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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Encontro com tubarão-baleia em mergulho em Wolf, em Galápagos (foto de Henning Abheiden)
O Tubarão-Baleia é o maior peixe dos nossos oceanos. Chega a medir 15 metros de comprimento e pesar mais de 10 toneladas. Resumindo, é um ônibus abaixo d'água. Apesar desse tamanho todo, ele é completamente pacífico e inofensivo ao homem. Alimenta-se de plâncton microscópico através da filtragem de água que engole em enormes quantidades quando abre a sua boca.
O maravilhoso e gigantesco tubarão-baleia, na Isla Wolf, em Galápagos (foto retirada do vídeo de Friso Hoekstra)
O sonho de quase todos os mergulhadores é avistar uma dessas criaturas maravilhosas. Mais, é poder nadar ao lado dele por algum tempo, sentir-se minúsculo diante de um ser tão gigantesco, observar até onde a vida pode chegar. Para encontrá-los, ou se tem muita sorte em algum ponto onde não costumam frequentar ou então deve-se ir mergulhar em algumas regiões do mundo onde eles são vistos habitualmente, como na costa oeste da Austrália, nas Filipinas, em Belize ou em Galápagos.
Tubarão-baleia em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
Eles eram nosso principal objetivo nos mergulhos em Galápagos. Por aqui, é bem comum encontrá-los em Darwin e também em Wolf. Imagine então nossa ansiedade ao cair na água pela primeira vez nessas ilhas, logo após o briefing dos nossos guias nos explicando como seria o procedimento para encontrá-los e pedindo à todos que cruzassem os dedos.
Todos à espera de um tubarão-baleia em mergulho na Isla Darwin, em Galápagos
Reação da Ana ao se deparar com um Tubarão-Baleia, em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos
E assim estávamos nós, fixos em nossas pedras a 15 metros de profundidade, segurando-nos para não sermos levados pela corrente, observando o azul infinito à nossa frente, maravilhados com a quantidade de tubarões-martelo que nos rodeavam. A esperança maior de observar um tubarão-baleia era em Darwin, no dia seguinte, então não estávamos tão preparados para o enorme vulto que apareceu na nossa frente, meio distante. A Glenda, nossa guia, começou a bater no seu tanque e nos apontar o gigante enquanto a gente ainda custava a crer no que via. Foi quando ela começou a nadar em direção a ele e nós fomos atrás, ainda sem saber qual deveria ser a nossa postura. Deu tempo para chegar um pouco mais perto, observar suas manchas brancas, mas ele rapidamente se foi. Um breve e inesquecível contato.
Tubarão-baleia se afasta em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
Depois desse encontro, voltamos aos nossos lugares, agora preparados para, numa próxima vez, sair em disparada em direção ao tubarão. Enquanto isso, a Laura, o Rafa e a Maria, já com ar terminando, iniciaram sua volta à superfície. Enquanto nós ficávamos lá embaixo, em vão, esperando por mais um tubarão, os três tiveram o encontro de suas vidas: imóveis na sua parada de segurança, quase foram atropelados por um tubarão-baleia que passava por ali tranquilamente. A Maria filmou tudo e, quando os encontramos, estava extasiados. A euforia durou até que chegássemos todos ao barco e pudéssemos ver o filme. Aí, ela aumentou, para eles, vendo de novo aquela criatura incrível. Para nós, além de maravilhados com aquelas cenas, sobrou uma certa inveja branca e a promessa de que não perderíamos mais uma oportunidade.
Emocionante encontro com tubarão-baleia em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
Um dos mais angustiados era o Friso, pois pedeu também o primeiro tubarão, já que tinha se desconcentrado na hora filmando alguma outra coisa. Estava decidido a ir "a revanche".
O maravilhoso e gigantesco tubarão-baleia, na Isla Wolf, em Galápagos (foto retirada do vídeo de Friso Hoekstra)
Algumas horas depois, estávamos todos nós lá embaixo de novo, dessa vez quase ignorando os tubarões-martelo. Queríamos algo maior! Dessa vez, mergulhávamos com o Edwin, enquanto a Glenda estava com os russos uns 50 metros ao nosso lado. E foi o barulho dela que ouvimos primeiro. Desesperados, tentávamos discernir alguma coisa naquele imenso azul quando, de repente, o Edwin saiu nadando que nem um louco em direção ao infinito. Mesmo sem ver nada, saímos todos atrás, até que o o gigantesco vulto apareceu. Para meu azar, eu era o que estava mais longe do "lugar certo de se estar", mas nessa hora o negócio é bater perna à força máxima, enfrentar a corrente e não pensar em mais nada. À minha frente estava o Friso, acelerando e ultrapassando outros mergulhadores que íam ficando para trás. Por fim, ele chegou ao tubarão e começou a fazer um "vôo panorâmico" sobre ele. Com sua câmera de grande angular, suas imagens ficaram absolutamente fantásticas. Um pouco atrás, eu tentava filmá-lo e ao tubarão também, mas o enorme bicho simplesmente não cabia na tela da minha câmera. Filmei o que pude e resolvi tirar fotos também, a sequência de botões a serem apertados passando pela minha cabeça enquanto eu tentava subir um pouco acima do tubarão para poder enquadrá-lo por inteiro. Tudo isso em força máxima contra a corrente, que teimava em nos levar para trás, enquanto o tubarão-baleia navegava tranquilamente contra ela.
A Ana nada ao lado de um gigantesco Tubarão-Baleia na Isla Wolf, em Galápagos (foto retirada do vídeo de Friso Hoekstra)
A Ana em perseguição ao gigantesco tubarão-baleia em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos
E assim, fui subindo, subindo, até que consegui fotografá-lo quase inteiro. Ao seu lado, "pedalando" com toda a força, quase podendo tocá-lo, lá estava a Ana, minúscula, corajosa e feliz. Do outro lado, o Friso filmava tudo. E eu, quando percebi, já estava na superfície, sem ter feito nenhuma parada de segurança, meu computador apitando sem parar. Com muita força, desci. Mas o tubarão já ía longe e a Ana e o Friso voltavam, se poder caber em sua alegria.
Emocionante encontro com tubarão-baleia em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
De noite assistimos o filme. Ficou absolutamente fantástico. Vamos postá-lo em breve, mas algumas das fotos desse post foram retiradas dele. Já o meu filme e minhas fotos, coitadinha da nossa Intova, até que se esforça.
Tentando desesperadamente alcançar o tubarão-baleia para filmá-lo por baixo, na Isla Wolf, em Galápagos
No dia seguinte, em Darwin, teríamos mais chances. E tivemos! Duas vezes no mesmo mergulho! Na primeira, mais uma vez o tubarão apareceu do lado errado, pelo menos para mim. Não consegui chegar muito perto e o Friso fez mais um belo filme. Quando todos voltamos aos nossos postos, exaustos, apareceu outro! Dessa vez, poucos tiveram ainda saúde de persegui-lo. Eu simplesmente esqueci do meu ar, cansaço e coração e parti à toda. Dessa vez, usando outra tática. O tubarão sempre vem contra a corrente. Ao invés de se lançar diretamente para ele, resolvi avançar contra a corrente pelas pedras, usando mais o braço do que as pernas. Passei rapidamente pela Ana e Glenda que estavam à minha frente, alinhei-me com o tubarão, que nadava uns dez metros ao meu lado, em direção ao mar aberto e, só aí, abandonei a encosta em direção à ele. Desesperadamente fui me aproximando. Ele estava mais alto e eu resolvi ir por baixo, dessa vez. Consegui filmá-lo por baixo, contra a luz do sol, um ângulo que ainda não tínhamos tido. Melhor ainda, a Glenda, de longe, conseguiu filmar a minha luta para chegar até ele. Nada com a qualidade dos filmes do Friso, mas algo para eu guardar pelo resto da vida, com certeza.
O enorme vulto de um tubarão-baleia visto por baixo, na Isla Wolf, em Galápagos (foto retidada de vídeo)
Difícil descrever a emoção. É algo que, certamente, queremos vivenciar de novo. E acho que vamos. Mas não foi mais em Galápagos. Eles resolveram não mais aparecer em nossos megulhos restantes em darwin e Wolf. Mas não podemos reclamar. Em dois dias, cinco encontros. Sensação única e inesquecível. Foi para isso que tínhamos vindo. Pagou nossa viagem, com certeza. Mas, tubarões-baleia, ainda vamos nos ver, podem ter certeza!
Parabéns, ganharam um presentaço da natureza.
Estou indo pra Galápagos esse ano.
Qual o melhor período para tentar encontrá-los?
Obrigada pela ajuda
Nossa, que incrivel!!! Tô apaixonada pelo seu site! Estou planejando ir para Galapagos ano que vem.. Qual a época do tubarão baleia? e outra coisa, eu mergulho, porém meu marido tem fobia, dá para ele ir de snorkel como nas mantas do hawaii?
Resposta:
Oi Tereza
Teoricamente, a melhor época para os tubarões-baleia em Galápagos é no meio do ano, de Junho a Agosto. Mas nós vimos no início de Outubro! E vimos cinco deles, em três dias.
Mas o melhor lugar para vê-los é perto das ilhas de Wolf e Darwin. E para chegar lá, só em barcos de live-aboard, barcos especializados em mergulho onde se passa vários dias. Não são baratos, mas a aventura vale muito a pena, para quem gosta de mergulhar. Para quem só faz snorkel, passar alguns dias nesses barcos já não vale tanto a pena não.
É diferente das mantas do Hawaii, onde o passeio é de apenas poucas horas. O melhor lugar para fazer snorkel com tubarões-baleia é no México, em Holbox
Qualquer dúvida, pode escrever que vai ser um prazer eu tentar ajudar
Abs
que emocionante seu texto!
Resposta:
Oi Paulinha
legal que vc gostou mas, muito mais emocionante que o texto foi ter estado lá! A sua amiga é muito corajosa!!!
Bjs
Nossa Ro, estou até sem fôlego hehehehe.
Que aventura heim????
Poxa, foi fantástico e realmente o que viveu e presenciaram, não tem preço.
Estou mais orgulhosa ainda de vocês.
Parabéns por mais esta conquista meu bravos guerreiros.
Continuo aqui, torcendo por vocês e pedindo sempre a Deus que os abençoem e os protejam a onde quer que estejam.
Beijocas grandes ao casal fantástico!!!
Resposta:
Oi Lucia
Sem fôlego ficamos nós, hehehe! Foi uma experiência inesquecível!
Já estamos mal acostumados, sempre contando com sua torcida, hein! Não nos abandone, hehehe
Beijos
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