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Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão
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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A maravilhosa Cachoeira do Fundão, no Canyon do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Hoje era dia de começarmos nossa fase "trilhas" na Chapada. Pelos nossos planos, serão várias trilhas por várias regiões da Chapada, dormindo em tocas, pontos de apoio e pousadas, ao longo de uma semana. Vamos visitar vales e montanhas, cavernas e cachoeiras, rios e lagos. Enfim, uma bela amostra dessa região tão especial da Bahia e do Brasil.
Com o Zé Carlos, a Lia e o Lúcio na Pousada Casa da Geléia, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Resolvemos começar pelo mais difícil: seguir uma trilha, sem guia, que sai de Lençóis, segue o caminho do Capão, entra no Canyon do 21 e chega no alto da Cachoeira da Fumaça, local para passarmos a noite. Mochilas preparadas, lanternas e sleeping bags conferidos, comida empacotada, só faltava nos despedir da Lia e do Zé Carlos, os donos da pousada Casa da Geléia e que nos trataram tão bem e que nos ensinaram tanto. Dissemos também um "até logo" para o filho deles, o Lúcio, que irá nos encontrar amanhã de manhã no Capão, com a Fiona. Ele vai nos guiar pelo Vale do Pati, nos dias seguintes. Além disso, foi ele que nos disse como fazer a difícil trilha do 21.
Trilha calçada pelos escravos, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Pois bem, partimos. Tristes por deixar Lençóis mas ansiosos pelo que nos esperava pela frente. Chegar até o Vale que leva ao Capão não é difícil. Pacientemente, nos aproximamos por uma trilha em muitas partes calçada (do tempo dos escravos!) da falha na montanha que vemos de longe, lá de Lençóis. Este é o ponto em que passamos para o lado de lá e deixamos a cidade, pequenininha lá embaixo, definitivamente para trás.
Descendo para o Ribeirão, a caminho do Canyon do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Aí, a primeira dificuldade: encontrar a trilha bem menos marcada que sai da trilha principal e nos leva ao Canyon do 21. Hoje não era o meu dia e todas as vezes que erramos alguma trilha, foi minha culpa. Assim foi dessa vez e perdemos quase meia hora para chegar no lugar certo, encontrado pela Ana. O Canyon do 21 tem esse estranho nome porque lá morava um garimpeiro com um dedo a mais. Ver o enorme e tortuoso canyon é fácil. Difícil é chegar lá.
Início do Canyon do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Muito mais difícil ainda é seguir pelo canyon acima. Como é muito fechado, está quase sempre à sombra e há muito musgo nas pedras. Um belo cenário, mas é uma caminhada lenta e de paciência. Muito tempo depois, mais do que gostaríamos, chegamos à maravilhosa Cachoeira do Fundão. Água bem vermelha e fresca. Uma delícia! Foi aí que nossa Sony pifou e passamos a usar apenas o celular para tirar fotos. Salvou a pátria!!!
A maravilhosa Cachoeira do Fundão, no Canyon do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
A partir daí, uma pirambeira só, canyon acima. Mais uma vez, errei a trilha, perdemos uma meia hora e fomos salvos pela Ana, que achou a trilha certa. Algum tempo depois foi a vez de chegarmos à própria Cachoeira do 21. Sua principal característica é estar quase sempre seca, como estava hoje. Mas isso não impede a existência de um lindo lago ali embaixo. A água que o abastece vem por infiltração. Infelizmente, neste ponto já estávamos tão atrasados que nem pudemos nadar. Apenas pausa para fotos.
O poço e a cachoeira seca do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Nova pirambeira e, lá encima, outro erro de trilha meu e mais uma preciosa meia hora perdida. Com o sol se pondo, chegamos ao Vale Verde, um pequeno canyon com mais musgo ainda. Foi ficando escuro e o prospecto de termos de dormir nauqle lugar fechado e úmido não era nada animador. Ao desânimo da Ana eu respondia que não tínhamos nenhuma opção, apenas continuar e continuar. Quando não há opções, fica tudo mais fácil!
Trilha beirando a encosta dos paredões do Canyon do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
O momento em que o breu tomou conta do canyon foi quando atingimos o alto! Lá, ainda ganhamos uns 15 minutos de claridade. Mas ainda tínhamos um longo caminho pela frente... Caminhar sem luz naquela planície lá encima não é fácil. A trilha atravessa vários lageados e temos de seguir no instinto, no cheiro. Adiamos ao máximo o uso das lanternas mas a escuridão chegou e não houve jeito. Lanternas à mão, concentração total para encontrar setas indicativas do caminho, e ainda com a preocupação de não seguir a trilha errada, que nos levaria para o Palmital e não para a Fumaça.
Subindo o Vale Verde, no alto do Canyon do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Por duas vezes, paramos em algum lageado para descansar corpo e mente e cogitar de dormir ali mesmo. Alguns minutos depois, retomávamos nossa árdua tarefa de achar mais setas tênues pintadas nas pedras. Às vezes, seguíamos por 10 minutos o que imaginávamos ser um caminho sem ver qualquer sinal de civilização. Aí, para alegria geral, um de nós achava uma seta e logo vinha o grito mais ouvido nessa noite "Seta!" Isso era música para nossos ouvidos!
Mas, por fim não achamos mais nada. Sentamos ali mesmo, depois de algumas tentativas e ficamos esperando a lua nascer enquanto conversávamos. O consenso era que, depois de ter saído do canyon, tudo era lucro! Respiramos fundo e levantamos mais uma vez, para nova e derradeira tentativa. E na hora que já seguíamos para uma direção, eis que, embaixo da minha mochila, apareceu uma seta! Tênue, pequena, mas verdadeira, sem dúvida! Oba!!!!!!!! Seta!!!!!!!!
Tentando se achar no mapa no Canyon do 21, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Depois dessa, fomos seguindo novamente, olhos vidrados no chão onde a lanterna iluminava, no meio do mato, no meio das pedras. De repente, um barulho de água, de rio. A gente se aproximou e lá estava ele, mais lindo do que nunca, iluminado pela lua. Era o rio da Fumaça, eu tinha certeza. Reconheci o pequeno canyon. Alegria total! Minutos depois, já estava mostrando para a Ana o enorme precipício de 400 metros por onde se joga a cachoeira mais famosa da Chapada Diamantina. Aquele canyon maravilhoso, que eu já não via há dez anos, estava mais lindo do que nunca, iluminado pela lua cheia.
Do outro lado do rio apareceu uma luz! Tinha outro maluco lá encima também! Era o Marcos, de Feira de Santana, amante da Chapada, de trilhas e cachoeiras. Ficou impressionado conosco, de termos chegado àquela hora, de termos conseguido seguir aquela trilha só com lanternas.
A gente foi se "instalar" ao lado da barraca dele, numa toca ao lado do rio, dentro do canyon e a poucos metros da queda da Fumaça. Lugar mais incrível para se dormir não pode haver. Era como dormir com a varanda aberta no alto do Empire State. É, na verdade, muito melhor do que isso, claro! Na nossa frente, logo ali, o vale da Fumaça. Só as fotos para poder se passar uma vaga idéia desse lugar grandioso. Amanhã cedo, depois dessa aventura, será a hora das fotos...
Agora, hora de dormir o sono dos justos. E sonhar com as benditas setas...
Pronto para caminhar até a Fumaça, em Lençóis, na Chapada Diamantina - BA
Olá Rodrigo!
Belo trabalho, ou assim dizer aventura!
Deu até um pouquinho de inveja!
Muito bonitos os lugares e a história!
Gostaria de saber mais sobre a jornada!
Abraços!
Resposta:
Oi Lucas
Legal que vc tenha gostado!
Para saber mais, dê uma navegada pelo site. Tem muita informação lá e, aos poucos, vamos colocando mais e mais. Mas, se tiver qualquer pergunta que não esteja lá, manda que a gente responde assim que puder.
Abs
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