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Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá
Kanata, do iroquoise “aldeia ou povoado”, é a origem da palavra Canadá. Curioso nome para o segundo maior país do mundo em área, apenas atrás da Rússia. Esse tamanho todo e sua fronteira gelada com o Oceano Ártico fazem do Canadá um dos países de menor densidade populacional em todo o mundo (aprox. 3 hab/km2). Toda essa extensão de terras desabitadas faz do Canadá um país especial em áreas naturais praticamente intocadas. O que as protege é justamente uma de suas maiores belezas, também a maior barreira para os exploradores: o gelo, a neve e muito frio.
Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial
Mais de 80% dos seus 33 milhões e meio de habitantes vivem a 150km da fronteira com os Estados Unidos, adicionando mais um superlativo para a coleção, já que é a maior fronteira terrestre do mundo. As regiões do Golden Horseshoe (Toronto, Montreal e Ottawa), Lower Mainland (Vancouver e arredores) e o corredor Calgary-Edmonton em Alberta se somam às áreas mais populadas, o que facilita muito o planejamento da nossa viagem, já que desta vez não teremos tempo para fazer explorações da região ártica do país.
Ruas cheias no centro de Montreal, no Canadá
Curiosidade: o Canadá também abriga a população mais setentrional (ao norte) do planeta, 168 habitantes (dado de 2001) nas ilhas de Ellesmere, quase na fronteira com a Groelândia. Um grupo de inuits parentes dos groelandeses que deve ter ficado com preguiça de cruzar o estreito de mar gelado ao norte da Baía de Baffin.
Arte Inuit no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá
Os inuits são os parentes mais próximos dos povos mongóis que iniciaram a colonização de todo o continente americano em torno de 15 mil anos atrás. Na teoria mais aceita pela comunidade científica tribos mongóis cruzaram o Estreito de Bering e começaram a colonizar a América partindo do Alasca, Canadá e descendo pelo oeste dos Estados Unidos até a América do Sul. Hoje, 600 povos das chamadas Primeiras Nações são reconhecidos pelo governo do Canadá, com aproximados 1,2 milhão de indivíduos pertencentes a elas.
Tenda indígena no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá
O resgate da cultura do povo que chegou primeiro é claro em várias cidades por onde passamos. Apenas no estado de Quebéc são 13 nações indígenas, cada uma delas tentando se adaptar às mudanças da sociedade moderna. Algumas se adaptaram “tão bem” que já nem se reconhecem mais, perderam seu idioma nativo e sua identidade indígena. O trabalho de recuperação desta identidade aparentemente tem sido efetivo, as escolas passaram a ensinar o idioma indígena como primeira língua e depois o francês ou o inglês, dependendo da região.
Máscaras indígenas que enfeitam e protegem dos maus espíritos a nossa pousada em Gananoque, na região das 1000 Islands, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
O primeiro contato com uma população europeia foi por volta do ano 1.000 d.C. quando vikings estabeleceram um posto avançado em Labrador nas suas explorações nos mares do norte. O primeiro assentamento escandinavo na América do Norte não durou muito. A primeira visita documentada, porém foi em 1.497/98 pelo italiano Giovanni Caboto a serviço do Rei da Inglaterra. A colonização europeia da região se iniciou no Século XVI, formando as primeiras colônias permanentes de Port Royal em 1.605 e Quebéc em 1.608, na região conhecida como Nova França ao longo do Rio St. Lawrence. Foi apenas em 1.763, depois de diversas batalhas entre os franceses e os ingleses, que a França cedeu todos os seus territórios da Nova França e Acádia aos britânicos através do Tratado de Paris.
Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá
Em 1.775 o ânimo dos revolucionários americanos começou a esquentar contra a Coroa Britânica. Eles convidaram os canadenses a se unir na luta contra a coroa, porém os canadenses se negaram, mantendo sua lealdade ao Rei da Inglaterra.
A guarda da Citadela de Quebec, no Canadá
Em 1.812 os americanos invadiram alguns dos territórios britânicos no Canadá e foram expulsos pelos ingleses, franceses e indígenas, que se uniram em defesa do seu território. Engraçado é que nesta guerra, conhecida como Guerra de 1812 os dois lados se julgam vitoriosos: os canadenses por que se defenderam, expulsaram os americanos e continuaram ao lado da coroa. Os americanos por terem ganhado várias batalhas contra os ingleses, inclusive a principal delas em New Orleans, depois da guerra já ter oficialmente acabado. Um dos principais ganhos desta guerra foi o fortalecimento da identidade canadense.
O solene prédio da antiga sede da prefeitura, em Toronto, no Canadá
Em 1° de Julho de 1.867 o Canadá tornou-se uma federação parcialmente independente da Inglaterra e aos poucos outros territórios britânicos foram se anexando ao novo país. Toda primeira semana de julho acontecem as festas comemorativas do 1° de Julho conhecido como “O Dia do Canadá”, perdemos por pouco!
Canadá e suas províncias
O nosso roteiro nas duas próximas semanas será conhecer as principais cidades do leste do Canadá, passando pelo estado francês de Quebéc, a capital Quebec City, Montreal e alguns dos seus principais Parques Nacionais. Seguiremos pelo estado de Ontário para conhecer Ottawa, a capital do país, e Toronto, a maior cidade de todo o território. O caminho ainda nos reserva algumas surpresas, pois o melhor de uma road trip é descobrir e se aventurar por novos horizontes e novas fronteiras. Welcome, Bienvenue, Bem vindo ao Canadá!
Aproximando-se da fronteira. O Canadá é logo ali!
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