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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A linda paisagem da região de Huaraz, no Peru
Deixamos Lima rumo à Huaraz, a "capital" da Cordillera Blanca, no norte do Peru. Essa região, ainda bem pouco frequentada por brasileiros, é considerada a mais bela do país e uma das mais bonitas do mundo. Certamente, não tem o apelo histórico da região de Cusco, mas as suas montanhas e vales atraem alpinistas e andarilhos de todo o mundo em busca dos trekkings que são realizados na região.
Encostas de montanhas inteiramente cultivadas na região de Huaraz, no Peru
A cidade de Huaraz fica no vale que separa a Cordillera Blanca da Cordillera Negra. Como os próprios nomes parecem indicar, a diferença é que na primeira há muita neve enquanto na outra quase não há, apesar de também ter grandes alturas. Ocorre que a Cordillera Negra recebe diretamente os ventos salgados que vem do Pacífico, protegendo sua irmã branquinha desses mesmos ventos. O sal, que perto da costa é o responsável pela formação dos grandes desertos, aqui é o responsável pela falta de neve. E assim temos montanhas tão próximas umas das outras, algumas nevadas e outras onde só se vê rochas.
A estrada que leva à Huaraz, no Peru
Outra característica da região, essa bem mais triste, é a constância de grandes catástrofes. Além de grandes terremotos, a região ainda sofre com avalanches e enchentes causadas pelo transbordamento de lagos glaciares. Em 1942, um desses lagos, localizado bem alto nas montanhas, aos pés de um glaciar, recebeu uma grande avalanche e acabou rompendo seu dique natural. Uma enorme quantidade de água veio descendo vale abaixo até chegar em outro lago, destruindo com sua força também o dique natural deste outro lago. Os dez milhões de metros cúbicos de água dos dois lagos combinados desceu ainda mais rapidamente o vale abaixo destruindo tudo à sua frente, inclusive uma boa parte de Huaraz. Quem estava no lugar errado na hora errada não teve chances...
As primeiras neves da Cordillera Blanca, chegando em Huaraz, no Peru
Mas essa tragédia nem chegou aos pés do grande terremoto do início da década de 70, que matou quase 80 mil pessoas e quase não deixou pedra sobre pedra em Huaraz. Mas boa parte dos mortos veio da pequena Yungay, que naquele dia recebia gente de todas as vilas vizinhas para a sua tradicional feira. Yungay se localiza bem em frente ao Huscarán, a mais alta montanha da Cordillera Blanca, com 6.700 metros de altura. O grande terremoto teve a força de soltar muitas milhões de toneladas de granito e gelo combinado da montanha que despencaram para o chão e encosta abaixo com uma força avassaladora. Os quinze quilômetros que separavam a montanha da cidade foram percorridos em meros quatro minutos, debaixo de um som absolutamente ensurdecedor. As pessoas em Yungay tiveram pouco tempo para reagir. A maioria ficou estatelada, esperando a morte certa chegar. Algumas centenas ainda tiveram o ímpeto de correr para o prédio da igreja, o mais forte da cidade. Mas nem a igreja poderia resistir à força do que vinha da montanha. Foi varrida do mapa, assim como quem ali estava. Na verdade, o prédio acabou protegendo as palmeiras da Plaza de Armas que estavam à sua frente. Ainda hoje, enterradas praticamente até as copas, as árvores são as testemunhas mudas dessa tragédia que, em questão de minutos, matou 20 mil pessoas. Os poucos sobreviventes, menos de duas dezenas, foram os que correram e tiveram tempo de subir no morro do cemitério. Que ironia, foi justo no terreno dos mortos que restaram os últimos vivos...
Laguna altiplânica na estrada que vai à Huaraz, no Peru
Bom, chega de tragédias. Da outra vez que estive em Huaraz, só pude fazer dois tours, um para as geleiras do Pastoruri, hoje fechadas ao turismo e o outro para a bela lagoa Llanganuco, incluindo uma visita a Yungay. Dessa vez, o nosso objetivo era fazer algum dos trekkings. Tem para todo o gosto, de diários até aqueles que duram mais de 10 dias. Optamos pelo mais famoso, o trekking de Santa Cruz, que dura de três a quatro dias. Resolvemos fazer com mordomia, isso é, com burros carregando o peso maior e com cozinheiro para não nos preocuparmos com comida. Além disso, montam e desmontam nossas barracas. A nossa única preocupação é caminhar com um pouco de água e tirar belas fotos. Nada mal, né? Já está tudo acertado para amanhã de manhã, num grupo que inclue mais quatro pessoas que ainda vamos conhecer. Então, é isso aí, amanhã começamos a andar por uma das mais belas regiões do mundo!
As primeiras neves da Cordillera Blanca, chegando em Huaraz, no Peru
Fala Rodrigão, me diz uma coisa: as palmilhas já estão gastas??? Rapaz, vocês gostam de andar... Beijo pra Ana e boa jornada pra vocês.
Resposta:
Oi primo!!!
Que bom ouvir de vc!!!
Pois é, não foram só as palmilhas que gastaram não. Comprei um bom tenis quando cheguei na Argentina. Bom e barato, para substituir o antigo.
A Ana foi escoteira e, vc sabe... esconteiros ADORAM andar por aí
Um grande abraço para vc e Rosina tb, meu e da Ana
Ele fornece os equipos?
Resposta:
Não sei, isso é melhor confirmar com ele. Se não, na cidade vc deve conseguir alugar. Mas uma boa jaqueta para frio e vento e um bom calçado, acho que são ótimos investimentos para vc adquirir. Principalmente que daqui a alguns anos vai fazer uma grande viagem pela América e esses equipamentos certamente estarão na sua bagagem
Abs
Que maravilha de lugar!!!
Obrigado.Já enviei um e-mail ao Cristóbal. Rodrigo, qual foi o valor pela subida? É necessário equipo de frio (corta-vento, etc...)?
Resposta:
Oi Luis
Minha memória está falhando, mas o preço foi a metade do que me cobraria uma agência. Se não me engano, foi 50 dólares.
Com certeza é preciso de uma boa jaqueta para proteger do vento. Acima dos 5 mil metros, não interessa se é verão ou inverno, o vento é sempre frio. Um calçado firme tb é importante. Duas camadas de roupa.
Abs
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