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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Quadro mostrando família de nativos em sua habitação, no Museu de Anchorage, no Alaska
Deixamos o tempo chuvoso de Talkeetna para trás e chegamos ao tempo chuvoso de Anchorage, a maior cidade do Alaska, na costa sul do estado. Por enquanto, vínhamos tendo muita sorte com o tempo por aqui, mas isso não poderia durar para sempre. Essa época do ano, transição entre o verão e o inverno (Outono e Primavera, no extremo norte do continente, duram semanas, e não meses!) é muito mais propensa às chuvas, especialmente na região sul do estado, próxima ao Golfo do Alaska.
Entrando no Museu de Anchorage, no Alaska
Em Anchorage e regiões vizinhas mora a metade da população do Alaska, perto de 350 mil pessoas. Apesar de não ser a capital do estado, a cidade é o grande centro econômico, político e cultural do Alaska. Imaginamos, então, que seria um lugar melhor para enfrentar a chuva. Chegamos na hora do almoço, achamos um hotel simpático no centro e fomos a um café de gente descolada, enquanto nosso quarto não era liberado para o check-in, só depois das quatro. Devidamente almoçados, seguimos diretamente para aquilo que mais nos atraiu na cidade, o maior e mais completo museu do Alaska.
Quadro mostrando os primeiros exploradores do Ártico, no Museu de Anchorage, no Alaska
Como sempre fazemos em museus, logo eu e a Ana nos separamos, cada um com seu ritmo e seus interesses. O bom desse que visitamos é que ele tinha alas e galerias para todos os gostos: história, cultura, ciências e fotografias. A Ana concentrou-se na parte cultural e com ela estava a máquina fotográfica, cujas fotos ilustram esse post. Eu corri para a parte de história, interessado em passagens que são pouco conhecidas ou praticamente ignoradas por pessoas que não vivem aqui. Bem o tipo de coisa que eu gosto, hehehe! Ao final, depois de saciarmos nossos respectivos interesses, ainda pudemos dar uma olhada rápida nas outras coleções do museu.
O principal governador russo do Alaska, no Museu de Anchorage, no Alaska
Dois assuntos me interessavam: o período russo do Alaska, do qual eu já sabia da existência, mas não conhecia nenhum detalhe, e sobre a invasão japonesa na 2ª Guerra, fato que eu ignorava por completo até há poucas semanas.
Quadro com as belas paisagens do Alaska, no Museu de Anchorage, no Alaska
Pois é, os russos estiveram por aqui por mais de um século, a partir da terceira década do séc XVIII até a venda do Alaska para os americanos, em 1867. O que os atraiu até aqui foi o comércio de peles, principalmente o de lontras marinhas, que existiam em abundância na costa do Alaska. A exploração da região começou com Bering, um talentoso navegador dinamarquês contratado pela marinha russa. O famoso estreito que separa a América da Ásia foi batizado com o seu nome quando ele morreu durante sua última expedição.
Representação do Denali, em quadro do Museu de Anchorage, no Alaska
O comércio de peles era tão lucrativo que a Rússia estabeleceu várias bases no continente, chegando até a California. Mas era no Alaska que estava a maior concentração desses animais (a lontra) e sua exploração quase levou à extinção do animal. Antes disso, outras nações europeias também se interessaram por esta área, como França, Inglaterra e Espanha. Os ibéricos reclamavam a área até o início do séc. XIX e várias regiões por aqui tem nomes espanhóis, como a belíssima Valdez, no sul do Alaska.
Totem indígena no Museu de Anchorage, no Alaska
Mas foram mesmo os russos que ocuparam o Alaska, economicamente. Mais do que colonizá-lo, eles o exploraram. Quase em regime de servidão, os nativos é que trabalhavam para eles e, conforme os animais iam sendo extintos em uma região, iniciava-se a exploração em outra. Além da exploração econômica, também a influência cultural sobreveio, tanto na religião ortodoxa como na arquitetura das poucas cidades construídas, notadamente Sitka, a capital russa do Alaska.
Esquimó em suas vestimentas típicas, no Museu de Anchorage, no Alaska
Por fim, com a população de lontras quase extinta, a colônia deixou de ser lucrativa e passou a ser um peso para os Czares. Foi quando apareceram os americanos com o equivalente a 130 milhões de dólares atuais para comprar todo o território. Os russos preferiram fazer o negócio com o Tio Sam, então uma mera potência regional, do que com os rivais Inglaterra ou França. Ahhhnn, se arrependimento matasse...
Arte esquimó no Museu de Anchorage, no Alaska
E o arrependimento veio logo, por sinal! Menos de 30 anos após a venda, foi descoberto ouro no Alaska, o que, além de atrair milhares e milhares de pessoas ao distante território, multiplicou o valor da terra centenas de vezes. Foi só aí que os Estados Unidos começaram a investir na ocupação e organização do Alaska, promovendo-o a Território. Para se tornar um Estado, foi preciso um outro evento, a 2ª Guerra Mundial.
Roupa impermeável feita com intestino de Caribou, no Museu de Anchorage, no Alaska
As ilhas Aleutas, uma cadeia de ilhas que se estende da península do Alaska em direção à Rússia foi invadida e conquistada pelos japoneses em 1942. Na verdade, foram somente duas das dezenas ilhas que compões o arquipélago que faz parte do Alaska. Esse fato pouco lembrado foi a única invasão bem sucedida de território que os americanos sofreram desde que os britânicos botaram fogo em Washington na Guerra de 1812. Na verdade, o problema maior não foi na invasão, já que não havia habitantes nessas ilhas. O problema maior foi tirar os japoneses de lá. Como os nipônicos não conheciam a palavra “rendição” ,foi uma batalha sangrenta e encarniçada, em 1943, só superada pela invasão de Iwo Jima, já no final da Guerra. Quem sofreu também foram os habitantes nativos do arquipélago. Retirados das ilhas e realocados no continente, centenas deles morreram devido às péssimas condições de vida que lhe foram oferecidas...
Painéis informativos no Museu de Anchorage, no Alaska
Com o museu já quase fechando, reencontrei a Ana, também muito feliz de tudo o que havia visto e aprendido por lá. Mas o relato mais detalhado da seção de cultura do museu, vocês terão de esperar pelo post dela. Voltamos para nosso hotel para finalmente nos instalarmos e trocarmos as impressões sobre o que havíamos visto por lá. Com quatro olhos, aprendemos em dobro. Mesmo em dia de chuva, hehehe!
Os posts de vocês, além de fotos lindas, nos ensinam muitas coias.
Boa viagem!!!!
Resposta:
Oi Mabel
Joia que vc ache isso!
A gente tenta não só compartilhar as paisagem que a gente está vendo, mas tudo aquilo que aprendemos também!
Abs
Ana e Rodrigo !
Tudo de bom para vocês !
Por duas vezes hoje, buscando imagens para uma pesquisa de sinalização em Design na facu...vocês apareceram.
Acabei vendo fotos educativas da viagem de vocês.
Agradeço o compartilhar dessas imagens e a escrita também.
muito muito bom!
Muita Luz paz e amor nessa aventura boa viagem!
Zupo
Resposta:
Oi ZUPO
Muito obrigado pelos votos! Que joia que nós aparecemos na pesquisa e vc pôde nos conhecer! Dá um trabalhão ficar taggeando todas as fotos, mas quando recebemos comentários como o seu, ficamos muito estimulados a continuar!
Um grande abraço
Deve ser uma Maravilha conhecer este museu.
Resposta:
Oi Virgilio
Programa imperdível, em Anchorage. Melhor lugar para se estar em um dia chuvoso, não há! Foi um verdadeiro banho de cultura e história
Abs
Último que eu esqueci ... Para ir a Whittier o túnel é o mesmo para automóveis e trens. Além disso, como é estreito, há horários para ir e vir Para consultar horários é aqui: http://dot.alaska.gov/creg/whittiertunnel/schedule.shtml - São os schedules do Whittier Tunnel. Vão gostar.
Abços.
JH
Resposta:
Oi Jorge
A chuva acabou atrapalhando bastante nossa visita ao sul do Alaska. Acabamos escolhendo o sol e as auroras do norte. Em compensação, agora temos ótimos motivos para voltar, hehehe
Grande abraço
Oi Rodrigo,
Se puder sugerir tb: visitem o Kenai e Seward.
Boa viagem
Jorge Henrique
Resposta:
Oi Jorge
Ainda hoje coloco o post da nossa visita à Península do Kenai, Homer e Seward. Mesmo com chuva, foi memorável!
Abs
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