percorrem parte do rio Paraguai, num passeio de algumas horas. É um barco grande, cheio de turistas, música alta, enfim, um esquemão. Não é muito a nossa cara e descartamos imediatamente a ideia.
Roteiro para conhecer um pouco do Pantanal Sul: Saímos de Corumbá (C) e seguimos até a ponte do pedágio (B), sobre o rio Paraguai, onde fizemos um longo passeio de barco pelo rio, para depois, voltar a Corumbá. No dia seguinte, percorremos a Estrada Parque, passando pelo Porto da Manga (D), onde atravessamos o rio de balsa, e o Passo da Lontra (E), até reencontrar a estrada principal (F), de onde seguimos até Miranda (G), onde estava o carro do Chico. Daí, seguimos para o sul, rumo ao próximo destino, a cidade de Bonito
Conversando com pessoas da região, logo encontramos um plano B: ir de carro até a ponte do pedágio, onde a estrada cruza o rio Paraguai, já bem abaixo da cidade, e pegarmos uma voadeira aí mesmo, em algum dos hotéis mais simples que se encontram por aí. São hotéis frequentados por pescadores que vem para cá passar dias fazendo suas atividades prediletas: pescar e tomar cerveja. Nós fomos até aí ontem de manhã e não demorou muito para encontramos um piloto e seu barco e acertamos o passeio de duas horas pelo rio e seus meandros. Apesar do risco de chuva, não tínhamos a opção de esperar. Abastecemos nosso freezer portátil e partimos!
Passeio de barco no rio Paraguai, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Escondendo-se da forte chuva sob a ponte ferroviária sobre o rio Paraguai, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Ao contrário do Pantanal Norte, aqui as águas ainda estão altas e quase não se vê praias e barrancos ao longo do rio. A consequência disso é que a chance de ver animais diminui bastante. Em compensação, a paisagem fica mais bonita, uma área maior alagada, aquela imagem que todos conhecemos do Pantanal pela TV.
A bela ponte ferroviária sobre o rio Paraguai, região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Trem passa sobre ponte ferroviária no rio Paraguai, região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Bom, foram dez minutos de passeio e a chuva nos pegou. Chuva de verdade mesmo, dessas que molham! Paramos embaixo de uma árvore por uns momentos e a chuva nos enganou, fingindo que estava parando. Só para, dez minutos mais tarde, voltar com força total, pegando-nos no meio do rio. A solução, aí, for parar embaixo da gigantesca ponte ferroviária sobre o rio, a mesma que eu tinha atravessado 23 anos atrás. Hoje, só passam trens de carga por ali e vê-los de longe sobre o rio é uma visão impressionante.
Uma memorável parada na casa do Ligeirinho, na beira do rio Paraguai, região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Com o Ligeirinho, na sua casa na beira do rio Paraguai, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
O Boy, nosso barqueiro, nos levou ainda mais adiante, até uma pequena comunidade rio abaixo. O acesso para lá é apenas de barco, então, imagina a tranquilidade do local. Paramos na casa de um dos mais ilustres moradores, o Ligeirinho, cheio de histórias e transbordando simpatia, Foi meia hora de conversa sobre casos e causos, digna ser gravada. É sempre inacreditável encontrar personagens assim perdidos no meio do mundo, com uma história de vida tão rica. É quando fica claro que muito da vida se passa longe dos grandes centros urbanos.
Casal de tuiuius no rio Paraguai, região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Macacos se agrupam em copa de árvore ao lado do rio Paraguai, região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Daí iniciamos nossa volta, percorrendo partes alagadas ao lado do rio para tentarmos encontrar mais animais, como jacarés e tuiuiús. Foram poucos, mas vimos alguns. No final, para nossa surpresa, encontramos também uma árvore cheia de macacos, algo que não tínhamos visto no Pantanal Norte.
Atravessando uma das inúmeras pontes da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Travessia de balsa sobre o rio Paraguai, na estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
De volta ao pequeno porto, lá nos esperava a Fiona e voltamos para mais uma noite em Corumbá. Não dormimos tarde, pois tínhamos de acordar cedo! O programa de hoje começou logo pela manhã. Fomos percorrer a Estrada Parque, cerca de 120 km de pista de terra que corta um pedaço do Pantanal e nos dá a chance de ver paisagens, flora e fauna da região.
As águas estão altas no entorno da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
As águas estão altas no entorno da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Depois de cruzarmos uma pequena serra no início do caminho, chegamos ao Pantanal propriamente dito. Aqui, exatamente como ontem, pudemos perceber que o tempo ainda é de cheia. Vastos campos alagados, coisas que não tínhamos visto quando percorremos a Transpantaneira, no norte. Enfim, algo mais parecido com as famosas filmagens da TV Manchete e sua inesquecível novela.
Um encontro típico da região do Pantanal, uma boiada conduzida por boiadeiros, na estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Nhecolandia, importante ponto de referência na estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Em compensação, eram poucos os bichos. Para nós, vindos do Pantanal Norte, foi até um pouco decepcionante. Mas para o Chico, ainda sem referência, até que foi interessante ver uns poucos tuiuiús e jacarés, assim como uma solitária ariranha, já no final da estrada.
A estrutura de um dos grandes hotéis ao lado da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
A estrutura de um dos grandes hotéis ao lado da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Por esse caminho, a travessia do rio Paraguai é feita de balsa, infinitamente mais charmosa que uma ponte. Falando em pontes, são mais de cem delas ao longo do caminho. Quando chegamos num lugarejo chamado Nhecolandia, viramos para o sul, rumo à rodovia principal. Mas é também aqui que começa a estrada (ou trilha?) para se cruzar todo o Pantanal, seja no sentido leste, seja no sentido norte, até o rio Cuiabá. A primeira travessia é um pouco mais “normal”, embora seja recomendável apenas para carros tracionados e em caravana. A segunda, para norte, só em tempos de seca e acompanhado de um bom guia da região!
Observando jacarés ao longo da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Jacarés ao lado da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Bom, nós tomamos a direção mais careta mesmo, rumo ao sul. No Passo do Lontra, outro importante ponto de referência na estrada, são vários hotéis. Aí está o rio Miranda, um dos melhores para se observar vida selvagem no Pantanal Sul. Até resolvemos vistar um dos hotéis mais chiques, na beira desse rio. Há uma grande estrutura de passarelas de madeira sobre áreas alagadas, vários chalés para hóspedes, uma grande restaurante e um porto cheio de barcos. Daí, saem constantemente barcos carregados de turistas, quase todos estrangeiros. Não é a melhor época para se ver bichos por aqui e os relatos dos passeios que ouvimos não eram nada animadores em comparação com nossa experiência em Porto Jofre.
Encontro de jacaré e ariranha em lago ao lado da estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Encontro com casal de viajantes italianos na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Enfim, deixamos o hotel e toda a sua estrutura para trás e seguimos em frente, para percorrer os últimos quilômetros até a rodovia a aproveitarmos as últimas chances de vermos alguns bichos. Depois, já no asfalto, aceleramos para Miranda, onde nos aguardava, são e salvo, o carro do Chico.
Comida típica do Pantanal em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Seguimos agora em caravana para o sul, até a cidade de Bonito, onde já chegamos no final do dia. Foi o tempo de nos instalarmos num hotel e acertarmos nosso passeio para amanhã, ao fabuloso Abismo de Anhumas. Por fim, estômagos roncando de fome, achamos um restaurante especializado em comida pantaneira. Foi nossa despedida do Pantanal, já fora dele, celebrando tantos dias por lá, no norte e no sul. Quem pagou o pato foi um pobre jacaré, que virou bolinho e foi devidamente saboreado por nós. Não são jacarés caçados, mas que crescem nas poucas fazendas devidamente registradas no IBAMA para produzir esse tipo de carne. Estava na hora da gente experimentar!
Deliciosos bolinhos de jacaré em restaurante de Bonito, no Mato Grosso do Sul
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