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Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão
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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Chegando a Achao, pequena cidade em isla Quinchao, no arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
A população de Chiloé é de pouco mais de 160 mil habitantes. Desses, cerca da metade vive nas duas maiores cidades da ilha, Castro e Ancud, cada uma delas com aproximadamente 40 mil pessoas. As outras 80 mil pessoas se espalham por dezenas de pequenos povoados e centenas propriedades rurais, não só na própria ilha de Chiloé, mas em muitas outras, bem menores, que também compõe o arquipélago.
Praia concorrida em Isla Quichao, ao lado da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Chiloé, na verdade, é o nome de um arquipélago cuja maior ilha é a Isla Grande de Chiloé. A segunda maior é a Isla Quinchao, que visitamos hoje
Isso mesmo, o nome “Chiloé” se refere, na verdade, a um arquipélago de ilhas. Dessas, a maior disparada é a Isla Grande de Chiloé. Aí estão 8.400 km2 dos pouco mais de 9.100 km2 da área total do arquipélago. Nela estão Ancud, Castro, Quellón e quase todas as cidades e povoados de maior importância do arquipélago. Quase todas as outras ilhas estão ao longo da costa leste da Isla Grande, entre ela e o continente. Formam um emaranhado de canais que têm sua origem nas eras glaciais, quando gigantescas geleiras vindas do alto dos Andes chegavam até aqui e abriam caminho entre o relevo. Com o retrocesso do gelo, o mar ocupou seu espaço e várias ilhas foram formadas. Várias delas são habitadas desde a época pré-colonial e hoje formam importante parte do acervo cultural e turístico do arquipélago.
Percorrendo as estradas de Isla Quinchao, uma pequena ilha do arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
Mapa aproximado do nosso roteiro entre Ancud e Castro, passando por diversas vilas e igrejas no caminho e até na ilha de Quinchao, com a ajuda de um ferry!
Hoje nós viajamos entre as duas “metrópoles” do arquipélago, Ancud e Castro. Uma estrada de asfalto de 80 quilômetros liga as duas cidades, mas não foi esse o caminho que fizemos. As mais belas paisagens e atrações turísticas de Chiloé não estão nas duas cidades e nem ao longo da estrada que as liga. Estão no interior, nos pequenos povoados e também nas pequenas ilhas do arquipélago. É aí que se encontram as igrejas que fizeram a fama internacional de Chiloé, muitas das quais declaradas Patrimônio Mundial Cultural pela UNESCO.
Venda de mariscos no mercado de Quemchi, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Venda de ouriços no mercado de Quemchi, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Vou falar das igrejas em outro post, mas não são só elas que fazem a beleza do interior do arquipélago. Há mercados típicos, festas tradicionais, ilhas pitorescas, praias com enormes variações de marés, a arquitetura típica das palafitas e a paisagem de tirar o fôlego. Da costa de Chiloé se enxerga a cordilheira andina do outro lado do mar, lá nos Andes, com seus picos nevados e vulcões em forma de cone, quase como se tivessem sido desenhados no horizonte, especialmente em dias de céu azul como tivemos hoje.
Venda de algas no mercado de Quemchi, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Criação de salmões na região de Quemchi, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Fugindo da estrada principal, nós percorremos um emaranhado de estradas secundárias e rurais, muitas das quais nem aparecem no mapa do Google. Percorremos a chamada “Rota das igrejas”, buscando ver o maior número delas. Descemos ao longo da costa leste, a cordilheira andina do outro lado do mar sempre servindo como um referencial. Aproveitamos também para conhecer uma das ilhas do arquipélago, justamente a maior delas, depois da Isla Grande. Era a que tinha mais fácil acesso, um curta travessia de balsa nos levando para sua própria rede de estradas rurais, mais igrejas, mais praias, mais imagens bucólicas.
De Quemchi, na costa leste da ilha de Chiloé, é possível ver um dos vulcões do sul do Chile
A maré seca deixa os barcos na areia em Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Nós começamos nossa rota seguindo, sempre pelas estradas menores, para o povoado de Quemchi, já na costa leste. Além da belíssima igreja de Colo, uma daquelas declaradas Patrimonio Mundial, a pequena cidade tem um agitado mercado de frutos do mar. Para quem gosta de mariscos frescos, ouriços e até algas, é o paraíso. Com um mar azul tão lindo bem em frente, não é de se estranhar que a cidade viva em função dele. Como quase todas as cidades dessa parte do Chile, as salmoneiras são muito comuns ao longo da costa. Do outro lado do canal, já no continente, as montanhas nevadas dos Andes capturam a nossa atenção. Foi a primeira vez que as vimos desde Chiloé e sua visão no horizonte nos acompanharia o resto do dia.
A maré seca deixa os barcos na areia em Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Casa sobre palafitas, própria para as grandes variações de maré em Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Daí seguimos para o sul, até a pequena cidade de Tenaún. Aqui se dá a maior maré da costa leste de Chiloé e o mar se afasta centenas de metros. Quando chegamos, dezenas de barcos repousavam tranquilamente sobre a areia das praias, apenas esperando que as águas do mar retornassem. A arquitetura das casas também se adaptou a este regime e elas são construídas sobre palafitas. Assim, enquanto na maré baixa parece haver espaço para mais um andar embaixo das casas, na maré alta a água do mar quase bate em suas portas.
Passeando no movimentado mercado de Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Passeando no movimentado mercado de Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
De Tenaún saem os barcos que fazem a ligação com as ilhas Chauques, umas das mais interessantes do arquipélago de Chiloé. Elas formam uma espécie de Chiloé em miniatura, uma ótima oportunidade de se conhecer os vários aspectos da cultura e paisagem chilotas a pé, em um ou dois dias. A única dificuldade é chegar até elas. Não há barcos todos os dias e eles não levam carros. São seis ilhas “permanentes”. Quando a maré enche, o mar acaba separando algumas delas em ilhas ainda menores. Nós só pudemos vê-las de longe dessa vez e elas são um ótimo motivo para, algum dia, voltarmos para cá para conhecermos a “Chiloé de Chiloé”, como são, às vezes, chamadas.
Negociando preços no mercado de Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Passeando no movimentado mercado de Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Seguimos viagem e, muitos quilômetros e igrejas depois, chegamos a Dalcahue. A cidade com 5 mil habitantes é conhecida pelo seu mercado de artesanato e seus restaurantes beira-mar. Nós passamos quase uma hora nesse mercado, não só observando, mas também negociando e comprando. Já tão pertos do retorno ao Brasil, comprar umas lembranças para familiares nos pareceu uma ótima ideia por ali.
Passeando no movimentado mercado de Dalcahue, na costa leste da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Chegando a Achao, pequena cidade em isla Quinchao, no arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
De Dalcahue é possível tomar uma balsa para a Isla Quinchao, a segunda maior do arquipélago. Tem cerca de 120 km2, vários pequenos povoados interessantes e, claro, muitas igrejas históricas. A balsa demora apenas 5 minutos para atravessar os 750 metros de distância do canal que separa as duas ilhas. Dessa vez, não perdemos a chance de conhecer mais uma ilha do arquipélago e para lá seguimos de Fiona.
Criação de ovelhas em Isla Quinchao, uma des pequenas ilhas do arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
Chegando a Achao, pequena cidade em isla Quinchao, no arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
Rapidamente, já estávamos explorando suas estradas e paisagens bucólicas. Aí estão os povoados de Curaco de Velez, Achao e Quinchao, cada um com sua igreja. Se o clima já é tranquilo na Isla Grande, por aqui parece que o tempo não anda ou, se anda, é num ritmo bem diferente daquele que conhecemos. Ovelhas pastam tranquilamente nos campos verdes enquanto pessoas descansam na parta e janelas de casa, apenas vendo a vida passar. Ao longe, cada vez mais belos, os picos nevados e até um enorme vulcão parecem nos observar. Na praia,, as águas se afastam, mas uma família que aí descansa e brinca não se preocupa em segui-las, pois sabe que em breve voltarão.
A cordilheira dos Andes vista de Isla Quinchao, no arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
Do outro lado do mar, mais um dos vulcões do sul do Chile (em Isla Quinchao, uma das ilhas do arquipélago de Chiloé)
Nossa vontade também foi ficar ali e ver a vida passar, bem devagar. Fizemos isso o quanto pudemos, mas tínhamos de continuar a viagem de hoje. Assim, dirigimos de volta para o porto e tomamos a balsa novamente para Dalcahue. Agora, já estávamos bem perto do destino final de hoje, a capital de Chiloé, Castro, mas ao chegar à estrada principal, tomamos o rumo norte ao invés do sul. O objetivo era a pequena Pid Pid.
Horário de maré seca em Isla Quinchao, pequena ilha do arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
Criação de salmões em Isla Quinchao, uma das ilhas do arquipélago de Chiloé, no sul do Chile
É claro que havia mais uma pequena igreja por ali, mas estávamos mesmo procurando era uma festa “costumbrista”, ou tradicional. Há um calendário dessas festas pela ilha e hoje haveria uma em Pid Pid. Parecia uma espécie de festa junina, todos com roupas típicas rurais, muita comida e cerveja, grandes mesas para socialização e espaço para música e dança. No alto de uma colina, o melhor de tudo era a vista que tínhamos lá de cima, Castro para o sul e as montanhas nevadas para o leste, bem longe.
Palafitas, arquitetura típica da ilha de Chiloé, no sul do Chile
Chegando a festa típica em Pid Pid, ao norte de Castro, na ilha de Chiloé, no sul do Chile
Depois de comermos um pouco e tirarmos nossas fotos, o dia já quase terminando, achamos melhor seguir para Castro. Ainda tínhamos de encontrar alguma pousada para lá e a cidade é muito concorrida nessa época do ano. Além disso, a vontade de conhecer a capital do arquipélago não tinha apenas algumas horas ou poucos dias, mas 22 anos, desde que estive em Chiloé no início da década de 90. Era chagada a hora!
Festa típica em Pid Pid, ao norte de Castro, na ilha de Chiloé, no sul do Chile
Olá, ótimo post, estive em Chiloé em Janeiro, lugar de rica cultura e gastronomia, mas achei que a rota das igrejas é vendida bem diferente da realidade, como vocês puderam comprovar não é fácil o acesso às principais igrejas, porque ficam nas ilhas, acaba-se gastando muito tempo para chegar, de modo que é inviável ver mais do que uma ou duas ! A de Dalcahue está em reforma, visitei a de Rilán que foi toda reformada, linda arquitetura ! Sigo acompanhando o blog, mês que vem vou ao México e seguirei a rota para Tulum-Cobá-Valadolid-Chichen Itza como vocês fizeram, abraços.
Resposta:
Olá Francisco
Legal que tenha gostado do post! Concordo completamente com sua opinião sobre Chiloé e sua cultura e gastronomia e também sobre as dificuldades de se visitor muitas das igrejas. Mesmo para nós, com condução própria, já foi uma Aventura encontrar e conseguir chegar até muitas delas! mas a cada uma que chegávamos, valia o esforço!
Se pudermos ajudar com alguma informaçõa sua viagem ao México, não deixe de nos perguntar! É sempre um prazer tentar ajudar! Tenho certeza qeu vc vai ADORAR o México. É um país absolutamente incrível.
Um grande abraço
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