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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá
As longas horas de navegação entre Cartagena, na Colômbia, e as ilhas de San Blás, na costa panamenha, não foram das mais fáceis. Especialmente para quem enjôa no mar, o que não é, felizmente, o meu caso. Mas é o caso da Ana e de alguns outras passageiros, que se mantém vivos à custo de muitas pílulas para enjôo.
Nosso quarto no veleiro que nos levou à San Blás, na costa do Panamá
Vista a partir do nosso quarto da parte interna do veleiro que nos levou da Colômbia para o Panamá
O Lycka, nosso veleiro, é meio pequeno para as 8 pessoas que nele navegam. Mas, por apenas cinco dias, três deles no paraíso, a gente dá um jeito! Eu e a Ana ficamos com um quarto na ponta frontal do barco, com direito à teto solar mas também à muito balanço. O alemão e o espanhol dividiram o quarto que fica atrás do barco enquanto os australianos se acomodaram na sala/cozinha, onde sofás se transformam em camas. O capitão e a Glória se revezavam na ponte de comando, um deles sempre acordado para acompanhar a longa navegação de 40 horas.
Nem sinal de terra à vista no primeiro dia de navegação entre Cartagena (Colômbia) e San Blás (Panamá)
Quando acordamos no dia 21, já não se via terra firme. E assim continuou até a manhã de hoje, dia 22, quando avistamos o Panamá continental e suas montanhas (enfim, a América Central!!!) e as ilhotas de San Blás. Ao longo do dia de ontem, nosso passatempo eram as gostosas refeições preparadas pela Glória, além de um rápido e sempre renovador encontro com golfinhos, esses animais mágicos que habitam todos os oceanos da Terra.
Golfinhos nos acompanham em mar aberto no primeiro e longo dia de travessia de veleiro de Cartagena (Colômbia) até o arquipélago de San Blás (Panamá)
Fora isso, muita conversa para conhecer melhor nossos colegas de barco. O Andy, o alemão, está terminando uma viagem de 1 ano ao redor do globo. O australianos Ben está viajando pela América Latina e quer passar o reveillon no Rio de Janeiro. Encontrou seu amigo Alex (que vivia nos EUA) em Cartagena, para juntos viajarem pela América Central. O espanhol Johan veio passar uns dias com seu amigo catalão Marc, o nosso capitão. E a Glória já é "usera e vesera" dessas viagens pelos mares. Duas vezes já cruzou o Atlântico rumo à Europa e por aqui, acho que já fez essa travessia Colômbia-Panamá umas 100 vezes!
Hora do almoço, nossos companheiros no veleiro em San Blás, na costa do Panamá: um espanhol, um alemão e dois australianos
Bom, tivemos de enfrentar duas noites de muito balanço e calor para chegarmos ao paraíso. Na verdade, com o nosso teto solar, até que ficava fresco. O problema era quando começava a chover e tínhamos de fechar a janela do teto. Aí ficava tudo abafado, a gente suando e sem chance de tomar banho. Água doce no barco, só para beber e cozinhar, lavar frutas e os dentes. Banho, só de balde com água do mar! Mergulhos refrescantes, só em San Blás!
Banho de mar nas paradisíacas ilhas de San Blás, na costa do Panamá
Relaxando numa das praias do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá
Mas o sacrifício valeu à pena e chegamos às primeiras ilhas desse arquipélago com quase 400 ilhotas, dez por cento delas habitadas pelos índios Kuna, os donos do pedaço. Ancoramos firmemente entre três pequenas ilhas e o dia de hoje foi gasto entre mergulhos refrescantes e explorações das ilhotas, nas quais se dá a volta em poucos minutos. Areia branquinha, parace até um creme, e muitos coqueiros. Tudo cercado por um mar calmo e de águas verdes e transparentes. Aquela típica imagem que temos do paraíso em nossos sonhos!
Indígenas Kuna, os habitantes das ilhas de San Blás, na costa do Panamá
O Lycka, veleiro que nos levou até San Blás, na costa do Panamá, fotografado de debaixo d'água
No lugar há outros poucos veleiros, inclusive um que vem no sentido contrário trazendo umas dez motos que viajam do México à Argentina. É, passar moto de um continente ao outro é muito mais fácil que passar carros... O pessoal que viaja neste barco, bem maior que o nosso, dividiu conosco uma das ilhotas no final da tarde. Ambs os grupos fazíamos um churrasco de celebração por termos chegado naquele lugar tão lindo.
Churrasquinho no fim de tarde em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá
Enfim, tivemos um dia maravilhoso e São Pedro realmente cooperou com sol e céu limpo. Protegidos entre as ilhas o mar quase não balança, o que também facilitou bastante nossa vida e nosso sono. Outros dois dias assim nos esperam, apenas com pequenas navegações para outros dois pontos de ancoragem, onde vamos conhecer mais um punhado de ilhotas que compõem esse cenário encantado da costa caribenha do Panamá.
Nosso primeiro fim de tarde no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá
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