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Com a visita ao Parque do Peruaçu assegurada para amanhã, tratamos de a...
A beleza cênica da praia de Kalalau realmente impressiona. Posicionada e...
Acordamos hoje para ver uma Lagoinha meio diferente da de ontem. Para com...
Fabio Santos (16/04)
Muito legal a cachoeira dos Couros, infelizmente quando fui estava na ép...
Roberta (15/04)
Oi! Ah, obrigada pelo espaço pra divulgar meu blog. O endereço é brazu...
Mario Lima (15/04)
Muito bom! Estou me preparando para enfrentar este desafio em janeiro de ...
Paulo Vasconcelos. (15/04)
Desculpe-me, mas a catedral que vocês se referem aqui e que tem uma foto...
muridog (15/04)
Muito bom esse local pretendo me jogar desse inferno de brasil logo term...
Os telhados coloridos de Reykjavik, a capital da Islândia
Acordamos hoje em Akureyri, a primeira cidade de verdade em que dormimos desde que chegamos à Islândia, uma semana atrás. O país nunca teve tradição em vida urbana, exceto pela capital Reykjavik, situação que vem mudando apenas nas últimas décadas. Mesmo assim, daria para contar nos dedos os ajuntamentos urbanos que mereceriam a classificação de “cidade”. Para se ter uma ideia, além de Reykjavik e de outras cidades que fazem parte de sua região metropolitana, apenas Akureyri tem mais de 10 mil habitantes. Todas as pequenas cidades que passamos até agora mediam sua população em centenas e não em milhares de pessoas.
Akureyri, a maior cidade do norte da Islândia
Akureyri, a maior cidade do norte da Islândia
Mesmo Akureyri não tem uma história muito gloriosa nesse sentido. Apesar de seus primeiros moradores já terem chegado no séc. IX, foi apenas 700 anos depois que o rei da Dinamarca, no intuito de promover a vida urbana no país, resolveu promovê-la a cidade. Mas a artimanha não deu certo, tanto que em 1836 a população ainda era apenas de 12 habitantes! O desenvolvimento só veio mesmo ao final da 2ª Guerra Mundial e hoje, a metrópole do norte se aproxima dos 20 mil habitantes.
Caminhando em Akureyri, a maior cidade do norte da Islândia
Para nós, já estava bom demais! Pudemos caminhar por suas ruas, dobrar suas esquinas e até nos deliciar em um de seus charmosos cafés, protegendo-nos do ar frio e nos alimentando com suas tortas suculentas. Depois, pé na estrada, para enfrentar os quase 400 km até Reykjavik, cortando as costumeiras paisagens grandiosas e vazias.
Um aconchegante café em Akureyri, a maior cidade do norte da Islândia
Apetitosas tortas em café em Akureyri, a maior cidade do norte da Islândia
A Islândia era costumeiramente visitada desde o séc. VIII, por monges católicos irlandeses que vinham para cá em busca de solidão e isolamento. Mas foi só no final do século seguinte, em 874, que se iniciou uma ocupação permanente, desta vez pelos vikings vindos dos países nórdicos. O mundo vivia um período mais quente naqueles séculos e o clima da ilha era bem mais afável. Calcula-se, por exemplo, que naquela época a Islândia tinha mais de 20% de seu território coberto por florestas, enquanto hoje esse número fica perto de 1%. É claro que uma parte dessa redução tem a ver com a ocupação humana, mas outro bom pedaço tem a ver com a variação do clima.
Paisagem da estrada que corta o norte da Islândia, entre Akureyri e a capital Reykjavik
Enfim, a notícia se espalhou e a ocupação dessa ilha de clima “temperado” aumentou rapidamente. Um século mais tarde e os vikings já se matavam na briga pelas poucas terras aráveis restantes. Foi essa pressão populacional que fez com que eles rumassem ainda mais ao norte, descobrindo e iniciando a ocupação da Groelândia. Também ela vivia tempos mais quentes que permitiam até mesmo a criação de porcos e ovelhas, crescimento de árvores e pequenas lavouras de subsistência. Uma geração mais tarde, pouco depois do ano 1000, foi a vez de chegarem à América do Norte continental, mais precisamente à Terra Nova, no Canadá, que foi batizada de Vinland. Essa expansão para o oeste foi um “assunto familiar”, já que o descobridor de Vinland era o filho do descobridor da Groelândia!
Paisagem da estrada que corta o norte da Islândia, entre Akureyri e a capital Reykjavik
Enfim, o tempo passou e o frio voltou e os mares daquelas latitudes tornaram-se inavegáveis. O assentamento da América do Norte acabou, pelo isolamento e hostilidade dos nativos, que não gostavam de loiros e muito menos de ruivos. Já os assentamentos vikings na Groelândia literalmente definharam e todos acabaram morrendo de fome, depois de poucos séculos de colonização. E na Islândia, bem, na Islândia, após quase 3 séculos de tempos gloriosos, descritos nas famosas “Sagas” (maior conjunto literário do país. Misto de lendas e histórias sobre as primeiras gerações de colonizadores da Islândia), a chegada do frio também tornou a vida miserável e a ilha não teve outro remédio do que se tornar vassala da Noruega, dando fim a sua independência, que só voltaria no séc. XX.
Entrando no enorme túnel que dá acesso à capital Reykjavik para quem chega pelo norte, na Islândia
Durante todos esses árduos tempos, apenas Reykjavik se desenvolveu como cidade. Perto daí se reunia o primeiro parlamento da história, formado pelos líderes locais de cada parte do país, ao menos enquanto a Islândia foi independente, até a metade do séc. XIII. Vou falar disso quando visitarmos o Parque Nacional Thingvellir, onde era essa reunião anual, amanhã. Para isso, precisávamos, primeiro, chegar a Reykjavik.
Para quem chega pelo norte, como era o nosso caso, chegamos à capital islandesa depois de passar um túnel com 5 quilômetros de extensão sob um dos muitos fiordes do país. O Hvalfjördur (seu nome!) chega a 165 metros abaixo do nível do mar e nos economiza mais de uma hora de estrada para contornar esse braço de mar, como tantos outros que volteamos na costa leste do país.
Saíndo do túnel, a primeira visão de Reykjavik, a capital da Islândia
Hallgrímskirkja, uma igreja luterana, é a maior do país e um marco arquitetônico de Reykjavik, a capital da Islândia
Em Reykjavik, encontramos um hotel e, aproveitando as últimas horas do dia, fomos logo conhecer um dos principais marcos arquitetônicos da cidade, a igreja anglicana Hallgrímskirkja. Com 73 metros de altura e arquitetura inspirada na bela cachoeira Savartifoss, a igreja é ponto de visita obrigatório para quem vem ao país. Sua construção iniciou-se em 1946, mas ela só ficou completamente pronta na década de 80. Estava fechada hoje e só pudemos admirá-la por fora.
Hallgrímskirkja, uma igreja luterana, é a maior do país e um marco arquitetônico de Reykjavik, a capital da Islândia
Além da igreja, pudemos caminhar um pouco pelas ruas da cidade, mas voltamos logo para nosso hotel. Afinal, o dia começa bem cedo amanhã. Antes das sete da manhã estaremos na operadora de mergulho que nos levará para fazer um dos mergulhos mais especiais da nossa viagem: através da fenda que separa as placas tectônicas da América e da Europa! De quebra, ainda vamos conhecer o Parque Nacional Thingvellir, a região termal de Geysir e a cachoeira de Gullfoss, todas atrações que são parte do chamado Golden Circle, principal rota turística na Islândia. Depois uma semana no país, já estava mais do que na hora da gente conhecer ela também!
Rua de Reykjavik, a capital da Islândia
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