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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Caminhando na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Ontem voltamos ao Canadá. Nossa quarta e última vez no país nesses 1000dias. Dessa vez, chegamos à Columbia Britânica, o estado mais à oeste do país, na costa do Oceano Pacífico. Vamos passar pouco mais de 10 dias por aqui, principalmente na área de Vancouver, no sul do estado, de onde seguimos viagem para os Estados Unidos, no nosso rumo sul em direção à Patagônia e Terra do Fogo. É como gostamos de brincar: “Pelos próximos meses, o sul é nosso norte”!
Finalmente, um dia de céu azul na Inside Passage, chegando em Prince Rupert, no Canadá (British Columbia)
Finalmente, um dia de céu azul na Inside Passage, chegando em Prince Rupert, no Canadá (British Columbia)
Entramos no país na cidade de Prince Rupert, uma importante parada na rota da Inside Passage. É o ponto mais ao norte até onde chegam os ferries canadenses da BC Ferries. Os ferries americanos também param por aqui, mas depois, seguem diretamente para a área de Seattle. Para nós, que queremos seguir para Vancouver Island, ainda no Canadá, só mudando para a BC Ferries. A outra alternativa era pegar estrada novamente, já que Prince Rupert tem acesso rodoviário. Seria uma longa volta pelo interior do estado, quase dois mil quilômetros até Vancouver. Ficamos na dúvida de qual caminho pegar, mas como o tempo melhorou, resolvemos ver um pouco da Inside Passage com céu azul. Além disso, é gostoso também variar um pouco do asfalto para o mar, hehehe. A Fiona vai descansando lá embaixo, na garagem, e a gente na parte de cima, entre o cinema, os decks internos e externos e, claro, o bar.
Caminhada pela praia na hora de maré baixa em Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Prince Rupert é uma cidade com pouco mais de 10 mil habitantes, mas tem um centro histórico bem pequeno e charmoso, chamado de Cow Bay. Ali nos instalamos, no excelente Eagle Bluff B&B. Nada como um lugar com alma, depois de tantos motéis de rede, eficientes, práticos, mas sem personalidade.
Caminhando por ponte de areia formada na maré baixa em Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Eestrela-do-mar em terra firme! Esperam pacientemente a volta da água do mar, na maré alta (Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá)
Com um lugar garantido para dormir, fomos em busca de programação. Afinal, o ferry para o sul só partirá no dia 5. Aí, aquela mesma dificuldade que temos encontrado nos últimos dias: tudo fechado pelo fim da estação. Por exemplo, já não há mais tours para ver as baleias. Elas ainda estão por aqui, mas com tão poucos turistas, os barcos simplesmente não saem mais. Ao mesmo tempo, se tivéssemos chegado por aqui há duas semanas, apesar de encontrar os tours para ver baleias, jamais teríamos conseguido ficar num lugar como o Eagle Bluff. Seria muito mais caro e teríamos de ter reservado com um mês de antecedência.
Ponte pênsil na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Enfim, ficamos sem as baleias, mas com um belo museu e umas trilhas aqui perto. Além disso, a simpática moça da companhia das baleias nos deu uma outra dica valiosa: uma trilha recém-aberta em meio à uma reserva indígena do outro lado da baía. Uma trilha de 10 km entre a mata e o mar. A Ana ligou para o telefone no leaflet para se informar e lá veio a informação. A trilha estava fechada até a próxima estação! Mas ela não aceitou a resposta, chorou, chorou e conseguiu. Abririam a trilha para nós! E assim foi, hoje cedo já estávamos no porto para atravessar os braços de mar e chegar ao início da Metlakatla Wilderness Trail.
Ponte pênsil para torre de observação na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Fomos recebidos ainda no cais, do lado de cá, pelo idealizador dessa trilha, o simpaticíssimo Cory. Filho de pai escocês e mãe Tsimshian, a tribo First Nation daqui, mas criado também pelo padrasto, igualmente First Nation, o Cory nos deu uma verdadeira aula sobre a história e cultura dos povos que aqui habitavam há milênios e sobre as dificuldades enfrentadas pelas First Nations na atualidade. Além disso, fez um belo briefing sobre a trilha que encontraríamos, nos colocou no barco e prometeu nos receber na volta, no fim da tarde.
Trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Praia rodeada de pinheiros na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Chegamos no início do caminho um pouco antes das 09:00 e teríamos de estar de volta no cais até às 16:30, a última chance de voltar para Prince Rupert. Seriam 10 km para ir, outros 11 para voltar (incluído aí o trecho para atravessar a pequena vila Tsimshian) e mais uns dois de trilhas alternativas pelas praias pelo caminho. Não estava apertado, mas também não podíamos esquecer de controlar o tempo...
Um dos muitos tipos de cogumelos encontrados na trilha Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Cogumelo gigante na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
A trilha foi uma delícia! Os primeiros seis quilômetros estão muito bem conservados, com passarelas de madeira e solo assentado. Nos últimos quatro, um pouco mais perto de seu estado natural, tendo de driblar raízes e pedras. Além disso, pontes penseis muito bem feitas e uma torre de observação, acima da copa das árvores. Estamos sempre sob a copa das árvores, menos quando seguimos pela praia. Apenas nós naquele mundão todo, a trilha fechada pela última semana. Os únicos companheiros eram da vida selvagem. Encontramos várias pegadas, entre elas de lobos e veados. Mas de urso, nada! São raros por aqui e nem trouxemos nosso Bear Spray. De qualquer maneira, pelo sim, pelo não, tratamos de falar alto durante todo o percurso.
Praticando o equilíbrio na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Fim da trilha nada! É só a metade do caminho, pois ainda tem a volta na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Interessante também foi observar o movimento da maré e como a paisagem mudou do início para o fim. O mesmo lugar, com maré baixa e maré cheia, completamente diferente! As marés daqui estão entre as maiores do mundo e pudemos observar, a olhos vistos, a maré subindo. Bem que o Cory nos avisou para tomarmos cuidado se quiséssemos seguir por uma ponte de areia que aparece na maré baixa. Um momento de distração e não conseguiríamos voltar! Bom, se fosse no Brasil, bastaria caminhar sobre a água ou nadar um pouco. Mas aqui, com a água a 8 graus de temperatura, nadar nem é uma opção. Nem para voltar de uma ilha, nem para fugir de um urso!
Raízes gigantes em praia na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
A maré começa a subir em Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Enfim, deliciosas horas em meio à natureza e longe da civilização e chegamos a tempo no cais. Quando chegamos de volta à Prince Rupert, lá estava o Cory a nos receber. Mais uma longa conversa sobre a trilha, sobre o Canadá, sobre viagens e sobre o mundo e ganhamos um grande amigo. Vamos até tentar nos encontrar amanhã, quem sabe para o jantar. Ele é casado com uma descendente de portugueses e, com certeza, não vai faltar assunto.
Hora do lanche na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
De noite, um jantar bem gostoso num restaurante japonês. Fiquei impressionado como uma cidade desse tamanho tem tantos lugares legais, meio requintados, meio despojados. O nosso B&B, o café Cowpuccino (onde comemos sanduíches e doces maravilhosos), o restaurante japonês, entre outros. Lugares que poderiam ser em São Paulo ou Nova York. Mas que estão nesse lugar perdido na costa canadense. Junto com a trilha e com o Cory, foram as excelentes surpresas de hoje. É o Canadá nos recebendo bem como sempre!
Crânio de urso em altar improvisado na trilha de Metlakatla, na área de Prince Rupert, na British Columbia, oeste do Canadá
Adorei este passeio,aliás, acho que todo o Inside Passage
euteria dado conta de acompanhar.Nenhum daqueles cogu
melos maravilhosos era comestível? Ou seguiam a regra da
natureza e da vida: quanto mais belos mais perigosos!
Vocês perguntaram ao Cory se o altar com cranio de urso é
para ser venerado?
Saudades de vocês Mm
Resposta:
Oi mama!
Que coincidência! Pensamos e falamos de vc várias vezes nesse passeio, imaginando que vc adoraria a caminhada! Tenho certeza que vc nos acompanharia em todos esses passeios ao longo da Inside Passage. Teria sido uma grande companhia! Ainda temos muita esperança de que, se não foi aqui, ainda será em outro lugar!!!
Quanto aos cogumelos, com certeza seguem a regra da natureza sim! Estão ali só para serem vistos, hehehe
O crânio do urso, acho que não chega a ser venerado, não. Mas respeitado, isso sim! Está num lugar lindo da mata!
Beijos e muitas saudades
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