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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Pilotando o nosso Boeing, em visita à fábrica da companhia, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
No começo do século passado, logo após a invenção dos aviões, vários empreendedores americanos mergulharam de cabeça na nova indústria que nascia. O sobrenome de cada um deles se confunde com a própria história da aviação, pois passaram a ser o nome das empresas que, ao longo dos últimos 100 anos, revolucionaram a lógica do transporte pelo nosso planeta.
A tradicional foto com o fundador da companhia, na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Entre esses pioneiros, destacam-se William Boeing, James McDonnell e Donald Douglas. De suas empresas sairiam os aviões civis que transportaram gerações de pessoas em voos transoceânicos e transcontinentais. Os períodos mais lucrativos dessas empresas sempre vieram em tempos de guerra, quando o governo americano fazia enormes encomendas, mas eram as dificuldades dos tempos de paz que faziam as empresas, no seus esforços pela sobrevivência financeira, mais inovarem e avançarem na tecnologia do transporte civil. Daí vieram as famílias de aviões MD, DC-x e 7x7.
Diversos aviões novos, esperando pela pintura na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
A nova concorrência vinda da Europa (Airbus) tornou o mercado ainda mais competitivo e as empresas americanas passaram por um processo de fusões, primeiro entre a Douglas e a McDonnell, ainda no final da década de 60 e depois, essa empresa sendo adquirida pela Boeing, na década de 90. Hoje, o espírito dessas três empresas sobrevive justamente naquela de maior sucesso, a Boeing, cuja sede é aqui em Seattle.
Bandeiras de todos os países que já compraram aviões da Boeing, expostas no salão de visitantes da empresa, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Seu fundador, William Boeing, já vinha de uma família rica. Seu pai, imigrante alemão, havia feito fortuna na indústria da madeira, e assim começou também o filho. Mas ao participar de uma feira em 1909, conheceu e se fascinou prontamente por uma estranha máquina que podia voar, o aeroplano. Ele rapidamente comprou uma daquelas máquinas da primeira empresa de sucesso do setor, a Glenn Martin (que hoje é parte da gigante aeroespacial Locheed-Martin), e teve aulas de pilotagem com seu fundador, Martin. Coincidência ou não, foi justamente trabalhando para Martin, em sua companhia, que os engenheiros McDonnell e Douglas se conheceram. Todos esses pioneiros muito se respeitavam, mas suas respectivas companhias foram concorrentes atrozes enquanto seus fundadores estiveram vivos.
Hall de exposições na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Boeing gostou tanto dos aeroplanos e, ao mesmo tempo, viu tantos problemas no avião que comprara, que decidiu abrir sua própria companhia. Estava nascendo um dos maiores gigantes econômicos do capitalismo. A Boeing nasceu como uma empresa que fabricava e voava com seus próprios aviões, Mas o governo americano, acusando uma prática monopolista, obrigou a empresa a se dividir, na década de 30. A parte de fabricação de aviões seguiu chamando Boeing enquanto a empresa de transporte é a que hoje conhecemos como United Airlines.
A poderosa e moderna turbina Rolls Royce, exposta na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Tão grande e poderosa se tornou a Boeing, especialmente após a 2ª Guerra, que sua performance influenciava toda a economia de Seattle. Essa dependência já não é tão marcante hoje, embora a companhia ainda represente parcela significativa do PIB e empregos na cidade e região. Na verdade, virou até atração turística e milhares de pessoas visitam suas instalações todos os meses.
A poderosa e moderna turbina Rolls Royce, exposta na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Hoje foi a nossa vez! Cerca de 30 quilômetros ao norte da cidade está a principal fábrica da Boeing, onde se encontram as linhas de montagem de vários de seus aviões. Todos eles feitos no maior prédio do mundo, muito maior, em termos de volume, que a pirâmide de Queops ou o Burj Khalifa, em Dubai. Cada uma de suas várias portas tem quase o tamanho de um campo de futebol, pois por aí passam aviões com mais de 70 metros de envergadura.
O gigantesco prédio da fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos. Cada porta é do tamanho de um campo de futebol!
A visita é feita de forma guiada e não se pode levar máquinas fotográficas nem telefones celulares. Temos de guardar tudo é na memória mesmo, as informações e as imagens fantásticas de uma linha de produção de aviões gigantes. Ver quatros deles em fila, em diferentes estágios de construção, sempre com dezenas de trabalhadores no seu interior ou ao redor, é uma imagem inesquecível! Mais impressionante é ver, em um mesmo prédio, várias dessas linhas de produção, uma para cada modelo produzido pela Boeing.
A estrela atual da companhia, exposto na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Maquete do avião da concorrente, exposto na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
O atual xodó da companhia é o novíssimo jato 787, mais moderno e bem mais econômico que os antecessores. É em seu sucesso comercial que a Boeing joga todas as suas fichas e parece que as vendas vão muito bem. A fabricação desse modelo está completamente globalizada e aqui em Seattle é feita apenas a montagem final das partes, que vem da Europa, Ásia e de outros estados americanos. Avião bonito e elegante, a vontade que dá é pegar aquele lá no finalzinho da linha de montagem, quando só está faltando a pintura final da companhia que o comprou, e já sair voando.
Avião exposto na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Além da visita à fábrica, também podemos visitar um pequeno museu, ali no prédio de visitantes. Muitas informações históricas da companhia e de todo o setor. Podemos ver as potentes turbinas Rolls-Royce (imagina a Fiona com uma dessas, hehehe!), entrar na cabine de um jato e fingir pilotar um avião e até mesmo admirar os produtos da principal concorrente da Boeing na atualidade, a europeia Airbus. Aí deu para ver também como a indústria está constantemente evoluindo, embora pareça que o transporte pouco evoluiu nas últimas décadas. Um gráfico ali exposto me mostrou que isso não é verdade e o exemplo dado não poderia ter sido melhor para minha própria experiência. O gráfico mostrava os voos da longa rota entre Londres e Sydney e o número de escalas necessárias para se ir de uma cidade à outra ao longo dos últimos 60 anos. Obviamente, o número de escalas foi diminuindo. Quando eu fiz esse voo, em 1998, era necessário apenas uma escala. Pois bem, hoje já não mais! Voa-se da Inglaterra à Austrália em um voo direto, cortando o tempo total em algumas horas.
Evolução dos voos e diminuição das escalas, no longo trajeto entre Londres e Sydney, em painel na fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Enfim, mesmo para aqueles que não entendem muito de aviões, o programa é muito interessante. Caminhar por aquele prédio que tem o tamanho de uma cidade, ver tantos boeings emparelhados (na fábrica) ou desmontados (no museu) e aprender um pouco da história desses incríveis empreendedores que ajudaram a moldar a sociedade em que vivemos é uma chance que não se pode perder. Minha esperança, depois de ver de perto toda essa história e evolução é que o mesmo aconteça com a indústria espacial privada, que dá agora seus primeiros passos. Se evoluir como evoluiu a aviação, acho que não vou ter de esperar minha próxima encarnação para dar um pulinho do lado de fora da atmosfera e ver, lá de cima, todo o nosso continente de uma vez só. Será?
A Ana se fazendo de pilota de jatos, em visita à fábrica da Boeing, 30 km ao norte de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos
Sou Hidraulico de profissao ainda preciso de investigar mais para comentar gostaria de trabalhar nessa area.
Resposta:
Olá Izaltino
Persiga sempre os seus sonhos!
Um abraço e boa sorte!
A visita a fabrica é fantastica né?!? Uma pena que ficamos presos ao grupo e nao podemos fotografar... De todos os passeios que fizemos por Seattle acho que esse foi o mais originalmente todos.. O post esta muito legal abordando o lado mais histórico e o papel da Boeing na evolução da aviação
Parabéns
Abraço
Oscar
Resposta:
Olá Oscar!
Pois é, que vontade de fotografar e de ficar mais tempo por ali, descer no chão da fábrica, olhar tudo de perto. Foi uma excelente dica de vcs, essa!
Um grande abraço para vcs, aí no outro lado do mundo
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