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Dia de céu azul no Chaco paraguaio, região de Filadelfia
Ontem começamos o nosso roteiro em direção à Bolívia. Saímos de Asunción em direção à Sucre, são mais de 1400 quilômetros e muitas paisagens pela frente. A primeira etapa é famosa entre os expedicionários e motociclistas que se aventuram por terra até o Atacama. A Rota 9, também conhecida como Transchaco, no Paraguai é muitas vezes evitada por viajantes já que cruza uma das áreas mais ermas e quentes do país. Outro motivo é a afamada corrupção dos policiais paraguaios, que sempre arranjam um jeitinho de ganhar em cima dos viajantes estrangeiros.
Estrada corta a infindável planície do Chaco paraguaio na região de Filadelfia
Nos primeiros quilômetros passamos por alguns pedágios e postos policiais e fomos parados pela primeira vez desde que adentramos este território. Só nos pediram documentos, viram os quilos de bagagem na caçamba e mais nada. Logo perceberam que estávamos em uma expedição, se interessaram pelo assunto e quiseram ficar bem falados na internet. Até ensaiamos pedir uma foto, mas um deles quis se manter mais sério, enquanto o colega perguntava sobre a viagem e largava uns “mas que putos”, com um sorriso no rosto e aquela “pontinha” de inveja.
Pedágio para cruzar a ponte sobre o rio Paraguay, na periferia de Asunción
No caminho até Filadélfia são 2 pedágios, todos custando em torno de 5 mil guaranis e existem alguns postos de combustível. Um deles, o Parador Negro, paramos apenas para usar o banheiro e me deparei com uma campanha ótima. “El baño es el reflejo de la cocina. No consuman donde los baños no estén en buenas condiciones”. Campanha feita pelo Ministério de Turismo do Paraguai em conjunto com a Tigo, operadora de telefonia.
Campanha do Ministério do Turismo paraguaio pela qualidade nas estações de serviço na região do Chaco paraguaio
O cartaz nos convida a tirar fotos (com o celular) e postar no facebook e twitter da campanha, elegendo os melhores banheiros da rota. Além de criar a conscientização nas redes de postos de gasolina, criam uma interação entre os viajantes e a empresa de telefonia e ao final todos saem ganhando! Sensacional, deveríamos fazer uma igual no Brasil.
Banheiro limpo em posto no meio da região do Chaco paraguaio
O segundo dia de viagem cruza a região conhecida como Chaco Seco, área de clima semi-árido que lembra muito o nosso grande sertão sem veredas. Esta região que foi disputada pela Bolívia e Paraguai na Guerra do Chaco, desconhecida por nós, mas muito importante na história destes dois países, que perderam juntos mais de 80 mil vidas. A guerra pelo território começou por uma suspeita de que ali haveria petróleo. Nem piche foi encontrado, mas para ver onde o absurdo chegou, grandes empresas do ramo tomaram partido e financiaram a guerra, a Shell do lado Paraguaio, que foi o vencedor, e a Standart Oil no lado Boliviano.
Início do segundo dia da travessia do Chaco, no Paraguai, na saída de Filadelfia
A Transchaco é o ponto de acesso para três dos principais parques nacionais, o Defensores Del Chaco, no extremo norte do país, o Medanos del Chaco, à noroeste e o Parque Nacional Tenente Agripino Enciso, este mais próximo da nossa rota à Bolívia. Neste trecho não há nada, apenas fazendas e propriedades rurais. São quilômetros e quilômetros sem encontrar um posto de gasolina ou uma venda. O último posto para abastecimento fica em Mariscal Estigarribia, a uns 70 km de Filadélfia. Ali além de diesel, nos abastecemos de comida e água para os próximos dois dias.
Fiona atravessando a região do Chaco, no Parguai
Chegamos ao parque no final da tarde, próximo a um lugarejo chamado La Patria. Nos atendeu Cristoval, o guarda-parque mais “borracho” que já encontramos. Ele abriu os portões e nos levou cruzando as pernas para o alojamento do parque, onde passarmos a noite.
Preparando nosso lanche (pão preto alemão com manteiga e queijo) no chalé de visitantes do P.N Ten. Agripino Enciso, no Chaco paraguaio.
Aproveitamos o final do dia para conhecer a única trilha formada dentro do parque, que passa pelo chaco, com uma vegetação espinhosa e muito parecida com a nossa caatinga. A maior diferença é que no meio de tantas cactáceas encontramos algumas árvores mais frondosas e muitas árvores barrigudas, nossa velhas conhecidas do cerrado, que acumulam água no seu tronco. Aqui elas são chamadas de “palo borracho”. Estas, pelo menos, não cruzam as pernas.
Fim de tarde no Parque Nacional Ten, Agripino Enciso, em La Patria, no noroeste do Chaco - Paraguai
Olá Ana. Td bem... Li o seu blog e é o único que fala da transchaco...e isso me inspirou ,,,,,bem,, fiz essa viagem saindo de SP.dia 23/07,,,Entrando no Paraguai pelo Paraná até assunção e depois até Santa Cruz pela transchaco e depois voltando por MS...dia 03/08... Foram quase 5.400 km....
Se quiser saber mais detalhes da viagem....estou a disposição.... Da um livro. Fui sozinho e de motocicleta..
Olá Ana tudo bem ? Tenho um grupo de amigos que vamos fazer o caminho contrário que vocês fizeram. A idéia é sair de Sucre (BOL) e ir até Filadélfia (PAR). Como é este trecho ? Em relação aos posto de combustíveis, é tranquilo para abastecer ? Encontrei um hotel em Filadélfia. Pelo GoogleMaps este trecho dah mais ou menos 1250 km. Vocês fizeram tudo num dia ? Obrigado pela informação e parabéns pelo blog, tem bastante informações legais.
Resposta:
Oi Ronaldo! Nós fizemos em quase 3 dias:
Filadelfia até La Patria - dormimos no Parque Nacional Tenente Agripino Enciso no meio do Chaco, é um deserto, mas bacana de dormir no meio do nada. Eles tem uma infra-estrutura básica de camas mas usamos nosso saco de dormir e levamos comida. Importante, se o novo posto de imigração não estiver pronto na fronteira, você tem que parar em Mariscal Estigarribia e fazer sua imigração lá, pergunte no posto que eles indicam o local. Toda a transchaco é um asfalto muito esburacado, então sua média vai cair bastante... fizemos 200km em umas 4 ou 5 horas.
La Patria a Monteagudo - Levamos umas 7 horas neste caminho e precisamos comprar diesel na casa de moradores na beira da estrada perto de Camiri. Eles mesmos já anunciam que vendem gasolina ou diesel. Você terá que abastecer em Monteagudo e depois provavelmente só em La Patria (que está a uns 200km da fronteira), não sei a sua autonomia, as vezes vale a pena levar um galão para reabastecer antes da fronteira. Essa estrada deve estar quase pronta agora, quando passamos estava em obras, sendo asfaltada por uma empreiteira brasileira. É tudo cordilheira, serra, muitas curvas, portanto a estrada é lenta.
Monteagudo a Sucre - fizemos em um dia, embora o google mostre 325 km a estrada estava lenta também, a previsão que o pessoal de lá nos deu foi de 7 a 10h de viagem e ainda ficamos parados 3h parados na estrada por conta das obras que fecham a estrada de dia e só reabrem depois das 18h30. Se informe lá, acredito que já devam ter terminado e pode ser mais rápido. Você vê umas fotos desse dia nesse post do Rodrigo - http://www.1000dias.com/rodrigo/viagem-a-sucre/.
Bom, mesmo que as estradas estejam prontas no lado Boliviano e você consiga acelerar na Transchaco, digo que você precisará de pelo menos 2 dias inteiros e dica, não dirija de noite, pois essa região é dominada pelos produtores e traficantes de drogas. Então, vá com comida e tudo para 3 dias, só para garantir.
Em Monteagudo ficamos no Residencial San José e em Filadelfia no Hotel Florida, muito gostosinho.
Aproveitem a aventura e se puder volte aqui para nos atualizar sobre as estradas! =)
Abraços e boa viagem!
Olá, gostei muito da viagem.. Ei vcs sabem como eu faço para fazer reserva nesse parque? Ou posso chegar do nada assim, que eles deixam entrar? e quanto é a entrada? agradeço a atenção
Resposta:
Oi Luiz! Não sei como fazer a reserva, tem que dar uma pesquisada no google ou entrar em contato com os a administração dos parques nacionais do Paraguai. Nós demos sorte e chegamos lá em um dia que não havia ninguém, então deixaram entrar e pagamos bem barato na entrada e hospedagem (não lembro a quantia exata...). Duro é ter que contar com a sorte, um dia antes de nós chegarmos o parque estava lotado com um grupo de estudantes, então se puder garantir, reserve. Outra lembrança, leve comida para cozinhar lá, pois não tem nenhuma venda e nenhum restaurante. Abraços e boa viagem!
olá estarei passando nesse trecho em janeiro gostaria de informaçoes sobre o trecho entre mariscal jose felix estigarribia e boyuibe.
Grato
Resposta:
Olá Ivan! A estrada é praticamente toda pavimentada, porém alguns trechos as crateras do asfalto tornam a viagem bem lenta. Nós planejávamos sair/entrar por Boyuibe para a Bolívia também, mas em Mariscal encontramos um brasileiro fazendeiro lá nessa região que nos disse que além da estrada estar intransitável, é a região mais perigosa com narco-traficantes. A fronteira utilizada é a de Villa Montes.
IMPORTANTE: Faça a sua imigração de saída do Paraguay em Mariscal, pois na fronteira não há escritório e ou eles te fazem voltar 200km (umas 5 ou 6h de viagem) ou vão adorar tirar uma grana para resolver a situação. De Villa Montes subimos para Monteagudo e depois Sucre.
Nos mande notícias da sua aventura.
Boa viagem!
Abs!
Ana
Oi Ana ,fico feliz que está tudo bem com vcs e que a viagem está ótima pelo que estou acompanhando ,é bom ver vc comendo este pão,bem nutritivo,né.....coisas de alemão rsrsrsrs Um abração Lurdes
Resposta:
Oi Lurdes! Foi ótimo matarmos as saudades dos pães alemães que encontrávamos em Curitiba! Esse ainda mais nutritivo foi o nosso café da manhã, almoço, jantar quase durante dois dias! rsrsrs! Obrigada pela companhia. Beijos!
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