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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
No topo da Pedra do Baú, na região de Campos do Jordão - SP
Tão interessante como viajar no espaço é viajar no tempo. Viajar no espaço é o que temos feito nesses pouco mais de 3 meses e o que continuaremos a fazer pelos próximos 900 dias. Viajar no tempo é o que tenho feito nos últimos 35 anos e o que continuarei a fazer nos próximos 50 anos. É o karma de pessoas nostálgicas como eu.
No meu caso, uma viagem puxa a outra e vice-versa. Para viajar para meus tempos de adolescência, vim à Campos de Jordão. Por vir à Campos de Jordão, viajei nos meus tempos de infância.
No Bauzinho com a Pedra do Baú ao fundo, na região de Campos do Jordão - SP
Na verdade, refiro-me mais à Pedra do Baú do que à Campos propriamente dita. Mesmo depois de tantas montanhas e trekkings, o calcanhar da Ana ainda em carne viva, eu quis levá-la para o Baú. Por quê? Bom, pelas razões óbvias da beleza e aventura do lugar. Mas, mais do que isso. Bem mais do que isso. No aniversário de 80 anos da minha finada avó, em 1986 (lá se vão 24 anos!), bem na época da decretação do também finado Plano Cruzado, minha famÃlia se reuniu num hotel de Campos do Jordão para as devidas comemorações. Entre as atividades, fomos vários netos em "excursão" familiar ao topo da Pedra do Baú. Para mim, foi muito excitante ver a famÃlia reunida fora dos lugares comuns (para nós!) de Poços de Caldas, Ribeirão Preto ou Guarujá. Ainda mais em uma atividade esportiva na natureza, como é a subida pelos frágeis degraus que nos levam ao topo do Baú. Alguns dos primos menores não se arriscaram. Muito menos tios e tias. Mas a maioria dos primos lá chegou. Fotos foram tiradas e ainda hoje enfeitam paredes e a imaginação dos que lá estiveram naquele dia distante ou dos que nem haviam nascido e hoje tem idade próxima à dos pais naquela época.
Caminhando sobre o Bauzinho em Campos do Jordão - SP
Pois bem, eu sou um daqueles que aparecem nessas fotos na parede e quis levar a Ana lá, para tirar fotos no mesmo lugar e também para saciar meu saudosismo egoÃsta. Enfim, tentar torná-lo menos egoÃsta e reparti-lo com minha amada. Lá estivemos e lá tiramos as fotos. Na verdade, quase não tiramos já que acabou a bateria da máquina. Mas a Ana salvou o dia e minha viagem espaço-temporal ao lembrar-se que o celular também tira boas fotos!
Na ponta da Pedra do Baú na região de Campos do Jordão - SP
E não é que, ao passear pelo topo do Baú, não foram essas reminiscências que povoaram minha mente mas outras mais antigas ainda? De forma totalmente inesperada, passei a ver e sentir o pequeno moleque de apenas 9 anos que, em dezembro de 1978 escalou o Baú pela primeira vez, em excurção promovida pelo Paiol Grande, colônia de férias famosa que marcou gerações de paulistanos (e uns poucos mineiros como eu). Subimos pelo lado de São Bento, muito mais amedrontador que as escadas do lado de Campos. Principalmente para um menino de 9 anos. Ao ver hoje como a Ana enfrentou e venceu seus medos e os degraus que sobem a pedra, lembrei-me perfeitamente da minha própria briga, não com o medo mas com o pavor daqueles degraus subindo verticalmente aquelas paredes ameaçadoras, quase infinitas. Diferentemente daquela criança, a Ana não chorou. Mas os dois chegaram lá em cima.
Descendo a Pedra do Baú na região de Campos do Jordão - SP
Como homenagem à essas memórias tão antigas que invadiram minha mente, não pude deixar de ir ao Paiol Grande depois de descermos do Baú. Lá chegando, já no fim de tarde, um descuido da segurança nos deixou entrar, já que o acampamento estava fechado para as filmagens de um filme do Didi (Renato Aragão). Para tristeza de um dos diretores do setting, mas para minha alegria indiscutivelmente maior e mais sincera, pude mostrar à Ana os chalés e campos esportivos que marcaram minha infância e adolescência, já que lá estive por seis temporadas. As lembranças se encheram de cenas de pessoas que já não vejo há décadas e que provavelmente nunca mais verei. Pessoas que passaram pela minha vida, tiveram seu papel e continuaram seus próprios caminhos. Mas também revivi cenas de pessoas que ainda hoje me são muito presentes. O irmão Guto, os primos Haroldo, Jorge e Chico e, especialmente, o irmão Paulinho, que nesse dia 29 celebraria 38 anos mas que para sempre terá 17 anos.
Na colônia de férias Paiol Grande em São Bento do SapucaÃ
Na colônia de férias Paiol Grande em São Bento do SapucaÃ
E meu coração se encheu de uma alegre tristeza. Afinal, é dessa tristeza alegre que vivem os nostálgicos. É o nosso karma.
Observando pessoas escalando a Pedra do Baú
Ola, como é bom reviver o paiol e a pedra do báu, só quero lembra-lo que a pedra do baú está no municipio de são bento do sapucai. Falando em pedra do baú, no último dia 26 de dezembro o governador assinou o decreto que tornou a região da pedra do báu, monumento natural, grande conquista para o meio ambiente.
Maurinho
Resposta:
Oi Maurinho
Realmente, quem passou pelo Paiol, nunca esquece! Eu mesmo, passei seis memoráveis temporadas por lá, de 78 à 84. E sempre subia a Pedra do Baú. Doces lembranças!
Vc está certo, ela está no municÃpio de São Bento do sapucaÃ, outra cidade de que tenho ótimas memórias. Estive lá como paioleiro, durante algumas das excursões que fazÃamos durante a temporada de Janeiro.
A transformação da região da Pedra em monumento natural foi uma boa notÃcia para todos nós.
Abraço
Prezado Guto, também fui paioleiro , entre 1977 e 1984 fui 11 vezes ao Paiol , o Pedrinho morreu faz uns 5 anos , o Father Hope morreu a mais tempo , outro que estava sempre presente era o Cavalcante , lembra-se dele? , enfim , pessoas que dedicaram parte das suas vidas em fazer o Paiol um dos melhores acampamentos do Brasil.
Resposta:
Tive o prazer de ter o Cavalcante como Conselheiro do meu chalé, o Primavera, em dez de 78. Grande figura! Outro que estava sempre lá, das antigas, era o Vita, que tomava conta da piscina. Imagino que ele e o Cavancante já tenham passado desta para melhor...
Realmente, o Paiol era um acampamento e tanto, inesquecÃvel
Rodrigo
GOSTEI MUITO DE TUDO O QUE VC ESCREVEU A REPSITO DO PAIOL. REALMENTE MUITAS LEMBRANçAS, TODAS BOAS, SOBRE ESTA FASE QUE TIVE POR LA. ACHO QUE FOI EM 1987. E ATE HOJE NAO CONSEGUI VOLTAR PARA VER SE AINDA TEM AQUELES VELHOS MURAIS COM AS TURMAS REUNIDAS. VC SABERIA ME DIZER, SE CONSIGO VISUALIZAR EM ALGUM SITE DO PAIOL?
NA MINHA EPOCA, QUEM TOMAVA CONTA DE LA ERA O CRIS. SUJEITO MAIS QUE ESPECIAL, E QUE MUITO ACALMAVA A NEGADINHA QUE MORRIA DE SAUDADES DOS PAIS!!!! FIZ EXCURSAO DE CANOS, CAVALOS E PEDRA DO BAU, ONDE ACABEI POR DORMIR LA EM CIMA NO BICO DO PAPAGAIO.
UM FORTE ABRAçO, MUITA SAUDE - ADRIANO
Muito joia Rodrigo!!! Que vontade de poder ver de perto.....
Que legal ver fotos do Baú e do Paiol, e também lembrar que estive lá no final dos anos 70, quando o acampamento tinha o comando de uma tal de Pedrinho (executivo) e do Father Hope (será que é assim que se escreve?). E também do "Operário", que arrotava do Bauzinho e se ouvia do Baú; ou do "Papai", outro paioleiro que enfrentou o "Operário" em luta de boxe das mais aguardadas na temporada e quase mandou o pobre Alemão ao necrotério. Terça-feira, dia de semana, e como sou bacana, não vou limpar chalé, não vou limpar chalé ... Parabéns ao Paulinho, que hoje faria 38 anos, muito bem lembrado no post
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