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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Boto Cor de Rosa, no Rio Negro em Novo Airão - AM
Ainda me lembro muito bem quando, no inÃcio da década de 80, foi anunciado que o famoso oceanólogo francês Jacques Cousteau viria ao Brasil, para uma grande viagem à bacia amazônica. Eu já era fã do velho lobo do mar desde que seus documentários começaram a passar na TV brasileira. Passaram-se mais alguns anos até que os documentários feitos em terras tupiniquins chegassem à nossa TV. A Globo os exibiu em horário nobre, em quatro grandes capÃtulos. Um dos pontos altos do belo documentário foi o encontro de Cousteau com um estranho golfinho de água doce, o elusivo Boto Cor de Rosa.
Boto Cor de Rosa submerso, no Rio Negro em Novo Airão - AM
Foi a primeira vez que ouvi falar desse mamÃfero. Desde então, ele tem um lugar cativo na minha imaginação. De lá para cá, quase 30 anos se passaram. Já viajei muito desde então. Mas só tinha conseguido ver de perto o Boto Cinza, um primo menorzinho e mais comum do Boto Cor de Rosa. Este, só pela TV ou revistas. Até hoje...
Filmando o Boto Cor de Rosa, no Rio Negro em Novo Airão - AM
A fantástica coincidência que nos fez encontrar o casal brasileiro do Bordas do Brasil bem no meio da Guiana rendeu à todos nós uma rica troca de informações. Entre elas, a existência do municÃpio de Novo Airão, que ignorávamos por completo. Além da proximidade do arquipélago de Anavilhanas e do Parque Nacional do Jaú, a grande atração da cidade é a possibilidade de interagir de perto com Botos Cor de Rosa. Na hora, não dei o devido valor, mas assim que cheguei a um lugar com internet e acessei o site deles e as fotos dos botos, mudamos o nosso roteiro. Novo Airão passou a ser prioridade.
Interagindo com o Boto Cor de Rosa, em Novo Airão - AM
E assim, hoje cedo, estávamos cruzando, sob muita chuva, o Rio Negro de balsa, bem ao lado da ponte quase pronta que vai facilitar a vida de muita gente. Quarenta minutos navegando nos levaram à margem sul do Rio negro, numa estreita lÃngua de terra que separa este rio do Solimões, um pouco mais para baixo. AÃ, cerca de 170 km de estrada bem conservada e vazia nos levaram até a simpática e tranquila Nova Airão. A velha e original Airão foi o primeiro povoamento português na região, mais antiga ainda que Manaus. Dela só sobraram ruÃnas e é mais uma das atrações turÃsticas para quem visita a Nova, onde acabávamos de chegar.
Interagindo com o Boto Cor de Rosa, em Novo Airão - AM
Ainda antes de irmos para nossa pretendida pousada, já paramos no Centro de Informações TurÃsticas para perguntar sobre os botos e também sobre Anavilhanas, o maior arquipélago fluvial do mundo. Decidimos que vamos visitá-lo amanhã. Hoje, era dia de botos! Com trinta anos de atraso, mas antes tarde do que nunca.
Boto Cor de Rosa, em Novo Airão - AM
A gente se instalou na simpática pousada Bela Vista e seguimos à pé para o restaurante flutuante onde se pode alimentar botos que já estão acostumados com todo o ritual. Os turistas compram uns pedaços de peixe, aproximam-se mais ou menos da água, dependendo da coragem de cada um, a passam a alimentá-los. Antes que os puristas reclamem, por mais que sejam alimentados por turistas, que fora de fins de semana e feriados, mal aparecem, a maior parte da alimetação ainda vem da caça, e eles não estão esquecendo de como fazer isso por conta própria. Ao mesmo tempo, por causa dessa prática em Novo Airão, os botos, antes perseguidos pelos pescadores, por rasgarem suas redes, passaram a ser admirados no municÃpio, e protegidos por todos. A famosa win-win situation.
Brincando com o Boto Cor de Rosa, em Novo Airão - AM
Bem, eu e a Ana passamos um bom tempo, só nos dois, ali com os botos. Felicidade pura! Muita admiração por esse animal tão gracioso e belo. Eles ganharam um belo lanche! Nós, inesquecÃveis momentos e muitas fotos legais. Uma bela troca!
Admirando o Boto Cor de Rosa, em Novo Airão - AM
P.S Além dos botos, outro fato digno de nota foi nosso almoço. Ficamos quase até cinco da tarde no bar flutuante dos botos, conversando com pessoas e bebericando cerveja. AÃ, neste horário, numa cidade deste tamanho, ficamos sem esperança de achar muita coisa para comer. A esperança é a última que morre e fomos caminhar no centro. Eis que encontramos o restaurante Leão da Amazônia, onde um grande evento acabava de terminar. Entre os presentes, os cônsuls do Japão e da Suiça, que vieram para a inauguração de uma associação de artesanato. Foi servido um belo banquete para esse pessoal. Quando chegamos, o buffet estava sendo retirado. O menu havia sido metade japonês e metade suiço. Mas o cônsul suiço tinha atacado a metade japonesa também, de modo que muito queijo tinha sobrado por lá. Enfim, quem diria, conseguimos uma bela entrada de queijos suiços com pães, seguido dos pratos principais, contra filet ou peixe. Tudo muito bem temperado pelo chef francês que há alguns anos se mudou para a cidade. Hmmmm! Que delÃcia! E que surpresa!!!
Pousada Bela Vista, em Novo Airão - AM
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