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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Hora de embarcar no barco que nos levará à Antártida, no porto de Buenos Aires, na Argentina
Finalmente, era chegada a hora. O último atraso foi o desaparecimento em La Boca de uma australiana do nosso grupo, a Pam. Procura daqui, procura dali e nada. Até que alguém liga do navio e diz que ela já chegou lá. Perdeu-se do grupo, pegou um táxi e foi direto. Enfim, resolvido isso, era a nossa vez de ir para o cais, bem pertinho. Alguns minutos mais e já estávamos fazendo a imigração portuária, a última burocracia entre nós e o alto-mar.
Fazendo a imigração no porto de Buenos Aires, na Argentina
O porto de Buenos Aires, na Argentina
Nosso barco segue primeiro para Falkland, ou Ilhas Malvinas, como preferem os argentinos. Aliás, se assim fosse, nem necessitaríamos carimbar o passaporte, pois ainda estaríamos dentro do país. Mas a Tatcher não quis assim. Então, carimbo de saída no passaporte. Nosso barco é um dos primeiros a fazer essa rota, saindo de Buenos Aires diretamente para as Ilhas Malvinas. Só podemos fazer isso porque o barco é canadense. Barcos argentinos, infelizmente, ainda não são benvindos por lá. Cidadãos argentinos talvez, mas precisam de visto. Certamente, ainda vou voltar a este assunto quando chegarmos lá.
Primeira visão do Sea Spirit, o navio que nos levará para a Antártida, ainda ancorado no porto de Buenos Aires, na Argentina
Nossa casa pelas próximas 3 semanas, no porto de Buenos Aires, na Argentina
Como disse, essa não é uma rota habitual. Quase sempre, barcos que seguem para a Antártida saem de Ushuaia ou Punta Arenas. Os poucos que incluem as Malvinas e Geórgia do Sul também saem de lá. Este ano, a Quark resolveu inovar e sair daqui, o que para nós foi uma mão na roda. Quark é o nome da empresa que está nos levando nessa expedição. Esse é o seu negócio: cruzeiros de expedição nas regiões polares da Terra, a Antártida e o Ártico.
O grupo chega de ônibus ao ancoradouro do Sea Spirit, no porto de Buenos Aires, na Argentina (foto de Vladimir Seliverstov)
A equipe de guias da Quark expeditions nos espera na entrada do Sea Spirit, no porto de Buenos Aires, na Argentina (foto de Vladimir Seliverstov)
Bom, nós passamos rapidamente pela imigração e seguimos de ônibus, por dentro do porto, até o atracadouro onde está o nosso navio. Minhas outras experiências com portos nesses 1000dias tinham sido bem mais complicadas e burocráticas. Foi quando tivemos de embarcar a Fiona em Cartagena, para a América Central, e na volta de lá, em Colón, para a América do Sul. Confesso que hoje foi muito mais agradável e leve. Pude até relaxar e apenas observar os grandes guindastes e contêineres sabendo que nossa Fiona não estava em nenhum deles.
O único outro brasileiro da expedição, o simpático Gunnar, chega com sua esposa ao porto de Buenos Aires, na Argentina (foto de Vladimir Seliverstov)
Pronto para entrar no Sea Spirit, o navio que nos levará para os mares do sul, ainda no porto de Buenos Aires, na Argentina
Enfim, chegamos perto do nosso atracadouro e o ônibus parou para que descêssemos. Lá estava o Sea Spirit, a nossa casa pelas próximas 3 semanas. É um barco com cerca de 100 metros de comprimento, o que não é considerado grande para barcos antárticos, Tem capacidade para 120 passageiros e um número equivalente de tripulantes, mas nessa primeira viagem da temporada, vai bem mais vazio. Seremos pouco mais de 70 passageiros, o que é uma grande vantagem para nós, pois acelera muito as operações de embarque e desembarque nas ilhas e praias que vamos conhecer ao longo do roteiro.
Deixando o porto de Buenos AIres rumo à Antártida!
Passageiros do Sea spirit observam a cidade de Buenos Aires ficando para trás...
Na entrada do barco, lá estavam todos os integrantes da Quark para nos dar as boas vindas. Os guias, cada um com sua especialidade, e a líder da expedição, uma neozelandesa chama Cheli. Entre os guias, há um historiador, um geólogo, um médico, um glaciologista e biólogos especializados em aves, cetáceos, mamíferos, e todos os ramos da ciência que interessam em uma viagem como essa. Enfim, vamos estar muito bem acompanhados e “guiados”.
O Sea Spirit vai deixando Buenos Aires para trás
Saindo de Buenos Aires, um brinde ao início da nossa viagem à Antártida
A equipe da Quark no barco não é grande. Umas dez pessoas, mais ou menos. A Quark aluga o navio por algumas temporadas e eles já vem com uma tripulação própria. No caso do Sea Spirit, vários são do leste europeu, Ucrânia principalmente. Já os serviços de hotel, lavanderia e limpeza dentro do barco, isso também é contratado de outra empresa. Nessa equipe, predominam filipinos e centro-americanos, como nicaraguenses e salvadorenhos. Muito mais sociáveis e também por causa da língua, são com eles que teremos mais contato direto, garçons barman e responsáveis pela limpeza de nossos quartos.
O barco dos práticos do porto de Buenos Aires nos deixa depois de realizar seu trabalho
O barco dos práticos do porto de Buenos Aires nos deixa depois de realizar seu trabalho
Fomos recepcionados no barco já com o farto almoço a mesa. Foi só o tempo conhecermos nossas cabines, verificar que as bagagens estavam mesmo lá e já fomos para o restaurante. Ótima surpresa, a comida é de alto nível, acompanhada de vinho branco e tinto. Já deu logo para perceber que a tendência vai ser engordarmos bastante nessas semanas a bordo, hehehe.
Palestra de apresentação no Sea Spirit
Apresentação da tripulação do navio
Assim que terminou o almoço o barco começou a se mover. Deixávamos Buenos Aires para trás e seguíamos pelo rio da Prata em direção a alto mar, um longo caminho que duraria muitas horas, pelo menos até o meio da noite. Com uma taça de vinho na mão, eu e a Ana subimos alguns dos andares do Sea Spirit e fomos ao convés observar a paisagem que ficava para trás e brindar o que nos esperava pela frente. Estávamos deixando Buenos Aires em alto estilo e isso merecia sim, um brinde. Foi muito legal e emocionante. Oportunidade única para fotos. Para nós e para todos do grupo, todo mundo se despedindo da terra firme.
Damien, o especialista em história, um dos muitos cientistas que vão nos acompanhar e guiar na viagem à Antártida
Apresentação dos sitemas e procedimentos de segurança do Sea Spirit
Em seguida foi a hora de nos reunirmos todos no auditório do navio para as devidas apresentações. Cada um dos guias da Quark falou de suas credenciais e campos de estudo e a Cheli nos explicou como seria a nossa rotina no barco. Depois, foi a vez da tripulação se apresentar, ênfase e interesse maior no cozinheiro e no barman, duas peças fundamentais durante as próximas semanas.
Hora de testar os sistemas e procedimentos de segurança do Sea Spirit
Hora de testar os sistemas e procedimentos de segurança do Sea Spirit
Por fim, foi a hora de falar de segurança no barco, equipamentos e procedimentos. Depois de tudo explicadinho, fizemos até um ensaio simulando uma emergência. Todo mundo com seu colete, com muita ordem, prontos para evacuar o navio. A gente espera que fique só nisso, mas nunca é demais ensaiar para já saber, na prática, como devemos proceder.
Barcos a vela no Rio da Prata, ainda perto de Buenos Aires
Ao final, todos de volta aos quartos já levando uma parka, que é o nome dado para a espessa jaqueta que usamos nas regiões polares e que nos foi presenteado e com as botas de borracha que devemos usar sempre que formos desembarcar. Essas são só emprestadas e deverão ser devolvidas ao final, devidamente limpas!
Navegando pelo Rio da Prata, início do longo caminho até a Antártida
Luz do final de tarde no convés do Sea Spirit, ainda no Rio da Prata, saindo de Buenos Aires, na Argentina
E aí, depois de tanto trabalho, era hora de relaxar e curtir o final da tarde e o pôr-do-sol explorando o navio, seus cinco andares, seus diversos decks, biblioteca, bar, sala de estar e até uma jacuzzi ao ar livre, ainda vazia nesse primeiro dia de navegação. Temos agora 3 dias inteiros de navegação sem nenhum avistamento de terra pela frente. Só muita água, vida marinha e tempo para realmente conhecer tudo o que existe no Sea Spirit e nos acostumar com a nova rotina. Nem é preciso dizer que estamos todos ANIMADÍSSIMOS!!!
Nosso primeiro pôr-do-sol a bordo do Sea Spirit, saindo de Buenos Aires, na Argentina
Estava ansiosa pelo relato deste passeio. Estou "viajando" e aprendendo muito com vocês. Sem palavras!!!!! Abraços
Resposta:
Oi Mabel
Eu também estou adorando escrever sobre esta viagem e "viajar" de novo!
Um abs
Muito bom...
ficarei no aguardo para os novos relatos....
Excelente viagem ....
Resposta:
Que bom que gostou, Bruno
Já tem mais relatos no blog! Espero que continue gostando
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