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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Os dois mais famosos revolucionários mexicanos (em Guadalajara, no México)
Aproveitei o dia tranquilo de hoje em Tlaquepaque para trabalhar um pouco na internet e também me ilustrar sobre a Revolução Mexicana. Ficamos curtindo nosso hotel gostoso até o início da tarde para, só então, sairmos da caverna para comermos e passearmos pelas ruas gostosas do bairro.
Praça de Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México, lotada num domingo
Domingão, praça cheia por aqui. Artistas de rua tentando fazer o ganha-pão da semana, público animado em volta mas, dinheiro que é bom, pouco. Ao redor da praça, quem faz a festa são os vendedores ambulantes de comida. Toda sorte de pratos e petiscos mexicanos a venda, mas é o milho que faz mais sucesso.
Apresentação em praça de Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Na praça dos restaurantes, ao lado da praça da igreja, quem está à toda são as bandas de mariachis. Encostam-se às mesas, oferecem seus “serviços” (uma música cantada com muita empolgação) e, num dia como hoje, sempre conseguem clientes. A demanda é granda, mas a oferta também. São várias bandas disputando o espaço e os ouvidos. De longe, só se ouve a soma de todas elas, um som confuso e indefinível que soa como México.
Mímico faz sua apresentação dominical em praça de Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Ali do lado está a rua peatonal com suas lojas, restaurantes mais finos e galerias de arte. A gente segue junto com o fluxo, mas nos desviando do fluxo contrário. À nossa frente, um memorável entardecer. Ao lado, vamos alternando visitas a galerias com um olhar atento nos menus dos restaurantes. Escolhemos um para jantar mais tarde, nossa despedida com estilo desse bairro tão fascinante.
Espetos de milho vendidos em praça de Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Mas antes disso ainda temos tempo para vagar pelo bairro, tirar fotos, observar pessoas, admirar casas e construções antigas. Tempo também para pensar sobre o turbulento período da história do país entre 1910 e 1920, a década da Revolução Mexicana, com mais de 2 milhões de mortos.
Igreja em Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Difícil resumir algo que mal compreendi. São dezenas de personagens que ora são aliados, ora são inimigos, envolvidos num sem fim de batalhas, alianças, tramoias, traições e assassinatos. Entre boas intenções e ambições pessoais, o México foi se arrastando por uma década de guerras que, definitivamente, mudou a cara do país.
Rua das galerias de arte em Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Tudo começou para desalojar do poder Porfírio Diaz, que lá havia estado por mais de 30 anos. O cara-de-pau sempre foi contra a reeleição, mas através dela foi se perpetuando na presidência. O seu regime, conhecido como “porfiriato”, trouxe estabilidade política ao país ao mesmo tempo em que o modernizava economicamente. Mas, socialmente, foi uma lástima. A concentração de terras e as diferenças sociais nunca foram tão grandes. Por fim, ao fraldar mais uma eleição, em 1910, conseguiu unir contra ele revolucionários das mais distintas matizes.
Área de barzinhos em Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Entre tantos nomes, dois se destacam: Pancho Villa e Emiliano Zapata. O primeiro, um bandido fanfarrão que caiu nas graças do povo e foi transformado em revolucionário pelos acontecimentos. O segundo, esse sim um revolucionário legítimo, talvez meio sério demais, é dele o jargão “Tierra y libertad!” e a frase “Mais vale morrer de pé do que viver de joelhos!”. Entre os grandes feitos de Pancho está a invasão dos Estados Unidos, quando atacou a cidade de Columbus, no Novo México. Os americanos passaram quase dois anos caçando o simpático bandido pelo norte do México, mas levaram um baile.
Produtos à venda nas galerias de Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Os dois “heróis”, assim como todos os outros grandes nomes do período morreram antes que o período revolucionário terminasse. Ou assassinados, como foi o caso de Villa e Zapata, ou no exílio, como foi com Porfírio Diaz e o General Huerta, o golpista que havia assassinado Madero, presidente que sucedeu Porfírio. Entre os assassinados também estão Carranza e Obregón. Todos esses nomes foram, em algum momento, amigos ou inimigos entre si.
Produtos à venda nas galerias de Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Ao final de tanto sangue, ao menos, o México passou por uma grande reforma agrária, os indígenas e as mulheres tiveram parte de seus direitos reconhecidos e a Igreja Católica perdeu o grande poder que tinha até então. A contrapartida foi que o México ficou com apenas um partido político de verdade, por mais de 50 anos. Um partido cujo nome é uma contradição em termos: Partido Revolucionário Institucional. Vai entender...
Pôr-do-sol na rua peatonal de Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Bem, chega de elucubrações, viva México! Um brinde com vinho no restaurante delicioso que encontramos ao país, à cidade que estamos e ao bairro que nos acolheu. Amanhã, o brinde será com outra bebida. Vou dar uma pista: o nome da cidade é... Tequila!
Posando para fotos em Tlaquepaque, bairro de Guadalajara, no México
Viva Zapata, viva Zumbí, Antonio Conselheiro, muito louco deve ser o México, caso encontrar o Carlos Castanheda em algum deserto do México manda aquele abraço ehehhehe massa a trip de vocês ...
Resposta:
Olá Moca!
Nós bem que procuramos ele nesses últimos dias no incrível deserto vizcaino, na Baja California! Não achamos o Castanheda, mas vimos as mais impressionantes pinturas rupestres desses 1000dias. Maravilhosas!
Abs
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