0
arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha
Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela
Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
Oi! Parabéns pelo site. Desde pequeno meu pai me chamava de Xalaco! Meu ...
Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
Vista do alto da Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Chegamos ao Brasil! Cruzamos a fronteira para a cidade de Pacaraima, no norte de Roraima, sem precisar parar na fronteira mostrar documentos, fazer imigração ou aduana. Ahhh, lar doce lar! Fomos até o centro tomar a primeira providência necessária, sacar dinheiro no banco. Paramos no primeiro banco que vimos um Banco do Brasil e, OPA! Não podemos sacar dinheiro! Como assim? Pois é, o caixa automático não é do 24 horas e brasileiros só sacam dinheiro no caixa do seu banco, certo? Pois é, tanto tempo fora do Brasil e ficamos meio esquecidos... aí nos perguntamos, será que aqui tem HSBC, Santander ou Itaú? É claro que não! Em Pacaraima encontramos Banco do Brasil, Caixa Econômica ou Bradesco! Nenhum comerciante pode nos ajudar com os cartões de crédito, nos resta o que? Trocar nossos poucos dólares por reais! Quem diria, nunca imaginamos que justo no Brasil teríamos que trocar dólares! De repente pensamos... Sim, chegamos ao Brasil.
Fronteira de Venezuela e Brasil, em Santa Elena
Bom, não bastasse isso também descobrimos que em Pacaraima não existe posto de gasolina, pois o vizinho ali do norte quebra qualquer dono de posto aqui. Assim, tivemos que voltar à Venezuela e entrar na fila do posto de brasileiros que havíamos acabado de rejeitar. Sorte que na volta pelo menos a fila de diesel estava bem menor e conseguimos acelerar. O posto para brasileiros foi criado pelo governo venezuelano com um preço bem maior e que ainda assim é menos da metade do que pagamos no Brasil.
Posto para brasileiros lotado em Santa Elena, na Venezuela
Resolvidos estes “pequenos detalhes” operacionais, finalmente estamos prontos para adentrar em terras brasileiras e começar as nossas explorações nestes territórios tão distantes para a maioria dos brasileiros. Queríamos conhecer a região de Uiratumã, na terra indígena da Raposa Serra do Sol, que por tanto tempo estrelou nos noticiários nacionais. Nos informamos no caminho e... pois é, a situação aqui continua incerta e nem sempre os turistas tem autorização para visitar as terras indígenas. Além disso teríamos problemas com combustível, já que daqui à Uiramutã não existem mais postos de gasolina. Temos que estar em Boa Vista para pegar um avião no dia 19 cedo, assim sendo revolvemos facilitar as coisas e fomos direto para a Serra do Tepequém.
Buscando informações sobre a estrada para Uiramutã, em Roraima
As belezas do caminho para a Serra do Tepequem, no norte de Roraima
A Serra do Tepequém é aquele lugar que você vê e pensa: nunca imaginei que algo assim existisse aqui no norte do Brasil! Em meio aos sertões e veredas da savana brasileira, emerge uma pequena serra que traz diamante em seus veios. Muitos maranhenses e cearenses vieram para cá em busca de uma oportunidade de enriquecimento e uma vida melhor. Seu Marcos, o dono da venda na Vila de Tepequém, nos conta que o começo foi bem difícil, não existia nada aqui. Quando as grandes mineradoras chegaram com máquinas ficou ainda mais difícil encontrar as pedras precisosas e os garimpeiros chegaram a passar fome.
Chegando à Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Parte da gente que veio, foi embora, mas alguns poucos ficaram e começaram a encontrar alternativas para viver. A criação de peixes nos lagos foi uma delas e o turismo logo apareceu como uma boa alternativa. A serra possui várias cachoeiras e está próxima o suficiente para ser uma alternativa de final de semana para o pessoal de Boa Vista. Hoje o Tepequém recebe muitos turistas da região em busca de um lugar tranquilo, mais fresco e cheio de trilhas e cachoeiras, um ótimo lugar para entrar em contato com a natureza.
Passeando na Serra do Tepequem, no norte de Roraima
São várias pousadinhas e campings na vila e pelo menos 3 opções de restaurantes. Há quase um mês a cidade não recebia turistas, pois a ponte de acesso estava quebrada e deixou a vila isolada. Ontem a ponte reabriu e nós fomos os primeiros turistas a reiniciar as atividades. Depois de todos os estresses de fronteira, não teve melhor “tira zica” do que um banho de cachoeira no Salto do Paiva!
A bela cachoeira do Paiva, na Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Descansando em um dos rios da Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Há apenas 15 minutos e 120 degraus da cidade, o salto tem vistas lindas e as águas mais deliciosas da região! Rsrs! De volta à vila, sentamos na vendinha de frente para a praça/ pista de pouso da cidade e vimos o entardecer olhando para o platô, loucos para subir lá e fuçar cada trilha.
O Platô, ponto mais alto da Serra do Tepequem, no norte de Roraima
A pacata vila da Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Adendo importante! Que saudades da comidinha brasileira! Hummm! O jantar na casa da Dona Luzia, arroz com feijão, carninha e salada, definitivamente comprovam: estamos de volta ao Brasil!
Depois de tanto tempo, comendo uma legítima comidinha brasileira, na Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Com a Dona Luzia, na Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Papo vai, papo vem, acabamos entrando no clima tranquilo da vila. Faremos apenas o que o nosso tempo nos permitir. Relaxamos e decidimos aproveitar bem a manhã seguinte para uma caminhada até a Cachoeira do Barata. Águas verdinhas e geladas em uma trilha que desce o próprio leito do rio, de poço em poço, até a cachoeira principal. Linda!
Cachoeira do Barata, na Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Ficaram ainda na grande lista de cachoeiras, a Cachoeira do Funil, o Platô e suas araras azuis e o Cabo Sobral. Nos despedimos do Tepequém agradecendo por ele nos mostrar como o nosso Brasil pode ser diverso, de norte a sul! E você, já imaginou pegar um friozinho de serra aqui no norte do Brasil?
Cachoeira do Barata, na Serra do Tepequem, no norte de Roraima
Muito bacana seu blog e as dicas. Vou acompanhar. Também faço umas pequenas aventuras por aí afora, mas, nada comparado a de vocês. Abração.
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet