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O gostoso parque nas antigas instalações da ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, capital de Rondônia
Sempre fui curiosa para conhecer o estado de Rondônia. Um estado mais novo do que eu, com 70% da superfície coberta pela Floresta Amazônica, os outros 30% são uma zona de cerrados que cobrem a área do chapadão, onde estão a Serra dos Pacaás Novos e Chapada dos Parecis. Só poderia ser um lugar especial.
Fim de tarde no Rio Madeira, em Porto Velho, capital de Rondônia
O antigo Território Federal do Guaporé tinha como principal atividade a extração de borracha e castanha do pará. Ok, castanha do Brasil como querem os nortistas, pois como se pode perceber ela nasce em toda a região norte, não apenas no Pará! Foi apenas depois da chegada da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que o território passou a ter maior importância, estratégica e econômica. A estrada foi construída para fazer o escoamento de mercadorias da região e principalmente um acesso da Bolívia ao Oceano Atlântico. A ferrovia entrou como premissa para que a Bolívia “cedesse” o território do Acre ao Brasil.
Homenagem prestada à ferrovia Madeira-Mamoré, em em Porto Velho, capital de Rondônia
Assim nasceu Porto Velho. A pequena vila que se tornou a capital era o local do velho porto de escoamento de mercadoria no Rio Madeira, afluente do Rio Amazonas que por sua vez desagua no Oceano Atlântico. Hoje, Rondônia possui o terceiro maior PIB da Região Norte, depois do Amazonas e Pará, tem uma extensão cinco vezes maior do que a Croácia e o maior percentual de evangélicos do Brasil.
A usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho, capital de Rondônia
A ferrovia trouxe o desenvolvimento ao antigo Território de Guaporé e Marechal Cândido Rondon trouxe o telégrafo, interligando as regiões mais remotas e isoladas do país. Não à toa em 1956, Rondon foi homenageado emprestando seu nome ao território, que em 1982 se tornou o estado de Rondonia. A segunda onda de ocupação ocorreu na década de 70 quando o governo militar fez uma distribuição de terras na região, na mesma época da construção da Transamazônica, com o intuito de ocupar o território e diminuir chances de problemas fronteiriços.
O esforço e os incentivos fiscais do governo federal em povoar a região começava a dar frutos. A abertura da fronteira agrícola, que avança velozmente desde o Mato Grosso, e a exploração de madeira e minérios fez com que algumas unidades de conservação ambiental fossem criadas a partir do final da década de 70. Quem diria que ali, no distante e pouco conhecido estado de Rondônia pode estar a maior reserva de diamantes do mundo? A Reserva Indígena Roosevelt possui mais de 2,7 milhões de hectares e pertence aos 1.200 índios cinta-larga que habitam a área. Já se sabe que o potencial desse garimpo é imenso e está entre os 5 maiores do mundo, o topo da lista só seria garantido após um estudo mais detalhado que não foi, e espero, não será feito em território indígena. Enquanto alguns enxergam riqueza, eu enxergo destruição de uma cultura, de uma floresta e toda sua biodiversidade, além da chegada dos piores problemas sociais que existem em torno desta atividade.
Enquanto isso não acontece, a terceira onda de ocupação explora os recursos hídricos da região, que veio recentemente com a construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Um dos maiores tributários do Rio Amazônas, o Rio Madeira é o de maior velocidade entre os rios amazônicos. Mesmo sem um grande desnível, Santo Antônio foi construída na maior cachoeira do Rio Madeira. São 14m de desnível. Tão pouco, não é mesmo? Sim, mas com a velocidade do rio e a tecnologia de novas turbinas ela será capaz de gerar energia elétrica para 44 milhões de pessoas.
A usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho, capital de Rondônia
135 km rio acima a Hidrelétrica de Jirau também está em construção. Nem quero dar uma de eco-chata aqui falando de impacto ambiental das represas e novos espelhos d´água destas duas represas imensas que acabam de ser construídas. Basta falar do impacto social que elas tiveram na região, que ávida pelo desenvolvimento, nem parou para pensar no que aconteceria com a chegada de milhares de novos trabalhadores para a construção da Usina. Atrás deles prostituição, alcoolismo e o tráfico de drogas, seguido pelo desemprego, afinal a construção pode durar 10 anos, mas quando ela acaba nenhum deles será mais necessário ali, nem os homens, nem as putas e muito menos os traficantes.
Ainda assim rodamos Porto Velho, uma capital nova, planejada e bem tranquila. A criminalidade infelizmente já deu sinais de vida, segundo nosso amigo Rodrigo que vive no centro da cidade, mas ainda não é comparável com o que vemos nas grandes cidades do sul e sudeste.
Antiga locomotiva da ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, capital de Rondônia
Você deve estar se perguntando. Por que alguém iria querer conhecer Porto Velho? Voltamos então à toda história contada acima e o mais louco é que, talvez por ela ser tão recente, ela é facilmente reconhecida quando rodamos pela cidade. O povo meio agauchado, misturado com goianos, mato-grossenses e toda qualidade de brasileiros empreendedores que você imaginar. Os nomes dos botecos, restaurantinhos e padarias te dão uma pista de quem são, de onde vieram e que tipo de comida você vai poder provar.
Com o Rodrigo e a Rosana, no parque nas antigas instalações da ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, capital de Rondônia
Os pontos turísticos incluem a Praça da Caixa d´Água, que obviamente está no ponto mais alto da cidade e possui 3 grandes e antigas caixas d´água que abasteciam a capital.
A praça das caixas d'água, uma das atrações turísticas em Porto Velho, capital de Rondônia
O Parque Ferrovia Madeira-Mamoré é o mais bonito, à beira do rio. Tem galpões culturais com feira de artesanatos, uma antiga locomotiva em exposição e um passeio peatonal delicioso, perfeito para um fim de tarde tranquilo às margens do rio, com direito a um belo por do sol alaranjado.
Antiga locomotiva da ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, capital de Rondônia
Há alguns quilômetros dali, outro lugar bacana de visitar é o Mirante da Usina de Santo Antonio, de onde podemos ver a barragem de Santo Antônio ao lado de uma daquelas igrejinhas super charmosinhas, cena bucólica do interior.
Antiga igreja usada pelos trabalhadores da ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, capital de Rondônia
À noite a dica é conferir a culinária típica no Canto do Tucunaré, restaurante famoso por sua caldeirada deste peixe amazônico. Nas paredes vários quadros de grandes artistas e celebridades brasileiras que já estiveram lá provando a caldeirada de tucunaré e um dos melhores pirões que já comi na vida!
Com o amigo Rodrigo, no tradicional reataurante Remanso do Tucunaré, em Porto Velho, capital de Rondônia
Se você passar por Porto Velho, tire um dia para conhecer a segunda mais nova capital brasileira e conhecer um pouco mais da nossa cultura e história.
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