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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Aproveitando os últimos raios e calor do sol ao retornar ao lago Jakob, região de Bariloche, na Argentina
Assim que chegamos ao refúgio San Martín, na orla do lago Jakob, depois de 18 quilômetros de caminhada, tínhamos uma importante decisão pela frente. O corpo pedia descanso, a garganta pedia cerveja e o espírito pedia celebração. Mas, ao mesmo tempo, se quiséssemos conhecer a Laguna Témpanos, 45 minutos de caminhada mais acima, aquela seria a nossa chance. Tecnicamente, ainda tínhamos luz do dia para ir e voltar. Amanhã será uma correria, pois o avião da Rowan parte no início da tarde e eu duvido que iremos madrugar para correr até a Laguna e ainda ter tempo de fazer toda a trilha de volta até onde ficou a Fiona para corrermos até o aeroporto. Ainda mais com o frio que faz aqui encima, a 1.600 metros de altitude no meio de montanhas nevadas. De manhã bem cedo deve estar gelado!!!
Interior do refúgio San Martín, na região de Bariloche, na Argentina
Com a moça que toma conta do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Cerveja para celebrar a chegada ao refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Bom, de qualquer maneira, tínhamos de nos instalar no refúgio primeiro para deixar nossas mochilas. Para minha grata surpresa, ele está bem maior e mais “chique” que da última vez, há 22 anos. Agora tem dois quartos repletos de beliches e mais um ambiente que mistura sala de estar, sala de refeições e cozinha. Bem aconchegante, com uma belíssima e protegida vista do lago Jakob, logo ali do lado. A moça que toma conta do refúgio nos recebeu meio surpresa, pois não esperava mais hóspedes hoje. Logo confirmamos que éramos os únicos por ali e teríamos todas as camas e cobertores a nossa disposição. Ainda melhor: ela tinha cerveja gelada para vender!
Trilha para a Laguna Témpanos, acima do Refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
A caminho da Laguna Témpanos. Ao fundo, o vale que caminhamos por quase 5 horas para chegar ao refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Bom, aquela sala gostosa, a confirmação da cerveja, o corpo pedindo um descanso, a tentação foi grande demais. Decidimos por uma cerveja cada um e depois seguiríamos acelerados para a Laguna Témpanos. Assim, agradaríamos a gregos e troianos, hehehe. O problema é que uma cerveja puxa outra e logo veio a segunda. Aproveitamos o tempo para conversar com a moça que tomava conta daquilo tudo sozinha.
A caminho da Laguna Témpanos, vista do lago Jakob e do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Céu azul em dia de caminhada para o refúgio San Martín e Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
Ela disse que na Argentina, os refúgios dentro de parques são concessões. Deve ser herança do período Meném que o casal Kirchner ainda não se lembrou de mudar, bolivarianos que são. Enfim, a administração do refúgio é leiloada a cada 5 anos e tem pessoas que se especializaram nisso. Conseguem uns três ou quatro deles e depois contratam pessoas para tomar conta dos refúgios. Melhor para nós, turistas, que chegamos a um lugar bem cuidado. Quem toma conta normalmente são jovens estudantes amantes da natureza. Passam uma semana ou duas no refúgio tomando conta e depois são substituídos por outra pessoa, para poder descansar um pouco. Às vezes, para não enjoar, vão até tomar conta de outro refúgio. Cozinham e vendem refeições, mantem o lugar limpo e organizado, evitam depredação. Estão num lugar lindo, no meio da natureza, mas não podem ter medo de ficar sozinhos ou de escuro. Amanhã chega uma amiga dela aqui para passar alguns dias e fazer companhia.
A Ana e a Rowan atravessam trecho de neve no caminho para a Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
Atravessando um trecho de neve no caminho do refúgio San Martín para a Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
Bom, terminamos nossa segunda cerveja e dissemos: “É agora ou nunca!”. Então, deixamos as mochilas e levamos apenas uma pequena, com um lanche. E casacos também, pois daqui para cima é muito mais frio, cada vez mais perto da neve e do gelo. Ainda mais com o sol se pondo atrás das montanhas.
Chegando à Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
A gelada Laguna Témpanos, próxima ao refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Chegando ao cenário grandioso da Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
A trilha agora é uma rota, pois caminhamos quase sempre sobre pedras. O que nos guia são marcações de setas e pequenos totens de pedra sobre a rocha. Logo já estamos bem mais altos que o refúgio San Martín e que o lago Jakob e, naquela luz cada vez mais amarelada, tudo fica ainda mais bonito. O que se pode ver bem também é todo o vale pelo qual caminhamos hoje, lá embaixo. Estamos agora justamente no topo daquele paredão no final do vale que avistamos durante quase toda a caminhada. Magnífico!
A Rowan na Laguna Témpanos, 45 minutos acima do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Testando as águas quase congeladas da Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
Muito gelo na Laguna Témpanos, 45 minutos acima do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Aos poucos, demos a volta em uma montanha e entramos em outro pequeno vale que terminava em um enorme anfiteatro natural, dois terços dele cercados por enormes paredes de pedra cobertas parcialmente por gelo e neve e o terço restante aberto na direção em que vínhamos caminhando. No fundo desse anfiteatro, uma pequena lagoa, ou “laguna” como dizem por aqui, congelada pela metade. Uma visão absolutamente mágica e grandiosa, nós ficando cada vez menores comparados com a magnitude do cenário.
Felizes ao chegar à paisagem gelada e grandiosa da Laguna Témpanos, 45 minutos acima do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Admirando a beleza da Laguna Témpanos, 45 minutos acima do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Chegamos nos últimos minutos de sol, a sombra dos paredões aos poucos tomando conta da lagoa. “Témpanos”, em espanhol, quer dizer pequenos blocos de gelo boiando, como pequenos icebergs. É que encontramos sempre nessa lagoa, eternamente congelada, seja pela metade, como agora, seja por inteiro, no inverno.
Com a Rowan, admirando a paisagem gelada da Laguna Témpanos, 45 minutos acima do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Com a Rowan, admirando a paisagem gelada da Laguna Témpanos, 45 minutos acima do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Arrumamos um bom lugar para sentar e ficamos ali, tirando fotos e admirando aquele fim de tarde inesquecível. Desde que voltamos da Antártida que não víamos tanto gelo e neve assim. Soma-se a isso o frio e a sensação de isolamento e foi como se realmente tivéssemos voltado ao continente branco, mas sem o saudoso Sea Spirit. Por 15, 20 minutos ficamos ali, comendo nossas maçãs e contemplando, aproveitando ao máximo aqueles momentos.
Admirando a Laguna Témpanos, próxima ao Refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Final de tarde na Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
Mas o frio e o bom senso nos fizeram ver que era hora de voltar. Devagar fizemos nosso caminho de volta, seguindo novamente os totens de pedra e nossa pegadas deixadas nos trechos cobertos de neve. Quando demos a volta na montanha novamente, o sol reapareceu para nossa alegria, pelo menos nos esquentando um pouco. Mais do que isso, tivemos mais uma chance de fotografar aquele belo cenário, o vale lá embaixo, o lago Jakob e o pequeno refúgio ainda longe de nós.
Retornando da Laguna Témpanos para o lago Jakob e o refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Com a Rowan no final da tarde, retornando da Laguna Témpanos para o refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina
Retornando para o refúgio San Martín, após caminhada até a Laguna Témpanos, região de Bariloche, na Argentina
Chegamos de volta já no escuro, o que fez o refúgio com suas lamparinas acesas ficar ainda mais acolhedor. A Ana fez um delicioso jantar para nós, pasta com muito queijo derretido encima. Para acompanhar, o vinho que eu trouxe na minha mochila, o típico esforço que vale a pena! Inspirados e encasacados, saímos para ver o céu estrelado. Maravilhoso, a via láctea sobre nossas cabeças e a luz das estrelas refletida no Jakob. Se não fosse pelo frio, poderíamos ficar horas por ali. Depois, hora de dormir, a gente apertadinho no alto do beliche, quase encostando no telhado de madeira, debaixo de uma pilha de cobertores. Para ajudar no sono, uma longa conversa sobre fantasmas, ETs e histórias sobrenaturais. Embalados assim, com a ajuda do vinho e do delicioso silêncio lá fora, dormimos como anjos. Merecíamos, pois amanhã vai ser corrido!
Dormindo no refúgio Jakob, região de Bariloche, na Argentina
Cara, que lugar espetacular! Acho que dá pra ficar semanas na região de Bariloche só fazendo trilhas, que lugar fantástico. E tem muita gente que acha que lá só vale a pena no inverno...
Andei fora por uns dias, estava em um "retiro espiritual" de 2 semenas em El Chalten (sem fazer o trekking no campo de gelo, este vamos combinar de ir juntos). Pelo visto tenho muita coisa pra ver por aqui. :)
Grande abraço e vem passear aqui na região de BH com a Fiona um dia desses :)
Helder
Resposta:
Grande Amigo Helder!
Que bom ter notícias suas! Quer dizer que voltou para Chaltén? O que fez lá dessa vez? Estou quase chegando lá em meus posts e em breve vocês vão virar personagens dos 1000dias, hehehe! E aí, com mais um pouquinho de esforço, chego tb na Carretera Austral, promessa que fiz a vc em que já estou "um pouquinho" atrasado, hehehe
A região de BAriloche na primavera é mesmo um sonho. Principalmente para quem gosta de caminhar!
Outro sonho é p campo de gelo em Chaltén. Vamos fazer isso algum dia sim, com certeza!
BH está sempre nos meus planos. É onde mora meu coração! Vamos ver quando conseguimos passar por aí...
Um grande e saudoso abraço para o casal!
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