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Cotopaxi - Blog da Ana - 1000 dias

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Cotopaxi

Equador, Cotopaxi

O vulcão Cotopaxi, o mais alto do mundo em atividade, no Equador

O vulcão Cotopaxi, o mais alto do mundo em atividade, no Equador


Cotopaxi é famoso por ser o maior vulcão ativo do mundo com 5.897m. Desde 1738 já ocorreram mais de 50 erupções, destruindo por completo a cidade de Latacunga duas vezes! As mais violentas ocorreram em 1744, 1768 e em 1877. A última grande erupção ocorreu em 1904, ocorrendo também alguma atividade em 1942. Segundo o nosso guia, Stálin, Cotopaxi apenas ganha a fama de “vulcão mais alto do mundo”, por ser o vulcão de mais fácil acesso e bastante comercial para escaladas, puro marketing. Quem estaria realmente neste posto seria o Ojos del Salado, na fronteira entre o Chile e a Argentina. O Ojos fica a 6.893m de altitude e é um estratovulcão, sem dúvida alguma e por quase 1000m de vantagem, o maior vulcão do mundo. Porém ele é considerado inativo, estudos recentes dizem que a sua última erupção ocorreu há aproximadamente 1300 anos. Ainda assim na sua cratera ainda existem fumarolas e no seu entorno diversas termas aquecidas pelo seu calor. Esperamos poder ir até lá para conferir, este está nos nossos planos quando voltarmos da América do Norte. Se até lá eu não estiver bem preparada, pelo menos o Rodrigo deve tentar o seu cume.

O refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador

O refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador


No Cotopaxi o horário máximo para estar no topo é as 8 horas da manhã, com tolerância de 20 ou 30 minutos. Durante a caminhada os montanhistas/turistas estão sempre amarrados à uma corda com o guia e o companheiro e cada um leva a sua piqueta, um tipo de machadinha próprio o gelo, item obrigatório de segurança.

Tempo nublado e muita neve no Cotopaxi (Equador)

Tempo nublado e muita neve no Cotopaxi (Equador)


A trilha utilizada há uns 2 anos era a Rompe Corazónes, chamada assim pois o ataque ao cume é frontal, muito mais íngreme. Hoje essa trilha é usada para a descida e a ascensão é feita pela trilha principal, em ziguezague, durante duas horas. O primeiro trecho em solo vulcânico e as outras 5 horas sobre o glacial. Esta trilha antes possuía muitas gretas que dificultavam e tornavam a passagem mais perigosa, porém após o último inverno, muita neve caiu e se compactou, tornando o caminho mais seguro, hoje apenas 2 gretas ficaram no caminho.

O vulcão Cotopaxi, o mais alto do mundo em atividade, no Equador

O vulcão Cotopaxi, o mais alto do mundo em atividade, no Equador


Tudo isso fomos aprendendo e conversando com o nosso guia Stálin, contratado via Gulliver, uma das agências de turismo e montanhismo mais conhecidas de Quito e recomendada pelo Lonely Planet. Fato é que Gulliver já foi muito boa e hoje passa por um período, podemos dizer, mais “relaxado”. Vários bons guias trabalham com ela, pois é o seu ganha pão. A agência tem um bom marketing, uma boa fama, mas infelizmente ela pecou em vários pontos da organização da nossa expedição.

Com o guia Stalin, madrugada no refúgio do Cotopaxi, antes de descer para o estacionamento (Equador)

Com o guia Stalin, madrugada no refúgio do Cotopaxi, antes de descer para o estacionamento (Equador)


Havíamos agendado com quase uma semana de antecedência e no momento da partida não tínhamos um receptivo no local (Papa Gayo, hostal do mesmo dono) que organizasse e conferisse os equipamentos alugados, durante horas ficamos sem informação e sem equipamentos. O horário combinado era as 10h, o primeiro guia apareceu as 12h30 retornando do Cotopaxi. Stálin ia “dobrar” esta noite, fazendo duas ascensões seguidas. Ok, ele é jovem, experiente e estava disposto, mas poderíamos ao menos ter sido avisados pela agência que já sabia do atraso. Foi Stálin que organizou tudo e nos deixou mais tranquilos. Revisou e organizou todo o equipamento e inclusive nos ajudou a resolver o caso do Rodrigo. O Ro fechou um “tour privado”, uma excursão individual, e por isso pagou um valor mais alto para subir o Chimborazo (6.310m).

Finalmente, o Chimborazo aparece por detrás das nuvens, na viagem de volta (Equador)

Finalmente, o Chimborazo aparece por detrás das nuvens, na viagem de volta (Equador)


O guia contratado simplesmente não apareceu e o carro que faria o transporte de ida e volta (4 horas cada trecho), também não existia. A impressão que ficamos é que simplesmente esqueceram de organizar o tour contratado. Stálin conversou com a agência e os guias que ali estavam e conseguiu organizar um carro extra com motorista e um guia para levá-lo. Júlio acabara de voltar do cume do Cotopaxi, estava cansado, mas topou a empreitada. Confesso que fiquei preocupada, pois nem os guias, nem seus clientes podem correr este tipo de risco em ascensões deste porte. Enfim, sem opção, partimos para os diferentes destinos. Rodrigo ao Chimborazo, eu e Rafael para o Cotopaxi e Laura já havia saído desde cedo com outro tour privado para conhecer o Quilotoa, a cratera de um vulcão extinto que se tornou uma imensa lagoa.

Eu e Rafael chegamos ao já conhecido estacionamento do Cotopaxi a 4.200m, colocamos todo o equipamento de neve e começamos a subida. Já era final de tarde e o tempo estava muito ruim. Chuva e neve o tempo todo, a terra estava congelada e o caminho muito mais branco. Subimos devagar, quem deu o passo foi Stálin, tranquilo e paciente, pois desta vez estávamos com peso. Fizemos a subida até o refúgio a 4.800m em 40 minutos. Tranquilíssimo!

Subida para o refúgio do Cotopaxi, a 4.800 m de altura (Equador)

Subida para o refúgio do Cotopaxi, a 4.800 m de altura (Equador)


Chegamos lá e preparamos nosso beliche no refúgio enquanto Stálin preparava o nosso jantar. A temperatura estava abaixo de zero, -10°C, por aí. O tempo não era muito animador, mas Stálin nos tranqüilizou que só poderíamos nos preocupar com o clima quando acordássemos à meia-noite, para o nosso “café da manhã”, antes do ataque ao cume. Chazinho quente e um bom papo sobre a vida, cultura e política passaram o tempo até a hora de dormir.

Jantar no refúgio do Cotopaxi (Equador)

Jantar no refúgio do Cotopaxi (Equador)


Dormir é força de expressão, pois não é fácil dormir a 4.800m de altitude. O corpo fica em estado de alerta pela falta de oxigênio. O nosso descanso era curto, deitamos as 19h e meia-noite já estávamos em pé. Antes de deitar Rafa estava se sentindo bem e eu sentia um desconforto abdominal, não sabia se era efeito retardado da salmonela ou da altitude, mas o fato é que não dormi um minuto e passei a noite toda lidando com as dores. Levantei com o aviso do Stálin, “Precisamos conversar, o Rafael não está se sentindo bem.”

Durante toda a noite eu estava na dúvida se me sentiria melhor para subir, pelas dores e tal, mas não tinha dúvidas que na hora do vamos ver eu estaria bem. Me preparei, deixei tudo pronto e desci para o café, foi quando tive a péssima notícia que o Rafa passou mal a noite toda com muita dor de cabeça. Ele não estava propriamente aclimatado, durante a semana passamos a maior parte do tempo acima dos 2.000m e fizemos dois trekkings acima dos 4.000m. Porém o ideal era que ficasse ao menos 5 dias acima dos 3.500m e fizesse uns 4 trekkings de aclimatação acima dos 4mil, 4.500m Cabeça latejando de dor, um pouco de sensação de náusea... poderia tomar um remédio para dor, mas isso poderia apenas postergar um efeito pior acima dos 5.000m. Não temos como saber como o corpo vai reagir. Ficamos conversando por mais de uma hora, eu cada vez mais pilhada para subir, pois as minhas dores tinham desaparecido.

Pensamos em tentar ir até o glacial para ver se ele melhoraria, Stálin sugeriu uma prática de glacial pela manhã, ou até que ele ficasse no refúgio e nós tentássemos seguir, porém não poderia colocá-lo em risco. Deixá-lo ali mais 10 horas a 4.800m, sem ter o que fazer e com aquela dor não era justo.

Refúgio do Cotopaxi, a mais de 4.800 metros de altitude, no Equador

Refúgio do Cotopaxi, a mais de 4.800 metros de altitude, no Equador


Um outro fator que influenciou todas as nossas conversas e a decisão foi que no dia seguinte estaríamos embarcando para um live aboard de 8 dias em Galápagos. É um cruzeiro caro, que já estava confirmado, pago e o nosso principal objetivo nesse trecho da viagem. Não poderíamos correr o risco de ter uma baixa de imunidade, ficarmos doentes e impossibilitados de mergulhar. Eu também corria este risco. Enfim, em um caso como este, todos já estamos cientes de que se uma pessoa da equipe não se sente bem, devemos baixar. E foi o que ficou decidido.

A Ana, a Laura e o Rafa subindo para o refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador

A Ana, a Laura e o Rafa subindo para o refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador


Antes de decidirmos o Rafa ainda me disse todo epolgado, “Vai lá fora e veja como está o tempo!” Ruim? Eu perguntei... “vá lá ver!”. Toda a chuva e a neve que caía quando chegamos havia se dissipado. O céu estava completamente estrelado e mesmo com pouca luz podíamos ver toda a montanha nevada, imponente, maravilhosa. Do outro lado enxergávamos Quito toda iluminada! Ela parece muito mais perto aqui de cima... Sobre a capital, uma tempestade de relâmpagos clareava o céu abaixo de nós que visual fantástico!

Luzes de Quito vistas do refúgio do Cotopaxi (Equador)

Luzes de Quito vistas do refúgio do Cotopaxi (Equador)


E foi com este visual que nos despedimos do Cotopaxi, descemos do refúgio para o acampamento com a temperatura e o clima perfeitos, uma vista sensacional! Atrás de nós víamos apenas a luz das lanternas dos montanhistas que haviam deixado o acampamento rumo ao cume do vulcão. É, não foi dessa vez, mas tenho certeza que voltaremos!

Madrugada no refúgio do Cotopaxi, antes de descer para o estacionamento (Equador)

Madrugada no refúgio do Cotopaxi, antes de descer para o estacionamento (Equador)

Equador, Cotopaxi, Trekking, vulcão, Ecuador, Chimborazo

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Avenida dos Vulcões

Blog do Rodrigo Foto de despedida na pousada Papagayo, antes de partirmos para o Chimborazo e o Cotopaxi, no Equador

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Comentários (1)

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  • 15/10/2013 | 11:13 por Valentina

    Para os que nao desejam subir a montanha, qual é a opcao de passeio?? O volcao fica a quantas horas de Quito? A uma cidade proxima para a hospedagem??

    Resposta:
    Oi Valentina! Tem várias opções bacanas, passeios de bike e cavalo no parque nacional e arredores do vulcão, a caminhada até o refúgio que é bem tranquila e tem paisagens incríveis, vale a pena! O Cotopaxi fica a umas 2 horas de Quito, o ideal é se hospedar no Hostal Papagayo que já oferece os passeios e fica bem em frente ao parque. Espero ter respondido a tempo da sua viagem! Abraços!

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