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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Totem maya em toniná, em Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Nem tudo eram flores no mundo dos mayas. Mesmo antes dos efeitos combinados da explosão populacional e das graves secas que levaram a civilização ao colapso no início do séc X da nossa era, não era ser fácil ser um maya. Quem nascia nas classes menos abastadas, levava uma vida de muito trabalho, ora ajudando a construir, no muque, uma nova pirâmide-mausoléu para o rei de plantão, ora deixando as colheitas e a família de lado para ajudar seu príncipe numa nova conquista militar. E tudo isso torcendo para que seu sacerdote estivesse acertando nos desígnios dos deuses, tanto na melhor hora de plantar como na melhor hora de guerrear.
Chegando às impressionantes ruínas de Toniná, em Ocosingo - Chiapas, no sul do México
É, vida de pobre nunca foi fácil em lugar algum. Mas, no caso dos mayas, o rei e os nobres também tinham seus problemas. Eram eles os principais “prêmios” nas constantes guerras entre as cidades vizinhas. A captura de um “peixe graúdo” era sempre muito celebrada no mundo maya. E o ponto alto dessa celebração era o sacrifício dessa captura em honra aos deuses, o que certamente trairia chuvas para melhores colheitas e novas vitórias militares, para novos sacrifícios aos deuses.
Explorando as ruínas mayas de Toniná, em Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Os nobres e reis capturados em guerra eram despidos de suas armas, amarrados e forçados a se curvar frente aos seus captores. Depois, seguindo rituais próprios de cada cidade, teriam “árduos” momentos finais e, finalmente, seriam mortos, decepados, degolados, jogados em algum precipício ou o que seja, dependendo de quem fosse os vitoriosos.
Ruínas de Toniná, em Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Por algum motivo ainda não bem explicado, a sociedade e o mundo maya passaram por alguma transformação no final do séc VIII, quando a casta militar passou a ter ainda mais importância que a casta religiosa. Foi quando, aparentemente, as guerras (e os sacrifícios) passaram a ser mais recorrentes. Foi exatamente nessa época que ganhou proeminência a cidade maya de Toniná, cujas ruínas estão ao lado de Ocosingo.
Grifos mayas em Toniná, em Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Essa foi a principal rival política da mais famosa Palenque, onde estivemos ontem. Vários dos soberanos de Palenque foram capturados e vieram a morrer aqui, na praça central de Toniná, “homenageando” os deuses e sacerdotes da cidade. A cidade vivia o seu auge quando, junto com as outras grandes cidades do período, foi completamente abandonada ao longo de uma geração, em meados do séc X.
Admirando a mesma paisagem que os mayas admiravam há 1.200 anos, em Toniná, ao lado de Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Visitar Toniná hoje é glorioso. Suas ruínas são colossais, ainda mais altas que as de Palenque. E, ao contrário dessa, é bem pouco visitada por turistas. Assim, podemos ficar praticamente sozinhos neste imponente sítio arqueológico, subindo e descendo estreitas escadas que nos levam ao alto de templos ou percorrendo túneis labirínticos por baixo de antigos palácios. Lá do alto, a visão do vale que nos rodeia é grandiosa e não é à toa que os soberanos dessa cidade deveriam se sentir os reis do mundo, observando tudo e à todos lá de cima.
Sítio arqueológico de Toniná, em Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Como em Palenque, um museu no próprio sítio arqueológico nos brinda com muitas informações históricas e também com os principais achados na cidade, na forma de murais, utensílios domésticos, placas com os já familiares grifos mayas e toda a sorte de tesouros arqueológicos. Chama a atenção os desenhos com os reis e nobres inimigos capturados, geralmente ajoelhados e amarrados, em posição subserviente. Pouco antes de serem separados de suas cabeças...
Entrando no museu de Toniná, em Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Foi uma delícia a visita e caminhar por essas ruínas tão bem conservadas nos levou para este outro mundo, tão próximo e tão longínquo ao mesmo tempo. A organização da cidade é impressionante, assim como as habilidades arquitetônicas deste povo. Custa a acreditar que construíram isso tudo sem a ajuda de animais ou de ferramentas de metal. Trator e caminhão, então, nem pensar!
Uma das muitas peças encontradas em Toniná e exposta no museu do sítio (perto de Ocosingo - Chiapas, no sul do México)
Após a visita, seguimos diretamente para San Cristobal de Las Casas, enfrentando mais duas horas de topes (lombadas) e curvas. Finalmente chegamos nessa bela e vibrante cidade, a mais bonita de Chiapas. Mas isso é assunto para outro post...
Crânios deliberadamente deformados desde criança, costume maya em Toniná, perto de Ocosingo - Chiapas, no sul do México
Obrigada por partilhar. Através de suas fotos pudemos conhecer um pouco mais deste povo.
Fala, Rô, beleza aí? Muito legal suas histórias com os mayas, sempre fico pensando num rei de uma cidade, bajulado por seus súditos, sendo capturado e humilhado pelo inimigo antes de sua execução. Olha, no meu blog coloquei minha descrição da subida ao Ojos com vídeo. Lembre-se que para subi-lo vc tem que tentar depois de novembro - antes disso a montanha está fechada. E se vc quiser subir o Orizaba, a mais alta montanha do México, posso colocar vc em contato com o Gera, meu amigo de viagem ao Atacama em 2009 e que amanhã está seguindo para o Ojos com o Dib. Ele andou morando no México, subiu o Orizaba e tem alguns contatos para isso. Abraço e aproveita esse país, beijo na Ana, Guto
Resposta:
Olá Guto
Parabéns pelo Ojos! Muito jóia a sua descrição:
http://www.revide.com.br/blog/gustavo-junqueira/post/rumo-cratera-do-vulcao-continuacao/
Nós vamos tentar também, mas imagino que seja mais para o fim do verão, lá para Março. Será que dá?
O Orizaba também está nos planos. Mas vai ser na nossa volta, entre Agosto e Setembro. Vc não se anima?
Um grande abraço!
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