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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Baleia experimenta novas técnicas de pescaria com sua enorme boca aberta, durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
O dia começou esplendoroso hoje. Pelo menos, para a Ana, que se levantou antes de mim e foi assistir, de camarote, o nascer-do-sol. E nem era tão cedo assim. Nós estamos impressionados como o “tamanho do dia” está diminuindo rapidamente por aqui. Parece que foi ontem que, lá no norte do Alaska, ainda tínhamos luz até quase onze da noite. Agora, a manhã só começa a aparecer depois das sete. Bem preguiçosa. Assim como eu, que aproveitei a tarde e noite de ontem no nosso ferry para tirar o atraso do site, fui dormir bem tarde e só levantei depois do espetáculo matinal. Mas a Ana não, e tirou fotografias espetaculares do sol nascendo na Inside Passage.
Nascer-do-sol esplendoroso na Inside Passage, chegando à Port Hardy, na Vancouver Island, no Canadá
Estávamos no finalzinho do nosso último trecho nessa etapa de barco da nossa viagem. Já bem no sul do Canadá, céu azul e paisagens lindíssimas ao nosso redor. Mais umas poucas horas e chegamos à Port Hardy, no norte da Ilha de Vancouver. Ilha comprida, com cerca de 500 quilômetros de extensão. Lá na ponta sul está Victoria, a capital do estado de British Columbia. Ainda vamos chegar lá, de onde pegamos um ferry curtinho para o continente, onde está Vancouver, a maior cidade desse lado do Canadá. Mas antes, temos de explorar essa bela ilha, cheia de atrações naturais, de praias à montanhas, de geleiras à cachoeiras, de parques à cidades históricas.
Nascer-do-sol esplendoroso na Inside Passage, chegando à Port Hardy, na Vancouver Island, no Canadá
Mas a primeira atração para nós não era nada disso. Na verdade, queríamos era continuar no mar, ainda na Inside Passage. Afinal, é aí que se pode encontrar os maiores animais do continente, as baleias! Faz tempo que estamos atrás delas, quase numa brincadeira de esconde-esconde. Ao longo de toda a nossa viagem pela Inside Passage, de Haines, no Alaska, à Port Hardy, no sul do Canadá, só vimos duas, bem de longe. Além disso, os tours para ver baleias já tinham deixado de funcionar em todas as cidades que paramos. Não por falta de cetáceos, mas por falta de turistas, por causa do fim da temporada.
O dia começa maravilhoso na Inside Passage, chegando à Port Hardy, na Vancouver Island, no Canadá
Mas a esperança é a última que morre e descobrimos essa companhia, a Stubbs, muito bem recomendada, que faz tours a partir de Telegraph Cove, aqui na Ilha de Vancouver. Quis o destino que o último tour da temporada fosse hoje, saindo a uma da tarde! Nosso ferry, mesmo com o atraso na saída, que nos deixou de cabelo em pé, chegou em Port Hardy às onze da manhã. A Fiona já saiu acelerada da garagem do ferry, mapas do GPS funcionando, rumo ao sul. Uma hora de viagem e chegávamos à pequena Telegraph Cove, mais um pequeno resort que uma cidade. Todo o comércio fechado para a temporada, em Maio do ano que vem, com exceção de um restaurante e da Stubbs. Amanhã, serão todos! Enfim, conseguimos comer meio almoço (a outra metade devidamente embalada para de noite) e ainda entrar no barco de volta ao mar e rumo às baleias. Viva!
Telegraph Cove, em Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
O barco estava com apenas um terço da lotação máxima. Melhor assim! Além do capitão e um ajudante, uma inteligente, apaixonada e simpática bióloga, não só para nos ensinar muita coisa e responder todas as nossas perguntas, mas também para nos levar até as baleias, antecipar seus movimentos e até nos dizer a melhor hora de fotografar. Enfim, uma verdadeira cientista que ama seu trabalho e que enriqueceu demais o nosso passeio!
As magníficas paisagens de Telegraph Cove, em Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Essa região é muito conhecida pela presença de baleias Humpback (as nossas Jubartes), Orcas e os maiores leões-marinhos do planeta, chamados de Steller. Ocasionalmente, algum outro tipo de baleia. A nossa bióloga, depois do passeio da manhã, estava muito otimista com nossas chances de ver as Humpbacks e os Stellar Sea Lions, mas as Orcas estavam meio sumidas. Ela não parecia ligar muito para isso, muito mais interessada em um novo comportamento que ela tinha acabado de observar pela primeira vez na sua vida, de uma baleia Humpback. Uma nova maneira de se alimentar, sem igual na literatura científica. Enfim, estava louca para voltar para lá, filmar e fotografar, caso ocorresse novamente.
As magníficas paisagens de Telegraph Cove, em Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Bom, assim foi. Depois de navegarmos cerca de vinte minutos por aquela região maravilhosa, o dia absolutamente lindo, o mais bonito da temporada segundo nos disseram, encontramos as baleias. Delírio geral! Todos com binóculos ou máquinas fotográficas, o barco se aproxima até cerca de 100 metros de distância, quando desliga os motores. Aí observamos duas delas, afundando nas águas e voltando a superfície, mostrando as nadadeiras e a calda e dando aqueles seus sopros característicos. Nossa guia vai nos mostrando como reconhecer cada baleia (pelas marcas na calda e nadadeiras) e como saber se ela vai ou não mostrar a calda, para podermos tirar melhores fotos.
Primeira baleia avistada no passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Eis que vemos uma grande agitação de pássaros mais adiante. A bióloga logo adverte que uma baleia vai aparecer por lá. E aparece! Para sua alegria, é o “Conger”, o mesmo que estava se alimentando da forma inovadora, pela manhã. Não demora muito e ele coloca em prática novamente sua tática. Cabeça para fora, mandíbulas abertas, uma boca enorme, parada, tempo suficiente para dezenas de fotografias. Com as nadadeiras frontais, ele parece empurrar a água do mar para dentro da boca. Junto com a água, dezenas de pequenos peixes, filtrados por uma estrutura especial que a baleia tem na cavidade bucal. Um espetáculo se desenrolando bem em frente dos nossos olhos e lentes. Emocionante!
Movimentação de baleia atrai muitos pássaros durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Ficamos por aí uns vinte minutos, nos deliciando com o almoço do Conger. Foi quando um barco de pescadores avisa, por rádio, que baleias estariam caçando leões-marinhos logo à frente. A nossa bióloga sorri diante de uma afirmativa tão impossível. “Baleias não caçam leões-marinho! Deve ser o contrário...”. Seguimos para lá, pois já estava na hora d deixar o Conger em paz.
Enorme "sopro" de baleia quase acerta pássaro, em passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Quando ao conflito um pouco mais à frente, ela explica: ”Baleias não caçam animais maiores do que quinze centímetros. Nada maior do que isso passa pela sua garganta, cuja entrada é muito estreita”. Mas, naquela boca enorme que tínhamos acabado de ver, caberia um homem inteiro, com certeza. E se ela abocanhasse algo grande e o mastigasse até que ficasse pequeno o suficiente pela entrar na garganta? “Baleias não tem dentes e não mastigam!”. Não tem dentes? Mas as Orcas tem! E muitos! Pois é, a temida “Killer Whale”, ou Baleia Assassina, tem mesmo muitos dentes. Mas não é uma baleia e sim um golfinho!
Uma baleia adolescente durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Mas, e os leões-marinhos, o que faziam com as baleias? Obviamente que eles também não as caçam. São dezenas de vezes menores do que elas. Na verdade, eles apenas as chateiam. Faz parte de seu aprendizado. As baleias se incomodam com aquela chateação e se afastam, sendo perseguidas por algum tempo. Mas tudo não passa de um treino para as duas espécies. Esses leões-marinhos são enormes, chegando a pesar mais de 1.ooo kg. O barco nos levou até a sua colônia, onde enormes machos tomam conta de seus haréns com dezenas de fêmeas. O barulho dos rugidos faz parecer que estamos em um curral. Assim como o cheiro, hehehe.
Uma baleia Humpback, durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
No caminho de volta, vemos mais baleias. E outros leões-marinhos de uma espécie menor, com um tamanho mais parecido com aqueles que já conhecíamos (e até mergulhamos, no México). O seu tamanho nos faz perceber melhor ainda como os outros são gigantescos mesmo!
Baleia usa nadadeiras para empurrar peixes para a sua boca aberta, durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Ficou só faltando o encontro com as maravilhosas Orcas. Ao menos, aprendemos bastante sobre elas. Por exemplo, elas se dividem em famílias que permanecem unidas a vida toda. Sociedades matriarcais, regidas pelas avós, que chegam a viver mais de 80 anos. As Orcas, junto com humanos e elefantes, são as únicas espécies onde os indivíduos vivem bem além da idade reprodutiva. O sentido? Passar para frente a valiosa experiência que certamente ajudará a perpetuar a espécie.
No barco durante passeio de em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
As famílias não se misturam, exceto para reprodução. Falam línguas distintas e tem cardápios diferentes. Umas comem peixes, outras comem mamíferos (os leões-marinhos, por exemplo). Mesmo os peixes preferidos variam. Enfim, é uma espécie incrível, com uma sociedade complexa que apenas agora começamos a entender...
Grupo de baleias Humpback nadam em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
A enorme calda de uma baleia Humpback durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
No final do passeio, o barco parou em um lindo lugar, no meio dos canais, e lá a bióloga nos deu uma palestra. Foi muito legal! Mostrou como toda a porcariada química produzida pela humanidade vai para no mar, daí para o plâncton, peixes, peixes maiores e, enfim, nas Orcas, o topo da cadeia. Se acumulam na gordura desses animais e, aparentemente, os está matando. Quanto mais perto da civilização, menos Orcas. É uma situação que vem piorando, infelizmente. Mas não chega a ser tão trágico como há apenas quatro décadas, quando Orcas eram metralhadas por aqui para que não rivalizassem com humanos na pescaria do salmão.
Steller Sea Lions, a maior espécie de leões-marinhos do mundopasseio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Leões-marinhos nadam sob o nosso barco durante passeio em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Bem, voltamos à terra firme muito mais sabidos que antes. Além disso, com dezenas de fotos desses fantásticos animais e a experiência inesquecível de ter estado bem próximo deles. Ficamos sem as Orcas, mas testemunhamos o show do Conger, além de assistirmos ao corre-corre entre baleias e leões-marinhos gigantes. Realmente, nossa estadia por Vancouver Island começou bem. Muito bem!
Nossa bióloga dá uma pequena palestra ao final do passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Começaram aparecendo na Praia Grande e estão descendo, quem sabe aparecerão na Praia Vermelha? Compartilhei na sua página.
Abraços
Resposta:
Oi Mabel
Puxa, vou ficar na torcida! Acabei de ver a foto que vc postou, delas lá no Lázaro. Já estão pertinho!!! Que saudades de Ubatuba!!!
Abs
Maravilhoso!!!! Fotos sensacionais!!!!! E mais uma vez, aprendi muito.
Está passando por Ubatuba uma baleia e seu filhote, faz vários dias que "dá as caras" por aqui.
Abraços
Resposta:
Oi Mabel
Baleia, aí em Ubatuba? Não vai me dizer que é na Praia vermelha? Nossa, essa eu queria ver!!!
Abs
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