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No topo do Caribe!

República Dominicana, Pico Duarte, Jarabacoa

Com nossos amigos franceses no cume do Pico Duarte, na  República Dominicana, o ponto mais alto de todo o Caribe

Com nossos amigos franceses no cume do Pico Duarte, na República Dominicana, o ponto mais alto de todo o Caribe


Pico Duarte, a maior montanha do Caribe está a 3.086m sobre o nível do mar. Paisagens montanhosas com florestas de pinus e um clima ameno típico de áreas subtropicais, em pleno Caribe. Nos dias mais claros temos uma bela vista da Ilha de Hispaniola e quem sabe até a costa norte da República Dominicana. É claro que uma expedição que está viajando toda a América e todos os países do Caribe não poderia deixar esse destino de fora.

Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana

Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana


Localizada na região montanhosa no centro do país, a cidade de acesso é a simpática Jarabacoa. Jarabacoa está cercada por montanhas, vales, rios e cachoeiras e é a Campos do Jordão dos dominicanos. Nos feriados e finais de semana os capitalinos escapam do calor de Santo Domingo e buscam uma experiência única de sentir o clima mais ameno, abaixo dos 20°C, tomar um vinhozinho, comer foundes e aproveitar o frescor dos ares de montanha.

Mulas descansam na área do refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana

Mulas descansam na área do refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana


A temporada de escalada aqui é durante os meses de inverno, dezembro e janeiro, curiosamente inversa à maioria das montanhas do mundo. O motivo? Jovens e adultos dominicanos querem experimentar o frio inexistente em qualquer outro lugar no país. Nesta época as temperaturas no pico podem ficar perto do zero grau, com sorte até abaixo.

Umidade presa nas teias de aranha parecem flores! (trilha do Pico Duarte, na República Dominicana)

Umidade presa nas teias de aranha parecem flores! (trilha do Pico Duarte, na República Dominicana)


A caminhada começa na comunidade rural de La Cienaga, a quase 2 horas de Jarabacoa. Lá encontramos o guia e o muleiro que iria nos acompanhar até o pico. O guia contratado organizou tudo, nos levou à La Cienaga, mas delegou a guiada para um colega que amanheceu doente. Assim acabamos ficando com um terceiro guia e muleiro, um jovem de 15 anos que sobe esta montanha desde os 6, garante ter experiência, leva muito bem as mulas e, o principal, diz que sabe cozinhar. Veremos!

Arrumando as mulas para a subida do Pico Duarte, na  República Dominicana

Arrumando as mulas para a subida do Pico Duarte, na República Dominicana


Começamos a caminhada perto das 7h30 da manhã após um desayuno típico com ovo, linguiças, batata e banana cozida acompanhados de um delicioso chocolate quente. Estava chovendo, o que não era nada animador, mas pelo menos garantiria uma subida mais fresca e tranquila.

Descanso na trilha do Pico Duarte, na  República Dominicana

Descanso na trilha do Pico Duarte, na República Dominicana


Saímos de La Cienaga (1.110m) com um bom passo, já que os primeiros 4 quilômetros são praticamente planos. Passamos pela área de camping de Los Tablones (1.278m) e seguimos morro acima, subindo uma crista rodeada pela floresta úmida e nublada até chegarmos a La Laguna (1.980m), onde fizemos nossa primeira parada de descanso e almoço para recarregar as energias. Já se haviam passado 12 quilômetros, praticamente metade do caminho.

Encruzilhada na trilha do Pico Duarte, na  República Dominicana

Encruzilhada na trilha do Pico Duarte, na República Dominicana


No último trecho até La Laguna conhecemos o simpático casal de franceses, Jean e Martine, que vieram à Republica Dominicana comemorar os seus aniversários de 50 anos! Acostumados com os Alpes como quintal de sua casa, estavam ansiosos para conhecer um ambiente de natureza tropical e com novas paisagens. Martine é professora de inglês e aprendeu a falar um pouco de espanhol para esta viagem, enquanto Jean falava apenas o francês. Ficaram contentes em encontrar um casal que falava espanhol, inglês e ainda arranhava no francês. Jean pôde ter várias conversas sobre economia e política latino-americana e europeia com o Rodrigo, que aproveitou para manter aquecido o francês que acabava de praticar no Haiti.

Muita névoa na subida do Pico Duarte, na  República Dominicana

Muita névoa na subida do Pico Duarte, na República Dominicana


Muita névoa na subida do Pico Duarte, na  República Dominicana

Muita névoa na subida do Pico Duarte, na República Dominicana


A caminhada continuou com boa companhia e sentindo a exigência física, não apenas da subida, mas da menor quantidade de oxigênio no rápido ganho de altitude. Passamos o El Cruce (2.180m) e chegamos à Aguita Fría, agora acima das nuvens já nos 2.650m. A paisagem mudou drasticamente, de floresta úmida e tropical passamos a uma mata de coníferas e gramíneas típicas das altas montanhas.

Finalmente, o tempo abre na subida do Pico Duarte, na  República Dominicana

Finalmente, o tempo abre na subida do Pico Duarte, na República Dominicana


O último trecho de caminhada foi aquecido pelo sol e logo dominado pelas nuvens, que passavam mais rápido do que o tempo e a longa quilometragem até o campo base, La Compartición, a 2.450m. A propósito é muito injusto nos esforçarmos tanto para subir e antes de chegarmos ao pico perdermos 200m de altitude, mas são ossos do ofício. Chegamos ao acampamento as 14h30 e o Rodrigo já havia descansado uns 20 minutos, suficiente para decidir continuar e chegar ao pico hoje mesmo. Típico desafio que adora esse meu marido atleta. Ele deve subir e descer 10km, dos 2.450m aos 3.087m em três horas e meia. O tempo estava péssimo, as nuvens baixas e era garantido que não teria nenhuma vista lá de cima, mas o seu gosto por montanhas e desafios é maior do que qualquer cansaço ou tempo ruim.

Refúgio para os alpinistas que sobem o Pico Duarte, na República Dominicana

Refúgio para os alpinistas que sobem o Pico Duarte, na República Dominicana


Enquanto ele foi, eu fiquei ali conversando com os exploradores dominicanos que haviam subido ontem, passado o dia entre o pico e La Compartición e que descerão amanhã. Todos muito divertidos e com muito assunto, falamos da vida, dos acampamentos, do nosso gosto comum pela montanha, mato, trilhas e a vida na natureza. Logo os guarda parques, guias e exploradores já haviam cortado madeira suficiente para garantir uma fogueira que nos aqueceria durante a noite fria.

Esquentando-se na fogueira no fim de tarde gelado no refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana

Esquentando-se na fogueira no fim de tarde gelado no refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana


Enquanto o Rodrigo ia até o cume, eu e nossos amigos franceses descansamos, conversamos e preparamos nossos colchonetes e sacos de dormir no refúgio, nossos guias preparavam uma comida quentinha para o jantar.

Cozinhando nosso jantar no refúgio em Compartición, pouco abaixo do Pico Duarte, na República Dominicana

Cozinhando nosso jantar no refúgio em Compartición, pouco abaixo do Pico Duarte, na República Dominicana


Quanto mais o tempo passava mais aflita eu ficava, mas tinha cá comigo a certeza que Rodrigo chegaria no tempo combinado. A aflição só veio na última meia-hora, pois começou a chover, o tempo esfriava mais e eu sei que nos bons dias ele iria querer baixar ainda mais essa média, mas não hoje. Ele chegou molhado da chuva e esfomeado exatamente as 18h, horário previsto por todos. Seu tempo foi sim ótimo, é que não contávamos que ele iria deitar aos pés do busto do Presidente Duarte e dormir profundamente por pelo menos 20 minutos, até sonhou! É uma figura mesmo, ainda bem que o frio o despertou e para baixo todo o santo ajuda. Logo ele estava seco e bem alimentado, se aquecendo ao meu lado na roda em torno da fogueira.

A 3.080 metros de altitude, em meio à neblina, junto com o Duarte, no alto da montanha mais alta do Caribe, na República Dominicana

A 3.080 metros de altitude, em meio à neblina, junto com o Duarte, no alto da montanha mais alta do Caribe, na República Dominicana


No refúgio no fim de tarde, esquentando-se na fogueira (trilha do Pico Duarte, na  República Dominicana)

No refúgio no fim de tarde, esquentando-se na fogueira (trilha do Pico Duarte, na República Dominicana)


A subida havia sido cansativa e os espinhos do ouriço que eu chutei na Paradise Beach, lá no Haiti, agora começavam a inflamar no meu pé. Consegui uma agulha e uma pinça com os meus novos amigos exploradores e lá fui eu, depois de desinfetá-las no Bacara - rum haitiano, consegui retirá-los, um a um do meu pé. Quando retirei o mais inflamado deles, o do dedão, foi alívio instantâneo! Sem a dor agora eu sabia que poderia não apenas ir até o pico, como voltar até a base sem precisar usar a nossa “amulância”.

Fogueira noturna, no refúgio um pouco abaixo do Pico Duarte, na  República Dominicana. O pé que aparece na frente é o do Rodrigo, tentando esquentá-lo ao fogo!

Fogueira noturna, no refúgio um pouco abaixo do Pico Duarte, na República Dominicana. O pé que aparece na frente é o do Rodrigo, tentando esquentá-lo ao fogo!


Na madrugada seguinte acordamos todos as 4 da manhã. Os amigos dominicanos para descer e nós para o ataque ao cume após um chocolate quente. Durante a madrugada o céu limpou e a noite estava muito agradável para uma caminhada à luz da lua. Subimos em bom passo, discutindo economia e ecologia com Martine e Jean e observando ao longe as luzes de Santiago e outras cidadezinhas próximas. A discussão entre o Rodrigo e a Martine logo ficou mais inflamada, o que me foi mais um incentivo para acelerar e ganhar o silêncio da montanha enquanto o sol despontava no horizonte.

A caminho do cume do Pico Duarte, na  República Dominicana, com o dia nascendo

A caminho do cume do Pico Duarte, na República Dominicana, com o dia nascendo


O dia nasce um pouco antes de chegarmos ao cume do Pico Duarte, na  República Dominicana

O dia nasce um pouco antes de chegarmos ao cume do Pico Duarte, na República Dominicana


Chegamos ao pico em uma hora e meia, pouco antes das 7h da manhã, e o sol já iluminava toda a paisagem. Lá estava o busto do Presidente Duarte, o mesmo que fez companhia ao Rodrigo na tarde de ontem.

Com nossos amigos franceses no cume do Pico Duarte, na  República Dominicana, o ponto mais alto de todo o Caribe

Com nossos amigos franceses no cume do Pico Duarte, na República Dominicana, o ponto mais alto de todo o Caribe


Jean e Martine gostaram da caminhada, mas pareciam desapontados com a paisagem de coníferas, iguais às das montanhas francesas. Também, pudera! Vivendo nos Alpes franceses fica mesmo difícil encontrar paisagens mais bonitas que as do seu quintal. De qualquer forma é impressionante saber que estamos em pleno Caribe com um cenário como este e ainda mais altos que o Pico da Neblina (ponto mais alto do Brasil com 3.011m).

A bela visão que se tem quase ao chegar ao cume do Pico Duarte, na  República Dominicana

A bela visão que se tem quase ao chegar ao cume do Pico Duarte, na República Dominicana


Tiramos fotos, trocamos ideias de novas montanhas a escalar, na Europa e nas Américas e logo estávamos de volta à La Compartición para um bom café da manhã. Desmontamos acampamento e seguimos montanha abaixo, hora de terminar a conquista dessa montanha. O Rodrigo desceu acelerado e eu só o vi duas ou três vezes. Nos encontramos para o almoço em La Laguna e depois lá na base, na sede do parque. Nem que eu acelerasse nos quilômetros planos do final eu conseguiria alcança-lo. São 7 anos juntos eu ainda espero ter companhia durante as trilhas nas montanhas... É o ônus de ter um maridão atleta e montanhista.

No ponto mais alto do Caribe, o Pico Duarte, com 3.080 metrtos, na República Dominicana

No ponto mais alto do Caribe, o Pico Duarte, com 3.080 metrtos, na República Dominicana


No final ainda tomamos coragem e, brindando com uma presidente à convite de Jean e Martine, nos banhamos nas águas geladas do Rio Frío, o melhor remédio contra o cansaço muscular dos 46 quilômetros que acabávamos de enfrentar! Bela trilha, linda caminhada e uma experiência memorável! Depois do Pico Duarte nossa visão do Caribe nunca mais será a mesma.

Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana

Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana



Organizando sua Excursão ao Pico Duarte


Tivemos muita dificuldade de encontrar informações na internet de como organizar a excursão ao Pico Duarte. A maioria dos tours são montados por hotéis em Jarabacoa e cobram entre 400 e 500 dólares por pessoa para uma excursão de 3 dias. Para baratear nós decidimos ir direto para Jarabacoa e tentar organizar sozinhos, mas precisávamos de alguns equipamentos de cozinha, saco de dormir e o guia.

Encontro com tropa de mulas na trilha do Pico Duarte, na República Dominicana

Encontro com tropa de mulas na trilha do Pico Duarte, na República Dominicana


A trilha é bem marcada e difícil de errar o caminho, ainda assim é obrigatória a contratação de um guia e de pelo duas mulas, uma para carregar os equipamentos e outra em caso de qualquer acidente.

Descendo a trilha do Pico Duarte, na República Dominicana

Descendo a trilha do Pico Duarte, na República Dominicana


Em Jarabacoa ficamos hospedados na Posada Brisas del Yaque e eles nos indicaram um guia local que poderia organizar todo o tour, incluindo o transporte. Monchy foi muito atencioso, soube avaliar bem a nossa experiência e nos ajudou a definir o roteiro em 2 dias, ao invés de três. O valor do transporte para La Cienaga (e retorno a Jarabacoa), compra de comida, aluguel de sacos de dormir e casacos extras, guia e duas mulas nos saiu por 200 dólares por pessoa, ou 8.200 pesos dominicanos*.

Agora, depois de ter passado por lá, conhecido os guias e como tudo funciona, temos uma dica quentíssima para economizar horrores.

Guia e Mulas - O ideal é contratar o guia-muleiro e as mulas direto em La Cienaga. Isso irá custar em torno de 2.800 a 3.000 pesos.

Alimentação - Você terá que providenciar a comida, que pode ser comprada em qualquer supermercado de Jarabacoa, incluindo a alimentação do guia. Eles estão acostumados a preparar carnes (frango e porco), arroz e batatas, alimentos ricos e com bastante sustância para aguentar o tranco da montanha. Além de sanduíches, frutas e barras energéticas para os almoços na trilha. No refúgio o guia irá cozinhar no fogão à lenha e poderá providenciar as panelas e utensílios necessários. É importante levar água para a subida, mas uma vez em Compartición, você terá água pura e deliciosa da montanha para beber e encher os cantis para a volta.

Fonte de água potável na trilha do Pico Duarte, na República Dominicana

Fonte de água potável na trilha do Pico Duarte, na República Dominicana


Transporte – Esta é uma das partes mais trabalhosas, mas não impossível de resolver. Existem transportes públicos de Jarabacoa à La Ciénaga, porém eles são escassos e você pode ter que dormir em La Ciénaga na noite anterior e na noite posterior da trilha. Se você tiver tempo esta é a forma mais barata de chegar até lá. Lembrando que você irá gastar um pouco com as hospedagens rústicas em La Ciénaga. Outra forma é ir com o seu carro alugado, como fizeram nossos amigos franceses. A estrada é de terra e tem trechos meio complicados, mas devagar um carro comum também chega. A terceira opção é tentar negociar um preço com uma operadora de turismo de Jarabacoa que já esteja indo para lá e cobre apenas transporte.

Placa marca o cume do Pico Duarte, na República Dominicana

Placa marca o cume do Pico Duarte, na República Dominicana


No final, somando alimentação, guia, mula e o transporte, além da praticidade e atendendo ao tempo que tínhamos disponível, ficamos contentes com o serviço que tivemos. Mas se tivéssemos mais tempo o passeio poderia ter saído por metade do preço.

*Cambio Atual: 1 dólar = 41 pesos dominicanos.

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