0 Juneau: História, Glaciares e Labirintos - Blog da Ana - 1000 dias

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Juneau: História, Glaciares e Labirintos

Alaska, Juneau

Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


A capital do Alasca pode ficar ofuscada pela grande metrópole, Anchorage, mas não poderia ficar de fora do nosso roteiro. Sua história e suas riquezas naturais são a porta de entrada para um novo mundo que começaremos a explorar nesta semana na região sudeste do Alasca.

Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


O ano era 1880, Richard Harris e Joe Juneau buscavam ouro nestas terras longínquas. Seu guia nesta busca era Kowee, o chefe da tribo Tinglít que habitava a região. Ele o levou às margens do rio dourado, batizado de Golden Creek. Kowee não imaginava como sua vida mudaria a partir deste momento.

Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Um acampamento de 40 garimpeiros se formou e cresceu em torno da extração do ouro, atraindo comerciantes, missionários e grandes companhias mineradoras. Assim nasceu Juneau, com mais de 66 milhões em ouro extraídos na Mina Treadwell e 80 milhões (equivalentes hoje a 4 bilhões de dólares) da Mina Alaska-Juneau. Esta foi a maior operação mineira no mundo nos idos de 1916, movimentando os mercados de pesca, trazendo fábricas de enlatados, serrarias, transportadoras e até o turismo. Apenas mais tarde, no ano de 1959 foi que Juneau se tornou a capital do Alasca.

O musgo é a primeira vegetação a ocupar o terreno deixado para trás pela Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

O musgo é a primeira vegetação a ocupar o terreno deixado para trás pela Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Desde 1900 as histórias de garimpeiros e o extraordinário cenário destas terras atraíram visitantes para a região. Glaciares, fiordes e florestas já seriam motivos suficientes, mas a natureza ainda proporciona espetáculos como a corrida do salmão, ursos grizzlies pescadores e até baleias para os mais sortudos. Um detalhe importante é estar atento às temporadas de cada um destes animais, para escolher a melhor época para a viagem. O verão normalmente reúne a maioria deles: os salmões sobem os rios e atraem os ursos para os cursos d´água, as baleias jubarte chegam às baías em busca de alimento e são atração garantida durante os tours whale watching. Junto com os salmões, ursos e baleias chegam também hordas de turistas nos grandes navios de cruzeiros e os preços sobem bastante.

A Nugget Falls, bem ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

A Nugget Falls, bem ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Nós chegamos no final da temporada, os preços de hospedagem e ferry estão melhores, mas praticamente todas as portas se fecham quando o último cruzeiro vai embora. Vimos um navio no porto e pensamos “opa! chegamos a tempo!”, mas infelizmente não encontramos mais nenhum tour operando para o Tracy Arm Fjord, Glacier Bay, ou mesmo guias especializados para nos levar às cavernas de gelo nos glaciares. Todos, sem exceção, tinham acabado de fechar para a temporada de inverno. Fiquei bem chateada, mas o que não tem remédio, remediado está e como tudo sempre tem um lado bom, assim até economizamos! Rsrs!

Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Sem os tours, ficamos sem os icebergs e grandes paisagens de gelo próximas do mar, que a propósito, eu achava que estariam por todo o litoral. O Tracy Arm parece ser o único lugar para ver icebergs e na Glacier Bay o grande campo de gelo margeando a costa. Ainda assim Juneau não decepciona e ainda reserva bons motivos para ser visitada. O primeiro e principal deles é o grande Mendenhall Glacier, um belíssimo glaciar com paisagens magníficas e a apenas 15 km do centro da cidade.

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Uma língua de gelo de 19 km que liga o Lago Mendenhall ao Juneau Icefield. Com mais de 2 quilômetros de largura e 30 metros de altura ele é um dos 38 grandes glaciares que escorrem do Juneau Icefield, formando vales, lagos e paisagens como esta.

Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska

Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska


Os icebergs são esculturas flutuantes formadas por gelo azul, o mais puro e cristalino. Nos arredores estão os mais de 5 milhões e meio de acres da Tongass National Forest com árvores imensas da floresta úmida que cobre todo o sudeste do Alasca. Algumas trilhas dão acesso ao lago e a mirantes, a trilha até a Nugget Falls é super agradável e dá uma noção melhor das mudanças que vem ocorrendo nesta paisagem.

Pequenos icebergs e a incrível Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Pequenos icebergs e a incrível Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


O centro de visitantes possui uma exposição bem completa sobre a história geológica do Mendenhall, que está em um processo acelerado de retração, ou seja, descongelamento. Só para vocês terem uma ideia, antes de 1958 este lago não existia! Monitorado pelos cientistas desde 1942, sabe-se que de 1951 a 1958 a face terminal do glacial retraiu 580m. Desde 1958 já se foram mais 2.820 km, quando o lago foi criado, e antes de 1765 a ponta do glaciar se estendia por mais 4 km.

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Esta é uma das medidas mais claras que temos dos efeitos do aquecimento global e ainda existem pessoas que não acreditam, como se fosse questão de crença! Temos que fazer nossa parte: diminuir o consumo, maximizar a reciclagem e, principalmente, acreditar que se cada um de nós agir, podemos juntos fazer a diferença para o nosso planeta.

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


A chuva voltou a cair e nós continuamos a explorar a curta estrada ao norte de Juneau, em busca das nossas amigas baleias. A dica dos locais foi um lugar chamado Shrine of St. Therese. Uma pequena península que entra na baía e é um hot spot de pesca. Peixes atraem todo o tipo de vida marinha, focas, leões marinhos e até baleias!

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Não vimos baleia alguma, apenas algumas focas pescando e um lindo stellar, o maior leão marinho do mundo, nadando ao redor. Porém o santuário não é apenas um lugar para encontrarmos os animais, mas um lugar mágico onde encontramos uma forte energia contemplativa. Percorremos o labirinto, criado pela igreja católica como um meio de concentração para as orações, e meditamos em contado com a natureza e a nossa energia interior sem nem sentirmos a chuva cair.

Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Ainda aproveitamos este tempo chuvoso para escrever, descansar e acabamos nem conhecendo o Alaska State Museum, com exposições sobre a história e a arte dos povos indígenas da região, mas fica aí a dica para incluir no roteiro.

O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska

O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska


Pois é, a chuva continua nos acompanhando e logo descobrimos que não é nada pessoal. Nós estamos não apenas em uma das épocas mais chuvosas, mas em um dos lugares com maiores índices de precipitação em toda a América do Norte. Aqui quando não chove, neva e os locais até estranham quando aquela “estranha bola amarela” aparece no céu. Cuidado! Se ela aparecer em mais de 60 dias durante todo o ano estamos a perigo! Não é a toa que, além de muito bem equipados com suas roupas impermeáveis e botas de borracha, os alascans andam pelas ruas como se a chuva não existisse e dizem: “é o nosso brilho de sol líquido”.

Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska

Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska


O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Assim , mesmo no verão, já venham com espírito e a mala preparados para enfrentar chuva. Enfiem o dois pés na poça d´água e aí sim poderão sentir como vivem os alascans! Depois, uma Alascan Amber ou uma Brown Kodiak são uma boa pedida para esquentar.

Tomando cerveja local em Juneau, no Alaska

Tomando cerveja local em Juneau, no Alaska

Alaska, Juneau, história, Mendenhall Glacier, Tongass National Forest, Juneau Icefield

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Blog do Rodrigo Visita à belíssima Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Na Capital do Alaska

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