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Reserva do Mamirauá - Blog da Ana - 1000 dias

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Reserva do Mamirauá

Brasil, Amazonas, Mamirauá

Enttrando na belíssima Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Enttrando na belíssima Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Nós, do conforto do nosso apartamento nas grandes cidades, imaginamos a Floresta Amazônica uma coisa homogênea, árvores imensas circundadas por rios caudalosos. Sabemos que o Amazonas nasce no Andes (quando sabemos!) e que ele termina no Oceano Atlântico em um tal fenômeno da pororoca onde uns surfistas doidos gostam de surfar. Ah, sabemos também que a Floresta Amazônica é o pulmão do mundo, que os americanos a colocaram no mapa “do mundo” e não no “do Brasil” e que querem cometer o absurdo de inundar uma grande porção dela para fazer uma usina hidrelétrica, a tal Belo Monte. A Amazônia, em linhas gerais, é mais ou menos isso, não é mesmo?

Sobrevoando o gigantesco rio Solimões na região de Tefé, no Amazonas

Sobrevoando o gigantesco rio Solimões na região de Tefé, no Amazonas


Errado. A começar pela primeira afirmação, sim a Amazônia tem árvores imensas na terra firme, mas ela é formada por um conjunto de diferentes ecossistemas onde se encontram áreas de mata mais baixa, florestas inundadas, etc. Os rios caudalosos estão lá e são as estradas desta região tão distante, onde construir qualquer rodovia seria quase uma insanidade. Ao invés disso montar um sistema de ferries eficientes e modernos seria a melhor opção, mas é claro que não deve haver interesse político para tal.

Movimento de voadeiras em Tefé, no Amazonas

Movimento de voadeiras em Tefé, no Amazonas


Cientistas dizem que o nosso “pulmão do mundo” é uma floresta autossuficiente, ela produz a quantidade de oxigênio que consome, na realidade o seu grande pulmão não está nas árvores, mas sim nas algas e plânctons que vivem em seu enorme sistema fluvial. Os americanos estão lá sim, turistas e pesquisadores, trabalhando, pesquisando e fomentando iniciativas sustentáveis para proteção da nossa floresta. Prefiro acreditar que só estes estão por lá, mas é sempre bom ficar de olho.

Uma gigantesca Samaúma, na região de Tefé, no Amazonas

Uma gigantesca Samaúma, na região de Tefé, no Amazonas


Ah! E a Belo Monte pode ser um mal necessário, a começar pelas próprias populações que vivem ao seu redor e querem uma geladeira para poder conservar a comida que trazem da vila próxima a 3 dias de barco dali. Não sou a favor, mas sim, quando vamos e conhecemos de perto a realidade deste povo vemos que não existe o certo e o errado, não existe a situação ideal, não existem verdades absolutas.

Menina se diverte em canoa durante nossa visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas

Menina se diverte em canoa durante nossa visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas



A Várzea


Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Várzea é o nome dado à área de floresta alagada na região do Rio Solimões. Ela vive dois períodos muito distintos, totalmente inundada na época de chuvas e seca no restante do ano. Estes dois extremos criaram fauna e flora muito específicas, espécies endêmicas se adaptaram ao regime de inundações, que nos picos pode chegar a ter de 10 a 12 metros de variação todos os anos.

Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


A Amazônia tem vários biomas, a terra firme, a floresta de várzea, que no Rio Negro costumam chamar de floresta de igapó, que tem como principal característica o fato de ser inundada durante todo o período de chuvas, de Outubro a Março. Os homens nas comunidades ribeirinhas, macacos, lontras, onças, aranhas, besouros e todos os seres vivos que habitam a várzea tiveram que se adaptar e sabem viver meses em terra seca e meses sobre as árvores, nadando, caçando, se alimentando e se locomovendo na água.

A floresta alagada na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

A floresta alagada na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas



Comunidades Amazônicas


Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Sempre ouvimos dizer que na Amazônia as estradas são os rios, mas dificilmente imaginamos que assim as ruas são seus afluentes menores, os canos e igapós. Os animais se adaptaram a viver entre as copas das árvores e as águas da floresta alagada na Amazônia, mas e o homem? Quando chegamos é impossível passar por estas comunidades e não se perguntar, como eles vivem tão isolados? Como vieram parar aqui? Como conseguem sobreviver?

Arquitetura típica de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Arquitetura típica de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Os ribeirinhos chegaram em diferentes levas em busca de uma oportunidade nos seringais amazônicos. Os ciclos de ocupação destas margens acompanham os ciclos da borracha, no seu auge e no seu declínio. A maioria dos ribeirinhos é originária dos estados vizinhos nordestinos, principalmente Maranhão e Ceará, povo reconhecido por desbravar e ter a coragem de enfrentar adversidades em novas fronteiras.

Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Desde a Guiana Francesa, Suriname e os confins de Roraima temos encontrado esta mesma característica nos imigrantes da mineração, construções e atividades correlatas. A sobrevivência na floresta os ensinou sobre o ciclo da vida, dos peixes, da madeira e dos frutos, mas em um ambiente tão rico quanto a floresta amazônica a sensação de que este é um bem infindável não é de toda errada. Mas como a chegada deste novo animal impactou a floresta? A caça e a extração de madeira, a pesca no período da piracema e a produção de lixo mudaram a dinâmica natural da floresta.

Família se diverte durante nossa visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas

Família se diverte durante nossa visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas


Somos parte integrante da natureza, não estamos isolados dela.

Garoto nos observa durante visita a uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Garoto nos observa durante visita a uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas



Reserva de Desenvolvimento Sustentável


Nosso guia nos mostra crânios de jacaré durante visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas

Nosso guia nos mostra crânios de jacaré durante visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas


A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá nasceu do sonho e do árduo trabalho do biólogo paraense Marcio Ayres. Com a sua paixão pelos primatas e a visão sistêmica da biota amazônica, pensando no homem como parte integrante deste ambiente, Márcio idealizou a convivência harmônica do ser humano neste meio natural e concebeu um modelo de participação comunitária em uma reserva sustentável no coração da Amazônia.

Um dos habitantes locais nos recebe na escola de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Um dos habitantes locais nos recebe na escola de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


A reserva está localizada entre os rios Solimões, Japurá e Auati-Paraná e protege 1.124.000 hectares da mata de várzea amazônica. A várzea representa 4% da Amazônia Brasileira e a Reserva do Mamirauá é a maior área de proteção deste ecossistema, não apenas no Brasil, mas no mundo.

Apresentação sobre a Reserva do Mamirauá (na Pousada Uacari, perto de Tefé, no Amazonas)

Apresentação sobre a Reserva do Mamirauá (na Pousada Uacari, perto de Tefé, no Amazonas)


Hoje o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá desenvolve atividades por meio de projetos de pesquisa, manejo ambiental e de assessoria técnica dentro da Reserva Mamirauá e Amanã, ajudando o Governo do Estado do Amazonas na gestão destas reservas.

Palestra sobre a região amazônica, na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, egião de Tefé, no Amazonas

Palestra sobre a região amazônica, na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, egião de Tefé, no Amazonas


Basicamente eles construíram um cenário onde a interação equilibrada do homem e da natureza se tornam possíveis. A extração de madeira e a pesca fazem parte da vida na floresta amazônica, porém hoje com planos de manejo, determinando os períodos de procriação ou as árvores que já atingiram maturidade para serem retiradas dentro de determinada área. Além disso trazem programas de infraestrutura básica como novas caixas de água tratada, luz solar e geradores de energia, educação a distância para as escolas, agricultura comunitária, pecuária e até o turismo como uma fonte de renda alternativa.

Um pequeno curral flutuante, que funciona durante a cheia do rio, em comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas

Um pequeno curral flutuante, que funciona durante a cheia do rio, em comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas


Se você já está curioso com tudo o que eu contei aí acima e quer saber como fazemos para visitar e conhecer este paraíso amazônico, aí vai a resposta.

Pousada Uacari


Chegando à Pousada Uacari, nossa casa pelos próximos 5 dias na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Chegando à Pousada Uacari, nossa casa pelos próximos 5 dias na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


A Pousada Flutuante Uacari está localizada dentro da Reserva Mamirauá e recebe turistas de todo o mundo curiosos não apenas com a flora e a fauna amazônica, mas também com o modelo de sustentabilidade aplicado pela reserva.

Guia nos dá explicações durante passeio de canoa motorizada pela Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Guia nos dá explicações durante passeio de canoa motorizada pela Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


A pousada é administrada pelos próprios moradores das comunidades, gerente e todos os seus funcionários habitam a reserva e dividem seus conhecimentos e talentos com os turistas trabalhando como guias, cozinheiros, camareiros, todos responsáveis por este negócio comunitário. Além dos salários ajudarem as respectivas famílias, o lucro da pousada é dividido pelas comunidades, que decidem como aplica-la em melhoramentos na infraestrutura das vilas.

A bela Pousada Uacari, em plena Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

A bela Pousada Uacari, em plena Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


A pousada é rústica, mas possui uma boa infraestrutura, as cabanas são espaçosas, possuem chuveiro com aquecimento solar e sua própria varanda de frente para o rio e a floresta. Durante boa parte do ano a pousada ainda conta com uma piscina natural, uma área reservada por uma estrutura de redes flutua ao lado da pousada na lagoa onde está localizada. Quando nós estivemos lá a piscina estava desmontada pois a correnteza estava muito forte e muitas plantas ficavam presas nela, portanto banho era proibido, já que os jacarés são companhias certas sob os flutuantes da pousada.

Nosso quarto na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Nosso quarto na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Como lá estamos isolados, as diárias incluem todas as refeições, deliciosos cafés da manhã, almoços e jantares com pratos, sucos e frutas tipicamente amazônicas. O tambaqui assado, a peixada de surubim e as sobremesas como os pavês de mandioca e graviola são imbatíveis!

Um saboroso almoço na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Um saboroso almoço na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas



Flora, Micos e Uacaris


Ao longe, o macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Ao longe, o macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Então estamos hospedados em uma pousada flutuante no coração da Amazônia, com todas as mordomias rústicas possíveis e o melhor, uma floresta inteira para explorarmos. Conhecer as imensas samaúmas, aningas, paracuubas, catorés e sapucaias, ver as mungubas virando algodão e buscando o matamatá para ver se encontramos um dos mais raros primatas que vive nesta região, o Uacari-Branco.

Pintura do macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Pintura do macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Uacari foi o motivo primeiro da vinda de Marcio Ayres para cá. Um macaco de pelos claros, loiros quase brancos e de cara vermelha que o primatólogo viu pela primeira vez em um zoológico na Inglaterra! Indignado, foi pesquisá-lo e acabou desenvolvendo sua tese de doutorado sobre este animal. Marcio passou dias, meses, anos! enfiado em uma canoa, observando e estudando os uacaris que hoje dão nome à pousada e são estrelas principais das nossas buscas pela selva.

Encontro com macacos na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Encontro com macacos na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Encontro com jacaré em rio em frente à Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Encontro com jacaré em rio em frente à Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Enquanto não o encontramos, macacos de cheiro comum e da cabeça preta, prego e o guariba (bugio gritador), animam a nossa empreitada. Com sorte ainda podemos encontrar preguiças, porcos-espinho e até um tamanduá-mirim sobre o tronco das árvores. O sonho de todos seria mesmo encontrar a majestosa onça pintada deitada preguiçosamente em um apuí de onça, mas esta sim é chance rara, quase impossível, segundo os pesquisadores da reserva.

Macaco salta sobre nós durante passeio de canoa na floresta alagada na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Macaco salta sobre nós durante passeio de canoa na floresta alagada na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Nos canos, braços principais do Rio Japurá, seguimos na nossa voadeira buscando sinais de toda a vida que se esconde nesta imensidão verde. Nos ares e nos galhos das árvores vemos tucanos, pica-paus, o gavião preto e o gavião panema, socó boi, socó onça, o jaçanã e até um alencorne. Nas águas os botos vermelhos (ou cor-de-rosa) fazem a festa, ao lado dos jacarés e piranhas, estas mais facilmente vistas em uma pescaria esportiva. O que mais você pode esperar de uma aventura amazônica?

São inúmeras as espécies de pássaros que vivem na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

São inúmeras as espécies de pássaros que vivem na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Brasil, Amazonas, Mamirauá, Amazônia, floresta, Reserva do Mamirauá, Instituto Mamirauá

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Pousada Uacari

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Nossa Rotina em Mamirauá

Comentários (3)

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  • 01/12/2014 | 13:00 por jose wexson goes pereira

    Nossa deve ter sido uma viagem intanto, moro tão perto desse paraiso mais nunca fui lá, é meu sonho conhecer deve ser incrivel,parabens por vc ter vivido esse momento. hehehheh

  • 04/02/2014 | 21:39 por Mauro

    Prezada blogueira;
    Acabo de postar um comentário e me detive no aspecto de sua critica a Usina de Belo Monte. Respeito muito suas opinioes e me deleito com seu relato das viagens, mas não tenho essa visão poética das coisas.
    Tenho 56 anos de idade e muitas...mas muitas mesmos horas de estrada por esse nosso imenso pais e as diferenças sociais são muito maiores do que um ecologista de Ipanema, ou avenida Paulista (não é seu caso!), possa supor.
    Ninguem faz omelete sem quebrar ovos e continuar com termo elétricas alem de serem poluentes, não tem eficiencia nem a penetração que deveriam ter.
    Não há brasileiros d segunda classe...e todos tem o direito de acesso ao básico...pelo menos, e até hoje há nesses rincoes muita gente sem luz, porque não há energia para todos, porque a geração não é suficiente.
    Não vou me deter em explicar o lado técnico do que se chama lançar energia produzida...isso voce poderá ver na internet...mas pelo bem ou pelo mal...Belo Monte é mais que necessária e menos danosa do que se pode supor, pois a outra alternativa seriam usinas nucleares...será que é isso que queremos?
    Não é viavel tecnicamente em muitas regioes do pais a energia eólica e muito menos a solar, pois representam manutenção muito mais complicada e custosa que um leigo possa supor.
    Quanto aos indios, reconheço todas as mazelas que o "homem branco" impos a eles, mas no momento..exceto os que ainda não foram contatados..acredite..existem, a maioria deve receber um tratamento menos paternalista e de mais responsabilidade, pois só assim chegarão a uma evolução de preservar seja suas riquezas, seja sua cultura.
    Caso um dia voces tenham o prazer de visitar as tribos em Rondonia...ou cidades..não deixem de conhecer Cacoal, pois os indios ali...deram aos madeireiros e garimpeiros o direito de exploração das suas terras...com a anuencia do governo...e desfilam de Hilux...Frontier...e tem até avião...(eles tem o direito de tudo isso...reconheço!), mas me pergunto...estão realmente preocupados com as novas geraçoes? Querem preservar?
    Espero que alguem possa responder, porque eu dentro do conforto do meu apartamento em São Paulo, só posso ler coisas...e ver...as que vi...não ouvi dizer!

    Resposta:
    É isso aí Mauro, o espaço está aberto para debates e informação, pois infelizmente nem todos tem a chance (ou a vontade) de ir ver com os próprios olhos... Temos muito a evoluir como sociedade ainda. Abraços!

  • 04/02/2014 | 21:12 por Mauro

    Usando uma frase sua, para começar..."Nós no conforto dos nossos apartamentos..."
    Nós no conforto de nossos apartamentos, nem imaginamos que tem gente no Brasil, que usa lamparina.
    Nós no conforto de nossos apartamentos, nem imaginamos que tem gente que nunca viu televisão.
    Nós no conforto dos nossos apartamentos temos muita dificuldade de explicar as pessoas o que é Internet, porque como ter um computador...onde nem luz há.Falando nisso o que é computador?
    Nós no conforto de nossos apartamentos, filosofamos,criticamos o progresso, odiamos quem derruba uma arvore e achamos um absudo uma usina hidrelétrica, porque:
    Nós no conforto dos nossos apartamentos, temos luz, agua quente, televisão, computador, geladeira,ventilador, ar-condicionado, microondas, maquina de lavar, maquina de secar, secador de cabelos e tantas outras comodidades e tem gente que está bem longe do conforto de nossos apartamentos que nem luz tem...que morre em postos de saude que não tem nem geladeira, porque não tem energia elétrica...porque depende de um gerador diesel, que depende de um caminhão, que depende de estradas as vezes alagadas...
    Nós no conforto dos nossos apartamentos ou com uma visão poética, fotográfica e porque não dizer turistica, quando estamos em um carro de luxo com ar-condicionado e que de noite...vamos ver televisão, usar internet com Wi-fi e tudo o mais nem imaginamos que gente igual a nós...que tem os mesmos direitos...morre...ou fica ignorante...porque não tem luz!

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