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No alto da pirâmide de Tepoztlán, no México
Tepoztlán é o sétimo pueblo mágico em nossa viagem pelo México, mais um dos encantadores povoados cheios de personalidade, vida e alguma história para contar. Quanto mais próximos da Cidade do México, mais sentimos que os pueblos, mesmo os mágicos, ganham ares mais urbanos e menos pueblanos. O pequeno Pueblo Mágico chegou a perder o seu título em 2009, mas reconquistou-o em 2010 após corrigir problemas e garantir que, mesmo mais modernizada, mantém seu estilo de vida tradicional e os atrativos da região bem preservados.
Indicação para a trilha até a pirâmide de Tepoztlán, no México
Localizada no estado de Morelos, Tepoztlán está 80 km ao sul da capital mexicana e a apenas 20km da cidade de Cuernavaca, uma dos esconderijos preferidos dos chilangos (capitalinos mexicanos) no final de semana.
Guaximins habitam o alto da montanha onde está a pirâmide de Tepoztlán, no México
A grande relíquia de Tepoztlán não está em sua arquitetura colonial, mas sim em um sítio arqueológico muito especial, mesmo que pequeno e escondido no meio das montanhas de Tepozteco: a Pirâmide de Tepoztlán. As ruínas eram o nosso objetivo dentro dos treinamentos de aclimatação para as altas montanhas que estavam por vir.
Montanhas na região de Tepoztlán, no México
Mesmo sendo uma pirâmide pequena, se comparada a outros sítios arqueológicos mexicanos, sua importância está apoiada na crença que ali teria nascido o principal Deus da cultura asteca, Quetzalcoátl, a serpente emplumada.
Chegando à pirâmide de Tepoztlán, no México
A trilha que nos leva ao topo das montanhas tepoztecas é íngreme e demanda certa persistência, mas praticamente todo o caminho possui escadas e é bem demarcado. No final, próximo a uma grande rocha foram instaladas até escadas de ferro para garantir o acesso de todos, turistas, peregrinos e curiosos, até o local onde está a pirâmide.
Pequeno altar em rua de Tepoztlán, na região central do México
Trilha para a pirâmide de Tepoztlán, na região central do México
Felizmente a seleção natural aqui não poderia ser mais perfeita, famílias locais, acostumadas com a altitude e maiores caminhadas são as que mais se dispõem a subir a montanha, assim como os turistas mais atléticos e aventureiros. A pequena dificuldade de chegar até o topo, em pouco mais de uma hora de caminhada, já seleciona bem o público que vai até lá em cima.
No alto da montanha, a pirâmide de Tepoztlán, no México
Nós, sem muito esforço, chegamos em 45 minutos. Nós, vírgula! Eu! Pois meu maridão poderia ter feito em 20 ou 30, correndo, sem sentir nada. De qualquer forma, chegamos todos inteiros e felizes, aproveitamos a pequena e linda pirâmide onde um rei chegou a ser Deus e ditou suas próprias regras, antes de ser dominado pelos Aztecas. Fato é que estas ruínas sempre foram muito respeitadas pelas comunidades vizinhas, já que é a terra de Quetzalcoátl.
Quadro informativo sobre o povo que construiu a pirâmide de Tepoztlán, no México
Retornamos ao nosso hotel para encontrar a Fiona, que acabara de receber um merecido banho. Ontem à noite chegamos à cidade e buscando por um hostal acabamos conhecendo o dono de um hotel, que nos ofereceu um desconto para ficarmos lá, ainda mais próximos das ruínas. A princípio o hotel parecia meio “fora de mão”, mas ele era realmente o mais próximo da trilha e ainda guardava uma das pessoas mais especiais que conheci aqui no México. Pedrin é o gerente do hotel, foi ele que nos ofereceu lavar a Fiona enquanto caminhávamos montanha acima. Um homem sensível e de bom papo, mas que escondia em seu jeito simples um conhecimento espetacular sobre natureza do espírito e da alta humana.
Rua de Tepoztlán, na região central do México
De volta à pousada sentamos no gramado e começamos a jogar conversa fora com Pedrin, que logo nos surpreendeu com sua astuta postura política e conhecimento histórico. É raro encontrarmos alguém com tanta cultura e clareza de ideias como Pedrin. Falamos sobre as mudanças culturais que se passaram em Tepoztlán nos últimos anos e ele, nos contado os fatos, logo fez referência à colonização e à relação criada entre os colonizadores e indígenas, suas ansiedades, problemas e posições. Foi ele que nos contou que Tepoztlán só não perdeu o posto de pueblo mágico, pois seus moradores não deixam que grandes redes de varejo entrem aqui e façam se esvair as chances dos comércios locais vingarem.
Muito comércio na área onde se inicia a trilha para a pirâmide de Tepoztlán, na região central do México
A conversa foi se aprofundando e logo estávamos falando sobre um assunto que nem ao Rodrigo muito interessa, já que para ele apenas o mundo material já é demasiado complexo... O mundo espiritual para nós, espíritas, é algo simples se ser sentido, percebido, algo quase matemático, como 2 + 2 = 4. Não é por que não conseguirmos vê-lo ou tocá-lo que ele não está lá. A mesma certeza possuem os povos indígenas mexicanos, mais ainda seus xamãs, ou pajés, pessoas com uma sensibilidade ainda maior para a energia cósmica que está ao nosso redor.
Do alto da montanha, vista para a cidade de Tepoztlán, no México
Conversando sobre situações comuns, como a dor de cabeça que Rodrigo vem sentindo, Pedrin me contou sobre o seu irmão, médico, neto de curandeiros, que possui uma grande facilidade de perceber a doença em seus pacientes. Assim como Pedrin, que além de ter o dom de curar com as mãos, também tem um controle do seu corpo e da sua mente impressionantes! Quando foi extrair um dente, depois de três anestesias sem efeito, conseguiu apenas desligar o cérebro do seu sistema nervoso e simplesmente não sentiu dor alguma ao extrair um dente do siso, apenas com uma profunda meditação.
Momento de descanso sobre a pirâmide de Tepoztlán, no México
Bom, nem preciso dizer que em poucos minutos nossas auras de conectaram e de certa forma parecia que já nos conhecíamos há milhares de anos. Ele me contava sobre suas leituras sobre o budismo, espiritualismo, um cientista russo que estudou a relação do corpo e do espírito em momentos de transição, deixando um lençol extra fino em pacientes que estavam perto da morte e percebendo que a fina seda flutuava assim que o paciente se desligava do corpo.
Momento de descanso sobre a pirâmide de Tepoztlán, no México
Ele me contou que aqui perto existem algumas montanhas especiais, lugares utilizados por seus ancestrais para energização, montanhas que não são muito conhecidas para turistas, mas que são utilizadas por ele e outros curadores para equilibrar suas energias. Eu adoraria ir até lá para conhecer.
Rua de Tepoztlán, na região central do México, com a montanha da pirâmide ao fundo.
Quanto a mim, ele voltou a um assunto que eu já havia ouvido de várias outras fontes. Uma energia de cura que me acompanha e que está em mim ou que posso canalizar. Ele comentou não apenas o que eu já sei, mas exemplificou os meus medos e inseguranças como se lesse a minha mente, o meu coração. Ele me encorajou a praticar e estudar e sei que se necessário, seria meu guia para desenvolver este dom.
Visita à pirâmide de Tepoztlán, no México
Uma longa conversa que me deixou pensativa por alguns dias, afinal por que estamos aqui no mundo? O que podemos fazer de melhor à humanidade? Não existe uma resposta pronta, cada um deve encontrar a sua, e quem sabe o nosso caminho não esteja por aí?
Comérciode artesanato em Tepoztlán, na região central do México
Esse local é realmente muito lindo.
Resposta:
Lindo e te uma energia muito especial =)
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