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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
1000dias no Cerro Negro próximo, à León, na Nicarágua.
O dia começou com uma visita a um museu bem peculiar. Um museu sobre as lendas e tradições da cidade de León e do paÃs, com representações em painéis, desenhos e grandes bonecos de figuras folclóricas como a "gigantona", uma enorme mulher que percorre as ruas da cidade em busca de um marido. Até aÃ, tudo bem, já vimos outros muses parecidos. O que faz esse ser difente é que ele ocupa o mesmo espaço onde, durante cinquenta anos, funcionou uma terrÃvel prisão do regime somozista, local em que presos polÃticos eram barbaramente torturados para delatarem seus companheiros.
Personagens legendárias em museu de León, na Nicarágua.
Logo cedo encontramos na entrada desse museu o casal Ardengo (italiano) e Amparo (espanhola) que tÃnhamos reencontrado ontem de noite. A Ana tinha socializado com eles no Olho de Agua, em Ometepe, e a coincidência nos uniu novamente. A gente combinou de passar o dia de hoje juntos, no museu e depois, no Cerro Negro. No museu, a visita se alterna entre as exposições sobre as personagens folclóricas e os relatos sobre como funcionava a prisão, os métodos de tortura e a dura vida dos presos. Essa mistura de dois assuntos tão distintos deixa nossa mente meio confusa. Não sei se funciona bem...
Visita à antiga prisão somozista em León, na Nicarágua.
Chegando ao vulcão Cerro Negro próximo à León, na Nicarágua.
Daà então seguimos para o Cerro Negro, localizado a 25 km de distância da cidade por estradas rurais. São poucos os que seguem para lá sem guia, mas quem tem boca chega à Roma e nós chegamos! O Cerro Negro é um vulcão em formação, o segundo mais novo do continente, com apenas 150 anos de idade (o que significa um recém nascido, em termos geológicos!). Desde que nasceu, vem tendo erupções regulares, com intervalos de 10 a 15 anos. Algumas bem fortes, cobrindo a cidade de León de cinzas. A última foi no final do milênio passado e já estamos em tempo de uma nova, a qualquer momento.
Pronto para subir o Cerro Negro com a prancha de skibunda (próximo à León, na Nicarágua)
Subindo o vulcão Cerro Negro e admirando a bela paisagem das redondezas, próximo à León, na Nicarágua.
Enquanto ela não chega, o vulcão foi transformado numa das maiores atrações turÃsticas da cidade e do paÃs. Uma trilha batida nos leva através da paisagem desoladora, uma montanha de entulho sem uma única planta, e através de suas encostas até chegarmos dentro de sua cratera. Entramos por um lado que desabou na última erupção, portanto ainda bem abaixo do cume. Ali dentro, fumaça e vapor saem de vários pontos e a rocha é toda pintada de amarelo e branco, ação dos sulfatos e enxofre que saem continuamente da boca do monstro. Por falar em monstro, numa das paredes internas da cratera se destaca a imagem de um enorme gigante, cabeça e mãos despontando, parecendo que tenta se desenterrar. Pelo menos até a próxima erupção, é a mais forte imagem de dentro da cratera.
Observando a emissão de gases dentros da cratera do vulcão Cerro Negro, próximo à León, na Nicarágua.
Explorando a cratera do vulcão Cerro Negro e os pontos de emissão de gases (próximo à León, na Nicarágua)
Na entrada do parque a gente paga as nossas entradas e aluga uma prancha para poder descer o vulcão depois. Para quem tem a coragem e a habilidade, pode descer de pé, uma espécie de snow board nas pedras do vulcão. Para os simples mortais, descemos sentados mesmo, uma versão nicaraguense do nosso skibunda nas dunas de Jeri ou Canoa Quebrada. Subimos o vulcão carregando nossas pranchas, numa trilha de 40 minutos. A deliciosa e rápida descida, essa só dura pouco mais de um minuto, infelizmente.
Dentro da cratera do vulcão Cerro Negro, com a imagem do monstro enterrado, ao fundo (próximo à León, na Nicarágua)
A Amparo não quis subir o vulcão, ficando a observar aquele incrÃvel cenário lá de baixo, mesmo. Eu, a Ana e o Ardengo seguimos encosta acima, nossas pranchas a tiracolo. No meio do caminho, uma parada para visitar a cratera, seus vapores e cores e o monstro que nela habita. Depois, para cima e avante novamente.
Filmando a cratera do vulcão Cerro Negro próximo à León, na Nicarágua.
O cenário a nossa volta fica cada vez mais lindo. Para um lado, os destroços da última erupção, um leito de pedras e entulho se extendendo por vários quilômetros. Para outro lado, uma extensa cadeia de vulcões, um atrás do outro, em fila indiana. Paisagem fantástica, prova aos nossos olhos de que a Terra está viva, bem viva!
A bela paisagem ao redor do vulcão Cerro Negro, próximo à León, na Nicarágua.
Subida final até o cume do Cerro Negro próximo à León, na Nicarágua.
Finalmente, lá no alto, podemos ter uma visão completa da cratera abaixo de nós. Na verdade, das duas crateras. Isso porque, na última erupção uma cratera secundária se criou, hoje ainda mais viva que sua irmã mais velha. Essa, só vemos por cima,sem nos arriscar a virar churrasquinho lá dentro.
No cume do Cerro Negro, pronto para a descida de prancha! (próximo à León, na Nicarágua)
Enfim, a hora da descida. Sentados, um de cada vez, seguimos os trilhos de quem desceu antes de nós, pelas partes mais Ãngrimes da encosta. No inÃcio meio receosos, depois vamos ganhando confiança e deixando que a prancha se acelere. Chegamos a pouco mais de 30 km/h, sensação de liberdade total mas, ao mesmo tempo, percebendo aquela nossa árdua subida de 40 minutos se esvair em poucos segundos de efêmero prazer.
Vários vulcões vistos do alto do Cerro Negro, próximo à León, na Nicarágua.
Com o italiano Ardengo no alto do Cerro Negro, próximo à León, na Nicarágua.
Lá embaixo nos esperava a Amparo. Fizemos algumas fotos clássicas com a Fiona em território vulcânico, o Cerro Negro ao fundo e voltamos para a portaria onde nos aguardava uma cerveja estupidamente gelada. De lá pudemos observar, de camarote, vários turistas que vieram num tour deslizar à toda velocidade pelas encostas do vulcão. Eles tem pranchas melhores que as nossas e suas velocidades chegam a mais de 60 km/h! É incrÃvel ver aquela fumacinha descendo à toda pelo vulcão. Não faz muito tempo, um francês, de bicicleta, atingiu a velocidade de 170 km/h! Já perto do fim da descida, a bicicleta quebrou e ele teve algumas costelas quebradas...
Vista do alto do vulcão Cerro Negro próximo à León, na Nicarágua.
Na borda da cratera do vulcão Cerro Negro, próximo à León, na Nicarágua.
Nós voltamos para a cidade e nos despedimos. Já na pousada, logo estávamos fazendo novos amigos: um inglês e um escocês que estão viajando de moto do Alaska à Patagônia. Acabavam de chegar da fronteira hondurenha onde tinham passado por um belo chá de cadeira. O bom humor só voltou depois do banho e, juntos, fomos jantar no delicioso Mesón Real, quase em frente ao nosso hotel. O dono, o Gustavo, ficou super interessado em nossas viagens e nos tratou muito bem. A começar pela comida, que estava maravilhosa, cozinha espanhola. E assim, enquanto tratávamos muito bem de nossos estômagos, trocamos experiências e informações sobre lugares que cada uma das duplas já tinha passado ou pretendia passar. Muito jóia!
A Ana deslizando à toda as encostas do Cerro Negro, próximo à León, na Nicarágua.
A Ana deslizando à toda as encostas do Cerro Negro, próximo à León, na Nicarágua.
Amanhã cedo partimos para Somoto, nossa última parada na Nicarágua. Um magnÃfico canyon nos espera por lá. Depóis, o tão "esperado" dia do duplo cruze de fronteiras, daqui para Honduras e de lá para El Salvador. Vamos ver com é...
A Fiona visita o mais ativo vulcão do paÃs, o Cerro Negro próximo à León, na Nicarágua.
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