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Adeus, Groelândia

Groelândia, Nuuk, Ilulissat

A bela Catedral Luterana de Nuuk, capital da Groelândia

A bela Catedral Luterana de Nuuk, capital da Groelândia


O dia começou bem cedo hoje e, claro, já estava claro fazia tempo! Nosso voo para Nuuk saía às 7 da manhã, mas pudemos fazer o check-in e despachar as bagagens no próprio hotel! Êta, mordomia boa! Além disso, providenciaram um café da manhã antes do horário para nós. Pão integral da melhor qualidade, queijo camembert e geleia de framboesa. Suco, iogurte e frutas. Viva a influência dinamarquesa, hehehe! Todos os dias, pela manhã, sentia-me um príncipe, ainda mais com a vista do mar gelado à nossa frente. Mal acostumados assim, vamos ficar com saudades!

Suco e pão integral com geleia e queijo camembert, o nosso delicioso café da manhã no hotel de Ilulissat

Suco e pão integral com geleia e queijo camembert, o nosso delicioso café da manhã no hotel de Ilulissat


No aeroporto, ainda tivemos tempo de ler e ver quadros informativos e fotos de satélite sobre a maior geleira do hemisfério norte, justo aqui do lado de ilulissat. As mudanças climáticas das últimas décadas vêm afetando visivelmente a geleira de Jakobshavn (também conhecida como “Geleira de Ilulissat”), que está recuando dezenas de metros anualmente. Mesmo assim, a foto do satélite ainda impressiona, o enorme “Fiorde de Gelo”, com cerca de 80 km de extensão, local onde deságua a Jakobshavn, completamente tomado pelos icebergs da geleira.

Painel com informações sobre o que vem acontecendo com a geleira de Ilulissat, na Groelândia

Painel com informações sobre o que vem acontecendo com a geleira de Ilulissat, na Groelândia


Logo no início do nosso voo, tivemos a chance de ver com os próprios olhos o tal fiorde. A escala da paisagem é impressionante. É muito gelo! Alguns icebergs tem vários quilômetros de extensão e centenas de metros de altura. A impressão que dá é que o mar vai “encher” rapidinho! Felizmente, nos últimos anos a tendência tem desacelerado bastante. Aguardemos todos, ansiosos, os próximos anos...

Foto a[erea da gigantesca geleira de Ilulissat e do Fiorde de Gelo, na Groelândia

Foto a[erea da gigantesca geleira de Ilulissat e do Fiorde de Gelo, na Groelândia


Logo estávamos em Nuuk novamente. Dessa vez, com um clima muito melhor do que quando passamos aqui na vinda. Ótimo, pois tínhamos o dia inteiro para explorações. Passamos logo por uma agência, onde vimos que não havia chance de fazer um passeio de barco para avistamento de baleias. O mesmo problema de sempre: falta de turistas nesse mês entre temporadas. Teríamos de ficar em terra mesmo.

Sobrevoando o Fiorde de Gelo, onde deságua a geleira de Ilulissat, na Groelândia

Sobrevoando o Fiorde de Gelo, onde deságua a geleira de Ilulissat, na Groelândia


Fomos logo para um café quentinho, tomar um chá e acessar a internet. O acesso estava meio prejudicado, então eu aproveitei para ler mais um pouco sobre a história do país. Uma geração após chegarem aqui na Groelândia, os vikings já estavam inquietos novamente. Necessitavam novas explorações! E foi justamente o filho de Erik, o Vermelho (o primeiro a se estabelecer por aqui), que partiu rumo ao oeste. Uma queda de cavalo nas vésperas da viagem impediram que seu famoso pai o acompanhasse. Leif Erikson, seu nome, chegou até o Canadá e daí seguiu a costa para o sul, chegando ao atual Labrador e New Foundland, que chamou de Vinland. No caminho, foi criando entrepostos e pontos de abastecimento. Por três vezes esteve nas novas terras mas, por algum estranho motivo, não seguiu mais ao sul. Imagino que se tivesse ido até a Flórida, teria gostado bastante do clima...

Obra de arte na orla de Nuuk, capital da Groelândia

Obra de arte na orla de Nuuk, capital da Groelândia


Sabe-se muito poucos detalhes dessa aventura, infelizmente. Mas durante as poucas décadas em que estiveram na América continental (aparentemente, eram apenas visitas e não estabelecimentos duradouros), os vikings se relacionaram com os nativos. Alguns foram até parar nas cortes dos países nórdicos. Mas uma perda no afã de explorar, ou uma mudança climática que tornou os mares mais perigosos impediram que essa exploração persistisse. Fica apenas para o campo das hipóteses e das imaginações mais férteis tentar supor como teria sido a história da humanidade se os vikings tivessem se estabelecido na América. Será que falaríamos todos norueguês?

Nuuk, capital da Groelândia, em um dia frio e ensolarado de primavera

Nuuk, capital da Groelândia, em um dia frio e ensolarado de primavera


Bom, o fato é que eles não se estabeleceram na América continental. É a mesma mudança climática que pode explicar isso também começou a dificultar avida deles na própria Groelândia. A comunidade que se expandia, agora lutava por sua própria sobrevivência. O clima já não mais permitia colheitas e nem a criação de animais que eram a base da sua alimentação. O número de habitantes foi minguando. O contato com a terra natal se perdeu. O final da história está contado nos registros da igreja local. Os “norsemans” (vikings convertidos ao cristianismo) fizeram seu último registro na primeira década de 1400. Foi um casamento. Depois disso, nada mais, nem um batismo, nem um óbito. Sumiram do mapa.

Aproveitando a bela tarde de Nuuk, capital da Groelândia, para caminhar pela cidade

Aproveitando a bela tarde de Nuuk, capital da Groelândia, para caminhar pela cidade


Alguns séculos mais tarde, chegaram os dinamarqueses novamente. Vinham em busca de seus antigos parentes. Mas ao chegarem nas comunidades, as encontraram ocupadas pelos Inuits. Daí pensarem que esse povo teria conquistado e eliminado os antigos norsemans. Mas não é isso que contam os registros arqueológicos. Pesquisas nos cemitérios locais indicam que a comunidade aqui simplesmente morreu de fomes e doenças. Os Inuits teriam chegado logo em seguida, migrando do norte da Groelândia, provavelmente fugindo dos rigores do clima mais frio eles também. Mas, melhores adaptados ao frio, dieta baseada em peixes, focas e baleias, conseguiram sobreviver.

Com muito vento, junto à estátua de Hans Egede, fundador de Nuuk, capital da Groelândia, em 1728

Com muito vento, junto à estátua de Hans Egede, fundador de Nuuk, capital da Groelândia, em 1728


Enquanto passeávamos na cidade de Nuuk durante a tarde, não conseguia parar de pensar em como devem ter sido esses últimos anos dos norseman por aqui. Um a um morrendo, e ninguém conseguindo reagir. Deve ter sido dramático. Mas as antigas ruínas dessa última comunidade não estão aqui em Nuuk, mas mais ao sul.

Arte e arquiteura modernas no centro de Nuuk, capital da Groelândia

Arte e arquiteura modernas no centro de Nuuk, capital da Groelândia


Aqui em Nuuk, andamos pelo centro antigo e até a catedral luterana, a construção mais famosa da cidade. Ao lado, no alto de uma colina, a estátua do fundador da cidade, um religioso dinamarquês que veio para cá já nos anos 1700, mais de 300 anos após os norsemans terem desaparecido. O dia estava lindo, mas com muito vento, especialmente no alto da tal colina.

Bonequinhos brancos, conhecido artesanato groelandes em loja de Nuuk, capital da Groelândia

Bonequinhos brancos, conhecido artesanato groelandes em loja de Nuuk, capital da Groelândia


Resolvemos então mudar para um turismo “indoor”. Ficamos impressionados com uma padaria e um supermercado, pela quantidade e variedade de queijos e pães vendidos. É de dar água na boca! Certamente, é uma das vantagens de ser colonizado pela Dinamarca, hehehe!

Balcão bem sortido em padaria de Nuuk, capital da Groelândia

Balcão bem sortido em padaria de Nuuk, capital da Groelândia


Outra coisa que nos chama a atenção é ver todas essas pessoas com cara de esquimó levar uma vida “normal”. Vão a cafés, fazem compras, dirigem carros, levam os filhos nas escolas, caminham nas ruas asfaltadas da cidade, etc... Normalmente, quando pensamos em esquimós, a gente logo imagina um cara com roupa de foca, dentro de um iglu e com um arpão para pescar baleias. É a imagem clichê, que deve até existir (se não, não seria clichê!). Mas aqui em Nuuk, onde mora quase um terço da população do país, as pessoas vivem como nós. Mais agasalhadas, claro! Parece uma coisa óbvia, mas que é engraçado aos olhos ver essas pessoas todas com cara de esquimó andando num shopping, isso é!

Cartaz de filme dinamarquês nas ruas de Nuuk, capital da Groelândia

Cartaz de filme dinamarquês nas ruas de Nuuk, capital da Groelândia


E uma das coisas “normais” que eles adoram fazer (como em qualquer cidade do mundo) é ir ao cinema. E nós também! Fomos assistir à estreia dos Vingadores por aqui. Falado em inglês com legendas em dinamarquês. Mas, para quem já viu o filme, sabe que há partes dele que se passam na Rússia e na Índia. Eu e a Ana só olhávamos um para o outro e ríamos quando o filme era falado em russo ou em hindi com legendas em dinamarquês, enquanto nossos cérebros entravam em parafuso. Uma experiência para não mais esquecer...

Tomando um chá quente e se esquentando em um café de Nuuk, capital da Groelândia

Tomando um chá quente e se esquentando em um café de Nuuk, capital da Groelândia


Fomos para o aeroporto para deixar o país, rumo à ilha “tropical” da Islândia (depois da Groelândia, até Islândia parece o Caribe!). O avião levantou voo e eu olhava para baixo já com saudades, mesmo da época que eu não conheci, como quando os vikings aqui chegaram, antes do ano 1000. Influenciado pelo filme, só consigo imaginar um barco cheio de gente parecida com o Thor. Difícil acreditar que um monte de “Thors” morreria de fome e frio, quatro séculos depois...

No aeroporto de Ilulissat, na Groelândia

No aeroporto de Ilulissat, na Groelândia

Groelândia, Nuuk, Ilulissat, história

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Fazendo festa com os cães do nosso trenó em Ilulissat, na Groelândia
Maravilhada com a vastidão branca ao redor de Ilulissat, na Groelândia
Um Greenland Husky, animal mais popular em Ilulissat, na Groelândia
Pronta para viajar para a Groelândia!
Banhistas nas águas quentes da Blue Lagoon, na região de Reykjavik, na Islândia
Groelândia e Islândia, lá no alto da América do Norte
Chegando ao parque da Universal, em Orlando, na Flórida - Estados Unidos
O feliz reencontro com a luz solar no final do mergulho em Ginnie Springs, na Flórida, nos Estados Unidos
A tradicional placa de advertência na caverna alagada em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
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