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Mergulhando no belíssimo Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Durante a nossa semana de mergulhos e curso de mergulho nos cenotes mexicanos, tiramos um sábado de “folga” para conhecer dois dos cenotes mais famosos da região. O Pit e o Pet estão na mesma área, porém em dois sistemas paralelos distintos, o Sistema Dos Ojos e o Sistema Sac Actún. Muitos exploradores acreditam que os sistemas podem estar interligados, porém esta passagem ainda não foi encontrada. Planejamos mergulhos de cavern, recreacionais, pois o nosso objetivo era visitar fotografar e em ambos a maior das atrações está na área de luz.
Mergulhando em meio aos raios de luz que penetram no Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Mergulhando em cenotes na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto divulgação, de Luis Leal)
O Pit é um imenso cenote mais parecido com um “blue hole” com 40 metros de profundidade, visibilidade a perder de vista e um cenário incrível! Os raios solares dão um show à parte na entrada do cenote, que é parcialmente coberto com um teto alto e cheio de imensas estalactites. A 13m encontramos uma haloclina linda e voltamos àquela sensação doida da mistura das águas!
Raios de sol entram no cenote THe Pit, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México
A 30m está uma nuvem de ácido sulfídrico, formada por matéria orgânica em decomposição. Flutuando neste imenso buraco, quase como se estivéssemos voando, cruzamos o cenote e começamos as nossas explorações com mais uma surpresa: entramos por 5 minutos no túnel da caverna que começa a uns 15m de profundidade e encontramos, fora da linha principal, o esqueleto de uma preguiça gigante!
Entrando em caverna lateral do Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Ossos de preguiça gigante em caverna lateral do Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Caraca, pensa como esse bicho foi parar lá!?! Será que ela caiu no buraco e, tentando achar uma forma de escalar e sair acabou se perdendo dentro da caverna? Ou será que foi proposital e ela só queria encontrar um lugar tranquilo para morrer? Não sabemos, fato é que seus ossos estão lá para o nosso espanto e admiração.
Iluminando ossos de preguiça gigante em caverna lateral do Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Saímos do túnel e continuamos descendo, entre pedras imensas, entre a escuridão e a luz natural que riscava o azul da entrada do Pit. Chegando aos 30m a visibilidade praticamente desaparece em uma nuvem branca de ácido sulfídrico, entre os galhos de uma árvore, mais uma prova de que tudo isso já foi seco e viçoso.
Vegetação fantasmagórica em meio à nuvem de ácido sulfídrico, no fundo do Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Mergulhando na nuvem de ácido sulfídrico, no fundo do Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Um mergulho mágico e que, excluindo a parte da preguiça, todos os mergulhadores avançados (sem certificação tek ou cave) podem fazer.
Raios de sol entram no incrível poço do Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Neste mesmo lugar, atravessando esta nuvem de ácido sulfídrico, encontra-se a entrada do túnel mais profundo do mundo, a 119,1m. Este túnel desce a uma profundidade de 80m, quando encontra uma restrição, continua descendo aos 100m, quando abre novamente em um gigantesco salão, três vezes maior do que o pit. A Wakulla Room é um imenso reservatório subterrâneo de água salgada e cristalina, em forma de gota. Atravessando os mais de 100m de sala, flutuando na escuridão e no meio do nada, encontra-se a BMB Passage (Beyond Main Base) e então o Jill´s Room. Um mergulho pra lá de técnico, que exige um planejamento de pelo menos 10 dias e um treinamento que nós não estamos nem próximos de ter. São mais de 7 horas dentro d´água, 6 delas em descompressão. O mergulhador que está explorando estas salas faz suas incursões solo, com um rebriefer principal e um rebriefer back up, ao invés de stages de deco e com scooter submarinas. Ele acredita que irá encontrar uma conexão com outro sistema adiante. Gente, na boa, o cara tem que ser muito doido para fazer um trem destes.
Raios de sol penetram nas águas transparentes do Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Nosso segundo mergulho foi na área de cavern do Pet Cementery, no sistema vizinho, o Sac Actún. Um dos lugares preferidos dos snorkelers, o sistema é bem raso, não passa de 6m de profundidade e a maior parte da linha de cavern está próxima a áreas cobertas, mas com passagem de ar ou luz.
Mergulhando pelos túneis e passagens do Cenote Pet Cementery, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Mergulhando pelos túneis e passagens do Cenote Pet Cementery, em Tulum, no Yucatán, sul do México
As formações são belíssimas, o fundo com dunas de sedimento branco, dão uma pista de como a rocha vai se dissolvendo e depositando na base, como grandes dunas de areia empapada. Encontramos vários peixinhos, alguns camarões cegos super fofos e até algumas ossadas de javali no caminho. São muuuitas formações, lindo!
Mandíbula de tapir no Cenote Pet Cementery, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Mergulhando por entre as formações de estalagtites no Cenote Pet Cementery, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Dias depois retornamos ao Pit, desta vez sem garrafas e os quilos de equipamentos de mergulho. Tínhamos apenas nossas máscaras, nadadeiras e muito ar no pulmão! Sempre gostamos de apneia e, durante nossos treinamentos antes de sairmos de viagem, havíamos feito um treinamento de apneia de alta performance com a recordista sul-americana, Carolina Schrappe. Naquela ocasião, praticando natação 3 vezes por semana e bem treinados pela Carol, o Rodrigo conseguiu chegar aos 30m de profundidade e eu aos 23m, nas águas de uma pedreira fria e escura em Sorocaba.
Encontro com a Ana a mais de 10 metros de profundidade, a caminho da atmosfera, depois de mergulho de apneia no cenote Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Hoje mergulhamos novamente, tentando nos aproximar àqueles recordes, lembrando das técnicas de respiração, mas sem as práticas de natação. O Rodrigo, sem muito esforço chegou logo aos 20, 23m, e eu aos 15m. Passamos pela haloclina (aos 12m) e a nuvem de ácido sulfídrico aos 30m continuava nos chamando. Voltamos a mergulhar e o Rodrigo desceu aos 25m, enquanto eu fui à quase 18m! Sem uma linha guia e sem a nossa fada madrinha nos esperando lá embaixo, né Carol? Temos certeza que se voltássemos aqui com a Carol, nestas águas límpidas e cristalinas, bateríamos os nossos recordes facilmente! Está feito o convite Carol, ainda voltaremos juntos para treinar apneia e mergulhar juntos em alguns dos cenotes de Tulum.
Em busca de ar, depois de ir a 25 metros de profundidade no cenote Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México
Assim fechamos com chave-de-ouro a nossa passagem pela região de Tulum, com a promessa pessoal de que voltaremos, mais cedo do que imaginamos!
Assista ao vídeo de apneia no Pit!
Essa viagem de vcs é simplesmente um sonho!!! Parabéns pela iniciativa!
Tenho 2 perguntas:
1) Essas fotos de mergulho quem é que tira? é o guia ou vcs que levaram suas cameras? qual o modelo da camera aquatica de voces? Gopro?
2) Vcs mergulharam com tubaroes baleia no Mexico? Sonho em mergulhar com um deles!! Tem época para isto nao é? É facil achar estes passeios pela regiao de Isla Mujeres e Isla Holbox?
Obrigado!!
Resposta:
Olá Daniel! às respostas:
1) Algumas fotos são nossas e algumas são de guias e amigos que nos acompanham, quando a foto não é nossa o fotógrafo está sempre indicado na legenda. Temos uma Sealife e uma GoPro, as câmeras são simples, nada profissionais, mas até que conseguimos bons resultados. Um dia ainda vou investir num equipamento mais completo, amo fotos sub!
2) Não passamos lá na época dos tubarões baleias, infelizmente! A época é de Maio a Julho, se não me engano e tem muitas lanchas que fazem o passeio tanto de Holbox quando de Isla Mujeres. Nós mergulhamos com eles em Galápagos, dá uma olhada - http://www.1000dias.com/ana/tiburon-balena/ -
No México eles estão mais acessíveis e rola o snorkel, é demais!
Vai que vale a pena!
Beijos!
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