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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Início de flutuação no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Já tínhamos feito dois dos mais incríveis programas de Bonito, o Abismo de Anhumas e a Lagoa Misteriosa, mas isso era apenas uma pequena amostra entre tantas coisas para se ver e fazer na cidade e cercanias. Desde a década de 80, quando o turismo começou a se desenvolver na cidade, Bonito se transformou em um dos principais polos de turismo ecológico no país e, certamente, o mais organizado entre eles. São dezenas de opções entre cavernas, cachoeiras, rios e lagos de águas transparentes ou uma combinação de tudo isso junto e ao mesmo tempo!
Já de coletes, esperando a hora da flutuação no rio Baía Bonita, no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
O turismo na região começou com a Gruta Azul, já há muitas décadas, mas foi só na década de 80 que outras atrações começaram a ser “descobertas” e exploradas. Naquela época, aqueles que por aqui se aventuravam ainda tinham o prazer de chegar a lugares maravilhosos e vazios, caminhar por rios a procura de novas cachoeiras ou entrar em fazendas onde se dizia haver rios de águas cristalinas ou grutas inexploradas. Mas a notícia desse lugar paradisíaco foi se espalhando pelo Brasil afora, de boca em boca e, logo depois, já eram dezenas de turistas que chegavam por aqui.
Alguns turistas aprendem na piscina como fazer flutuação, no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Empreendedores locais e outros que vieram para se estabelecer logo perceberam a mina de ouro que tinham em mãos. Enquanto as belezas de Bonito eram propagandeadas a quatro ventos, tratou-se também de se organizar o acesso às diversas atrações. Criou-se o Parque Nacional e as fazendas deixaram de permitir o acesso a pessoas que viessem de forma independente. Agora, só acompanhado de guias e, mais tarde, só através de agências. O número cada vez maior de visitantes pedia uma organização cada vez mais estrita e restrita. Afinal, o lago, a cachoeira ou a caverna não comportaria centenas de pessoas ao mesmo tempo. Limites e ordem tinham de ser impostos. Para o bem da natureza, para o bem do capitalismo e das finanças da cidade e para que todos tivessem sua chance. Investimentos foram feitos, uma infraestrutura foi criada para facilitar o acesso e as belezas foram “democratizadas”.
Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Muitos peixes no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Essa é minha terceira vez em Bonito. Estive aqui há dez anos e há vinte anos. A diferença do turismo salta aos olhos. Tanto no número de turistas e agências como no número de regras do que se pode e o que não se pode fazer. Para viajantes pretensamente mais “descolados”, o nível de aventura diminuiu quase a zero, mas para as pessoas “normais”, abriram-se as portas do paraíso. Eu cheguei aqui pela primeira vez já alguns anos depois da “descoberta”, quando o turismo e as regras começavam a se implantar e ainda tive chance de fazer algumas coisas sem guias e sossegado. Mas em 2000 já não havia como fugir das agências. Mesmo assim, ainda lembro de ter feito umas flutuações com tranquilidade.
Jogando-se no rio Baía Bonita, no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Agora em 2013, mesmo já antecipando o que nos esperava, confesso que me surpreendi. As atrações mais populares (Gruta Azul e flutuações) recebem grupos de turistas em série, com horários pré-determinados. Muitas vezes, esses passeios devem ser reservados com dias ou até semanas de antecipação! Cada grupo tem um número máximo de pessoas e um tempo determinado para o passeio. Depois, tem de abrir espaço para o próximo grupo. As fazendas onde estão as atrações já oferecem o equipamento necessário e muitas vezes tornado obrigatório (como coletes para flutuação) e também almoços no estilo buffet. Tudo incluído já no voucher comprado na agência. As agências tem seus computadores interligados para saber se ainda há espaço nos grupos e horários. Parece até a Disney World...
Jogando-se no rio Baía Bonita, no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Jogando-se no rio Baía Bonita, no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Enfim, a gente já tinha feito o que mais queríamos fazer e agora, partimos para as atrações mais populares. Conseguimos marcar o passeio da Gruta Azul para amanhã cedo e queríamos fazer a flutuação hoje de tarde. Tanto eu como a Ana já conhecíamos as flutuações mais famosas da cidade, no Rio da Prata e no Rio Sucuri e, na nossa modesta opinião, a melhor é a da Prata. Mas, decepção nossa, ela já estava lotadaça para hoje, apesar de estarmos tentando marcá-la já há alguns dias. Resolvemos, então, tentar uma terceira opção: flutuação no Aquário Natural e rio Baia Bonita.
Caminhada para a área de flutuação no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Assim, depois do mergulho na Lagoa Misteriosa, só pudemos observar as pessoas se equiparem para o Rio Da prata, que é no mesmo complexo. Seguimos de carro para o Aquário Natural e almoçamos ali mesmo (voucher comprado na agência). Depois, chegou a nossa guia e o resto do grupo. Ganhamos nossos coletes snorkel e fomos para a piscina, onde a guia ensinou como deve ser feita a flutuação. Felizmente, pudemos optar por só observar de longe... Em seguida, em fila indiana, caminhamos até o local onde se inicia a prática. Mais uma palestra sobre como se portar no rio e entramos todos nas águas transparentes do Baía Bonita. Aí, outra vez em fila indiana, fomos descendo o rio e observando os peixes que também nos observam, mais um grupo de turistas a cruzar seu habitat.
Grupo de catetos de alimenta em área do Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Como quase tudo em Bonito, foi muito bonito, é inegável. A gente fica com um pouco de saudade de algumas décadas atrás, quando os peixes daquele rio ainda não conheciam turistas. Mas, é forçoso reconhecer, para que todos possam ter esse prazer de flutuar num rio tão bonito, é preciso organizar as coisas. Assim foi feito. Perde-se em charme, ganha-se em segurança. É o tênue equilíbrio entre a civilização e a natureza, tentando coexistir em um mesmo lugar.
Uma capivara e uma anta dividem o mesmo espaço no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Ao final da flutuação, ainda tivemos a chance de nos divertir em uma pequena tirolesa que nos jogava em um lago ladeado de cachoeiras e depois, na trilha de volta, ainda passamos por um pequeno zoológico. Na verdade, os bichos estão soltos, mas eles sabem muito bem aonde lhes é colocado o alimento, para a alegria dos turistas que podem fotografá-los sem ter de se embrenhar na floresta. Fizemos então a nossa flutuação, programa OBRIGATÓRIO para quem visita Bonito, mas continuamos com a impressão que o Rio da Prata é a melhor opção. Desde que seja reservado com antecedência! E amanhã é a vez da Gruta Azul...
Anta se alimenta em área no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Sorte de vcs terem conhecido bonito antes da popularizacao
Resposta:
Oi Palu
Pois é, tenho saudades daquele tempo. Agora, aqui em Bonito, é bem difícil fugir do esquemão. Enfim, foi a maneira que eles encontraram para lidar com a quantidade enorme de turistas que querem conhecer as belezas da região.
Um abraço
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