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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Delicioso "chuveirão" na Cachoeira de San Ramón, na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
Era exatamente as 06:30 da manhã quando eu e a Ana chegamos à Finca Magdalena, uma fazenda comunitária produtora de café orgânico. De lá sai uma das trilhas de acesso ao cume do vulcão Maderos, pouco mais de 1.000 metros acima e foi aí que combinei de encontrar o meu guia. Também há um hotel onde tomamos nosso saudável café da manhã, uma tijela cheia de frutas e granola, meu combustível para as próximas horas.
O saudável café da manhã antes de subir o vulcão Maderos, na Isla Ometepe, no Lago Nicarágua
Pronto para subir o vulcão Maderos, com os guias Carlos e Juan, na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
Meu guia já estava lá, acompanhado de um amigo. O Carlos e o Juan, sabendo que eu queria subir e descer em tempo recorde, já estavam prontos para me ciceronear até a laguna, ida e volta, através da mata úmida que cerca o vulcão. A Ana iria ficar e paqssear até os petroglifos, rochas com antigas marcas e sinais do antigo povo da ilha. Esses petroglifos são encontrados em várias paretes de Ometepe, mas estes localizados na Finca Magdalena estão entre os mais famosos.
O Carlos me guia na trilha para o topo do vulcão Maderos, na Isla Ometepe, no Lago Nicarágua
O vulcão Concepción coberto por uma estranha formação de nuvens, na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
O caminho para o cume é uma longa subida não muito íngrime de 5 quilômetros, quase sempre em trilhas escorregadias permanentemente cobertas pela floresta. A trilha é "vendida" aos turistas com o tempo estimado de 8 horas, entre subida, passeio na laguna e descida. Evidentemente, um exagero. Partimos em ritmo constante e só paramos duas vezes, uma para água e fotos e outra no único mirante pelo caminho, ainda abaixo do nível das nuvens que quaswe sempre encobrem o cume. Daí ainda pudemos ver o lago, boa parte da encosta de Ometepe e o imponente Concepción, na outra ponta da ilha. Depois disso, só neblina. Com exatamente duas horas estávamos no altyo do vulcão e, 15 minutos mais tarde, chegávamos ao lago que preenche a cratera.
Nadando no nublado lago da cratera do vulcão Maderos, a 1.300 metros de altitude, na Isla Ometepe, no Lago Nicarágua
Água fria, lago completamente encoberto pela neblina. Enfim, ambiente irresistível para um bom banho. Pelo menos para mim, já que os guias não se animaram a tirar a roupa não. Nadei pouco menos de 100 metros para dentro do lago e, de lá, só via nuvens. Parecia estar perdido em algum mundo dos sonhos, nada de terra à vista, apenas aquele vapor branco à minha volta. Na verdade, sabia estar a 1.300 metros de altitude, no meio de um lago na cratera de um antigo vulcão. Sensação inesquecível! Às vezes, o vento limpava um pouco as nuvens e eu podia ver a sombra das encostas verdes da cratera, com seus quase 100 metros de altura. Só faltou aparecer o King Kong por trás dela...
Petroglifo na região de Magdalena, na Isla Ometepe, no Lago Nicarágua
O King Kong não apareceu e eu voltei para a borda para iniciarmos o caminho de volta. Para baixo pouco se cansa, mas a velocidade não aumenta muito já que a trilha estava muito escorregadia. Foram duas horas exatas, cruzando no caminho com dois grupos de turistas subindo o vulcão. O acompanhamento de guias é obrigatório, na teoria, mas alguns fazem sem. O caminho está bem marcado e para alguém com experiência não é difícil fazê-lo. Mas o preço que se paga pelo acompanhamento de um guia é muito justo, o dinheiro vai para alguém da comunidade, ganha-se em segurança e informação sobre flora, fauna e cultura locais. Enfim, recomendo!
Secagem de café na finca Magdalena, na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
Como chegamos bem antes da hora marcada com a Ana, ainda tive tempo de ir ver os petroglifos. A trilha para lá é meio labirintica e encontrar as pedras marcadas é uma diversão, maior até do que observar os próprios desenhos. Meia hora de explorações e uns quatro grupos de rochas encontrados e voltei para encontrar a Ana. Ela tinha percorrido os petroglifos com um guia e pôde ver mais coisas do que eu. Mais informações, no post dela!!! Além disso, passeou pela Finca, viu o cultivo e a secagem do café, macacos e até dois guaximins (ou guaxinins?).
Um Guaximim na fInca Magdalena, na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
Ali do lado de Magdalena, uma parte da ilha mais "alternativa", com várias fazendas de permocultura, comemos num restaurante delicioso, comida fresquinha retirada da horta orgânica. Muito bom! Até conhecemos alguns estrangeiros que hoje vivem por lá, muito felizes com o estilo de vida simples e saudável que tem.
Trilha para a Cachoeira San Ramon no ponto em que atravessa um estreito canyon, na Isla Ometepe, no Lago Nicarágua
Em seguida, rumo à cachoeira de San Ramón, a mais famosa de Ometepe. Fica bem no sul, nas encostas do vulcão Maderos. Meia hora de estrada de terra até a entrada, um parque onde se paga entrada. Para quem está de carro 4x4, podemos seguir dois quilômetros para cima, ainda de carro, para caminhar apenas os últimos 1.200 metros.
A bela Cachoeira San Ramon, na Isla Ometepe, no Lago Nicarágua
Já era final do dia e uns poucos quilômetros antes do parque cruzamos um grupo de gringos voltando, à pé. Seriam os últimos? Que nada! Mais um quilômetro e vimos uma estrangeira bem bonita caminhando rapidamente para o parque, sozinha. Passamos devagar, janelas abertas para ver se ela pediria carona, mas ela apenas olhou sem nada dizer. Chegamos ao parque, subimos os dois quilômetros com a Fiona e começamos a caminhar. Ritmo tranquilo, vencemos as ladeiras sombreadas, cruzamos os três últimos frequentadores e chegamos ao leito de pedra do rio. Uma última subida e eis que aquela gringa já estava nos alcançando!
Visita à Cachoeira de San Ramón, na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
Chegamos juntos à cachoeira, muito bonita, água escorrendo por quase 80 metros de pedras, fazendo um delicioso chuveiro embaixo, num laguinho bem raso. Eu fui o único que animei a entrar. Que delícia!!! A Ana e Julie, uma belga de apenas 18 anos, ficaram só nas fotos. Conversando com ela, descobrimos que ela fez a parte do parque de cavalo! Hmmmm!!! Isso explicava a velocidade com que nos alcançou! De qualquer maneira, ficamos impressionados coma velocidade e disposição dela. estava vindo de um povoado próximo, 4 km de estrada do parque. E tinha pressa para voltar, para não caminhar no escuro. Aí sim pudemos oferecer carona, para alegria dela. Mesmo assim, voltou logo para poder descer com o cavalo e nos encontrar lá embaixo.
Com o norueguês Trond na trilha para a Cachoeira San Ramon, na Isla Ometepe, no Lago Nicarágua
Um pouco depois, descemos nós. E no caminho encontramos o Trond, um norueguês que subia correndo para tomar também seu banho de chuveiro na cachoeira. O parque estava por fechar e ele teve de se apressar mesmo. Ao cruzar a Ana no caminho, não pensou duas vezes: mandou no norueguês mesmo, crente que tinha encontrado uma conterrânea. Hehehe! Sempre disser que ela tinha raízes nórdicas!
Banhando-se na Cachoeira de San Ramón, na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
Bom, o Trond seguiu para cima e nós para baixo. E quando chegávamos à Fiona, ele nos alcançou, já de volta. Demos carona para ele, até a entrada do parque. Ali, ele desceria (sua bicicleta estava lá) e pegaríamos a Julie. Os dois tinham se conhecido ontem, estavam no mesmo hotel. Foi o Trond que nos contou a idade da Julie e que ela tinha vindo para a Costa Rica para trabalho voluntário com crianças, já há alguns meses. Agora, tinha resolvido mudar de paragens, e veio trabalhar com crianças na Nicarágua, na cidade de Granada. Tudo isso com apenas 18 anos! Ficamos impressionados!
Magnífico pôr-do-sol na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
Bom, quando nos encontramos os quatro, na saída do parque, o espetáculo diário do pôr-do-sol acontecia ali, na nossa frente. Na beira do lago, um convidativo quiosque. Com a natureza conspirando assim, não teve jeito: fomos todos celebrar a beleza daquilo tudo com uma boa cerveja gelada. Um dia espetacular, que começou com vulcão e banho num lago encantado, passou por petroglifos milenares e um almoço divino com a mais natural e saudável das comidas, continuou com uma cachoeira digna da Serra da Mantiqueira tinha de terminar com chave de ouro: dois novos amigos, um da distante Noruega e a outra, uma bela e valente menina que já desbrava o mundo com 18 anos, cerveja estupidamente gelada e pôr-do-sol cinematofráfico sobre o imenso Lago da Nicarágua. esse vai ficar na memória...
Com o norueguês Trond, a belga Julie e o simpático guarda-parque na Isla Ometepe, no Lago de Nicarágua
So great to meet you guys, sincerely hope our path crosses again! Until then, happy trails :)
Christmas wishes from New York,
Trond
Resposta:
Hi Trond!
So, you are already in the Big Apple? Merry Christmas to you, too!
I´m sure our paths will cross again. Maybe in Belgium?
Abraços and keep traveling!
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