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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Elegante sala no Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
Nosso primeiro dia inteiro na volta à Cidade do México, ontem, foi de ócio criativo. Dividimos nosso tempo entre o trabalho ou simples navegação pela internet (depois de 20 dias de Cuba, que saudades da internet!!!), sempre com a magnífica vista que o décimo oitavo andar do prédio do Rodrigo, que já se localiza no alto de um morro, proporciona. Enxerga-se até onde a vista alcança, ou melhor, até onde a fumaça que paira sobre a capital mexicana permita. Alguns dias mais longe, até as montanhas, outro dia mais perto, até ali na esquina...
Um anjo no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
Além disso, fomos ver as questões da Fiona e da nossa Nikon. A Fiona, além de estar com um pneu no chão (???), arriou a bateria, depois de trinta dias parada. Mas, quis o destino que o Rodrigo morasse exatamente em frente à uma concessionária da Toyota. Assim, rapidinho fui lá e eles mandaram um socorro, meramente atravessando a rua. Demos partida nela rapidamente e o simpático mecânico me ajudou a levantar o carro, tirando o peso do pneu vazio. Com ele no ar, o enchemos com nosso compressor mesmo e “listo!”, ela já estava pronta para ir até o Alaska, sorridente novamente! Melhor ainda, a Toyota nem cobrou por isso! Além do pneu e da bateria, agora já estou com os filtros de óleo que o Rafa trouxe do Brasil (que não existem aqui no América do Norte, pois só há “Fionas” à gasolina nesse continente). Deveria ter sido trocado na revisão dos 70 mil km, mas na ausência de filtro, só limpamos bem o antigo e o recolocamos. Se quisesse fazer a troca agora, desperdiçaria todo o óleo novo que foi colocado nela. Assim, depois de conversar com o pessoal da concessionária, resolvemos seguir com o filtro velho (e lavado!) até a próxima revisão. Espero não estar arriscando...
O lago do Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
Por fim, fomos buscar as nossas queridas Nikon e Sony da revisão. Estavam numa loja no Centro Comercial Santa Fé, talvez o maior Shopping Center que eu já tenha visto na vida. É muito grande! Nele estão as mais importantes e tradicionais lojas de departamentos do país, a Liverpool e o Castelo de Hierro. Cada uma já é, por si só, um shopping center. Já tinha ficado impressionado da outra vez que passamos por aqui. Mas agora, depois de ter passado em Cuba, o contaste não poderia ser maior! Quando eu era adolescente, lembro de ler o saudoso Paulo Francis dizer que em três ou quatro quarteirões de Manhattan havia mais mercadorias que em toda a URSS (ainda existia URSS naquele tempo!). Pensava que ele exagerava um pouco, só para passar a ideia. Hoje vi que não havia exagero nenhum! Tenho certeza que há mais mercadorias em uma única loja da Liverpool do que em toda a Cuba! Realmente, algo não anda bem naquela maravilhosa ilha... Bom, voltando às máquinas fotográficas, a Sony estava pronta e a Nikon, tivemos de esperar um pouco mas, por fim, saímos com ela também, para testá-la nos próximos dias. A diferença da Lumix para ela é mais ou menos o mesma de Cuba para Liverpool, hehehe!
Caminhando no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
E o primeiro dia de testes foi hoje, quando fomos de táxi até o Bosque de Chapultepec dispostos a uma longa caminhada pela região. Chapultepec é o Ibirapuera dos mexicanos, com uma pitada de Central Park. Uma enorme área verde na área central da cidade, com diversas atrações como museus, lagos e até um “castillo”. Aí está também o massivo Museu Nacional de Antropologia, que tínhamos visitado antes de irmos ao Caribe. Dessa vez, caminhamos para o outro lado.
Bela paisagem no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
Caminhada gostosa por caminhos cercados de muito verde e esquilos correndo para lá e para cá. Fomos fazendo um ziguezague pelo parque, passando pelos lagos, pela Alameda das Esculturas, pelo ponto onde antes estava a fonte que fornecia água aos astecas, pelo monumento em homenagem aos jovens cadetes que preferiram se matar a se render ao exército americano que tomava a Cidade do México na guerra dentre os dois países e, finalmente, na gigantesca árvore “El Sargento”, que teria sido plantada por um imperador asteca há 500 anos. A árvore morreu há poucas décadas, mas seu tronco colossal continua ali, nosso elo de ligação direto com outro mundo e com muitas e muitas páginas da rica história do país.
O Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
Depois de toda essa caminhada, nada melhor que relaxar no Audiorama, um aconchegante recanto do parque cheio de cadeiras, cercado com vegetação exuberante e sob uma constante trilha sonora de música clássica e óperas, som que sai de autofalantes escondidos entre as folhagens. Aí as pessoas leem, meditam ou simplesmente relaxam, cercados de pureza e boa música. Adoramos!
O Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
Para fechar com chave de ouro nossa visita, subimos ao Castillo de Chapultepec, no alto de uma colina, ponto mais alto do parque. Daí se tem uma vista magnífica de Chapultepec e também da infinita selva de pedra que cerca o bosque. Não é à toa que esse foi o local escolhido pelo imperador Maximiliano para sua residência oficial, junto com sua amada esposa Carlota. Seu castelo transformou-se num grande museu onde podemos admirar a arquitetura da época, a decoração de seus cômodos, as carruagens luxuosas, além da história do país.
Carruagem de Maximiliano, exposta no Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
O México tem uma história riquíssima. E não só por causa da rica cultura pré-colombiana que aí se desenvolveu. Também os períodos colonial e republicano estão cheios de causos, personagens e fatos interessantes. Lendas vivas como Emiliano Zapata ou Pancho Villa ainda fazem parte do imaginário nacional e mundial. Umas das passagens mais interessantes dessa história é o breve período em que o país “importou” um imperador da Europa. Importou não, foi imposto ao país!
Jardins do Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
A política mundial era mais “interessante” naquela época. Ao invés de apenas uma superpotência como os EUA de hoje, naquela época Inglaterra, França, EUA, Rússia e Prússia dividiam e disputavam a diplomacia mundial. O poder americano era crescente e isso preocupava as potências europeias. Mas, na segunda metade da década de 60, com os Estados Unidos em guerra civil, tiveram uma grande chance de exercitar seus músculos do lado de cá, no quintal americano. Foi só aí, por exemplo, que a Inglaterra decidiu implementar sua decisão de proibir o tráfico mundial de escravos. Antes, não tinha coragem de interromper esse fluxo que alimentava os estados do sul de sua ex-colônia.
Belo vital no Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
Bem nessa época, assumiu a presidência do México, numa espécie de revezamento que faziam liberais e conservadores, o mais popular presidente da história do México: o liberal Benito Juarez. Para enfrentar a grave crise econômica que o país enfrentava, uma de suas primeiras medidas foi declarar moratória da dívida externa, irritando profundamente os principais credores: Espanha, França e Inglaterra. Os três se uniram, então, para punir o desabusado. Um ataque punitivo a um movimentado porto mexicano no golfo (imaginem se as coisas fossem assim hoje!). Mas a França queria ir mais longe. Seu imperador, Napoleão III, tinha “o rei na barriga”. Viu no momento histórico uma grande oportunidade: instalar no México uma monarquia católica nos moldes europeus, ensinar o país a ser um país de verdade, transformá-lo num estado forte e contrapô-lo, na América, ao poder dos EUA, uma república protestante.
Vista do alto do Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país
E assim foi. As tropas francesas, apesar da forte resistência, rumaram até a capital e a tomaram. Enquanto lidavam com a guerrilha no interior do país, Napoleão III convenceu o nobre austríaco Maximiliano a aceitar o “emprego” de Imperador do México. Aqui ele chegou, apoiado pelos setores mais conservadores da sociedade mexicana, esperando ser recebido como salvador da pátria. Trazia junto sua jovem esposa, a rainha Carlota, uma avançada mulher para os padrões da época, com noções de política e economia internacional. Ambos com o interesse sincero de serem bons governantes.
Uma das dezenas de freeways que cortam a Cidade do México, capital do país
Os problemas começaram logo. Maximiliano tinha políticas liberais, inclusive no campo social. Isso irritou profundamente seus apoiadores conservadores. Ao mesmo tempo, o imperador não conseguiu negociar com os liberais liderados pelo deposto Benito Juarez, apesar de, em outra situação, provavelmente terem sido grandes amigos. O ex-presidente jamais aceitaria um governo imposto por potências estrangeiras em seu país. Cansado da resistência dos liberais da da insistente guerrilha, Maximiliano passou a mandar fuzilar sumariamente todos os oficiais capturados na guerra, como traidores da pátria.
Atravessando a Plaza México em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país
Ao mesmo tempo, fatores externos também fizeram a situação se deteriorar. Na Europa, tensões com a Prússia fizeram Napoleão III precisar de suas tropas em casa. E no norte, com o fim da Guerra de Secessão, os EUA puderam novamente exercer su influência, exigindo a retirada das tropas francesas do continente. Sem o apoio delas, o governo de Maximiliano não se aguentaria.
Um dos muitos restaurantes em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país
Sua esposa foi para Europa em busca de ajuda. Rodou as cortes do continente, mas nada mais conseguiu do que apoio moral. Enquanto isso, no México, o valente e orgulhoso Maximiliano recusou-se a fugir, ignorando os conselhos de seus primos europeus e de Napoleão III, seu “inventor”. Acabou capturado, julgado e condenado à morte. O governo de Benito, de volta ao poder, recusou os pedidos de clemência de vários países e cumpriu a sentença “O exemplo tem de ser dado, para mostrar que o México é um país soberano!” – afirmou. E assim terminava a aventura de Maximiliano, três anos após ter se iniciado. Sua esposa, na Europa, jamais se conformou, recolhendo-se a um convento e nunca mais falando sobre o assunto.
Tranporte comunitários de bicicletas em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país
Pois é, mais uma página da história mexicana. E nós, depois da visita ao castelo desse ilustrado imperador, seguimos nosso passeio até o agradável bairro de La Condesa, uma espécie de Vila Madalena daqui. Uma delícia, cheio de bares, restaurantes e praças em seu miolo enquanto as ruas em volta são charmosas e tranquilas. Já sabemos onde morar se um dia viermos para cá! Nosso primeiro contato com um bairro de verdade nessa cidade, lugar em que se pode caminhar, ir até a esquina, ler um jornal na praça. Nada daquelas freeways gigantescas ou do movimento ininterrupto do centro. Enfim, adoramos La Condesa, e aí brindamos a Maximiliano, Carlota a Benito Juarez. Que Diós los tenga!
Um carro com uma função muito mais nobre, em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país
Olá,que caminhos lindos vcs passaram,dá até inveja....o México é linnnnnnnndo,mostrado por vcs ficou muito mais,vários tons de verde neste parque realmente fantástico,um abraço Lurdes
Resposta:
Oi Lurdes
O México é realmente lindo e surpreendente! E o Ibirapuera da Cidade do México (Chapultepec) é um ótmo programa, principalmente o Audiorama. Adoramos!
Abraços
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