0
Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão
Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela
Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Já na água, pronto para mergulhar na Isla de la Juventud, em Cuba
Apesar da recomendação de todos para que chegássemos ao aeroporto com duas horas de antecedência para um voo doméstico (e três para um voo internacional), decidimos seguir o nosso próprio “bom senso” e chegar com a tradicional e civilizada uma hora de antecedência. Afinal, o voo saía às 07:30 e ainda tínhamos meia hora de carro até lá. Teríamos de madrugar para chegar tão cedo como o requerido pelas autoridades.
Embarcando no avião que nos levaria de Havana à Nueva Gerona, na Isla de la Juvendud, em Cuba
Bom, apesar da cara muito feia que nos fez o pessoal da companhia, entramos sem problemas no nosso turboélice, os aviões que fazem os voos internos em Cuba. Nosso destino era a Isla de La Juventud, a segunda maior do país, famosa por ter sido o local da prisão de Fidel Castro após o fracassado ataque ao quartel de Moncada, em 1953. É famosa também por seus pontos de mergulho, e era por isso que estávamos indo. Nosso plano era aterrissar na pacata capital, Nueva Gerona, e seguir diretamente para o outro lado da ilha, onde estão os pontos de mergulho. Depois, no final da tarde, retornar para a capital, onde já tínhamos casa reservada.
Cuba e a Isla de La Juventud
Mapa da Isla de La Juventud. Nueva Gerona está no norte e a Punta Frances no Oeste
Apesar de pertencer à Cuba, a Isla de La Juventud é uma das maiores do Caribe. Além das “quatro grandes” (Cuba, Hispaniola, Jamaica e Porto Rico), apenas as ilha de Trinidad, perto da Venezuela, e Andros, nas Bahamas, são maiores do que ela. Tem um pouco mais de 3 mil km quadrados, equivalente a um quadrado de 55 km de lado. A sua forma lembra bastante o mapa da Antártida, com uma longa península onde está a Punta Frances, justamente o ponto dos mergulhos.
No avião para a Isla de la Juventud, em Cuba, lendo o Granma, jornal oficial do Partido Comunista Cubano
Durante o curto voo, distrai-me com a leitura do Granma, o jornal oficial do PCC – Partido Comunista Cubano (não confundir com o PCC brasileiro!). É o maior jornal do país e só enfrenta concorrência de jornais regionais e uns outros poucos nacionais, todos pertencentes à organizações governamentais. A leitura foi bem interessante, já que o enfoque de muitas notícias é exatamente ao contrário do enfoque da imprensa ocidental. O presidente Chavez e o governo sírio, por exemplo, aqui são tratados com muita simpatia. Há sempre também, na primeira página, alguma notícia demonstrando problemas e fraquezas nos Estados Unidos. Evidentemente, não há textos críticos ao governo nacional.
Navegando na Isla de la Juventud, em Cuba
A chamada “imprensa livre” acabou logo no início da revolução. Não só a imprensa livre, mas também todas as empresas privadas do país. Isso nos explicou a Margarita, na nossa conversa de ontem à noite. O governo revolucionário, na sua luta para acabar com a diferença de classes, simplesmente proibiu que entes privados tivessem empregados. Nada mais de patrões! Apenas o governo poderia empregar pessoas. Deste modo, acabaram-se os jornais privados, os supermercados privados, as fábricas privadas, os salões de beleza privados. Afinal, como ter empresas desse tipo sem empregados? A Margarita mesmo, teve de desistir do seu salão de beleza.
Com o Rafa e a Laura, prontos para mergulhar na Isla de la Juventud, em Cuba
Conversamos também sobre as moedas em Cuba. São duas no país: o CUC, moeda usada por estrangeiros e por cubanos que lidam com eles; e a Moeda Nacional, usada pelo povão. O CUC, que tem o valor do dólar, vale quase 25 Moedas Nacionais. Os salários dos cubanos são todos pagos, evidentemente, em Moeda Nacional. Dependendo da profissão, o salário varia ao equivalente entre 20 e 30 dólares. Não dá para muito, mas temos de lembrar que a educação e a saúde são garantidas e gratuitas, de boa qualidade. Além disso, os cubanos também recebem umas cadernetas que lhe garantem parte da alimentação.
Mergulhando com o Rafa e a Laura na Punta Frances, na Isla de la Juventud, em Cuba
Mas, na prática, após uma década de convivência dessas duas divisas, quase tudo hoje no país é vendido em CUCs. A tal Moeda Nacional serve apenas para os mercados populares (frutas e verduras) e para o transporte de carroça e bicicleta dentro das cidades. O resultado disso são tristes disparidades. Enquanto um médico ou engenheiro ganha seus (equivalentes a) 25 CUCs por mês, um recepcionista de hotel pode ganhar a mesma coisa, em apenas um dia, com as gorjetas dadas por turistas. Por isso tantos cubanos “gravitam” da maneira que podem ao redor dos estrangeiros, tentando conseguir seus CUCs também. Na “vanguarda” desse movimento estão os donos das casas particulares que recebem turistas. Hoje, eles já podem ter até empregados, uma das mudanças recentes na legislação cubana. O governo os taxa pesadamente, e eles tentam, à sua maneira, escapar disso, para poder sobreviver. Existe uma taxa fixa mensal (uns 400 CUCs), mais uma parte razoável dos lucros e mais um “ajuste anual”. O valor cobrado dos turistas nessas casas varia de 20 a 30 CUCs diários (o salário mensal dos cubanos!). Além dos donos de casas particulares, tem também os taxistas particulares, os guias, os vendedores ambulantes e por aí vai, todo mundo atrás do seu CUC.
Enorme moréia na Punta Frances, na Isla de la Juventud, em Cuba
Mas, quem mais tem acesso à moeda forte são aqueles que tem parentes no exterior. Está ficando mais fácil para essas pessoas visitarem Cuba e trazerem seu rico dinheiro por aqui. Imagina o quanto não vale nesse país 10 mil dólares juntados em menos de uma ano de trabalho na Europa ou EUA, quantia equivalente a 400 meses ou 33 anos de trabalho em Cuba! Infelizmente, a maneira mais fácil de um cubano poder emigrar, atualmente, é casando-se com um estrangeiro. E eles sabem e se aproveitam disso. Não é raro ver gordos e idosos italianos (tem outros também, mas vimos mais italianos) acompanhados de belas cubanas. Algumas são prostitutas, mas outras buscam mesmo é o casamento, muitas vezes incentivadas pela própria família. Cenas tristes de um país com um capital humano tão rico que ainda procura seu caminho no mundo (o país e também suas pessoas!).
Navegando em dia de céu azul na Punta Frances, na Isla de la Juventud, em Cuba
Bem... voltemos à Isla de La Juventud. No aeroporto já nos esperava uma pessoa, agendada ontem. Ele nos levou diretamente ao hotel Colony, do outro lado da ilha, de onde partem os mergulhos. Quase todos os mergulhadores se hospedam lá mesmo, mas nós resolvemos ficar na cidade mesmo. Isso porque o hotel (estatal) é caro e ruim. Pelo menos, foi o que nos disseram. Na verdade, olhando ele de perto, até achamos bem simpático.
Linda praia na Punta Frances, na Isla de la Juventud, em Cuba
Chegamos lá, guardamos nossas malas num quarto e já embarcamos em direção à Punta Frances, para um programa de mais de seis horas, incluindo dois mergulhos, almoço e muitas horas de navegação. O barco é antigo e “meio lento”, dando bastante tempo para confraternizarmos com os outros passageiros, todos franceses. E ainda houve uma parada estratégica no meio do caminho, onde um dos marinheiros pulou no mar e voltou cheio de lagostas, o almoço do dia.
Lagostas fresquinhas na Isla de la Juventud, em Cuba
A Ana não pôde mergulhar. Pela primeira vez desde que nos conhecemos, há mais de 6 anos, caí no mar sem a companhia na minha querida buddy. Muito estranho! Talvez por isso tenha achado os mergulhos meio sem graça. Mas não foi só por isso não. Vínhamos de Little Cayman e de seus mergulhos fantásticos, assim qualquer comparação, mesmo que involuntária, era covardia. Mas não foi só eu que achei achei o mergulho chocho. O Rafa e a Laura também tinham idealizado o primeiro mergulho caribenho e voltaram meio decepcionados. Tudo uma questão de expectativas, imagino... De qualquer maneira, ainda consegui umas boas fotos que, junto com as tiradas pela Ana, ilustram esse post.
Rafa e Laura no barco na Isla de la Juventud, em Cuba
Além dos mergulhos, a grande atração foi a magnífica praia na Punta Frances, um verdadeiro cartão postal, areias brancas que cegam os olhos e águas azuis inacreditáveis. Fica num parque nacional que tem ainda uma lagoa, trilhas e muita informação sobre os antigos e famosos “turistas” do local, na verdade piratas sanguinários que usavam a ilha como base para seus ataques à Cuba espanhola. Entre outros, descobri que um deles foi o primeiro pirata conhecido como Perna-de-Pau, na verdade um corsário francês. E um outro, pasmem!, era brasileiro! Pois é, um pirata brazuca! Bem, mais ou menos... Na verdade, ele era um holandês da época que Nassau ocupava Pernambuco. Ou seja, era brasileiro mesmo, do Brasil holandês. Senti até uma pontada de orgulho, hehehe!
Enorme Lion Fish na Punta Frances, na Isla de la Juventud, em Cuba
Voltamos para o hotel e, de lá, para Nueva Gerona, onde nos acomodamos na nossa nova Casa de Hóspedes. Desistimos do mergulho de amanhã e, ao invés disso, vamos passear pela ilha. No roteiro, uma fazenda de jacarés, o antigo presídio onde Fidel ficou preso e as praias do note da ilha, sem a beleza da praia de hoje, mas com muito mais estrutura. Promete!
Fotografando o pôr-do-sol na Isla de la Juventud, em Cuba
E a regra d n poder voar e mergulhar no mesmo dia?
Resposta:
Oi Paulinha
Essas regras não podem ser tão rígidas! São uma regra, mas não uma proibição!
Beijos
Não vemos a hora do próximo destino!!!!!
Resposta:
Nós também!
O Hawaii tá chegando!
E os posts de Cuba estão entrando devagarzinho...
Abraços aos queridos padrinhos!
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet