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Suriname, Paramaribo, Nickerie

Templo indiano, muito comum no Suriname

Templo indiano, muito comum no Suriname


Estamos nos aproximando de um dos momentos mais tensos e esperados desta etapa guianesa da viagem. Hoje seguimos em direção à Nieuw Nickerie, na fronteira entre o Suriname e a Guiana, o mais inexplorado e inseguro dos vizinhos nortistas. Antes de sair tivemos apenas que resolver uma pendência crucial para esta viagem, o seguro da Fiona. Para cruzar qualquer fronteira precisamos ter o seguro internacional, ou ao menos válido no país em questão.

Observando a Guiana do outro lado do mar, no final de tarde em Nickerie - Suriname

Observando a Guiana do outro lado do mar, no final de tarde em Nickerie - Suriname


Compramos o seguro com a Fatum, empresa do Suriname que segurou a Fiona para os dias restantes no país e um mês de seguro na Guiana. Essa história do seguro é um capítulo à parte, mas resumindo, a porcaria da Mafre (nossa seguradora para a América toda, melhor indicada pela abrangência, etc) nos vendeu a extensão territorial do seguro para as Guianas, produto que eles não possuem e não fazem cobertura. Surreal! Descobrimos isso aqui depois de pressioná-los para recebermos um documento que comprovasse a cobertura, do qual precisávamos para passar nas fronteiras. Totalmente indignada e passada com essa situação, não tivemos outra opção prática a não ser procurar uma empresa local e depois decidir o que fazer com a espanhola.


Exibir mapa ampliado

A estrada para Nieuw Nickerie segue paralela ao litoral do Suriname, cruzando a região com maior concentração populacional do país, além da capital. Passamos pelo região do País Samaraca, de maioria africana e uma cultura muito arraigada à sua origem e história, cruzamos alguns rios amazônicos e entramos em uma imensa área de zona rural.

Grandes fazendas no oeste do Suriname

Grandes fazendas no oeste do Suriname


Ao mesmo tempo que dá dó imaginar a quantidade de madeira e floresta devastada, é muito bacana ver uma área produtiva, uma paisagem completamente diferente. Todos os campos são irrigados por canais, diques holandeses. São fazendas gigantescas de produção de grãos e gado.

Chegando à Nickerie, segunda maior cidade do Suriname

Chegando à Nickerie, segunda maior cidade do Suriname


Final de tarde chegamos à Nieuw Nickerie, segunda maior cidade do Suriname, com 10 mil habitantes. As dezenas de templos hindus confirmam a origem da população, uma cidade rural de maioria indiana. Bandeirinhas coloridas que simbolizam os pedidos e preces hindus estão por toda parte. As casas tem uma arquitetura bem característica, com dois andares, sendo o térreo apenas parte fechado e a outra parte coberta utilizada como garagem. A escada lateral sobe por fora para uma varanda que dá acesso ao piso superior. Todas as casas ficam atrás dos pequenos canais que irrigam a região, possuem portanto uma pontezinha, que dá um ar ainda mais encantado à cidadezinha, uma graça. Entramos aos poucos na cidade e chegamos à avenida principal, com um canteiro central de palmeiras imperiais e um lago forrado de flores de lótus, que simboliza elevação e expansão espiritual e é considerada sagrada pela maioria dos países asiáticos. Lindíssimo!

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)


Quem diria, hein? Uma ótima surpresa para quem achava que só encontraria florestas e aldeias indígenas. Agora estamos aqui, logo após um jantar de comida tipicamente asiática (daquelas bem ardidas), com uma das melhores conexões da internet, na fronteira do Suriname com a Guiana.

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)

Suriname, Paramaribo, Nickerie, fronteira, Fatum Seguros, Guiana

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