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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Visitando as lindas ruínas jesuítas de San Ignacio Mini, na Argentina
Menos de 250 km separam São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, e San Ignacio Mini, na província de Missiones, na Argentina. Nas duas cidades se encontram as mais famosas ruínas das antigas Missões jesuítas nos territórios brasileiro e argentino, respectivamente. Esse foi o caminho que fizemos hoje, passando por Porto Xavier e cruzando o rio Uruguay de balsa para San Xavier, já do lado argentino, embora o google maps se recuse a mostrar esse caminho. No próximo post vou falar da nossa volta à Argentina, início do longo caminho que nos levará até Ushuaia, na ponta sul do continente. Nesse, volto a falar das Missões, que aqui em território argentino são muito mais valorizadas, histórico e turisticamente!
[a]Mapa da viagem entre São Miguel das Missões, no rio Grande do Sul, e San Ignacio Mini, na Argentina, cruzando o rio Uruguay de balsa, em Porto Xavier. A droga do Google Maps não sabe, mas pode-se sim cruzar a fronteira ali! Com isso, a viagem não tem mais de 250 km.
No lado argentino, ao contrário do brasileiro, são várias as Missões que ainda podem ser visitadas. San Ignacio Mini é apenas a mais famosa e melhor restaurada de todas elas. São 15 no total (nem todas visitáveis), contra 7 no Brasil (apenas São Miguel está em bom estado) e 8 no Paraguay (veja aqui uma delas, que visitamos quando passamos por aquele país), totalizando as 30 missões que existiam em meados do século XVIII.
Mapa mostra a localização das antigas Missões Jesuítas no Paraguai, Argentina e Brasil
San Ignacio Mini, a mais bem conservada e restaurada missão jesuíta na Argentina
Nossa passagem pelo rio Uruguay foi meio demorada, quase 4 horas de espera pela próxima balsa. Mesmo assim, certamente foi mais tranquila do que a passagem dos padres jesuítas e milhares de índios que fugiam dos bandeirantes paulistas caçadores de escravos nas primeiras décadas do séc. XVII. Os religiosos vinham instalando as Missões, ou “Reducciones” (em espanhol), desde 1620, dos dois lados do rio, numa tentativa de evangelizar os habitantes do novo mundo, arrebanhar novos seguidores para a igreja de Roma e pacificar os novos súditos do Rei de Espanha.
As ruínas jesuítas de San Ignacio Mini, na Argentina
As ruínas jesuítas de San Ignacio Mini, na Argentina
Os jesuítas formavam então a linha de frente da Igreja Católica, ainda abalada com o movimento da Reforma na Europa e o surgimento da religião Protestante. Expandir a fé no mundo tornou-se uma prioridade e essa Ordem de organização quase militar, que exigia de seus membros uma rica formação educacional e filosófica, foi a mais eficiente no processo de catequização dos indígenas americanos, desde a Flórida e Califórnia, no norte, até a Argentina, aqui no sul, deixando para trás seus concorrentes dominicanos e franciscanos.
Para quem gosta de observar detalhes e gosta de arquitetura, a missão jesuíta de San Ignacio Mini, na Argentina, é imperdível!
San Ignacio Mini, a mais bem conservada e restaurada missão jesuíta na Argentina
Em todos os lugares, a tática foi a mesma: aproximar-se das populações indígenas, aprender a sua língua e cultura e, através delas, chegar a seus corações e mentes, atraindo-os para a chamada “fé universal”. Entre os índios guaranis, que habitavam a região fronteiriça entre Brasil, Argentina, Uruguay e Paraguay, foi a música que propiciou esse primeiro contato, a primeira “língua” comum entre os religiosos e os indígenas. O próximo passo foi aprender a língua e a cultura, principalmente a fé dos guaranis. Os religiosos não tardaram a perceber alguns pontos comuns entre as duas religiões, como a ideia do paraíso e o mito guarani da “Terra dos Bons Índios”, e usaram essas semelhanças para atrair os indígenas para a nova fé. A primeira batalha, travada contra os pajés e feiticeiros da antiga religião, foi vencida e, aos poucos, tribos inteiras foram atraídas para as reducciones. Esse nome vem do fato dos índios, que antes viviam espalhados em vastos territórios, agora se uniam para viver em territórios reduzidos, as vilas que se formavam ao redor de grandes igrejas.
As ruínas da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina
Painel informativo na Missão jesuíta de San Ignacio Mini, na Argentina
Caciques traziam todos os seus comandados para viver nas reducciones, mas mantinham seu poder sobre eles. Os vários caciques formavam uma espécie de “colégio de notáveis” e, entre eles, escolhiam um líder que tinha o máximo poder político dentro daquela reducción. O poder era dividido com os outros caciques e também com os dois padres jesuítas que vivam em cada missão. Esses, além do poder político, tinham todo o poder espiritual. Enquanto um dos padres era o responsável pela vida religiosa, o outro se ocupava da educação. Crianças estudavam música, religião, guarani e espanhol desde cedo, além de ofícios de marcenaria e agricultura, entre outros. Adultos trabalhavam nas lavouras e construção de novos prédios. A jornada de trabalho era de 6 horas diárias, fixadas em lei, sempre em terras comunais. Com isso, sobrava tempo para se trabalhar em pequenas áreas próprias que os nativos possuíam, além de outras atividades, como a importante missa ao final da tarde.
Ruínas da igreja da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina
Visitando as lindas ruínas jesuítas de San Ignacio Mini, na Argentina
Outra vantagem para os índios viverem nas reducciones era a segurança que isso propiciava, principalmente frente a índios de outras tribos e mesmo contra rivais guaranis. Em contrapartida, tantos indígenas vivendo num mesmo lugar e já “amansados” pelos jesuítas atraiu um novo perigo: a cobiça dos bandeirantes paulistas caçadores de escravos. Várias missões no atual território brasileiro foram destruídas por esses caçadores impiedosos que não se importavam com a altíssima taxa de mortalidade no transporte dos novos escravos até São Paulo, já que a “fonte” parecia que nunca iria secar. Os jesuítas levaram os indígenas para o outro lado do rio Uruguay, mas mesmo aí eles estavam ao alcance dos bandeirantes. Foi quando, em 1638, o jesuíta Antonio Montoya conseguiu que o Rei de Espanha permitisse que indígenas portassem armas de fogo. Um exército de guaranis foi formado e treinado pelos jesuítas e três anos mais tarde os bandeirantes foram fragorosamente derrotados pelos indígenas na batalha de Mboboré, perto de um morro com mesmo nome na província de Missiones, a oeste do rio Uruguay, na Argentina. A partir daí, o povo missioneiro gozou de relativa paz por mais de 120 anos e puderam, inclusive, se restabelecer na leste do rio Uruguay, no atual território brasileiro.
Para quem gosta de observar detalhes e gosta de arquitetura, a missão jesuíta de San Ignacio Mini, na Argentina, é imperdível!
Para quem gosta de observar detalhes e gosta de arquitetura, a missão jesuíta de San Ignacio Mini, na Argentina, é imperdível!
Esse período de paz e alta organização social trouxe grande prosperidade econômica ao povo missioneiro. A economia girava sem moedas, com base na troca de mercadorias, principalmente entre as reducciones que se especializavam em alguns tipos de produtos (por facilidade de clima ou hidrografia), mas também com cidades e vilas que existiam ao redor do território. Evidentemente, essa relativa pujança e estabilidade atraíam a inveja de muitos em relação àquele território que tinha um modo de vida próprio, livre de muitos impostos e que respondia diretamente ao rei.
Quadro mostra como era rezado o Padre Nosso na língua guarani (em San Ignacio Mini, na Argentina)
Visitando as lindas ruínas jesuítas de San Ignacio Mini, na Argentina
A civilização missioneira começou a terminar em meados do séc. XVIII, quando Espanha e Portugal assinaram o Tratado de Madrid. Todo o território a leste do rio Uruguay seria entregue a Portugal e as Missões ali estabelecidas deveriam ser desmanteladas e suas populações transferidas para o lado ocidental do rio. Com uma canetada, a vida de mais de 20 guaranis que sempre foram fiéis a Espanha virava de cabeça para baixo. Muitos se recusaram e a repressão dos exércitos unificados de Portugal e Espanha foi violenta, destruindo os Sete Povos das Missões. Pouco tempo depois, toda a Ordem Jesuíta foi banida da Espanha e seu império colonial. Agora era a vez das reducciones do outro lado do Uruguay sofrerem. Seu controle foi passado para outras ordens religiosas e para administradores civis indicados por políticos locais. A desordem resultante foi enorme e, em duas décadas a população das missões caiu pela metade, assim como declinou sua atividade econômica e sua ordem social. Um período de instabilidade política se seguiu, época das guerras de libertação da América espanhola e portuguesa. Em 1820 as missões estavam abandonas e seus prédios começaram a se deteriorar. O tempo tratou de apagar os vestígios de uma civilização que, pouco tempo antes, parecia fadada à eternidade.
As ruínas da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina
Iluminação torna as ruínas da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina, ainda mais belas e instigantes
Foi apenas a partir da metade do século XX que o interesse histórico e turístico começou a revitalizar algumas das antigas reducciones. Algumas delas foram muito restauradas, para tentar mostrar ao visitante como eram no período de sua glória, como San Ignacio Mini, a mais famosa delas. Outras, como Santa Ana, ainda tem muito para ser descoberto, embora as edificações principais já estejam limpas da vegetação. E há outras como a de Loreto, em que o estado natural é mantido, de modo que o turista pode ter a real ideia do efeito do tempo em antigas obras humanas, assim como perceber como são as ruínas quando os arqueólogos as descobrem.
Nosso excelente guia nos explica sobre a Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina. A coluna é de madeira e tem 300 anos de idade!
Com um mapa, nosso guia na Missão de Santa Ana nos dá uma verdadeira aula sobre a história das Missões Jesuítas (próximo à San Ignacio Mini, na Argentina)
Nós, chegando à região já no final da tarde, devido ao atraso na balsa para atravessar o rio, seguimos diretamente para a Redicción de Santa Ana, mesmo antes de encontrarmos algum hotel para nos instalar. Não poderia ter sido melhor ideia! Chegamos no último momento de visitas e fomos recebidos pelo guia Yoyo, um dos melhores que conhecemos nesses 1000dias. Sua paixão e conhecimento pelo tema nos contaminou, enquanto nos mostrava as ruínas e nos ensinava sobre os diversos aspectos da vida dos índios e jesuítas que ali viviam. Aprendemos mais nessa uma hora do que em várias horas de pesquisas na internet. De repente, toda aquela história passou a fazer sentido, uma realidade estranha se tornou familiar, personagens ganharam vida. Foi mesmo muito legal!
O fim de tarde dá um clima ainda mais misterioso às ruínas da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina
Em belo fim de tarde, caminhando com nosso excelente guia nas ruínas da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina
A tarde foi dando lugar a noite, as sombras de árvores e antigas pilastras cresceram, a iluminação foi acesa e o ambiente se tornou ainda mais mágico. Eu diria até que fantasmagórico, principalmente quando visitamos o antigo cemitério, que continuou a ser usado mesmo depois do fim da reducción, até poucas décadas atrás. Não era mais apenas as paredes que pareciam falar de tempos passados, mas também as pessoas que ali viveram.
Hologramas criam verdadeiros fantasmas no excelente show de luzes e sons na missão de San Ignacio Mini, na Argentina
Hologramas criam verdadeiros fantasmas no excelente show de luzes e sons na missão de San Ignacio Mini, na Argentina
Bom, completamente imersos no mundo missioneiro, encontramos um hotel para nos instalar e seguimos para a Missão de San ignacio Mini, para assistir ao show de luzes e sons noturno. Outra vez, um espetáculo! Com certeza, faz valer a pena o preço mais alto que se paga para entrar nas Missões na Argentina. No show, caminhamos pela reducción com paradas em lugares estratégicos quando filmagens são projetadas em paredes de pedra, folhagens de árvores ou cortinas de água mostrando como era a vida nas Missões nos tempos de glória. Agora sim, as paredes falavam! Literalmente, e não como figura de linguagem! Foi como uma viagem no tempo, para 300 anos atrás.
Ruínas da missão de San Ignacio Mini iluminadas, durante show de luzes e sons, na Argentina
Imagens são projetadas nas ruínas da missão de San Ignacio Mini, na Argentina, durante o ótimo show de sons e luzes
No dia seguinte, pela manhã, voltamos às ruínas de San Ignacio Mini. Para quem gosta de arquitetura, é um show! Arquitetura barroca com tempero indígena, algo único no planeta, existe apenas por aqui, onde floresceram essas 30 Missões. E San Ignacio Mini é, talvez, o melhor exemplar de tudo isso. Além disso, diversos painéis explicativos se espalham pelas ruínas. Para nós, que havíamos estado ali na noite anterior, assistindo as paredes falando e os indígenas cantando, foi uma sensação meio estranha, quase fúnebre, ouvir aquele silêncio todo. Estávamos quase de ressaca...
San Ignacio Mini, a mais bem conservada e restaurada missão jesuíta na Argentina
Uma das muitas e vistosas portas das ruínas de San Ignacio Mini, na Argentina
Por fim, era hora de seguirmos viagem, começar nosso longo caminho rumo ao oeste, aos Andes e Oceano Pacífico. Mas antes, uma última parada na Missão de Loreto, não muito longe dali. Loreto, ao contrário das Missões que havíamos conhecido, ainda está sob a vegetação, grande árvores, raízes, moitas e arbustos. Está como estiveram as outras Missões anos ou décadas atrás. É uma amostra da natureza recuperando seu espaço. Para nós, que passamos na América Central, é um forte reminiscente de várias das ruínas maias que conhecemos por lá. A diferença é que a aqui a vegetação cobre igrejas e casas, enquanto lá está sobre pirâmides e templos.
Lendo um dos muitos painéis informativos espalhados pelas ruínas de San Ignacio Mini, na Argentina
Caminhando pelas ruínas de San Ignacio Mini, na Argentina
O interessante é conhecer essa antiga Missão depois de já ter visto outras, restauradas. Assim, já sabemos sobre o que estamos pisando: a praça central, as alamedas, a casa dos padres, dos caciques, a antiga horta e lavoura, a igreja. Se não tivéssemos visto isso tudo de pé ou bem delineado nas outras missões, nossa imaginação leiga dificilmente vislumbraria a grande vila que isso já foi. Mas agora, com os olhos treinados e orientados pelo guia que nos acompanha, aquelas pedras desarrumadas sufocadas pela vegetação fazem sentido, tem uma lógica. Aqui, não são os antigos sons que ainda ecoam. Não! São os sons de hoje mesmo, grilos e cigarras, folhas que caem e galhos que estalam sob nossos pés. O presente sobrepujou o passado. Prova inconteste da nossa efemeridade.. Loreto é uma visita imperdível, mas depois de se conhecer San Ignacio Mini e Santa Ana.
A mata cobre boa parte da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina
As ruínas da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina
P.S Infelizmente, todas as nossas fotos de Loreto se perderam. Não no tempo, como a própria Missão, mas no espaço mesmo. Estavam na máquina que nos foi roubada no Chile, pouco tempo depois. Felizmente, não conseguiram roubar nossas memórias...
Iluminação torna as ruínas da Missão de Santa Ana, próximo à San Ignacio Mini, na Argentina, ainda mais belas e instigantes
Olá!
Este lugar é mágico mesmo, estive aí há vários anos, recomendei para vários amigos, depois eu voltei para ver as missões do lado paraguaio, é uma região meio esquecida da América, mas certamente está na minha lista de preferidas !
Resposta:
Oi Francisco
Pois é, toda a região das missões é incrível. Nós também estivemos em uma delas no lado paraguaio, foi muito legal. Mas acho que é aqui na Argentina onde elas são mais valorizadas. No Brasil, infelizmente, quase ninguém ouviu falar. Principalmente do sudeste para cima...
Um abraço
Que coisa boa ter os posts dos 1000dias de volta! Estava sentindo falta das histórias de vocês.
E começamos com pé direito: as missões jesuíticas estão na minha listinha de próximos lugares pra conhecer.
(fiquei com medo daqueles hologramas!!! rs)
Resposta:
Oi Ana
Pois é, ainda temos muito coisa para contar e mostrar. Quase seis meses de histórias!
Essas missões jesuíticas são mesmo incríveis, um tesouro aqui embaixo dos nossos narizes e pouca gente conhece. Os hologramas só dão medo na foto. Ao vivo, eles são é emocionantes!
Abs
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